União Frederiquense Campeão Gaúcho Série A2 2021

Depois de uma temporada perdida, voltou a ter disputa no segundo escalão do futebol gaúcho. O competição, nomeada Divisão de Acesso até 2019, passou a ser chamada de Série A2 em 2021. E o título ficou nas mãos do jovem União Frederiquense, clube fundado há 11 anos que chegou à primeira conquista de sua história e ao seu segundo acesso.

Antes, o time da cidade de Frederico Westphalen precisou enfrentar outros 15 adversários. Esses 16 times ficaram divididos em dois grupos de oito, que se enfrentaram em turno e returno. Em 14 jogos, o Leão da Colina conseguiu oito vitórias e cinco empates, liderando o grupo A com 29 pontos. Quatro equipes de cada chave passaram ao mata-mata.

Nas quartas de final, o União passou pelo São Paulo-RS ao vencer por 2 a 0 em Rio Grande e por 4 a 1 em casa. Na semifinal, subiu ao eliminar o Lajeadense com empate por 1 a 1 fora e vitória por 3 a 1 em Frederico.

A final foi contra o Guarany de Bagé, que bateu Brasil de Farroupilha e Avenida. A ida foi no Estádio Estrela D'Alva, e ficou empatada por 0 a 0. A volta foi na Arena União, em Frederico, e o União Frederiquense levou o título ao golear por 5 a 0.

A campanha do União Frederiquense:
20 jogos | 12 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Matheus Pé/FGF

Todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-17

Chegou a vez de trazermos todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-17. A competição foi criada junto com o Brasileirão da categoria, para colocar frente a frente seu campeão com o vencedor da Copa do Brasil, que já existe desde 2013.

Foto Marco Galvão/CBF

Foto Divulgação/FMF

Foto Fábio Menotti/Palmeiras

Corinthians Campeão da Libertadores Feminina 2021

Voltando a acontecer no período correto, a Libertadores Feminina de 2021 manteve a estrutura com 16 participantes, país-sede e turno único. No caso, foram dois países anfitriões: o Paraguai, do início até a semifinal e o Uruguai, na decisão.

O Brasil entrou na competição com três representantes, sendo eles a Ferroviária, que defendeu o título, o Avaí/Kindermann e o Corinthians, que desta vez não deixou a peteca cair e partiu rumo à terceira conquista, segunda em trajetória solo (em 2017, a conquista veio sob o CNPJ do Audax Osasco). 

No grupo D da primeira fase, o Timão enfrentou Nacional do Uruguai, San Lorenzo e Deportivo Capiatá. Como era de se esperar, a equipe venceu os três jogos com tranquilidade. Primeiro, 2 a 0 nas argentinas. Depois, 5 a 1 nas uruguaias. Por fim, 4 a 0 nas paraguaias. As Minas se classificaram na liderança da chave, com nove pontos.

Nas quartas de final, o adversário foi o Alianza Lima, e o Corinthians avançou com 3 a 1 no placar. A semifinal foi contra o Nacional e, no reencontro, as brasileiras aumentaram ainda mais a goleada já vista na primeira fase, desta vez aplicando 8 a 0.

A final foi contra o Independiente Santa Fe, que levou a Colômbia a mais uma decisão ao eliminar Deportivo Cuenca e Sol de América no grupo A, Avaí/Kindermann nas quartas e Ferroviária na semi. A partida aconteceu em Montevidéu, no Parque Central. Sem precisar de muito, o Corinthians chegou ao título com vitória por 2 a 0.

Os gols foram marcados por Adriana, aos dez minutos, e por Gabi Portilho, aos 42 do primeiro tempo. A conquista da Libertadores premia uma das temporadas mais vitoriosas do Timão no futebol feminino. Antes, a equipe já havia comemorado o Brasileirão.

