Milan Campeão da Liga dos Campeões 1969

A primeira década completa da Copa dos Campeões da Europa termina com título italiano. O Milan conquistou o bicampeonato em 1969 e fechou com chave de ouro uma época que, sem dúvida, contribuiu para impulsionar a competição continental a ponto de ela ser considerada a principal entre clubes do mundo.

O título também representou o começo de uma mudança de era. Até ali, apenas ibéricos, britânicos e italianos comemoraram. Os sete anos seguintes teriam um domínio de times em países com origem germânica. Mas enquanto isso não acontecia, o Milan tratou de partir rumo à segunda taça. Na primeira fase, eliminou o Malmö depois de perder por 2 a 1 na Suécia e vencer por 4 a 1 na Itália.

Nas oitavas de final, o rossonero deveria enfrentar o ganhador de Dínamo Kiev e Ruch Chorzów (Polônia), mas as duas equipes saíram fora da disputa antes do início. Direto nas quartas, o adversário seguinte dos milanistas foi o Celtic. Na ida, empate em Milão por 0 a 0. Na volta, vitória em Glasgow por 1 a 0.

A semifinal foi contra o Manchester United, defensor do tíutlo. O primeiro jogo foi no San Siro, e o Milan abriu 2 a 0 de vantagem com gols de Angelo Sormani e Kurt Hamrin. A segunda partida foi no Old Trafford, e o rossonero segurou o empate por 70 minutos. Os ingleses fizeram 1 a 0 e tentaram igualar até o fim, porém a vaga na final ficou com o time italiano.

A decisão europeia de 1969 representou uma passagem de bastão hegemônico. O rival do Milan foi o Ajax, que havia superado Nuremberg, Fenerbahçe, Benfica e Spartak Trnava (Tchecoslováquia). Era a primeira vez da Holanda numa decisão, no que já dava o tom do que seria visto nas temporadas subsequentes.

O jogo foi no Santiago Bernabéu, em Madrid. A tradição italiana e a inexperiência holandesa foram visíveis na partida, e a conquista rossonera veio com goleada: 4 a 1, com três gols de Pierino Prati e outro de Sormani.

A campanha do Milan:
7 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 12 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/AFP

Real Ariquemes Campeão Rondoniense 2022

O antepenúltimo estadual de 2022 a terminar foi o de Rondônia. Simples, contou com seis clubes e teve como campeão o Real Ariquemes, que saiu de quatro anos de fila para levar seu terceiro título.

O campeonato contou com dois turnos. No primeiro, todos os times se enfrentaram uma vez. Em cinco jogos, o Real venceu quatro, empatou um e foi o vencedor que se garantiu na final. As quatro melhores equipes se classificaram para o segundo turno, disputado em mata-mata.

Na semifinal, o Real enfrentou o Porto Velho. Na ida, perdeu fora por 2 a 1. Na volta, venceu pelo mesmo placar em casa. Nos pênaltis, fez 3 a 0 e passou à decisão. Contra o União Cacoalense, o Real teve a chance de levar o título antecipado, mas ficou no 0 a 0 em Ariquemes e perdeu por 1 a 0 em Cacoal.

Na final geral, em mais duas partidas contra o União, desta vez venceu no Aglair Tonelli, por 1 a 0, e comemorou em casa, no Valerião, ao empatar por 1 a 1.

A campanha do Real Ariquemes:
11 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto John & Tati Fotografia

Manchester United Campeão da Liga dos Campeões 1968

O caminho britânico para as glórias europeias foi aberto pela Escócia. Mas quem o pavimentou foi a Inglaterra, e não demorou muito para que isso começasse a ocorrer. Foi logo na temporada seguinte ao título do Celtic, em 1968, com o Manchester United.

E mais do que ser a primeira conquista inglesa, aquela Copa dos Campeões representou o ponto alto de uma reconstrução vermelha: dez anos antes (em 1958), oito atletas morreram no Desastre Aéreo de Munique. O time voltava de Belgrado após passar à semifinal da mesma Copa. Na escala em Munique, a pista com gelo não permitiu que o avião decolasse normalmente, e o mesmo caiu matando 23 dos 44 ocupantes.

Dois dos 21 sobreviventes do acidente foram Matt Busby - o técnico - e Bobby Charlton - o craque do meio-campo. Junto à futura lenda George Best, eles foram os principais pilares do título inédito do United.

