Tuna Luso Campeã do Brasileiro Série C 1992

Na virada dos anos 80 até a metade da década de 90, a Série C foi disputa com intervalos de duas temporadas, devidos as constantes reorganizações que a CBF fazia na segunda divisão. As Séries B de 1989 e 1991 foram inchadas, o que cancelou a disputa da terceira divisão. Em 1993 nem houve disputa. Já em 1990 e 1992 houve a contramão, quando a segundona encolheu e a Série C pode ser organizada. 

A edição de 1992 teve uma fórmula parecida com as anteriores, com os times se classificando pelo desempenho nos estaduais. Eterna terceira força do futebol do Pará, a Tuna Luso já vinha com a experiência do título da Série B sete anos antes.

As 31 equipes participantes da Série C foram divididas em sete grupos. A Tuna Luso ficou no grupo 2, ao lado de Flamengo-PI, Izabelense, Sampaio Corrêa e Moto Club. A estreia tunante foi contra o Moto Club, vitória em casa por 1 a 0, seguida por mais três triunfos, todos em Belém: 1 a 0 no Flamengo-PI, 3 a 1 no Izabelense e 3 a 0 no Sampaio Corrêa. Na jornada como visitante, a Tuna empatou em 0 a 0 com o Moto Club no Maranhão, venceu por 1 a 0 o Izabelense em Santa Izabel, empatou em 1 a 1 com o Flamengo no Piauí e venceu por 1 a 0 o Sampaio Corrêa em São Luís.

Com 14 pontos, ficou na liderança e com a única vaga do grupo. Na segunda fase, foi a vez de formar chave com o Auto Esporte e com o Nacional-AM. A Águia do Souza começou vencendo o Auto Esporte por 1 a 0 na Paraíba. Na sequência, segurou empate em 0 a 0 com o Nacional-AM e venceu o Auto Esporte por 1 a 0, ambos no Pará. Por fim, empatou em 1 a 1 com o Nacional em Manaus, o que deu à Tuna a liderança do grupo com seis pontos, e a vaga na final.

O adversário da Tuna Luso na decisão foi o Fluminense de Feira de Santana. A partida de ida foi na Bahia, no Estádio Joia da Princesa, e o time alviverde perdeu por 2 a 0. Isto lhe obrigou a devolver o saldo de gols para ser campeão, já que possuía melhor campanha. O jogo de volta foi em Belém, no Estádio Baenão, e teve todos os requintes dramáticos. A Tuna vencia só pelo placar mínimo (gol de Ageu) até os 42 minutos do segundo tempo, quando o Fluminense empatou. Aos 45, o reserva Manelão colocou os paraenses novamente na frente, mas o resultado ainda era insuficiente.

Eis que aos 49, o atacante Júnior cobrou um escanteio, e o zagueiro Juninho, que testou o mais forte possível para fazer 3 a 1. A partida acabou os 54 minutos, quando a torcida da Tuna Luso invadiu o campo para comemorar o título da Série C de 1992. Esta foi a última grande glória do time tunante, que frequentou a Série B até 2001, e depois nunca mais passou da terceira divisão.

A campanha da Tuna Luso:
14 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 6 gols sofridos

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Foto Cezar Magalhães/Arquivo

Atlético-GO Campeão Brasileiro Série C 1990

A terceira divisão do Campeonato Brasileiro não era considerada uma prioridade até há alguns anos. Suas primeiras edições foram intermitentes e com regulamentos aleatórias. Após a disputa de 1988, a CBF cancelou a organização da Série C em 1989, optando por inchar a segunda divisão.

Mas em 1990 a terceirona já estava de volta. Mais magra em relação a dois anos antes, mas com o mesmo intuito de reunir os times pequenos que foram bem nos estaduais. Foram 30 clubes na disputa, divididos em seis grupos. E o campeão foi o Atlético-GO, uma das principais forças do futebol goiano e do Centro-Oeste.

O Atlético-GO entrou na Série C através do grupo 3, junto com Ubiratan, União Rondonópolis, Vila Nova e Gama. Com uma campanha irretocável, o Dragão não teve nenhum problema na primeira fase. Estreou goleando o rival Vila Nova por 4 a 1, fez 1 a 0 no Gama e 5 a 1 no Ubiratan do Mato Grosso do Sul, ambos no Serra Dourada, e venceu o União por 2 a 1 no Mato Grosso. Com oito pontos, se classificou na liderança.