A campanha do Corinthians:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 24 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Staff Images Woman/Conmebol

Ituano Campeão Brasileiro Série C 2021

Um feito que até então apenas dois clubes goianos tinham conseguido: ser mais de uma vez campeão da Série C do Brasileiro. Pois o Ituano juntou-se a Atlético-GO e Vila Nova, garantindo o bicampeonato na edição de 2021 do campeonato. É um título que mostra mais uma vez a força do interior de São Paulo, e mais ainda a do Galo de Itu, que é o único múltiplo campeão paulista de fora da capital (e Santos).

A campanha rubro-negra começou no grupo B da primeira fase, contra outros times de São Paulo, além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 18 partidas, foram nove vitórias e seis empates, que somaram 32 pontos na classificação. O Ituano ficou na segunda posição da chave, seis pontos distantes do líder Novorizontino, um a mais que o Ypiranga e três a mais que o Criciúma, os outros que também passaram de fase.

Mas o início do Ituano foi ruim. O clube perdeu as duas primeiras, por 1 a 0 para os criciumenses, fora, e por 4 a 1 para o rival paulista, em casa. Ainda houve um empate sem gols com o São José, em Porto Alegre, antes da primeira vitória, por 2 a 1 sobre o Paraná, em Itu. A partir de então o Galo engrenou, fez sua maior vitória na décima rodada, por 3 a 0 sobre o Criciúma, no Novelli Júnior, e garantiu seu lugar no quadrangular semifinal na 15ª rodada, ao bater por 2 a 1 o Figueirense, em Florianópolis.

Na segunda fase, o Ituano competiu pelo acesso e pela vaga na final contra Criciúma, Paysandu e Botafogo-PB. A estreia foi com vitória por 1 a 0 sobre os paraibanos, em João Pessoa. Em Itu, o time levou 2 a 0 dos catarinenses e acendeu o alerta. Porém, as vitórias sobre os paraenses por 3 a 1, em casa, e por 4 a 1, fora, encaminharam a classificação à Série B de 2022. Isso se confirmou no empate por 0 a 0 contra o Criciúma no Heriberto Hülse. E o lugar na decisão veio nos 3 a 0 sobre o Botafogo paraibano, no Novelli Júnior.

O adversário do Ituano na final foi o Tombense, que subiu ao lado do Novorizontino e eliminou ainda Manaus e Ypiranga no outro quadrangular. A ida foi jogada em Tombos, Minas Gerais, e o Galo rubro-negro conseguiu empatar por 1 a 1. A volta aconteceu em Itu, e com gols de João Victor, Igor Henrique e Iago Teles, o Ituano venceu por 3 a 0 e levou sua segunda Série C depois de 18 anos. Em 2003, o título foi fora de casa. Agora, a festa foi junto a sua torcida.

A campanha do Ituano:
26 jogos | 14 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 37 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Fernando Roberto/Ituano

Botafogo Campeão Brasileiro Série B 2021

A Série B mais gigante da história, com a presença de cinco clubes campeões brasileiros teve um campeão à altura. O Botafogo chegou ao bicampeonato uma rodada antes do fim da competição. Desacreditado no começo, devido às dívidas, o time carioca soube lidar com as adversidades, deixou para trás os outros grandes que sequer lutaram pelo acesso (Cruzeiro e Vasco), e lutou pela taça com o Coritiba, que não conseguiu o inédito feito do tricampeonato.

Contudo, o início da campanha botafoguense foi trepidante. Primeiro, empate por 1 a 1 com o Vila Nova, em Goiânia. Depois, duas vitórias em casa, por 2 a 0 sobre o Coritiba e por 3 a 0 sobre o Remo. A primeira derrota aconteceu na quinta rodada, por 3 a 1 para o Náutico, em Recife.

O time custava a engrenar e não conseguia entrar na zona de acesso. Entre esse revés em Pernambuco e a derrota por 2 a 0 para o Goiás na 12ª rodada, em casa, o Fogão só venceu uma vez - o CRB por 1 a 0 na nona partida, também no Rio de Janeiro. Por isso, o técnico Marcelo Chamusca foi substituído por Enderson Moreira, que recolocou a equipe no caminho certo.