Na primeira fase, a equipe passou pelo Hibernians, de Malta, com goleada por 4 a 0 em casa e empate por 0 a 0 fora. Nas oitavas de final, foi a vez de eliminar o Sarajevo com outro empate sem gols como visitante, na Iugoslávia, e vitória por 2 a 1 no Old Trafford. Nas quartas, o adversário foi o Górnik Zabrze, da Polônia. Na ida, triunfo por 2 a 0 em Manchester. Na volta, derrota por 1 a 0 fora e vaga na semifinal.

O desafio seguinte foi contra o Real Madrid. No primeiro jogo, 1 a 0 para os ingleses em casa. Na segunda partida, os espanhóis chegaram a abrir 3 a 1 no Santiago Bernabéu, mas o United buscou o histórico empate por 3 a 3 e chegou na decisão.

A final foi contra o Benfica, já incomodado com os vices recentes colecionados e que eliminou Glentoran (Irlanda do Norte), Saint-Étienne, Vasas (Hungria) e Juventus. O jogo foi na própria Inglaterra, mas em Londres, no Wembley. No tempo normal, Charlton marcou uma vez e os portugueses empataram. Na prorrogação, o Manchester United sobrou e foi campeão outra vez ao golear por 4 a 1, com outro gol de Charlton e dois de Best e Brian Kidd.

A campanha do Manchester United:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchester United

Celtic Campeão da Liga dos Campeões 1967

Passaram os espanhóis, os portugueses e os italianos. Era chegada a vez do domínio britânico na Copa dos Campeões da Europa. Mas engana-se quem pensa que esse privilégio tenha sido exclusivamente inglês. Aliás, não foi nem a Inglaterra quem inaugurou as conquistas pelos lados da Ilha da Grã-Bretanha, e sim a Escócia. Foi com o Celtic, em 1967. Naquele ano, a competição teve o número recorde de 32 participantes.

Até então com presenças discretas, além de três semifinais, o futebol escocês atingiu o apogeu com os "hoops" - ou listrados. Na primeira fase, o clube enfrentou o Zurich e venceu os dois jogos, por 2 a 0 em Glasgow, e por 3 a 0 na Suíça.

Nas oitavas de final, o Celtic encarou o Nantes. E novamente ganhou as duas partidas, ambas por 3 a 1, na França e na Escócia. Nas quartas, os listrados passaram pelo Vojvodina, da Iugoslávia. Na ida, a invencibilidade foi embora ao perder por 1 a 0 fora de casa. Na volta, o time fez um sofrido 2 a 0 para reverter a disputa no Celtic Park e chegar na semifinal.

O oponente seguinte foi o Dukla Praga, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo foi em Glasgow, e os listrados abriram vantagem ao vencer por 3 a 1. Com isso, bastou segurar o 0 a 0 fora na segunda partida para conseguir um lugar na final.

Quem desafiou o Celtic na decisão europeia foi a Internazionale, bicampeã que superou Torpedo (União Soviética), Vasas (Hungria), Real Madrid e CSKA Sofia. O jogo foi realizado no Estádio Nacional do Jamor, em Lisboa.

O favoritismo era italiano e parecia que iria se confirmar em campo, quando o placar foi aberto aos sete minutos do primeiro tempo. Todavia os escoceses não esmoreceram e mantiveram a calma. No segundo tempo, Tommy Gemmell empatou aos 18 minutos, e Stevie Chalmers virou para 2 a 1 aos 39. E o futebol da Escócia conseguiu o seu principal título em toda a sua história.

A campanha do Celtic:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Central Press/Getty Images

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1966

Os cinco primeiros anos foram de títulos. Os cinco seguintes, de tropeços e alguns vices. A história do Real Madrid mistura-se com a da Liga dos Campeões da Europa, ainda chamada de Copa dos Campeões em 1966. Naquele ano, o clube espanhol colocou ponto final tanto no domínio italiano quanto no próprio insucesso e conquistou "la sexta".

Já não havia mais a presença de Di Stéfano no elenco merengue. E em fim de carreira, Ferenc Puskás estava em sua última temporada e já não participava de todos os jogos. Aliás, do penta obtido entre 1956 e 1960 só restaria Paco Gento entre os titulares.

Na primeira fase, o time enfrentou o Feyenoord. Na ida, na Holanda, derrota por 2 a 1. Na volta, no Santiago Bernabéu, goleada por 5 a 0 e classificação. Dos seis gols deste confronto, Puskás anotou cinco.

Nas oitavas, o húngaro fez sua despedida da campanha, contra o Kilmarnock, da Escócia, no empate por 2 a 2 na primeira partida, fora de casa. O Real seguiu rumo às quartas de final com outra goleada em Madri, por 5 a 1.

