Friburguense Campeão Carioca Série B1 2019

Depois de um período de três temporadas no segundo nível do futebol carioca, o Friburguense conquistou o título da Série B1 de 2019, e estará presente na primeira divisão de 2020 - ao menos, na seletiva. A conquista do Frizão aconteceu após uma campanha de plena evolução.

Na Taça Santos Dumont - o primeiro turno -, o time foi apenas o quinto colocado entre nove equipes do grupo B, ficando fora da semifinal. A arrancada começou na Taça Corcovado - o segundo turno -, e o clube ficou na vice-liderança da sua chave. Na semifinal, venceu fora de casa o Artsul, e na final, derrotou o America, ambos por 1 a 0.

Na final e com o acesso confirmado, o Friburguense fez mais dois jogos contra o America. Na ida no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, empate por 1 a 1. Na volta em Moça Bonita, o time do técnico Cadão venceu por 2 a 1, chegando ao tricampeonato.


Foto Igor Cruz/Friburguense

Brusque Campeão Brasileiro Série D 2019

A Série D de 2019 mostrou uma troca de cadeiras na hierarquia do futebol catarinense. Enquanto o Joinville não passou da primeira fase, o Brusque caminhou a passos largos rumo ao título inédito, que o coloca como a quinta força de Santa Catarina. A conquista também demonstra mais uma prova de como uma cidade pode se unir em torno de um objetivo.

Na primeira fase, o Quadricolor ficou no grupo 15. A estreia foi com vitória por 2 a 1 sobre o Boavista em casa. Na sequência, mais quatro vitórias que selaram a classificação do clube: 3 a 1 sobre o Foz do Iguaçu no Paraná, 3 a 2 sobre o Gaúcho no Augusto Bauer, 1 a 0 no time do RS em Passo Fundo e 5 a 0 no time paranaense em casa. Na rodada final, derrota para o time do RJ por 2 a 1 em Saquarema, que não tirou o time da liderança da chave, com 15 pontos.

Na segunda fase, o Bruscão eliminou o Hercílio Luz, com empate sem gols fora e vitória por 2 a 0 em casa. Nas oitavas de final, o reencontro com o Boavista, o qual empatou por 1 a 1 no Rio de Janeiro e venceu por 3 a 0 em Santa Catarina. Nas quartas, a disputa pelo acesso foi contra a Juazeirense. A ida aconteceu na Bahia, mas o Brusque perdeu por 1 a 0. A volta foi jogada no Augusto Bauer, e lá o time catarinense reverteu com maestria o confronto, goleando por 4 a 0 e obtendo a vaga na Série C de 2020.

A semifinal foi contra o Ituano, e o Quadricolor tornou a perder na ida, desta vez por 2 a 0. Na volta em casa, vitória pelo mesmo placar levou a disputa aos pênaltis. No fim, a festa foi do Brusque que venceu por 4 a 3 nas cobranças e foi à final.

A disputa derradeira pelo título foi contra o Manaus, e a primeira partida foi no Augusto Bauer. Diante de mais de 4 mil brusquenses, o time da casa abriu dois gols de vantagem, porém sofreu o 2 a 2 do adversário a oito minutos do apito final.

A situação ficou para ser definida na Arena da Amazônia, contra mais de 44 mil torcedores manauaras. O Bruscão saiu na frente com Júnior Pirambu, mas levou a virada no começo do segundo tempo. Até que, aos 38 minutos, Thiago Alagoano decretou outro 2 a 2 e outra disputa por pênaltis. Nenhum jogador do Brusque errou as cobranças, sendo o goleiro Zé Carlos o responsável pela última conversão, que deixou tudo 6 a 5 e deu a primeira conquista nacional ao clube do leste de Santa Catarina.

A campanha do Brusque:
16 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 31 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Thais Magalhães/CBF

Ferroviário Campeão Brasileiro Série D 2018

A Série D chega ao ano de 2018 sem novidades, com exceção do fim da regra do gol marcado fora de casa ter peso dobrado. No mais, 68 times lutando por quatro vagas de acesso. Em campo, muitos candidatos ao título, mas no fim a festa ficou por conta do Ferroviário. Na onda dos rivais, que há anos passeiam nas divisões superiores, o time cearense se tornou o primeiro da capital a ter um título nacional.