Sete triunfos em nove jogos colocaram o Botafogo no G-4, a partir da 21ª rodada, quando fez 1 a 0 no Coritiba, fora de casa. O time não saiu mais da zona de classificação, pulando para a vice-liderança na 26ª partida, ao bater por 2 a 0 o Sampaio Corrêa, no Nilton Santos. O primeiro lugar veio no 34º jogo, no histórico 4 a 0 sobre o Vasco, em pleno São Januário.

Então, bastou par o Fogão fazer a contagem regressiva. O acesso foi consumado na 36ª rodada, ao bater por 2 a 1, de virada, o Operário-PR, em casa. A confirmação do título aconteceu na partida seguinte, ao derrotar por 1 a 0 o já rebaixado Brasil de Pelotas, no Bento Freitas. Mas isso só foi possível porque seu adversário direto, o Coritiba, perdeu por 1 a 0 para o CSA. De qualquer forma, o inferno temporário do Botafogo já tinha o seu fim.

A campanha do Botafogo:
38 jogos | 20 vitórias | 10 empates | 8 derrotas | 56 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Vitor Silva/Botafogo

Goiatuba Campeão Goiano Divisão de Acesso 2021

Faltando uma rodada para seu término, a Divisão de Acesso do Goianão já conheceu o campeão: o Goiatuba, um dos mais tradicionais clubes do interior de Goiás, vencedor da primeira divisão em 1992. 

O tricampeonato do Azulão do Sul no segundo nível veio depois uma competição contra outras cinco equipes, que se enfrentaram no formato de pontos corridos, em dois turnos. Com ataque e defesa fortes, o Goiatuba já completou suas dez partidas, as quais venceu sete e empatou uma.

O acesso foi conseguido no nono jogo, na vitória por 2 a 1 sobre o Morrinhos, em casa, no Estádio Divinão. O título foi conquistado na partida seguinte, na vitória por 1 a 0 sobre o Aparecida, no Aníbal Toledo.

O campeonato deveria ter sete participantes, mas o Novo Horizonte desistiu antes do início, causando a distorção na tabela de jogos, que fez com que tanto o Goiatuba quanto o Inhumas encerrassem suas participações uma rodada antes do fim. A outra vaga na elite goiana será disputada ente o próprio Inhumas e o Morrinhos.

A campanha do Goiatuba:
12 jogos | 5 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Divulgação/Goiatuba

Caruaru City Campeão Pernambucano Série A2 2021

Duas histórias foram escritas na Série A2 do Pernambucano de 2021. A mais legal, sem sombra de dúvidas, é a do acesso do Íbis, que depois de 21 anos, enfim conseguiu desatrelar a fama de pior time do mundo ao futebol jogado em campo e subiu como vice-campeão. O clube só não levou a taça porque sofreu o empate do Petrolina nos acréscimos da última rodada do quadrangular final.

O título ficou nas mãos do protagonista da outra história, a do Caruaru City, que, após seis anos de sua fundação, entrou na primeira competição profissional arrebatando a todos.

A primeira fase do campeonato foi composta por 14 equipes, divididas em dois grupos de sete. O Leopardo ficou na chave B e, em seis jogos, conseguiu três vitórias e dois empates, classificando-se na quarta posição, com 11 pontos, obtendo a última vaga disponível. Na segunda fase, oito times jogaram em dois quadrangulares. E o City pulou para a liderança do grupo C, com uma vitória e dois empates em três jogos, somando cinco pontos. 

Quatro clubes avançaram ao quadrangular final, e o Caruaru tornou a vencer uma - 2 a 0 no Petrolina, em casa - e a empatar duas vezes - 1 a 1 com o Íbis, fora, e 0 a 0 com o América-PE, em casa -, chegando ao título com mais cinco pontos e superando o Pássaro Preto no saldo de gols (2 a 1).

A campanha do Caruaru City:
12 jogos | 5 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Rafael Vieira/FPF

Aparecidense Campeã do Brasileiro Série D 2021

O Centro-Oeste juntou-se às demais quatro regiões do Brasil e passou a ter um campeão da Série D. É a Aparecidense, clube do interior de Goiás, fundado em 1985, que chegou ao título na edição de 2021. Foram várias temporadas anteriores de boas campanhas e algumas batidas na trave, mas, de tanto tentar, uma hora as coisas iriam dar certo. O acesso não bastou para o Camaleão.