Nas quartas de final, repetiu dois jogos contra o Gama. Perdeu por 1 a 0 em Brasília, mas reverteu com um fácil 4 a 0 em Goiânia. Na semifinal, o Atlético-GO enfrentou o América-RN, fazendo uma vantagem de 2 a 0 na partida de ida no Machadão, em Natal, e concretizando a vaga na final com um belo 5 a 2 no Serra Dourada.

A final foi contra o América-MG, em dois jogos. O Dragão possuía melhor campanha, o que lhe deu o benefício de atuar por dois empates ou por resultados iguais. A ida foi no Independência. em Belo Horizonte, e não saiu do 0 a 0. A volta foi no Serra Dourada, em Goiânia, e o gol insistiu em não acontecer para os dois lados.

Melhor para o Atlético-GO, que exerceu o direito pela campanha superior e comemorou o título da Série C de 1990. Foi a primeira conquista nacional do rubro-negro goiano, a principal até ser igualada em 2008, e superada pela segunda divisão em 2016.

A campanha do Atlético-GO:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-GO

União São João Campeão Brasileiro Série C 1988

Depois do mundo confuso que foi o futebol brasileiro em 1987, houve uma nova reorganização para 1988. CBF e Clube dos 13 fizeram as pazes e montaram uma primeira divisão com 24 clubes e uma novidade: rebaixamento e acesso entre divisões. Logo abaixo do Campeonato Brasileiro, outros 24 times formaram a segunda divisão. E mais abaixo, 43 equipes fizeram parte da terceira divisão.

Era a terceira tentativa de um campeonato nacional no terceiro nível, mas a primeira com ligação direta com a divisão de cima. O campeão viria do interior paulista. Um clube jovem de Araras, com apenas sete anos de fundação, mas já integrante da elite do futebol de São Paulo.

Fundado em 1981, o União São João conseguiu a vaga na Série C de 1988 através de boa campanha no estadual. Todos os times da competição ficaram divididos em grupos regionalizados. O União ficou no grupo 9, ao lado Mogi Mirim, Fabril e Esportivo de Passos (ambos de MG). A estreia do Verdão foi no interior mineiro, com vitória por 1 a 0 sobre o Esportivo.

Na sequência, venceu dois jogos no Hermínio Ometto, 2 a 0 sobre o Fabril e 3 a 1 sobre o Mogi Mirim. No returno, a derrota para por 1 a 0 para o Fabril em Minas Gerais foi suplantada pela vitória por 1 a 0 sobre o Esportivo em Araras, o que classificou o União antecipadamente. Na última rodada, empatou sem gols com o Mogi Mirim e perdeu na disputa de pênaltis (a regra insólita valia para as três divisões). 

A Ararinha ficou na liderança do grupo com 13 pontos. Na segunda fase, o União ficou no grupo 5, com Brusque, Blumenau e Santo André. Começou fora de casa com empate por 1 a 1 e vitória nos pênaltis contra o Santo André. Depois, venceu por 1 a 0 o Blumenau fora de casa, fez 4 a 0 o Brusque em casa, perdeu por 2 a 1 para o Blumenau em Araras, e levou 2 a 0 do Brusque fora de casa.

A classificação veio só na rodada final, com vitória por 1 a 0 sobre o Santo André no Herminião. O União fez os mesmos 11 pontos, oito gols e saldo três do rival paulista, mas ficou na primeira posição pelo confronto direto.

Na terceira fase, o Verdão dividiu o grupo 2 com Marcílio Dias e Tiradentes (DF). Estreou com 0 a 0 e derrota nos pênaltis para o Tiradentes em Brasília. Depois, venceu por 1 a 0 o Marcílio Dias e por 3 a 1 o Tiradentes, ambos em casa. O União ainda perdeu para o Marcílio por 2 a 1 em Itajaí e precisou secar o adversário candango na rodada de folga, a última. Eles perderam pelo mesmo placar e no mesmo lugar. O time de Araras se classificou para a final com sete pontos.

A decisão foi um reencontro com o Esportivo de Passos. A ida foi em Minas Gerais, e o União empatou por 1 a 1, sofrendo o gol no segundo tempo. A volta foi no Hermínio Ometto, com a Ararinha marcando dois gols, de Kel e Odair. O empate adversário veio nos minutos finais, mas a melhor campanha garantia o título uniense. Depois desse 2 a 2, o União São João comemorou o título da Série C de 1988, maior conquista do clube até 1996, quando veio o título da Série B.

A campanha do União São João:
18 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 6 derrotas | 23 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/União São João

Folheie a Edição dos Campeões 2018!