Na primeira fase, o Tubarão foi líder do grupo A4, diante de Cordino (Maranhão), 4 de Julho (Piauí) e Interporto (Tocantins). A campanha contra estes adversários foi curiosa, pois o Ferroviário não venceu nenhum jogo em casa: empatou os três. Já como visitante, compensou vencendo dois e empatando uma partida. Ao todo, foram dez pontos que deixaram o clube na primeira colocação da chave.

No mata-mata, o clube voltou a enfrentar o Cordino, agora pela segunda fase. Se classificou com empate por 3 a 3 no Maranhão e vitória por 1 a 0 no Ceará. Nas oitavas de final, o adversário foi o Altos, o qual eliminou empatando por 1 a 1 no Castelão e vencendo por 4 a 2 no Piauí.

Nas quartas, o Ferrão fez o confronto mais difícil, contra o Campinense. Na ida, venceu por 3 a 2 em Fortaleza, e na volta, perdeu por 1 a 0 em Campina Grande. Na emoção dos pênaltis, a vitória por 5 a 4 deu o acesso aos cearenses. Na semifinal, o Tubarão enfrentou o São José de Porto Alegre. Venceu a ida por 3 a 1 no Castelão, perdeu a volta por 2 a 1 no Passo d'Areia e avançou à final no saldo de gols.

A decisão foi entre nordestinos, contra o Treze. E Mais uma vez o Ferroviário fez a partida de ida em casa. O time venceu por 3 a 0 no Castelão, com gols de Janeudo, Edson Cariús e Robson Simplício. A partida de volta foi no Amigão, em Campina Grande, onde o Ferrão soube segurar muito bem a vantagem.

O Tubarão perdeu apenas por 1 a 0, mas o resultado não diminuiu a festa do torcedor tricolor, que voltou para Fortaleza com a taça da Série D na bagagem. De quebra, o Ferroviário ainda fez o artilheiro da competição, o ídolo Edson Cariús, com 11 gols.

A campanha do Ferroviário:
16 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 27 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Operário-PR Campeão Brasileiro Série D 2017

A Série D chega ao ano de 2017, e pela segunda vez com 68 participantes. Entre eles, duas camisas ilustres: Portuguesa e Bangu, ambos disputando a competição pela primeira vez, e no mesmo grupo. Mas os dois ficaram pelo caminho na primeira fase. Enquanto Lusa e Alvirrubro lambiam suas feridas, no interior do Paraná surgia uma nova força.

O Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, vinha de surreais altos e baixos: em 2015, foi campeão estadual e perdeu nas quartas da Série D. Em 2016, foi rebaixado no estadual em 2016 e campeão da Copa FPF. E em 2017, não conseguiu o acesso estadual. Mas a vaga na quarta divisão pelo título da copa estadual estava segura, e seguindo a montanha-russa, era a hora de voltar ao alto.

Na primeira fase, o Operário-PR ficou no grupo A15, contra Brusque, XV de Piracicaba e São Paulo-RS. Nas seis partidas, venceu quatro e perdeu duas, marcando 12 pontos e se classificando na liderança. Na segunda fase, o Fantasma enfrentou a Desportiva-ES. O primeiro jogo foi no Espírito Santo, e o time paranaense venceu por 2 a 0. O segundo jogo foi no Paraná, e o Operário venceu desta vez por 2 a 1.

Nas oitavas de final, outro confronto contra um time capixaba: o Espírito Santo. A ida foi no Kleber Andrade, em Cariacica, e o Fantasma perdeu por 1 a 0. A volta foi no Germano Krüger, e os paranaenses devolveram o placar. Nos pênaltis, o Operário venceu por 4 a 2.

O adversário nas quartas de final foi o Maranhão, e a primeira partida em São Luís. E mesmo estando fora de casa, o Fantasma encaminhou a festa ao vencer por 3 a 1. A segunda partida foi em Ponta Grosa, e nova vitória por 2 a 1 confirmou o acesso. Já tranquilo com a vaga na Série C, o Operário encarou o Atlético-AC na semifinal, empatando por 0 a 0 no Acre e vencendo por 2 a 0 no Paraná.