Foram 68 equipes na disputa da quarta divisão, divididas em oito grupos na primeira fase. A Aparecidense ficou no grupo 5, contra outros sete adversários do Centro-Oeste: Nova Mutum, União Rondonópolis, Brasiliense, Goianésia, Porto Velho, Gama e Jaraguá. A vitória na estreia, por 3 a 1 sobre o Nova Mutum em casa, já dava o tom que seguiria a campanha do time goiano.

Em 14 partidas, foram oito vitórias e três empates, que somaram 28 pontos ao Camaleão. Com um ponto de vantagem o estreante mato-grossense, quatro sobre o União e sete sobre o Brasiliense, a Aparecidense foi líder da chave.

Na segunda fase, o mata-mata teve início contra a Caldense. Na ida, derrota por 1 a 0 em Minas Gerais. Na volta, vitória por 3 a 1 em Aparecida de Goiânia. Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Cianorte. O Camaleão passou mais uma vez após empatar sem gols no Paraná e vencer por 1 a 0 em Goiás.

O acesso foi disputado contra o Uberlândia. Novamente, a primeira partida foi fora de casa, no Parque do Sabiá, e a Aparecidense venceu por 1 a 0. No segundo jogo, no Aníbal Toledo, o clube azul e dourado empatou por 1 a 1 e selou sua vaga na Série C de 2022. A semifinal foi contra o ABC. Na ida em casa, vitória por 4 a 2. Na volta fora, derrota por 1 a 0 que não afetou a classificação à final.

O rival na decisão foi o Campinense, que na fase grupos deixou para trás Sousa, Central, Treze e Caucaia, e que no mata-mata bateu Sergipe, Guarany de Sobral, América-RN e Atlético-CE. O primeiro jogo foi realizado no Estádio Amigão, em Campina Grande. Na Paraíba, a Aparecidense soube jogar diante da pressão adversária e venceu por 1 a 0, adquirindo uma pequena vantagem para a volta, que aconteceu no Aníbal Toledo, em Aparecida de Goiânia.

No seu acanhado campo, o Camaleão sofreu, teve um susto quando os paraibanos abriram o placar, mas respirou em alívio quando o reserva Samuel marcou o gol do empate por 1 a 1, que deu o primeiro título da história do time em nível nacional.

A campanha da Aparecidense:
24 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 31 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Reprodução/CBF

São Paulo Campeão da Libertadores 2005

O formato da Libertadores mudou mais uma vez, em 2005, com o número de participantes chegando a 38. A fase preliminar retornou e foi expandida para todos os países, com 12 times lutando por seis lugares nos grupos, que voltavam a ser oito. E foi no meio desse furdunço que a competição teve a sua primeira decisão entre equipes do mesmo país, com São Paulo e Athletico-PR.

O Tricolor Paulista passou dez anos longe da disputa, mas voltou quase sendo campeão, em 2004. Para o tri não passar do ano seguinte, a base do time foi fortalecida. O time ficou no grupo 3, com Universidad de Chile, The Strongest e Quilmes, da Argentina.

O caminho são-paulino começou tranquilo, com três vitórias no Morumbi e três empates fora de casa, classificando-se na liderança da chave com 12 pontos. Com a quinta melhor campanha, o clube encontrou nas oitavas de final o quarto melhor vice, o Palmeiras. Em dois clássicos, o São Paulo avançou com 1 a 0 no Palestra Itália e 2 a 0 no Morumbi.

Nas quartas, o confronto foi contra o Tigres UANL, do México. Na ida, Rogério Ceni estava inspirado e marcou dois gols dos 4 a 0, em casa. Na volta, em Monterrey, o São Paulo avançou de fase mesmo com a derrota de 2 a 1. A semifinal foi contra o River Plate. No Morumbi, vitória por 2 a 0. Em Buenos Aires, vitória por 3 a 2 colocou a equipe treinada por Paulo Autuori na final.