Mais um ano futebolístico no Brasil encerrou-se, e 2018 contou com 37 campeões entre os Estaduais de primeira divisão, Regionais, Nacionais e Continentais. Isso sem contar as divisões e copas estaduais que rolam pelo Brasil afora, mas infelizmente ainda é complicado de encontrar informações e fotografias boas para poder ser publicado aqui neste blog, que funciona como um arquivo do futebol nacional.

E se você gosta de ter a sensação de folhear os pôsters, como na saudosa Edição dos Campeões que a Revista Placar imprimiu entre 1980 e 2016 (e que serviu de inspiração para o blog), leia a versão em PDF da edição de 2018.

Confira abaixo os campeões de 2018 e depois continue acompanhando o blog. Concluímos diversos especiais nos último ano, e muitos mais virão pela frente. Em 2019, continuaremos documentando a história do futebol brasileiro em fotos.

Depois, passe no fórum do nosso parceiro Arena dos Managers (www.arenadosmanagers.com/forum). Faça um perfil por lá, converse com outras pessoas apaixonadas por futebol e participe de campeonatos de futebol virtual.

E continue conosco. Por aqui e por lá. Recomende o blog e o fórum para seus amigos, viaje pela história do futebol do Brasil!

Operário-MS Campeão Brasileiro Série C 1987 (Módulo Branco)

O ano de 1987 foi um dos mais confusos que o futebol brasileiro já produziu. Enquanto CBF e Clube dos 13 se engalfinhavam no desfecho da Copa União e do Módulo Amarelo, outras duas competições movimentavam as divisões inferiores.

Os clubes preteridos na composição dos campeonatos já citados acabaram movidos para outras duas competições, o Módulo Azul e o Módulo Branco. Na teoria, eles eram duas segundas divisões, mas na prática funcionaram como uma terceira divisão. No grupo Branco ficaram equipes do Norte e do Nordeste. No Azul, os clubes do Sul e do Sudeste. O Centro-Oeste se dividiu entre os dois.

O Módulo Branco foi chamado de Taça Rubem Moreira e também teve a participação de 24 times. Com grandes lembranças de Brasileirões do passado, o Operário de Campo Grande possuía boa tradição para ser considerado um favorito.

O clube ficou no grupo 1, com Mixto, Operário-MT e Sobradinho. A estreia do Galo não foi boa, perdendo por 2 a 1 para o Mixto em Cuiabá. A recuperação veio com duas vitórias no Morenão, por 4 a 0 sobre o Sobradinho e por 1 a 0 sobre o Operário de Várzea Grande. A classificação foi consolidada com vitórias por 2 a 1 sobre o Operário VG no Mato Grosso, e por 1 a 0 sobre o Sobradinho no Distrito Federal. Na última rodada, perdeu por 1 a 0 para o Mixto em casa. Com oito pontos em seis jogos, o Operário-MS se classificou na vice-liderança.

Na segunda fase, o adversário foi a Catuense. Venceu por 2 a 0 no Morenão e empatou em 2 a 2 na Bahia. Na terceira fase, enfrentou mais duas vezes o Mixto. A revanche foi completa, vencendo por 2 a 0 no Mato Grosso do Sul, e empatando em 2 a 2 no José Fragelli.

O time alvinegro se classificou para o triangular final (também com apenas um turno) ao lado de Botafogo-PB e Paysandu. A primeira rodada foi de folga, enquanto paraenses bateram nos paraibanos. A estreia foi em João Pessoa, com empate sem gols com o Botafogo da Paraíba. A partida final decidiria o título

Já em 1988, Operário-MS e Paysandu se enfrentaram no Morenão, e o Galo conseguiu a vitória que precisava, por 2 a 1. Com três pontos em dois jogos, o time sul-mato-grossense conseguiu o título do Módulo Branco, a única conquista nacional do clube. Mas hoje em dia, a competição caiu no esquecimento, somente os alvinegros a mantém viva na lembrança. Nem a CBF reconhece o título como oficial.

A campanha do Operário-MS:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Operário-MS

Americano Campeão Brasileiro Série C 1987 (Módulo Azul)

O ano de 1987 foi um dos mais confusos que o futebol brasileiro já produziu. Enquanto CBF e Clube dos 13 se engalfinhavam no desfecho da Copa União e do Módulo Amarelo, outras duas competições movimentavam as divisões inferiores.

Os clubes preteridos na composição dos campeonatos já citados acabaram movidos para outras duas competições, o Módulo Azul e o Módulo Branco. Na teoria, eles eram duas segundas divisões, mas na prática funcionaram como uma terceira divisão. No grupo Branco ficaram equipes do Norte e do Nordeste. No Azul, os clubes do Sul e do Sudeste. O Centro-Oeste se dividiu entre os dois.