Na final, o adversário do Operário foi o Globo, do Rio Grande do Norte. A ida foi disputada no Estádio Barretão, em Ceará-Mirim e tinha cara de ser difícil. Mas, de um jeito natural e com sem precisar de esforço, o Fantasma goleou por 5 a 0 e colocou os dez dedos na taça.

Assim, na volta só precisou fazer o tempo passar. Até perdeu no Germano Krüger, por 1 a 0, porém isto não diminuiu a comemoração pelo título da Série D, a grande conquista da história do Operário Ferroviário.

A campanha do Operário-PR:
16 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 4 derrotas | 23 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rener Pinheiro/CBF

Volta Redonda Campeão Brasileiro Série D 2016

A Série D de 2016 passou por uma mudança considerável no número de participantes. De 40, a competição passaria para 48, mas logo depois foi confirmado o número de 68 participantes. Consequentemente, o regulamento foi alterado. Os oito grupo com cinco times se transformaram em 17 com quatro. Uma fase a mais de mata-mata foi adicionada, porém a competição perdeu duas datas em relação aos anos anteriores.

O campeão continuou precisando de 16 jogos, mas os eliminados da fase de grupos passaram de oito para seis partidas no total. No campo, depois de algumas temporadas não tivemos nenhuma camisa mais tradicional, e isto abriu caminho para o sucesso de equipes que estavam há tempos longe de um calendário fixo no segundo semestre.

O Volta Redonda foi o clube que se deu melhor e ficou com o título. No grupo A12, o Voltaço passou invicto a primeira, com quatro vitórias e dois empates diante de URT, Desportiva-ES e Goianésia. Na liderança com 14 pontos, o destaque fica para as duas vitórias por 4 a 0 sobre o time goiano.

Na segunda fase, enfrentando novamente a URT, empatou por 1 a 1 em Minas Gerais e venceu por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Nas oitavas de final, contra o Anápolis, vitória por 2 a 1 fora de casa e empate sem gols no Raulino de Oliveira deram nova classificação ao Volta Redonda.

Nas quartas valendo o acesso, o Voltaço encarou o Fluminense de Feira. A ida foi em Feira de Santana, e o time fluminense (do RJ) venceu de virada, por 3 a 2. A volta foi em Volta Redonda, e a vaga na terceira divisão foi confirmada com nova vitória por 2 a 1, gols do atacante Dija Baiano, que já havia marcado o gol do triunfo na partida anterior. Na semifinal contra o Moto Club, empate por 1 a 1 no Castelão e vitória por 3 a 1 no Raulino deram a classificado para a final ao Voltaço.

A decisão da Série D de 2016 foi jogada contra o CSA, e o primeiro jogo foi no Rei Pelé, em Maceió. E do Nordeste o Volta Redonda retornou com empate por 0 a 0 na bagagem. Os gols ficaram para os segundo jogo, no Raulino de Oliveira. Em quase 40 minutos, o Voltaço encaminhou a situação marcando três vezes. No segundo tempo, outro gol selou a goleada por 4 a 0 e a inédita conquista nacional, não só para o Volta Redonda mas também para o interior do Rio de Janeiro.

A campanha do Volta Redonda:
16 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Botafogo-SP Campeão Brasileiro Série D 2015

A última Série D com 40 clubes foi disputada em 2015. Também foi neste ano em que tivemos a última presença de um dos dois times de camisa pesada desta edição. Após várias tentativas, finalmente chegava a vez do Remo conseguir o acesso. A campanha paraense foi até a semifinal, quando foi eliminado para o futuro campeão. Dono de alguns títulos em âmbito estadual, o Botafogo de Ribeirão Preto chegaria em sua principal conquista com méritos.

A campanha do Pantera no grupo A6 da primeira fase foi até discreta. Com três vitórias, quatro empates e uma derrota, o time ficou na segunda posição, empatado em 13 pontos com o Gama. O saldo de gols foi que definiu a vaga aos paulistas, muito por conta dos 5 a 1 aplicados sobre o Villa Nova-MG dentro do Santa Cruz. A liderança ficou com o CRAC (18 pontos), enquanto o Duque de Caxias completou a chave.