A primeira decisão caseira chegou. O Athletico-PR também chegou lá após deixar para trás Cerro Porteño, Santos e Chivas Guadalajara. O jogo de ida foi realizado no Beira-Rio, em Porto Alegre, pois, na época, a Arena da Baixada não tinha a capacidade mínima de torcedores. E ela terminou empatada por 1 a 1.

A partida de volta foi no Morumbi, e o Tricolor não tomou conhecimento dos paranaenses. Com gols de Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli, a goleada de 4 a 0 foi a cereja do bolo da campanha do São Paulo, tricampeão da Libertadores.

A campanha do São Paulo:
14 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 34 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Once Caldas Campeão da Libertadores 2004

No ano da zebra, a Libertadores passou por uma nova expansão. A fase de grupos aumentou de 32 para 36 clubes em 2004, ganhando um nono grupo somente nesta edição. Isto foi possível por dois motivos: a fase preliminar entre venezuelanos e mexicanos foi abolida, e uma vaga foi adicionada para Brasil e a própria Venezuela.

Mas por que 2004 é o ano da zebra? É que muitas competições nesta temporada foram vencidas por equipes as quais não se esperava quase nada antes do início. Foi assim com o Once Caldas na Libertadores. Os colombianos não eram considerados grandes nem mesmo em seu país, mas surpreendeu o continente.

No grupo 2 da primeira fase, liderou com folga sobre o venezuelano Maracaibo, o argentino Vélez Sarsfield e o uruguaio Fénix. O time venceu quatro jogos e empatou um, somando 13 pontos. No mata-mata, os nove líderes mais os cinco melhores vices avançaram às oitavas de final.

Os outros quatro disputaram uma repescagem em jogos únicos, em busca das duas vagas restantes. E os blancos de Manizales aguardaram essa definição entre Barcelona de Guayaquil e Maracaibo, com vitória dos equatorianos. No Equador, empate sem gols entre Once Caldas e Barcelona. Na Colômbia, empate por 1 a 1 e vitória nos pênaltis por 4 a 2.

Nas quartas, o clube bateu o Santos após empatar por 1 a 1 na ida fora e vencer por 1 a 0 na volta em Palogrande. A semifinal foi contra o São Paulo, e começou com outro empate no Brasil, por 0 a 0. Em Manizales, o Once Caldas fez 2 a 1 e chegou na decisão.

A final foi contra o Boca Juniors, que eliminou Sporting Cristal, São Caetano e River Plate. A ida foi em La Bombonera, e o Once Caldas segurou o 0 a 0. A volta foi em Palogrande. Jhon Viáfara abriu o placar aos colombianos, mas os argentinos fizeram 1 a 1 no segundo tempo. Nos pênaltis, o Boca errou todas as cobranças e Jorge Agudelo converteu a que fez 2 a 0 e deu o título histórico ao clube blanco.

A campanha do Once Caldas:
14 jogos | 6 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Conmebol

Boca Juniors Campeão da Libertadores 2003

Após uma pequena interrupção no trabalho, o Boca Juniors recuperou o caminho da hegemonia na Libertadores. Carlos Bianchi deixou o comando do clube em 2001, depois da derrota no Mundial Interclubes, e fez um ano sabático em 2002. Nessa temporada, a equipe não conquistou títulos. Ele voltou em 2003, e junto reapareceram as glórias.

No grupo 7 da primeira fase, o Boca enfrentou Independiente Medellín, Barcelona de Guayaquil e Colo-Colo. O time venceu as três partidas do turno, porém acabou surpreendido por dois empates e uma derrota - para os colombianos - no returno, encerrando a chave na vice-liderança, com 11 pontos.

