Volta Redonda Campeão Brasileiro Série D 2016

A Série D de 2016 passou por uma mudança considerável no número de participantes. De 40, a competição passaria para 48, mas logo depois foi confirmado o número de 68 participantes. Consequentemente, o regulamento foi alterado. Os oito grupo com cinco times se transformaram em 17 com quatro. Uma fase a mais de mata-mata foi adicionada, porém a competição perdeu duas datas em relação aos anos anteriores.

O campeão continuou precisando de 16 jogos, mas os eliminados da fase de grupos passaram de oito para seis partidas no total. No campo, depois de algumas temporadas não tivemos nenhuma camisa mais tradicional, e isto abriu caminho para o sucesso de equipes que estavam há tempos longe de um calendário fixo no segundo semestre.

O Volta Redonda foi o clube que se deu melhor e ficou com o título. No grupo A12, o Voltaço passou invicto a primeira, com quatro vitórias e dois empates diante de URT, Desportiva-ES e Goianésia. Na liderança com 14 pontos, o destaque fica para as duas vitórias por 4 a 0 sobre o time goiano.

Na segunda fase, enfrentando novamente a URT, empatou por 1 a 1 em Minas Gerais e venceu por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Nas oitavas de final, contra o Anápolis, vitória por 2 a 1 fora de casa e empate sem gols no Raulino de Oliveira deram nova classificação ao Volta Redonda.

Nas quartas valendo o acesso, o Voltaço encarou o Fluminense de Feira. A ida foi em Feira de Santana, e o time fluminense (do RJ) venceu de virada, por 3 a 2. A volta foi em Volta Redonda, e a vaga na terceira divisão foi confirmada com nova vitória por 2 a 1, gols do atacante Dija Baiano, que já havia marcado o gol do triunfo na partida anterior. Na semifinal contra o Moto Club, empate por 1 a 1 no Castelão e vitória por 3 a 1 no Raulino deram a classificado para a final ao Voltaço.

A decisão da Série D de 2016 foi jogada contra o CSA, e o primeiro jogo foi no Rei Pelé, em Maceió. E do Nordeste o Volta Redonda retornou com empate por 0 a 0 na bagagem. Os gols ficaram para os segundo jogo, no Raulino de Oliveira. Em quase 40 minutos, o Voltaço encaminhou a situação marcando três vezes. No segundo tempo, outro gol selou a goleada por 4 a 0 e a inédita conquista nacional, não só para o Volta Redonda mas também para o interior do Rio de Janeiro.

A campanha do Volta Redonda:
16 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Botafogo-SP Campeão Brasileiro Série D 2015

A última Série D com 40 clubes foi disputada em 2015. Também foi neste ano em que tivemos a última presença de um dos dois times de camisa pesada desta edição. Após várias tentativas, finalmente chegava a vez do Remo conseguir o acesso. A campanha paraense foi até a semifinal, quando foi eliminado para o futuro campeão. Dono de alguns títulos em âmbito estadual, o Botafogo de Ribeirão Preto chegaria em sua principal conquista com méritos.

A campanha do Pantera no grupo A6 da primeira fase foi até discreta. Com três vitórias, quatro empates e uma derrota, o time ficou na segunda posição, empatado em 13 pontos com o Gama. O saldo de gols foi que definiu a vaga aos paulistas, muito por conta dos 5 a 1 aplicados sobre o Villa Nova-MG dentro do Santa Cruz. A liderança ficou com o CRAC (18 pontos), enquanto o Duque de Caxias completou a chave.

Nas oitavas de final, o chaveamento colocou o Botafogo frente ao time goiano novamente, e o prognóstico da fase de grupos não era bom, pois os paulistas perderam por 1 a 0 em casa e empataram sem gols fora. Mas a história mudou no mata-mata, e o Pantera avançou vencendo por 3 a 0 em Ribeirão Preto e perdendo só por 1 a 0 em Catalão.

Nas quartas, o acesso foi disputado em dois confrontos contra o São Caetano, a outra camisa pesada da competição. A ida foi no Santa Cruz, e acabou com uma sofrida vitória por 2 a 1, de virada. Com o perigo do gol sofrido em casa, era preciso segurar tudo na volta no Anacleto Campanella. E a estratégia funcionou bem, com o Botafogo segurando o 0 a 0 e comemorando vaga na Série C. A semifinal foi contra o Remo, e a classificação para a decisão veio com vitória por 1 a 0 em Ribeirão Preto e empate sem gols em Belém.

Na final, o adversário foi o River do Piauí, que despachara na fase anterior o Ypiranga de Erechim nos pênaltis. O primeiro jogo foi no Santa Cruz, uma movimentada vitória por 3 a 2, com hat-trick do atacante Francis.

Logo, mais uma vez seria preciso defender tudo fora de casa. E contra 40 mil torcedores no Albertão, em Teresina, o Botafogo tornou a segurar empate por 0 a 0, assim conquistando seu primeiro título nacional na história, a Série D.

