Independiente Campeão da Supercopa Libertadores 1995

A Supercopa Libertadores atingiu o ápice de participantes a partir de 1995. Com a entrada do Vélez Sarsfield um ano depois do título continental, a competição foi para 17 times. Para manter o mata-mata perfeito, a Conmebol determinou que uma das oito chaves das oitavas de final seria um triangular. São Paulo, Olimpia e Boca Juniors fizeram quatro jogos cada, com classificação foi brasileira.

Os outros sete confrontos foram simples, que levaram à mais uma conquista do Independiente, que chegou ao bicampeonato consecutivo. A campanha roja começou contra o mesmo adversário de 1994: o Santos. No primeiro jogo, apenas empate por 1 a 1 na Doble Visera. Na segunda partida, outro empate por 2 a 2 na Vila Belmiro levou a disputa aos pênaltis, onde os argentinos venceram por 3 a 2. 

Nas quartas, o Independiente encarou o Atlético Nacional. A ida aconteceu Medellín, no Atanasio Girardot, terminando com derrota argentina por 1 a 0. A volta foi na Doble Visera, e os rojos precisavam partir ao ataque para reverter o resultado. Ainda no primeiro tempo, Gustavo López anotou os dois gols que deram a vitória por 2 a 0 e mais uma classificação.

A semifinal foi um clássico argentino, entre Independiente e River Plate. A primeira partida foi em Avellaneda, mas os rojos iniciaram levando dois gols. A reação e o empate por 2 a 2 veio na etapa final. O segundo jogo foi no Monumental, acabando em outro empate, por 0 a 0. Nos pênaltis, o Independiente mais uma vez foi melhor e venceu por 4 a 1.

A decisão da Supercopa foi entre Independiente e Flamengo, que eliminou Vélez Sarsfield, Nacional do Uruguai e Cruzeiro. A ida foi disputada na Doble Visera, e o time rojo começou muito bem, marcando logo no primeiro minuto com Javier Mazzoni. Aos 27 do segundo tempo, Cristian Domizzi fez 2 a 0. A volta aconteceu no Maracanã, e os argentinos seguraram o ímpeto de 105 mil torcedores ao perder por apenas 1 a 0, insuficiente para tirar o bicampeonato rojo.

A campanha do Independiente:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Independiente Campeão da Supercopa Libertadores 1994

Pelo terceiro ano consecutivo, a Supercopa Libertadores manteve o regulamento com mata-mata perfeito, de 16 times. Mas só ocorreu porque a Conmebol não teve tempo de incluir o novo campeão da Libertadores, o Vélez Sarsfield, na edição de 1994, pois o término de uma foi uma semana antes do início da outra.

Argentino a mais, argentino a menos, o fato é que a Argentina recuperou a hegemonia da competição, para não largar mais. O Independiente acabou com dez anos de tabu sem vencer competições internacionais na Supercopa de 1994, com direito a revanche e tudo.

A campanha roja foi quase uma Copa do Brasil. Nas oitavas de final, o time passou pelo Santos depois de perder a ida por 1 a 0 na Vila Belmiro, e golear a volta por 4 a 0 na Doble Visera, em Avellaneda. Nas quartas, o adversário foi o Grêmio. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico, em Porto Alegre, ficando empatado por 1 a 1. A segunda partida foi em Avellaneda, e o Independiente  venceu por 2 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Cruzeiro. Outra vez, os rojos vieram ao Brasil para fazer a partida de ida. No Mineirão, nova derrota por 1 a 0 deixou o time na obrigação de fazer o placar positivo na volta. E tal qual nas oitavas, o Independiente avançou com goleada na Doble Visera: 4 a 0, com dois gols de Albeiro Usuriaga, um de Sebastián Rambert e um de Juan Serrizuela.

A final foi contra o Boca Juniors, que bateu Nacional do Uruguai, River Plate e São Paulo. Era a chance de revanche do Independiente, que em 1989 foi vice para o rival. O primeiro jogo aconteceu em La Bombonera. Os donos de casa saíram de casa no primeiro tempo, mas Rambert buscou o empate por 1 a 1 aos 37 minutos do segundo tempo tempo. A segunda partida foi na Doble Visera, e com outro gol de Rambert, o rojo venceu por 1 a 0 e ficou com o título inédito.

A campanha do Independiente:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

São Paulo Campeão da Supercopa Libertadores 1993

Nada de mudança da realização da Supercopa Libertadores em 1993. Todos os 16 campeões entraram na disputa dispostos a vencer, e a honra coube ao então vencedor do campeonato-pai, o São Paulo, dono do melhor futebol do continente (e do mundo, por que não?) à época.