A combinação dos resultados proporcionou um histórico confronto com o Paysandu nas oitavas de final. A ida foi em Buenos Aires, e os brasileiros surpreenderam ao vencerem por 1 a 0 em plena La Bombonera. Mas o que uma camisa pesada não faz... Na volta, em Belém, os argentinos aplicaram 4 a 2 e acabaram com o sonho dos paraenses.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Cobreloa. O primeiro jogo foi em Calama, no Chile, e o Boca venceu por 2 a 1, de virada. A segunda partida aconteceu em Buenos Aires, e novo 2 a 1 classificou o clube portenho. A semifinal foi de mais tranquilidade aos xeneizes, que passaram pelo América de Cali com duas vitórias: por 2 a 0 na Bombonera e por 4 a 0 na Colômbia.

Um reencontro de 40 anos marcou a decisão da Libertadores 2003. O Boca Juniors chegava para acertar uma conta do passado com o Santos, que foi à final depois de eliminar Nacional do Uruguai, Cruz Azul e Independiente Medellín. Os tempos não eram mais de Pelé, mas sim de Marcelo Delgado, que marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 na ida, em La Bombonera.

A volta foi no Morumbi, em São Paulo, e os hermanos aumentram a vantagem com outro gol de Delgado e mais dois de Carlos Tévez e Rolando Schiavi. Por 3 a 1, o Boca levava para casa sua quinta conquista sul-americana.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 29 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Olimpia Campeão da Libertadores 2002

Uma Libertadores vista como um dos maiores pecados já cometidos pelos deuses do futebol. Em 2002, a maior competição da América do Sul quase viu a zebra pintar todo o continente, mas no fim quem brilhou mesmo foi uma das camisas mais pesadas da história do torneio. No ano do centenário, o Olimpia superou todas as forças possíveis para levar o terceiro título.

No grupo 8 da primeira fase, o Decano paraguaio enfrentou Universidad Católica, Flamengo e Once Caldas. Adversários difíceis, mas o clube conseguiu superar bem as seis partidas. Venceu três e empatou duas, liderando a chave com 11 pontos, superando os chilenos por um, os colombianos por dois e os brasileiros por sete.

Nas oitavas de final, o Olimpia encarou o Cobreloa, ganhando os dois jogos: 2 a 0 em Calama, no Chile, 2 a 1 no Defensores del Chaco. Nas quartas, o clube paraguaio segurou o Boca Juniors, buscando o empate por 1 a 1 na Bombonera, na ida, e vencendo por 1 a 0 no Paraguai, na volta.

Na semifinal, bateu o Grêmio com certa dificuldade, após fazer 3 a 2 no primeiro jogo, em casa, levar 1 a 0 na segunda partida, fora, e vencer por 5 a 4 nos pênaltis.

Na final, o Olimpia enfrentou o São Caetano, clube brasileiro que estava apenas na segunda participação de Libertadores, além de estar só no terceiro ano na primeira divisão nacional. Eles chegaram lá depois de passar por Universidad Católica, Peñarol e América do México. E quase houve o crime. A ida foi no Defensores del Chaco, em Assunção, e os brasileiros venceram por 1 a 0.

A volta aconteceu no Pacaembu, em São Paulo, e o São Caetano saiu na frente do placar no primeiro tempo. O Olimpia renasceu no segundo tempo e virou para 2 a 1, com gols de Gastón Córdoba e Richart Báez. Nos pênaltis, os paraguaios estavam com o emocional mais equilibrado e venceram por 4 a 2. Mauro Caballero converteu a cobrança do tricampeonato.

A campanha do Olimpia:
14 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 19 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Olimpia

Boca Juniors Campeão da Libertadores 2001

A Libertadores entrou no século 21 com uma história consolidada. Muitos clubes tornaram-se gigantes na América do Sul durante a sua disputa. E quando se tem uma camisa pesada, não importa o tempo que se fica adormecido. Esse é o caso do Boca Juniors, que esperou  22 anos para voltar a comemorar o título. Mas, quando saiu da fila, foi para criar uma das principais dinastias já vistas na competição.

Em 2001, o Boca defendeu a taça e andou rumo ao tetra a partir do grupo 8 da primeira fase. Em uma chave fácil contra Cobreloa, Deportivo Cali e Oriente Petrolero, a dificuldade foi zero. Com cinco vitórias, os xeneizes ficaram com a classificação antecipada, com 15 pontos, cinco a mais que o vice chileno.