A campanha do Botafogo-SP:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Rogério Moroti/Botafogo-SP

Tombense Campeão Brasileiro Série D 2014

A Série D de 2014 foi disputada com uma leve alteração em relação as edições anteriores. Em caráter excepcional, a disputa no ano da Copa do Mundo no Brasil teve 41 participantes. Isto ocorreu por conta do rebaixamento de cinco times da Série C de 2013 (que teve 21 times, um a mais que o normal).

As principais forças em campo na quarta divisão foram Remo, Brasiliense e Brasil de Pelotas. Mas no mata-mata, o primeiro caiu diante do segundo, que perdeu para o terceiro. Só os gaúchos comemoraram algo. Não conquistaram tudo porque um clube da Zona da Mata mineira (no limite com RJ), de uma cidade com pouco mais de 8 mil habitantes não permitiu. No ano do centenário, o Tombense foi a surpresa da vez e levou o título.

No grupo A6 da primeira fase, o Gavião-Carcará não passou aperto e liderou com 18 pontos, seis vitórias e duas derrotas. Entre os bons resultados, fez 4 a 0 no Goianésia e 3 a 0 no Luziânia - ambos em casa -, além de 3 a 1 no Barueri fora. O CEOV Operário foi o outro time classificado. Nas oitavas de final, o Tombense enfrentou o Metropolitano. Na ida em Blumenau, empate por 1 a 1. Na volta em Tombos, vitória por 1 a 0 e classificação na mão.

Nas quartas o adversário foi o Moto Club. O primeiro jogo em São Luís foi duro, onde os mineiros tiveram que buscar um suado empate por 2 a 2. O segundo jogo no Antônio Almeida, também conhecido como Estádio dos Tombos, e o Gavião-Carcará confirmou o acesso ao vencer por 2 a 0, gols de Daniel Amorim e Élvis. Na semifinal contra o Confiança, vitória por 1 a 0 em Tombos e empate por 1 a 1 em Aracaju. Todos os gols marcados por Élvis.

A final foi jogada contra o Brasil de Pelotas, e a primeira partida foi no Bento Freitas. Com poucas chances, os dois times não saíram do 0 a 0. A segunda partida foi no Soares de Azevedo, em Muriaé (o estádio em Tombos não tinha a capacidade mínima para a decisão). Mais uma vez as equipes mantiveram o placar zerado.

Nos pênaltis, os mineiros erraram uma cobrança. Mas os gaúchos perderam duas, e o coube ao artilheiro com nome de astro do rock converter a batida do título. Por 4 a 2, o Tombense chegou a sua maior glória. E desde então, o clube não desceu mais da Série C.

A campanha do Tombense:
16 jogos | 9 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/FMF

Botafogo-PB Campeão Brasileiro Série D 2013

Chegamos em 2013, e a Série D parte para sua quinta edição. Já um praxe da competição, clubes com estofo nas divisões de cima marcaram presença, como Londrina, Santo André e Juventude. Só os gaúchos conseguiram o acesso, na terceira tentativa. O título chegou a passar pelas mãos do time, mas no fim ficou com uma equipe da outra ponta do país, a Paraíba. O Botafogo local chegou a um título inédito após a reconquista do estadual, quebrando dez anos de fila.

Na primeira fase, o Belo ficou no grupo A4, o qual passou sem muita dificuldade, vencendo cinco jogos, empatando dois e perdendo somente um. Com 17 pontos, terminou na liderança e se classificou junto com o Sergipe. Atualmente na primeira divisão, o CSA foi o lanterna da chave. Vitória da Conquista e Juazeirense completaram o pentagonal.

Nas oitavas de final, o Botafogo enfrentou o Central. Na ida em Caruaru, derrota por 3 a 1. Na volta em João Pessoa, o resultado foi devolvido e o confronto foi para os pênaltis, onde o time paraibano fez 5 a 3.

Nas quartas, o adversário foi o Tiradentes do Ceará. O primeiro jogo foi no Almeidão, e o Belo venceu de virada por 2 a 1, gols do velho conhecido Warley, atacante. O segundo jogo foi em Fortaleza, no Presidente Vargas, e outra vitória por 1 a 0 confirmou o acesso do time alvinegro. O gol da classificação foi marcado por outro velho conhecido do futebol, Lenílson.

Embalado, o Botafogo enfrentou o Salgueiro na semifinal. A ida foi no Cariri pernambucano, no Cornélio de Barros, e os paraibanos venceram por 2 a 1. A volta foi em João Pessoa, onde nova vitória por 2 a 0 selou a vaga do Belo na final.

Na decisão, o Botafogo-PB enfrentou o Juventude, que 14 anos antes se via na mesma situação com o homônimo carioca na Copa do Brasil. Até o resultado da primeira partida foi igual, 2 a 1 para os gaúchos na Arena do Grêmio em Porto Alegre (o Alfredo Jaconi estava interditado). Mas desta vez a segunda partida foi diferente.

No Almeidão, o Belo inverteu a vantagem em 21 minutos e confirmou o título fazendo 2 a 0 no último minuto. A conquista da Série D de 2013 permanece até hoje como a única nacional de um clube da Paraíba.