A estreia são-paulina foi nas oitavas de final, contra o Independiente. Na ida no Morumbi, vitória por 2 a 0. Na volta em Avellaneda, o Tricolor segurou empate por 1 a 1 e avançou. Nas quartas de final o enfrentamento foi contra o Grêmio. A parada foi mais difícil nesta fase, pois na primeira partida o São Paulo ficou somente no empate por 2 a 2 em casa. As coisas tiveram que ser resolvidas em Porto Alegre, onde o time paulista venceu por 1 a 0, gol de Toninho Cerezo.

Outros dois jogos complicados foram a semifinal, contra o Atlético Nacional. Novamente fazendo a ida em casa, o São Paulo arrancou a vantagem mínima e a vitória por 1 a 0 dos colombianos. Na volta em Medellín o Tricolor saiu na frente do marcador, mas sofreu a virada no segundo tempo. Derrotado por 2 a 1, o São Paulo precisou vencer por 5 a 4 nos pênaltis.

A decisão da Supercopa de 1993 é até hoje lembrada como uma das mais legais que o futebol brasileiro já viu. Contra o Flamengo, que passou por Olimpia, River Plate e Nacional do Uruguai, o São Paulo fez o primeiro jogo no Maracanã. O Tricolor largou na frente com Leonardo, mas sofreu a virada no começo do segundo tempo. Juninho Paulista empatou por 2 a 2 faltando quatro minutos para acabar.

A situação se inverteu no Morumbi, com o time carioca saindo na frente, sofrendo a virada paulista e empatando por 2 a 2 a nove minutos do fim. Tudo ficou para ser decidido nos pênaltis mais uma vez, e a sorte seguiu ao lado do Tricolor. Por 5 a 3, o São Paulo conquistou o título inédito, que coroou ainda mais a geração são-paulina dos anos 90.

A campanha do São Paulo:
8 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/São Paulo

Cruzeiro Campeão da Supercopa Libertadores 1992

Enfim, o mata-mata perfeito. A Supercopa Libertadores de 1992 foi a primeira contar com 16 participantes, dados o retorno do Atlético Nacional e a entrada do recém-campeão São Paulo no torneio. Com isso, todos os times passaram a entrar na mesma fase, sem precisar pular etapas antes ou depois.

Mas a competição não ficou marcada apenas por isso, e sim por ter tido o primeiro bicampeão da história. O Cruzeiro manteve o pique do título um ano depois e chegou à segunda taça com uma campanha menos tensa que a anterior. Nas oitavas de final contra o Atlético Nacional, conseguiu a classificação com empate por 1 a 1 em Medellín, e uma estrondosa goleada por 8 a 0 em Belo Horizonte. Cinco gols foram anotados por Renato Gaúcho.

Embaladíssimo para as quartas, a Raposa enfrentou o River Plate. O primeiro jogo foi no Mineirão, e a vitória foi mais econômica, por 2 a 0. A segunda partida, no Monumental, foi marcada pelo sofrimento, pois a Raposa segurava o empate até os 43 minutos do segundo tempo. Dois pênaltis foram assinalados contra, e Cruzeiro levou 2 a 0 até os 46. Nos pênaltis, o alívio veio na vitória por 5 a 4.

O Cruzeiro avançou à semifinal. O adversário foi o Olimpia, com o primeiro jogo realizado no Defensores del Chaco, em Assunção. Contra a pressão rival, a Raposa venceu por 1 a 0 e abriu vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a classificação foi confirmada com empate por 2 a 2.

A decisão da Supercopa repetiu 1988, contra o Racing. Os argentinos superaram Independiente, Nacional e Flamengo. A ida da revanche cruzeirense foi no Mineirão. Sem dar chances ao azar, os brasileiros venceram por 4 a 0, com dois gols de Renato Gaúcho, um de Boiadeiro e outro de Luís Fernando Flores. A volta foi no El Cilindro, e bastou à Raposa cozinhar o tempo. O time sofreu um gol a cinco minutos do fim e perdeu por 1 a 0, mas nem por isto a festa do bicampeonato foi menor.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista Sólo Fútbol

Afogados Campeão Pernambucano Série A2 2023

Entre as principais divisões de acesso estaduais do Brasil em 2023, a de Pernambuco foi a última a ser disputada. Com as equipes rebaixadas da primeira divisão do mesmo ano, a competição teve a presença de 12 times. Um dos que caíram na primeira divisão foi o Afogados, que teve a chance de buscar o retorno no mesmo ano e conseguiu.

Só um time subiu na Série A2 pernambucana, portanto, a Coruja do Pajeú também ficou com o título, o primeiro de sua história. A competição foi toda disputada em pontos corridos, em turno único. Com uma campanha sólida desde o início, o Afogados obteve a conquista com uma rodada de antecedência, na vitória por 3 a 1 sobre o Vera Cruz em casa, no Estádio Vianão.