O próximo desafio foi contra o Anderlecht, da Bélgica. Em Bruxelas, os espanhóis saíram derrotados por 1 a 0. Porém, mais uma remontada aconteceu em casa, na vitória por 4 a 2. Na semifinal, passou pela Internazionale ao vencer a ida no Bernabéu por 1 a 0 e empatar a volta no San Siro por 1 a 1.

A decisão foi contra uma surpresa do Leste Europeu, o Partizan. A equipe da Iugoslávia bateu Nantes, Werder Bremen, Sparta Praga e Manchester United. A partida aconteceu em Heysel, em Bruxelas.

Foi um jogo difícil, pois os iugoslavos abriram o placar aos dez minutos do segundo tempo. O empate madridista veio aos 25, com o novo artilheiro Amancio Amaro, e a virada aos 31, com Fernando Serena. Assim, o hexa do Real Madrid estava garantido, e a ponta do ranking de títulos ficou a salvo mesmo com os 38 anos de jejum que viriam a se seguir.

A campanha do Real Madrid:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ron Kroon/Anefo

Internazionale Campeã da Liga dos Campeões 1965

Na rivalidade milanesa dentro da Copa dos Campeões da Europa, a Internazionale tomou a frente em 1965. O clube nerazzurri e seu rival levaram as duas taças anteriores, e o desempate aconteceu logo na sequência em favor da Inter. O Milan sequer conseguiu marcar presença para tentar alguma coisa: o Bologna era o campeão italiano e ficou com a vaga do país numa época em que - como o antigo nome já sugeria - somente campeões disputavam a competição.

O número de participantes do principal torneio europeu manteve-se em 31. Diretamente nas oitavas de final, a Internazionale começou sua campanha contra o Dínamo Bucareste, da Romênia. Com facilidade, o time venceu a ida, em casa, por 6 a 0 e a volta, fora, por 1 a 0.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Rangers, da Escócia. Em Milão, vitória por 3 a 1. Em Glasgow, derrota por 1 a 0 e classificação suada.

A semifinal foi contra o Liverpool, em duas partidas que ficaram marcadas. A primeira aconteceu em Anfield, e os italianos perderam por 3 a 1. Esse um na Inglaterra, marcado por Sandro Mazzola, fez a diferença para o segundo jogo, no San Siro. Com um gol cada, Mario Corso, Joaquín Peiró e Giacinto Facchetti foram os responsáveis pela virada por 3 a 0, que levou a equipe nerazzuri a mais uma decisão.

Pelo segundo ano consecutivo na final, a Internazionale contou com trunfo que poucos clubes tiveram ao longo da história da competição: jogar em casa. Como sempre ocorreu, a casa para a disputa do título foi escolhida muito antes de se saber quais seriam os finalistas.

O oponente italiano foi o Benfica, que eliminou Aris (Luxemburgo), La Chaux-de-Fonds (Suíça), Real Madrid e ETO Győr (Hungria). Atuando de branco, a Inter chegou ao bicampeonato com ajuda brasileira. Aos 42 minutos do primeiro tempo, Jair da Costa marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre os portugueses.

A campanha da Internazionale:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 15 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Internazionale

São Raimundo-RR Campeão Roraimense 2022

O maior campeão da atualidade no Brasil vem de Roraima. É o São Raimundo, que venceu o estadual pela sétima vez consecutiva em 2022. O hepta do Mundão é a maior sequência de títulos ativa de um clube brasileiro. Desde 2016, ninguém o supera. E a atual conquista é mais especial, pois foi obtida com 100% de aproveitamento.

Seis times estiveram na disputa, divididas em dois turnos. No primeiro turno, as equipes ficaram em grupo único. Em cinco jogos, o São Raimundo conseguiu 15 pontos e foi líder. Na semifinal, venceu o Real por 1 a 0. Na final, foi campeão ao derrotar o Náutico por 4 a 1.

No segundo turno, os clubes foram divididos em dois grupos. O Mundão ficou no grupo A e venceu mais duas partidas, marcando seis pontos e tornando a ser primeiro colocado. Na semifinal, bateu o Atlético-RR por 1 a 0.

A decisão foi contra o Real, que passou pelo Náutico. No Estádio Canarinho, o São Raimundo fez 2 a 1 no seu oponente, levou também a taça do returno e dispensou a final entre turnos na conquista do 13º título estadual de sua história.

A campanha do São Raimundo-RR:
11 jogos | 11 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 31 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ítalo Lopes/São Raimundo-RR