A campanha do Botafogo-PB:
16 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Thiago Casoni/Futura Press

Sampaio Corrêa Campeão Brasileiro Série D 2012

A Série D de 2012 foi a quarta edição do torneio, que aos poucos foi tomando da Copa do Brasil o posto de competição mais democrática do país. Quarenta equipes dos 27 Estados, todas com chances iguais de título. Pela primeira vez a taça ficou nas mãos de um time mais tradicional.

Enquanto Remo e Juventude viram navios mais uma vez, o Sampaio Corrêa repetiu o feito da Série B de 1972 e da Série C de 1997 e conseguiu duas façanhas: ser o primeiro time com títulos em três divisões nacionais e ser o primeiro campeão invicto da quarta divisão.

No grupo A2 da primeira fase, a Bolívia Querida teve zero dificuldades. Venceu os oito jogos e ficou com o dobro de pontos que o vice-líder Mixto (24 a 12). Comercial do Piauí, Santos do Amapá e Araguaína foram os outros adversários. A destacar de resultados, os 6 a 0 sobre o Santos-AP em casa e os 4 a 0 sobre a Araguaína fora. Nas oitavas de final, o Sampaio enfrentou o Vilhena. Na ida em Rondônia, empate por 2 a 2. Na volta no Castelão de São Luís, goleada por 4 a 1 e classificação garantida.

Nas quartas, a Bolívia disputou o acesso contra o Mixto, no reencontro da fase de grupos. A primeira partida foi em Cuiabá, no Estádio Dutrinha, e o time maranhense conseguiu empatar por 1 a 1. A vantagem do gol fora de casa fez a diferença para a segunda partida em São Luís, pois as duas equipes não saíram do 0 a 0. Passada a tensão, o Sampaio Corrêa comemorava o retorno à terceira divisão. A semifinal foi disputada contra o Baraúnas, e o roteiro foi parecido com os das fases anteriores: empate por 1 a 1 na ida no Rio Grande do Norte, e vitória por 1 a 0 no Castelão.

Na final, o Sampaio enfrentou o CRAC, time do interior de Goiás. O primeiro jogo foi disputado no Estádio Genervino da Fonseca, na cidade de Catalão. Bem como em todos os outros mata-matas, a Bolívia saiu da casa adversária com empate, novamente por 1 a 1.

O segundo jogo foi no Castelão, diante de mais de 35 mil torcedores. Com o domínio da partida, o Sampaio conseguiu o título ao vencer por 2 a 0, gols de Eloir no primeiro tempo e de Pimentinha no segundo. Outros nomes de destaque do time maranhense na competição foram os de Cleitinho, artilheiro do time com sete gols (um deles na ida da final), e de Célio Codó, autor do gol do acesso.

A campanha do Sampaio Corrêa:
16 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 37 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Sampaio Corrêa

Tupi Campeão Brasileiro Série D 2011

A Série D foi se consolidando a cada edição que passava. A de 2011 manteve os 40 participantes, mas teve a fórmula modificada - para melhor. Os dez grupos de quatro times passaram a ser oito grupos de cinco. Assim, a parte do mata-mata não ficaria quebrada, com 16 equipes avançando a partir da segunda fase.

Como não poderia deixar de ser, clubes com camisa pesada marcaram presença, como Gama, Juventude e Santa Cruz. O calvário de três temporadas do time pernambucano teria fim ali, com o acesso garantido. Mas o time não foi o campeão. A taça acabou em Minas Gerais, com o Tupi de Juiz de Fora.

Na chave A5, o Galo Carijó enfrentou na primeira fase times de Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Em oito jogos, venceu quatro, empatou dois e perdeu outros dois, marcando 14 pontos e terminando na liderança, classificado junto com a Anapolina e eliminando o tradicional Gama. Nesta fase da competição, a principal vitória foi os 3 a 1 em casa sobre a própria Anapolina.

Nas oitavas de final, o Tupi enfrentou o Volta Redonda. A ida foi no Raulino de Oliveira e terminou com derrota mineira por 1 a 0. A volta foi no Mário Helênio e o Galo Carijó reverteu com sobras, vencendo por 4 a 2 e avançando mais um degrau.

Nas quartas, o adversário foi novamente a Anapolina, que ultrapassou em pontos o Tupi e fez a ida ser jogada em Juiz de Fora. E os alvinegros abriram ótima vantagem com a goleada por 4 a 1. Na volta em Anápolis, o empate por 2 a 2 buscado nos minutos finais pelo herói Ademílson (antes dos 44 anos, "apenas" 37) valeu o acesso. Na semifinal contra o Oeste, a classificação mais tranquila do clube, que venceu por 3 a 0 o primeiro jogo nos Amaros de Itápolis e por 3 a 1 o segundo jogo no Mário Helênio.

A final da Série D foi entre Tupi e Santa Cruz. Sabendo que os holofotes estavam voltados aos pernambucanos, os mineiros jogaram com pés no chão. Venceram a ida em Juiz de Fora por 1 a 0 (gol do Ademílson), e jogaram para se defender na volta no Arruda. A estratégia deu certo, e o Galo Carijó sacramentou o título inédito vencendo por 2 a 0, gols de Allan e Henrique nos últimos 15 minutos da partida.

A campanha do Tupi:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Tupi