Nas oitavas de final, o time argentino passou pelo Júnior Barranquilla, depois de vencer a ida por 3 a 2, na Colômbia, e empatar a volta por 1 a 1, na Bombonera. Nas quartas, foi a vez de derrubar o Vasco com duas vitórias, por 1 a 0 no Rio de Janeiro e por 3 a 0 na Argentina.

A semifinal foi contra o Palmeiras, na reedição da final do ano anterior. E tal como antes, empates por 2 a 2 em Buenos Aires e em São Paulo levaram o confronto aos pênaltis. Mais uma vez, Óscar Córdoba apareceu com defesas, e o Boca venceu por 3 a 2 para chegar em mais uma decisão.

A final da Libertadores trouxe uma surpresa. O Cruz Azul, do México, tornou-se o primeiro finalista de fora da América do Sul, chegando lá após passar por Cerro Porteño, River Plate e Rosario Central. A partida de ida aconteceu no Estádio Azteca, na Cidade do México, e o Boca Juniors conseguiu uma pequena vantagem de 1 a 0, gol marcado pelo reserva  Marcelo Delgado.

O jogo de volta foi marcado para La Bombonera, em Buenos Aires. Os mexicanos resistiram bem a pressão argentina e devolveram a diferença fazendo outro 1 a 0 no placar. Mais uma vez, os pênaltis selariam o destino xeneize. E ele, Córdoba, voltou a aparecer com suas defesas para garantir a vitória por 3 a 1 e o tetra azul y oro.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Diario Olé

Boca Juniors Campeão da Libertadores 2000

Na virada do milênio, a Libertadores passou pela sua mudança mais profunda. A Conmebol aumentou o números de equipes participantes de 21 para 32. Ou melhor, de 23 para 34. Poucos lembram, mas antes de existir a fase preliminar, dois clubes do México e dois da Venezuela disputavam um quadrangular antes da competição de fato, em busca de dois lugares na fase de grupos.

Isso continuou para 2000, porém os outros países subiram de duas para três vagas. Brasil e Argentina, para quatro. E o detentor do título completava a lista. Assim, o Brasil contou com o recorde à época de cinco participantes.

A primeira fase passou a contar com oito grupos sortidos ao invés dos cinco binacionais, e com o campeão anterior entrando logo no começo. Azar ou não, o Palmeiras foi o primeiro a defender a taça nesse formato. Quase deu certo, não fosse pelo melhor Boca Juniors da história, numa história de domínio que iniciou ali e perdurou por mais de meia década.

No grupo 2, o clube xeneize dominou com tranqulidade Peñarol, Universidad Católica e o boliviano Blooming, vencendo quatro jogos e empatando um entre os seis que disputou. Com 13 pontos, colocou quatro de vantagem sobre os uruguaios. Embalado por grandes partidas e uma goleada por 6 a 1 sobre o Blooming na quarta rodada, o Boca seguiu ao mata-mata.

Nas oitavas, eliminou o El Nacional com empate por 0 a 0 no Equador e vitória por 5 a 3 em La Bombonera. Nas quartas, disputou o clássico com o River Plate, perdendo a ida no Monumental por 2 a 1 mas vencendo a volta em casa por 3 a 0. Na semifinal, os xeneizes sofreram porém bateram o América do México com goleada por 4 a 1 na Argentina e derrota por 3 a 1 no Azteca.

Na final, os comandados de Carlos Bianchi encararam o Palmeiras, que superou Peñarol, Atlas e Corinthians. A ida foi na Bombonera. Rodolfo Arruabarrena marcou duas vezes, mas os brasileiros buscaram o 2 a 2 e deixaram a volta em aberto.

No Morumbi, em São Paulo, empate sem gols levou aos pênaltis. Então, Óscar Córdoba brilhou com duas defesas, o Boca Juniors venceu por 4 a 2 e levou o tricampeonato depois de 22 anos. Bianchi mostrava de vez a todos que entendia de Libertadores.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 30 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press