Nas oitavas de final, o chaveamento colocou o Botafogo frente ao time goiano novamente, e o prognóstico da fase de grupos não era bom, pois os paulistas perderam por 1 a 0 em casa e empataram sem gols fora. Mas a história mudou no mata-mata, e o Pantera avançou vencendo por 3 a 0 em Ribeirão Preto e perdendo só por 1 a 0 em Catalão.

Nas quartas, o acesso foi disputado em dois confrontos contra o São Caetano, a outra camisa pesada da competição. A ida foi no Santa Cruz, e acabou com uma sofrida vitória por 2 a 1, de virada. Com o perigo do gol sofrido em casa, era preciso segurar tudo na volta no Anacleto Campanella. E a estratégia funcionou bem, com o Botafogo segurando o 0 a 0 e comemorando vaga na Série C. A semifinal foi contra o Remo, e a classificação para a decisão veio com vitória por 1 a 0 em Ribeirão Preto e empate sem gols em Belém.

Na final, o adversário foi o River do Piauí, que despachara na fase anterior o Ypiranga de Erechim nos pênaltis. O primeiro jogo foi no Santa Cruz, uma movimentada vitória por 3 a 2, com hat-trick do atacante Francis.

Logo, mais uma vez seria preciso defender tudo fora de casa. E contra 40 mil torcedores no Albertão, em Teresina, o Botafogo tornou a segurar empate por 0 a 0, assim conquistando seu primeiro título nacional na história, a Série D.

A campanha do Botafogo-SP:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Rogério Moroti/Botafogo-SP

Tombense Campeão Brasileiro Série D 2014

A Série D de 2014 foi disputada com uma leve alteração em relação as edições anteriores. Em caráter excepcional, a disputa no ano da Copa do Mundo no Brasil teve 41 participantes. Isto ocorreu por conta do rebaixamento de cinco times da Série C de 2013 (que teve 21 times, um a mais que o normal).

As principais forças em campo na quarta divisão foram Remo, Brasiliense e Brasil de Pelotas. Mas no mata-mata, o primeiro caiu diante do segundo, que perdeu para o terceiro. Só os gaúchos comemoraram algo. Não conquistaram tudo porque um clube da Zona da Mata mineira (no limite com RJ), de uma cidade com pouco mais de 8 mil habitantes não permitiu. No ano do centenário, o Tombense foi a surpresa da vez e levou o título.

No grupo A6 da primeira fase, o Gavião-Carcará não passou aperto e liderou com 18 pontos, seis vitórias e duas derrotas. Entre os bons resultados, fez 4 a 0 no Goianésia e 3 a 0 no Luziânia - ambos em casa -, além de 3 a 1 no Barueri fora. O CEOV Operário foi o outro time classificado. Nas oitavas de final, o Tombense enfrentou o Metropolitano. Na ida em Blumenau, empate por 1 a 1. Na volta em Tombos, vitória por 1 a 0 e classificação na mão.

Nas quartas o adversário foi o Moto Club. O primeiro jogo em São Luís foi duro, onde os mineiros tiveram que buscar um suado empate por 2 a 2. O segundo jogo no Antônio Almeida, também conhecido como Estádio dos Tombos, e o Gavião-Carcará confirmou o acesso ao vencer por 2 a 0, gols de Daniel Amorim e Élvis. Na semifinal contra o Confiança, vitória por 1 a 0 em Tombos e empate por 1 a 1 em Aracaju. Todos os gols marcados por Élvis.

A final foi jogada contra o Brasil de Pelotas, e a primeira partida foi no Bento Freitas. Com poucas chances, os dois times não saíram do 0 a 0. A segunda partida foi no Soares de Azevedo, em Muriaé (o estádio em Tombos não tinha a capacidade mínima para a decisão). Mais uma vez as equipes mantiveram o placar zerado.

Nos pênaltis, os mineiros erraram uma cobrança. Mas os gaúchos perderam duas, e o coube ao artilheiro com nome de astro do rock converter a batida do título. Por 4 a 2, o Tombense chegou a sua maior glória. E desde então, o clube não desceu mais da Série C.

A campanha do Tombense:
16 jogos | 9 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/FMF