O Módulo Azul foi rebatizado de Taça Heleno Nunes e contou com a presença de 24 times. Uma das forças do futebol carioca na década, o Americano de Campos era frequente nas listas de favoritos. O clube ficou no grupo 3, ao lado de Juventus-SP, Desportiva-ES e Estrela do Norte.

Apesar do favoritismo, o Mancha Negra demorou e engrenar. Estreou em casa com empate sem gols contra o Juventus. Depois, perdeu por 1 a 0 para o Estrela do Norte no Espírito Santo. Na terceira rodada, novo empate no Godofredo Cruz, em 1 a 1 com a Desportiva. O terceiro empate foi outro 0 a 0 com a Juventus, mas em São Paulo. A arrancada veio no fim, com duas vitórias por 1 a 0, sobre o Estrela do Norte em Campos, e sobre a Desportiva em Cariacica. Com sete pontos em seis jogos, o Americano se classificou na vice-liderança. 

Na segunda fase, enfrentou o Tupi. Venceu por 1 a 0 no Godofredo Cruz, e pelo mesmo placar em Juiz de Fora. Na terceira fase, encarou o Botafogo-SP e se classificou com vitória por 3 a 1 em Campos e derrota por 1 a 0 em Ribeirão Preto.

Junto com o Juventude e o Uberlândia, o Americano chegou no triangular final, de tiro curto, com um turno só. O time alvinegro fez o primeiro jogo contra o Juventude no Alfredo Jaconi, e empatou em 0 a 0. O segundo jogo foi no Godofredo Cruz contra o Uberlândia, e o Americano venceu por 2 a 0. Com três pontos em duas partidas, seria ainda necessário secar o time gaúcho.

E em pleno Natal de 1987, Uberlândia e Juventude se enfrentaram em Minas Gerais, com vitória por 2 a 0 dos mineiros. O Americano se tornou campeão do Módulo Azul sem entrar em campo, mas a festa não foi menor por isso. Hoje em dia, a competição caiu no esquecimento, somente os alvinegros a mantém viva na lembrança. Nem a CBF reconhece o título como oficial.

A campanha do Americano:
12 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 10 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo pessoal/Alexandre Guerreiro

Olaria Campeão Brasileiro Série C 1981

O Campeonato Brasileiro da Série C é provavelmente a competição mais metamórfica do futebol do Brasil. Já teve vários formatos, nomes e funções. O Brasileirão - na época Copa Brasil -, já estava no gosto do torcedor ao final da década de 1970. Mas mesmo com suas edições inchadas (chegou a 94 times em 1979), muitos clubes ficavam longe de sua disputa, se contentando somente com os estaduais. 

No começo da década de 1980, a recém criada CBF dividiu o Brasileiro em dois níveis, as Taças de Ouro e de Prata, somente com acesso da segunda para a primeira. Nessa onda, a entidade resolveu criar uma terceira competição, voltada para os times pequenos.

A Taça de Bronze nasceu em 1981 com o intuito de dar uma rodagem inédita para vários desses clubes, uma chance de participar de uma competição nacional, visto que a perspectiva deles em jogar a primeira ou segunda divisão eram quase nulas. Este torneio não tinha conexão com os outros de nome superior, mas já era considerado como uma terceira divisão da época. Isto só se tornaria oficial anos depois.

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A Taça de Bronze de 1981 contou com a participação de 24 equipes, de 21 estados diferentes. O regulamento foi composto por dois mata-matas e uma fase de grupos, tudo regionalizado. Primeiro, foram feitas 12 chaves em ida e volta. Depois, outros seis confrontos, também com dois jogos cada. Seguindo, dois grupos triangulares na semifinal, com os líderes fazendo a final. O Olaria foi um dos representantes do Rio de Janeiro, pois o clube não conseguiu classificação nem para a Taça de Ouro, nem para a Taça de Prata.

Na primeira fase, o Azulão enfrentou o Colatina. Abriu boa vantagem na ida com vitória por 3 a 1 no Espírito Santo. Na volta, segurou empate em 1 a 1 no Maracanã (sim) e avançou. A segunda fase foi disputada contra o Paranavaí. O Olaria venceu por 2 a 0 a primeira partida no Rio de Janeiro, e por 1 a 0 a segunda partida em Maringá, no Estádio Willie Davids.

