Atlético Nacional Campeão da Libertadores 2016

No ano do centenário da Conmebol (fundada em 1916), a Libertadores passou por alguns marcos de fechamento de ciclo. Primeiramente, a edição de 2016 foi a última a ser disputada durante apenas um semestre. Depois, tornaria a ser a derradeira com clubes do México. Por fim, foi a última - pelo menos até 2021 - a não contar com brasileiros ou argentinos na final.

O título voltou à Colômbia, pela segunda vez, por meio do Atlético Nacional, clube de Medellín que desde os tempos de Escobar, em 1989, não chegava ao ponto mais alto do torneio. No grupo 4 da primeira fase, os verdolagas enfrentaram Huracán, Peñarol e Sporting Cristal. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias, um empate e nenhum gol sofrido em seis jogos. Com 16 pontos e incluindo o inesquecível 4 a 0 sobre os uruguaios, em Montevidéu, o time foi líder com sobras. 

Melhor equipe no geral, o Nacional enfrentou nas oitavas de final o pior vice, o próprio Huracán, que marcou metade dos pontos colombianos. Com empate por 0 a 0 em Buenos Aires e vitória por 4 a 2 em Medellín, o verdolaga foi às quartas.

O próximo adversário foi o duro Rosario Central, que venceu a ida por 1 a 0 na Argentina. Na volta, no Atanasio Girardot, o Nacional fez 3 a 1 e reverteu o confronto. A semifinal foi contra o São Paulo, e com vitórias por 2 a 0, no Brasil, e por 2 a 1, na Colômbia, o time classificou-se à final.

Uma surpresa veio do Equador para o outro lado da decisão: o Independiente Del Valle, campeão de apenas uma segunda divisão equatoriana, eliminou River Plate, Pumas UNAM e Boca Juniors. A partida de ida foi realizada em Quito, no Olímpico Atahualpa. Orlando Berrío fez o gol colombiano, mas o Del Valle empatou por 1 a 1 e indefiniu tudo para o jogo de volta.

No Atanasio Girardot, o Atlético Nacional era o favorito e confirmou marcando o gol do título logo aos oito minutos, com Miguel Borja. Para coroar o bicampeonato, um simples 1 a 0.

A campanha do Atlético Nacional:
14 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mauricio Castañeda/EFE

Todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-20

Para abrir 2022, o último compilado das competições de base masculinas da CBF, a Supercopa do Brasil Sub-20. Disputada entre 2017 e 2019 em ida e volta, e desde 2020 em partida única, a competição que reúne o campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil sub-20 foi a que encerrou definitivamente a temporada de 2021.

Foto Cleiton Ramos/CBF

Foto Bruno Lopes/Vasco

Foto Thais Magalhães/CBF

Foto Ricardo Matsukawa/Staff Images/CBF

Foto Lucas Figueiredo/CBF

Tocantinópolis Campeão Tocantinense 2021

Findou 2021, e o último campeão estadual do ano foi definido quase às portas de 2022. Foi no Tocantins, que pela segunda temporada consecutiva optou por paralisar a competição no primeiro semestre, por causa da pandemia de covid-19, e retomar somente no segundo.

Dessa vez, a retomada foi em dezembro, na metade da sexta rodada. O torneio teve oito participantes, que atuaram todos contra todos e turno único, com os quatro melhores indo para o mata-mata. Sem vencer desde 2015, o Tocantinópolis saiu da fila.

Na primeira fase, o Verdão do Norte ficou na segunda posição, com quatro vitórias e um empate em sete partidas, somando 13 pontos. O clube superou no saldo de gols o Palmas e o Araguacema, mas ficou distante cinco pontos do líder Interporto Na semifinal, passou pelo Palmas, que defendia o tricampeonato. Na ida, venceu por 2 a 1 fora. Na volta, fez 3 a 1 em casa.

A final foi contra o Araguacema, que eliminou o Interporto nos pênaltis. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Nilton Santos, em Palmas, e o Verdão venceu por 1 a 0. O título foi garantido no Estádio Ribeirão, com outra vitória por 1 a 0. Assim, o Tocantinópolis chegou ao seu quinto estadual, sendo um no amador e quatro no profissional.

A campanha do Tocantinópolis:
11 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Toc em Foco

River Plate Campeão da Libertadores 2015

Do topo ao poço, e do poço ao topo. O River Plate conheceu os dois lados da história. Longe do título da Libertadores desde 1996, o clube argentino colecionou decepções no início dos anos 2000 e acabou rebaixado para a segunda divisão nacional em 2011.

O time voltou à elite em 2013, e logo tornou a escalar a montanha da América do Sul. Em 2014, foi campeão argentino e da Copa Sul-Americana. E em 2015, chegou ao tricampeonato da Libertadores.

Porém, a primeira fase do Millonario foi sofrida. No grupo 7, enfrentou Tigres UANL, Juan Aurich e San José. Nas cinco primeiras partidas, a equipe não venceu. Com quatro empates, precisava vencer o San José, em casa, e secar o Juan Aurich, que recebeu o Tigres. Pois, o River fez 3 a 0 nos bolivianos, e os peruanos levaram 5 a 4 dos mexicanos. Com sete pontos, os argentinos beliscaram a vice-liderança com um ponto a mais que o Aurich.

De longe o pior dos 16 classificados, o River enfrentou seu maior rival nas oitavas de final, o Boca Juniors. No Monumental de Nuñez, vitória por 1 a 0. Na Bombonera, o jogo de volta durou só 45 minutos. Tudo porque, na volta do intervalo, um torcedor millonario jogou spray de pimenta no túnel do vestiário do Boca, e os jogadores recusaram-se a fazer o segundo tempo. A partida estava 0 a 0, e o W.O. a favor do River foi confirmado.

