São Paulo Campeão Paulista 1970

O Campeonato Paulista é o mais disputado e importante do Brasil. E também o mais antigo, tendo começado em 1902. O torneio é dominado pelas quatro maiores forças do estado, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, mas de vez em quando aparecem algumas surpresas, com título ou não.

No ano de 1970, o panorama do Paulistão era o seguinte: Palmeiras e Santos alternaram suas conquistas ao longo da década de 1960, enquanto Corinthians e São Paulo viviam longos jejuns, um desde 1954 e o outro desde 1957. Para o Tricolor, a fila acabaria naquele ano mesmo, pouco depois de o clube ter concluído a obra do Estádio do Morumbi e voltado a focar suas finanças na formação do elenco.

O estadual em 1970 foi disputado por 16 clubes, em duas fases. Na primeira, 11 times do interior e do litoral disputaram dois turnos preliminares, de onde saíram classificados os cinco primeiros colocados. Na fase final, essas cinco equipes juntaram-se à Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, Santos e São Paulo em outro enfrentamento de dois turnos. Após 18 rodadas, o clube com mais pontos tornou-se campeão.

Os times classificados da primeira fase foram Guarani, Ferroviária, Botafogo de Ribeirão Preto, Ponte Preta e São Bento. O início da campanha do nono título do São Paulo foi com vitória por 1 a 0 sobre o São Bento em casa. Na sequência, perdeu por 2 a 1 para a Portuguesa e empatou por 2 a 2 com a Ponte Preta. As vitórias reapareceram nos 3 a 2 sobre o Santos fora de casa.

Com um futebol vistoso e seguro, o Tricolor foi batendo seus adversários um a um, caminhando para colocar fim nos 13 anos de fila de títulos paulista. Na penúltima rodada, o São Paulo visitou o Guarani no Brinco de Ouro, em Campinas, precisando da vitória junto com dois tropeços de Palmeiras e Ponte Preta, os perseguidores na tabela. Os rivais empataram seus jogos, enquanto os são-paulinos venceram por 2 a 1 e confirmaram a conquista antecipada. Na última partida, ainda sobrou espaço para erguer a taça com vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Morumbi.

A campanha do São Paulo:
18 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Acervo/Gazeta Press

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1969

O Campeonato Pernambucano é dominado por três forças de Recife: Sport, Náutico e Santa Cruz, com algumas alternâncias de hegemonia ao longo da história. No caso do Santinha, a maior dominância aconteceu entre 1969 e 1973, quando o clube venceu o penta estadual.

Imediatamente antes, o rival Náutico havia chegado ao hexa em Pernambuco. Ao passo que o Santa Cruz já estava há dez anos sem vencer. O ponto de virada na história veio no fim da década de 1960, em uma competição com oito participantes e regulamento simples. Na primeira fase, as equipes se enfrentaram em dois turnos. O líder garantiu vaga na decisão e os seis primeiros avançaram à segunda fase, que também disputada em dois turnos. Ao fim da fase, o líder garantiu a outra vaga na final.

O Santa Cruz iniciou a campanha do 10º título estadual enfrentando Sport, Náutico, Central, América de Recife, Santo Amaro, Ferroviário de Recife e Íbis. Em 14 partidas, o time venceu 11, empatou duas e perdeu uma, somando 24 pontos. Mas, apesar do alto aproveitamento e algumas goleadas, como os 15 a 2 sobre o Santo Amaro na quarta rodada, o Tricolor ficou na segunda posição da fase, um ponto atrás do rival Sport, que se colocou na final.

A última chance de classificação era o hexagonal da segunda fase, onde o Santinha encarou novamente Sport, Náutico, Central, América e Santo Amaro. Em mais dez jogos, a equipe venceu sete, empatou uma e perdeu duas. Com 15 pontos, o Santa Cruz garantiu lugar na decisão de maneira antecipada, ao golear o Santo Amaro por 4 a 0 em Recife.

O Clássico das Multidões decidiu o título pernambucano de 1969. Ainda sem o estádio próprio, o Santa Cruz mandou seus jogos nos Aflitos, enquanto o Sport possuía a Ilha do Retiro. A primeira partida foi na casa rubro-negra, mas o Santa venceu por 3 a 0. O segundo jogo foi com mando tricolor, e ficou empatado por 0 a 0, forçando o terceiro confronto. De novo na Ilha do Retiro, o Santa Cruz perdeu por 2 a 0 para o rival, o que levou ao quarto jogo. Por fim, de volta aos Aflitos, o Santinha fez 2 a 1 no Sport e colocou fim à decisão e ao jejum de títulos.