Em 11 jogos, a Coruja venceu dez e empatou um, liderando o torneio em dez rodadas. Só não foi a primeira colocada na sexta jornada, quando foi ultrapassada pelo Vitória das Tabocas no saldo de gols. No mais, o título veio de maneira irrepreensível.

A campanha do Afogados:
11 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 28 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Rafael Vieira/FPF

Vitória Campeão Brasileiro Série B 2023

O roteiro para o título do Vitória no Brasileirão Série B de 2023 é um dos mais bonitos já vistos na história recente do futebol brasileiro. A história começa ainda em 2022, quando o time baiano estava na Série C e ocupava a zona de rebaixamento para a quarta divisão. Mas a virada aconteceu a tempo e o Leão da Barra arrancou rumo ao acesso na competição.

Em 2023, ninguém colocou o Vitória como favorito a brigar por uma das vagas na Série A, principalmente depois da eliminação na primeira fase do estadual. Porém, o clube trabalhou quieto e foi obtendo os resultados necessários para o retorno à elite de pois de seis anos e o primeiro título nacional em 124 anos de história.

A campanha rubro-negra começou com vitória por 3 a 0 sobre a Ponte Preta no Barradão. Foram mais quatro vitórias nas partida seguintes, até a primeira derrota, por 3 a 2 para o Atlético-GO em casa. Nesta altura, o Vitória já era o líder do campeonato, posição que ocupou na terceira rodada, entre a quinta e a 11ª, na 18ª, 19ª e 21ª, e em definitivo a partir da 24ª.

Enquanto outras oito equipes se embolaram na luta por três lugares na zona de acesso, o Leão foi acumulando vitórias no último quarto da Série B, se distanciando do restante do bolo e se credenciando como único candidato ao título. A arrancada para a taça começou na 28ª rodada, na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo-SP no Barradão.

Depois, o time conseguiu mais quatro vitórias, dois empates e uma derrota, até a 36ª rodada. Contra o Novorizontino no interior paulista, uma vitória de virada, por 2 a 1, garantiu o acesso e o título rubro-negro. Em 36 jogos até a conquista, o Vitória venceu 21, empatou seis e perdeu nove.

A campanha do Vitória:
37 jogos | 22 vitórias | 6 empates | 9 derrotas | 49 gols marcados | 28 gols sofridos


Foto Victor Ferreira/Vitória

Cruzeiro Campeão da Supercopa Libertadores 1991

Depois de três edições com somente um vice-campeonato, o Brasil chegou ao primeiro título da Supercopa Libertadores em 1991. E foi logo com o clube que amargou a segunda posição em 1988, o Cruzeiro. Antes, a competição teve entrada do Colo-Colo, novo campeão da Libertadores que fez o número de participantes voltar para 14, visto que o Atlético Nacional optou por não disputar, mesmo sem estar mais punido pela Conmebol. 

Para chegar ao primeiro título na Supercopa, o time mineiro superou uma campanha emocionante. Nas oitavas de final, enfrentou o Colo-Colo. O primeiro jogo foi em Belo Horizonte, e ficou empatado por 0 0. A segunda partida foi em Santiago, e outro empate sem gols levou o confronto aos pênaltis, onde a Raposa venceu por 4 a 3.

Nas quartas foi a vez de encarar o Nacional do Uruguai. Na ida, no Mineirão, o Cruzeiro goleou por 4 a 0, com três gols do atacante Charles e outro de Boiadeiro. Na volta, no Centenário, a equipe teve uma má atuação e perdeu por 3 a 0, obtendo a classificação na base do drama e da tensão.

A semifinal foi disputada contra o Olimpia, defensor da taça. Assim como duas fases antes, os mineiros tiveram dois empates nos confronto, por 1 a 1 em Belo Horizonte e por 0 a 0 no Paraguai. Os pênaltis fizeram novamente a felicidade cruzeirense, com a vitória por 5 a 3 e a vaga na final.

Na decisão, a Raposa enfrentou o River Plate, que bateu Grêmio, Flamengo e Peñarol. O primeiro jogo foi no Monumental, e o Cruzeiro saiu derrotado por 2 a 0. O segundo jogo foi no Mineirão. Precisando de gols, a Raposa foi ao ataque e a todo custo conseguiu o objetivo. Ademir abriu o placar no primeiro tempo e Mário Tilico anotou dois gols no segundo tempo. Com a vitória por 3 a 0, o Cruzeiro chegou ao histórico título, um dos primeiros que consolidaram a fama de copeiro ao clube.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 8 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nélio Rodrigues/Placar