Na terceira fase, o time da Rua Bariri foi sorteado no grupo 1, contra São Borja (RS) e Dom Bosco (MT). Estreou com derrota um 2 a 0 para o São Borja na fronteira noroeste do Rio Grade do Sul, no Estádio Vicente Goulart. A recuperação veio com duas vitória em casa, por 2 a 0 sobre o Dom Bosco e por 1 a 0 sobre o São Borja.

Na última partida sua, o Azulão perdeu por 1 a 0 para o Dom Bosco em Cuiabá. Com a sorte a favor, o Olaria assistiu a gaúchos e mato-grossenses empatarem seu confronto na rodada final. Todos os times fizeram quatro pontos, mas só os cariocas venceram dois jogos, terminando assim na liderança e com a classificação.

A final foi entre Olaria e Santo Amaro (atualmente é o licenciado Manchete), de Pernambuco. Todas as partidas anteriores do Azulão no Rio de Janeiro haviam sido jogadas no Maracanã, mas a decisão foi para o antigo Estádio de Marechal Hermes. Lá na Zona Norte, o Olaria goleou o time pernambucano por 4 a 0 e abriu ótima vantagem.

O segundo jogo foi em Recife, no Arruda. E lá o Azulão se segurou bem, perdeu somente por 1 a 0 e comemorou a conquista da Taça de Bronze. Este título é o mais importante da história do Olaria, o único acima do âmbito estadual, e que hoje em dia equivale como o primeiro Brasileiro da Série C.

A campanha do Olaria:
10 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Olaria

Palmeiras Campeão Brasileiro 2018

Pela décima vez, o Palmeiras é o campeão do Campeonato Brasileiro. O clube paulista abre frente como o maior vencedor na história da competição e se torna o primeiro a romper a barreira dos dois dígitos de conquistas. O título de 2018 chegou com autoridade, sob o comando do experiente técnico Luiz Felipe Scolari, que chegou para ser o técnico do time ao final do primeiro turno.

Antes, a campanha palmeirense havia começado com o comando de Roger Machado. A estreia foi com empate fora de casa, 1 a 1 com o Botafogo no Engenhão. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Internacional no Pacaembu.

Apesar de conseguir ótimos resultados, como as vitórias sobre o Athletico-PR por 3 a 1 em Curitiba, sobre o São Paulo por 3 a 1 no Allianz Parque e sobre o Grêmio por 2 a 0 em Porto Alegre, o Verdão precisava lidar também com derrotas como para o Corinthians por 1 a 0 fora e para o Sport por 3 a 2 em casa. Depois de perder por 1 a 0 para o Fluminense no Maracanã, na 15ª rodada, Roger foi demitido com o time em sexto lugar, longe do líder São Paulo. O Alviverde virou o turno nesta mesma posição, com 33 pontos, oito a menos que o rival.

Felipão assumiu o time na 17ª rodada e não perdeu nenhuma partida pelo Brasileirão. Estreou com empate em 0 a 0 com o América-MG no Independência. A partir desse ponto, começou a empilhar vitórias e empates e chegou ao primeiro lugar na 27ª rodada, ao vencer o Cruzeiro por 3 a 1 no Allianz Parque.

Para manter a ponta, o segredo do Verdão foi tirar pontos de adversários diretos. Venceu o São Paulo na 28ª rodada, por 2 a 0 no Morumbi, venceu o Grêmio na 29ª rodada, por 2 a 0 no Pacaembu, e empatou com o Flamengo na 31ª rodada, em 1 a 1 no Maracanã. O deca foi consolidado na 37ª rodada, com vitória por 1 a 0 sobre o Vasco em São Januário. O Palmeiras foi campeão marcando 77 pontos em 37 jogos, com 22 vitórias, 11 empates e quatro derrotas.

A campanha do Palmeiras:
38 jogos | 23 vitórias | 11 empates | 4 derrotas | 64 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Flávio Florido/Globoesporte.com

America-RJ Campeão Carioca Série B1 2018

O America-RJ venceu o segundo nível do futebol do Rio de Janeiro após derrotar o Americano de Campos na partida única da final, por 1 a 0 no Engenhão. É o terceiro título do Sangue nesta competição. O clube voltará para a elite carioca depois de um ano.


Foto Márcio Menezes/America-RJ

Pelotas Campeão Gaúcho Divisão de Acesso 2018

O Pelotas se tornou campeão do segundo nível do Rio Grande do Sul depois de passar pelo Aimoré na final. Empatou por 1 a 1 em São Leopoldo e goleou por 4 a 0 na Boca do Lobo. É o segundo título do Lobão no torneio. Depois de cinco anos, o clube voltará para a elite gaúcha.



Foto Divulgação/FGF