A campanha do Santa Cruz:
28 jogos | 20 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 78 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Internacional Campeão Gaúcho 1969

O Campeonato Gaúcho é um dos estaduais mais polarizados do Brasil. Quase sempre, ou ganha o Grêmio ou ganha o Internacional. Mas existem aquelas épocas em que só um dos rivais vence. Foi o caso do Colorado entre 1969 e 1976, que emendou um inesquecível octacampeonato.

A década de 1960 não estava boa para o Inter, que viu seu maior rival conquistar um hepta entre 1962 e 1968. Porém, no apagar das luzes, em 1969, tudo começaria a mudar. Primeiro, o clube inaugurou o Beira-Rio, em Porto Alegre, que se tornou o maior aliado do time em uma era de dominação. Depois, veio o 17º título estadual. Sem mais precisar direcionar dinheiro para as obras do estádio, o Colorado voltou a investir mais forte no elenco, que rendeu o primeiro fruto logo na primeira competição.

O Gauchão de 1969 foi disputado por 18 times. Na primeira fase, eles ficaram divididos em dois grupos e se enfrentaram em dois turnos. Na fase final, os quatro melhores de cada chave disputaram um octogonal, também em dois turnos. O Inter ficou no grupo A e enfrentou Cruzeiro de Porto Alegre, Gaúcho de Passo Fundo, Santa Cruz, Novo Hamburgo, Juventude, Farroupilha, Pelotas e São Paulo de Rio Grande. Em 16 jogos, o Colorado conseguiu 13 vitórias, um empate e duas derrotas, que deixaram a equipe com 27 pontos, classificada na primeira colocação da chave.

No octogonal final, Inter, Cruzeiro, Gaúcho e Santa Cruz juntaram-se a Grêmio, Flamengo (atual Caxias), Brasil de Pelotas e 14 de Julho de Passo Fundo. Foram mais 14 jogos para o Colorado reconquistar o título. Na estreia, bateu o 14 de Julho por 3 a 0 em Porto Alegre. Na sequência até a última rodada, o time fez mais doze partidas, com oito vitórias, três empates e uma derrota.

Para a última rodada, o Inter chegou como líder, com 21 pontos. Com sete vitórias e seis empates, o Grêmio era o segundo com 20 pontos e o único que tinha chance de ultrapassá-lo. A decisão aconteceu em um Grenal no Beira-Rio. No jogo do turno, no Olímpico, os times empataram sem gols. Ou seja, se o resultado se repetisse, o Colorado seria o campeão. E foi o que aconteceu. Com o regulamento a favor, o Internacional segurou o 0 a 0 e levou o título que deu início a sua maior hegemonia estadual.

A campanha do Internacional:
30 jogos | 22 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 53 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista do Esporte

Campeonatos estaduais: uma explicação para o novo projeto do blog


Hoje (30 de junho de 2024), o blog Edição dos Campeões dá início ao seu maior projeto: contar a história dos campeões estaduais brasileiros nas últimas décadas. Foram quase dez anos de trajetória até que chegasse o momento. Antes, passamos pelos mais variados torneios mundiais, continentais, nacionais e regionais, de clubes, seleções e femininos.

Uma hora ou outra os estaduais seriam nosso objeto de trabalho, tanto que a pesquisa de fotos foi iniciada há alguns anos. Mas, como são 27 campeonatos, não é tão simples para encontrar material de qualidade de todos os estados em todos os anos. Afinal, esse tipo de disputa existe desde 1902, com o Campeonato Paulista. Também não foi fácil encontrar um método para as postagens.

Depois de muita pesquisa e planejamento, o blog enfim chegou a uma conclusão, conforme segue:

  • Não serão postados os estaduais desde a primeira edição, pois tem campeonatos com mais de 120 anos de existência e tem times extintos do século 20 que é impossível de encontrar fotos decentes.
  • Nosso ponto de partida será 1970, porque é o ano da conquista definitiva da taça da Copa do Mundo e da criação da Revista Placar, nossa principal fonte de pesquisa.
  • São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, Ceará e Goiás terão fotos postadas desde 1970. As exceções serão RS e PE, que iremos começar em 1969, pois neste ano seus campeões iniciaram sequências de títulos. Com o avançar das temporadas, mais estados irão entrar na lista.
  • Quando chegarmos em 1973, começaremos com o Pará.
  • Quando chegarmos em 1978, começaremos com Sergipe.
  • Quando chegarmos em 1979, começaremos com Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
  • Quando chegarmos em 1980, começaremos com Alagoas, Maranhão e Piauí.
  • Quando chegarmos em 1981, começaremos com a Paraíba.
  • Quando chegarmos em 1982, começaremos com o Amazonas.
  • Quando chegarmos em 1989, começaremos com o Acre.
  • Quando chegarmos em 1991, começaremos com Amapá e Rondônia.
  • Quando chegarmos em 1993, começaremos com o Tocantins.
  • Quando chegarmos em 1995, começaremos com Roraima.