Nas quartas, os argentinos passaram pelo Cruzeiro, depois de perder em casa por 1 a 0 e reverter no Mineirão ao vencer por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o Guaraní do Paraguai ao ganhar por 2 a 0 no Monumental e empatar por 1 a 1 em Assunção.

Na final, o River reencontrou o Tigres, que na outra chave bateu Universitario de Sucre, Emelec e Internacional. A ida foi no México, no Estádio Universitario, em Monterrey. A partida foi complicada, mas os argentinos conseguiram segurar o 0 a 0. A volta aconteceu no Monumental de Nuñez, e o River Plate garantiu o título ao vencer por 3 a 0, gols de Lucas Alario, Carlos Sánchez e Ramiro Funes Mori.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 5 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP

San Lorenzo Campeão da Libertadores 2014

A vez de alguém sempre chega. Na Libertadores de 2014, o San Lorenzo finalmente tornou-se campeão. Do conhecido grupo dos cinco grandes da Argentina, o clube de Boedo foi o último a conseguir tal feito, 54 anos depois depois de ter sido o primeiro argentino a participar da competição.

Mas não foi fácil. No grupo 2 da primeira fase, o Ciclón enfrentou Botafogo, Unión Española e Independiente Del Valle. A vida argentina não estava decidida até a última rodada, depois de conseguir só uma vitória e perder duas vezes (por 2 a 0 para os brasileiros e por 1 a 0 para os chilenos, ambas fora) nas cinco partidas anteriores.

Com cinco pontos, o San Lorenzo precisava vencer o Botafogo, no Nuevo Gasómetro, e superar o Del Valle na pontuação ou nos critérios de desempate. Os equatorianos fizeram 5 a 4 no Unión e os azulgrana aplicaram 3 a 0 nos cariocas. Ambos foram a oito pontos, mas os argentinos tiveram saldo de gols um contra zero do rival. Classificado na vice-liderança da chave, o San Lorenzo foi apenas o 15º colocado no geral.

Nas oitavas de final, contra o Grêmio, o time deu continuidade ao crescimento depois de vencer a ida por 1 a 0, em casa, perder a volta pelo mesmo placar, fora, e conseguir derrotar os gaúchos por 4 a 2 nos pênaltis.

Nas quartas, foi a vez de passar pelo Cruzeiro com vitória por 1 a 0 no primeiro jogo, em Buenos Aires, e empatar por 1 a 1 o segundo, em Belo Horizonte. Na semifinal, o San Lorenzo eliminou o surpreendente Bolívar ao golear por 5 a 0 a ida, no Nuevo Gasómetro, e perder por 1 a 0 a volta, em La Paz.

A maluca fase final trouxe para o outro lado da decisão o Nacional do Paraguai, que derrotou Vélez Sarsfield, Arsenal de Sarandí e Defensor. A primeira partida aconteceu em Assunção, no Defensores del Chaco, e o franco favorito azulgrana empatou por 1 a 1. A volta foi no Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, e o San Lorenzo exorcizou seu maior fantasma e levou o título inédito ao vencer por 1 a 0, gol marcado por Néstor Ortigoza, de pênalti.

A campanha do San Lorenzo:
14 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 16 gols marcados | 9 gols sofridos



Foto Martin Acosta/Reuters

Atlético-MG Campeão da Libertadores 2013

O Brasil estabeleceu seu recorde no topo da Libertadores em 2013. E novamente com um clube que estava atrás de um título inédito. O Atlético-MG somava poucas participações na competição, a última havia sido em 2000. Mas o vice no Brasileiro de 2012 tornou possível o retorno do time mineiro.

Na primeira fase, o Galo ficou no grupo 3, ao lado de São Paulo, The Strongest e Arsenal de Sarandí. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias - duas delas por 5 a 2 sobre o Arsenal - e uma derrota. Líder com a melhor campanha geral, o Atlético somou 15 pontos.

O São Paulo voltou a ser adversário do Galo nas oitavas de final. No Morumbi, vitória por 2 a 1. A classificação foi confirmada em Belo Horizonte, com goleada de 4 a 1. Nas quartas de final, dois difíceis confrontos com o Tijuana, do México. A ida foi no Estádio Caliente, e terminou 2 a 2.

A volta, no Independência, contou com o lance mais simbólico. Acréscimos do segundo tempo, e os mexicanos têm um pênalti que poderia eliminar o Atlético. O atacante Riascos bateu, mas Victor, com o pé esquerdo, defendeu. O jogo terminou 1 a 1 e o Galo foi para a semifinal pelo gol fora de casa.

Então, mais emoção contra o Newell's Old Boys. O alvinegro acabou superado por 2 a 0 na ida, em Rosario. A volta foi em Belo Horizonte, e os mineiros devolveram o 3 a 0. Nos pênaltis, 3 a 2 para o Atlético.

O adversário na final foi o Olimpia, que tirou do caminho Tigre, Fluminense e Santa Fe. No primeiro jogo no Defensores del Chaco, em Assunção, derrota por 2 a 0 obrigaria o Galo a jogar novamente por uma vitória obrigatória na volta.

O segundo jogo foi no Mineirão, e o alvinegro conseguiu seus 2 a 0, com gols de Jô e Leonardo Silva, este segundo marcando aos 41 do segundo tempo. Depois de toda a prorrogação, outra decisão nos pênaltis. São Victor apareceu novamente e defendeu duas cobranças, enquanto os atleticanos não perderam nenhuma. Por 4 a 3, o Atlético-MG saiu da sombra e conquistou sua primeira Libertadores, histórica e incontestável.

A campanha do Atlético-MG:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Bruno Cantini/Atlético-MG