O roteiro dos estaduais também será entrecortado por postagens de outros campeonatos e dos campeões comuns da temporada vigente, conforme o planejamento do blog. Nosso início com as postagens será no próximo dia 02 de julho. Até o próximo post!

Argentina Campeã da Copa América 2021

Louca por invencionices, a Conmebol mexeu mais uma vez na estrutura da Copa América. Com a desculpa do realinhamento de calendário aos anos pares, a entidade resolveu organizar mais uma edição do campeonato em 2020, um ano depois da última edição realizada até ali, repetindo o que havia acontecido em 2015 e 2016. Ficou acertado então que a disputa seria sediada em dois países, Colômbia e Argentina, com 12 seleções divididas em dois grupos, seguido de quartas, semi e final.

Porém, o mundo entrou na pandemia de covid-19 no início de 2020, fazendo a Conmebol adiar a Copa América para 2021. Só que, perto de começar, os convidados Catar e Austrália desistiram de jogar e Colômbia e Argentina abriram de organizar o campeonato, um alegando caos social no país, o outro alegando a própria pandemia. No fim, o Brasil se ofereceu para ser o anfitrião, resolvendo o problema. Mais ainda no fim, nenhuma das quatro cidades-sedes - Rio de Janeiro, Brasília, Cuiabá e Goiânia - liberou o público nos estádios, a fim de evitar aglomerações e a propagação do vírus da covid-19.

A primeira fase do torneio aconteceu com duas chaves de cinco times. No grupo A, a Argentina deu início à campanha que colocou fim na fila de 28 anos sem títulos com o time principal e deu à Lionel Messi sua primeira conquista de seleções. Os adversários de La Albiceleste foram Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Na estreia, a equipe empatou por 1 a 1 com os chilenos. Depois do tropeço, os argentinos emendaram três vitórias, por 1 a 0 sobre os uruguaios, por 1 a 0 sobre os paraguaios e por 4 a 1 sobre os bolivianos. Ao final da fase, a Argentina se classificou na liderança, com dez pontos. 

Nas quartas de final, La Albiceleste enfrentou o Equador. Com gols de Rodrigo De Paul, Lautaro Martínez e Messi, os argentinos venceram por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de encarar a Colômbia. Depois de empatar por 1 a 1 no tempo normal, a Argentina conseguiu a vaga na final ao ganhar por 3 a 2 nos pênaltis. O destaque da classificação foi o goleiro Emiliano Martínez, que defendeu três cobranças colombianas.

Na final, a Argentina fez o clássico contra o Brasil, que superou Venezuela, Chile e Peru. A partida foi disputada no Maracanã, diante de 7.800 pessoas, sob autorização da prefeitura do Rio de Janeiro. La Albiceleste conquistou o título ao vencer por 1 a 0, gol marcado por Ángel Di María aos 22 minutos do primeiro tempo. Em plena casa brasileira, os argentinos quebraram o tabu de quase três décadas sem levantar uma taça. Além disso, também acabaram com outra marca histórica: o Brasil jamais havia perdido uma Copa América quando foi país-sede. Aconteceu pela primeira vez.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/Dia Esportivo/Foto Baires

Brasil Campeão da Copa América 2019

O calendário da Copa América voltou ao normal em 2019. Na oportunidade, a competição foi sediada no Brasil. Foi a quinta vez na história que a competição aconteceu em terras brasileiras, em movimentação que corroborou com o sistema de rodízio de sedes e a prometida inversão de posição com o Chile.

O regulamento da Copa América também voltou ao normal de 12 participantes, os dez sul-americanos e os dois convidados. Mas, diferentemente do que vinha acontecendo desde 1993, nenhum deles foi o México ou algum outro das Américas do Norte e Central. As vagas foram preenchidas por Japão e Catar, o primeiro repetindo 1999 e o segundo para dar experiência ao anfitrião da Copa do Mundo de 2022.

Acima de tudo isso, estava o fato de que o Brasil jamais havia perdido a competição em casa. Era preciso manter a escrita. Escaldada pelos fracassos recentes tanto em mundiais quanto em sul-americanos, a seleção Canarinho foi com tudo para buscar o nono título. A equipe enfrentou Bolívia, Venezuela e Peru no grupo A da primeira fase.

Na estreia, os brasileiros venceram por 3 a 0 os bolivianos em São Paulo, no Morumbi. A euforia abaixou na segunda rodada, no empate por 0 a 0 com os venezuelanos em Salvador, na Fonte Nova. A situação melhorou na rodada final, na goleada por 5 a 0 sobre os peruanos novamente em São Paulo, mas na Arena Corinthians. No fim, o Brasil se classificou como líder da chave, com sete pontos.

Nas quartas de final, a Canarinho enfrentou o Paraguai, mas voltou a ficar no 0 a 0 em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. A classificação teve que vir nos pênaltis, por 4 a 3, que acabou com os traumas das eliminações de 2011 e 2015 na mesma fase, para o mesmo adversário e na mesma condição. Na semifinal, contra a Argentina, o Brasil às boas atuações e venceu por 2 a 0 em Belo Horizonte, no Mineirão.

O Brasil estava de volta à decisão da Copa América após 12 anos. O adversário foi o Peru, que eliminou Bolívia, Uruguai e Chile. Os brasileiros eram francos favoritos ao título, que foi disputado no Maracanã, no Rio de Janeiro. Com o apoio do torcedor, a Canarinho não deu chances aos peruanos e venceu por 3 a 1, com gols de Everton, Gabriel Jesus e Richarlison, os dois primeiros na etapa inicial e o último na etapa complementar.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Luis Acosta/AFP

Chile Campeão da Copa América 2016

Em 2016, a Conmebol completou 100 anos de existência, e a entidade não quis passar a data em branco de nenhuma maneira. Para tanto, foi criada uma edição extra da Copa América, apenas um ano depois da realização da mais recente. Foi o pretexto para que fossem tentadas mudanças, como o regulamento com 16 seleções e a sede totalmente incomum e fora da América do Sul, nos Estados Unidos. Oficialmente, a competição chamou-se Copa América Centenário, com troféu especial.

A organização do torneio foi em parceria com a Concacaf, que comanda o futebol nas Américas do Norte e Central. Além dos Estados Unidos, os demais convidados foram México, Costa Rica, Jamaica, Haiti e Panamá, o que fez a quantidade de grupos pular de três para quatro.

O título ficou mais uma vez com o Chile, que não tinha mais Jorge Sampaoli como técnico, em campanha de crescimento no andamento do campeonato. Sob o comando de Juan Antonio Pizzi, o time ficou no grupo D, contra Argentina, Bolívia e Panamá. A estreia foi com derrota por 2 a 1 para os argentinos. A primeira vitória veio sobre os bolivianos, por 2 a 1. A fase terminou com outra vitória, por 4 a 2 sobre os panamenhos. Com seis pontos, La Roja se classificou na vice-liderança.

O Chile foi embalando aos poucos rumo ao bicampeonato consecutivo. Nas quartas de final, eliminou o México com uma goleada inesperada por 7 a 0, com quatro gols de Eduardo Vargas, dois de Edson Puch e um de Alexis Sánchez. Na semifinal, venceu a Colômbia por 2 a 0, com gols de Charles Aránguiz e José Pedro Fuenzalida, o que garantiu mais uma final aos chilenos.

O adversário seria mais uma vez a Argentina, repetindo a decisão de 2015 e a estreia semanas antes. Os argentinos, além de Bolívia e Panamá, também passaram por Venezuela e Estados Unidos. Desta vez, La Roja não teria o fator local a favor, com a partida acontecendo no Estádio MetLife, localizado no distrito de East Rutherford, na região de Nova York e Nova Jersey.

Com menos apoio do torcedor nas arquibancadas, o Chile se reservou apenas a espantar o ataque argentino e especular os contra-ataques. Os times tiveram um expulso de cada lado, e assim como em 2015, o placar não saiu do 0 a 0 em 120 minutos. De novo, os pênaltis definiram o título entre chilenos e argentinos. E de novo, o Chile foi mais eficiente nas cobranças. Arturo Vidal perdeu a primeira, mas Nicolás Castillo, Aránguiz, Jean Beausejour e Francisco Silva converteram as suas e a equipe conquistou o segundo título sul-americano na história.

A campanha do Chile:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Omar Torres/AFP/Getty Images