4 de Julho Campeão Piauiense 2020

Com 139.168 casos e 2.788 mortes por Covid-19 até 23 de dezembro, o Piauí conheceu seu campeão estadual. O interior voltou a a comemorar o título piauiense. Mais precisamente a cidade de Piripiri, casa do 4 de Julho, vencedor piauiense pela quarta vez na história e acabando com nove anos de fila.

A campanha do Gavião Colorado foi, ao mesmo tempo, quase perfeita e com fortes emoções. Brigando ponto a ponto com o Altos pela segunda vaga na final, os clubes precisaram se enfrentar em confronto direto na última rodada. O 4 de Julho foi derrotado (2 a 0) e as duas campanhas acabaram idênticas, com 27 pontos, sete vitórias e uma derrota em 14 jogos para cada. Mas no saldo de gols deu Gavião: 14 a 11.

A final foi contra o líder Picos. A ida foi na Arena Ytacoatiara, em Piripiri, com o 4 de Julho vencendo por 2 a 0. A volta foi no Helvídio Nunes, e o Picos devolveu o resultado fazendo 3 a 1, sendo o terceiro gol marcando aos 49 minutos do segundo tempo. Porém, nos pênaltis, o Gavião fez 4 a 2 e faturou o título.

A campanha do 4 de Julho:
16 jogos | 8 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 26 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Elziney Santos/FFP

Corinthians Campeão da Libertadores Feminina 2019

Primeiro, veio o título na parceria. Depois, a conquista solo. Esse foi o resumo da campanha do Corinthians na Libertadores Feminina de 2019. Dois anos após comemorar a taça através do casamento com o Audax Osasco, o Timão chegava lá com seu próprio departamento de futebol feminino. Mas antes houve a edição de 2018, em Manaus, vencida pelas colombianas do Atlético Huila em cima do Santos.

O torneio de 2019 contou com aumento de equipes, de 12 para 16. A sede escolhida foi Quito, no Equador. O Corinthians foi para lá como campeão do Brasileirão, ficando no terceiro dentre os quatro grupos. Atuando no Olímpico Atahualpa, fez 3 a 0 nas anfitriãs do Ñañas, 3 a 1 no América de Cali, e empatou por 2 a 2 com as paraguaias do Libertad/Limpeño, um clube que também joga em dueto. Com sete pontos, liderou a chave.

Na inédita fase de quartas de final, o Timão enfrentou o Santiago Morning, do Chile, e a classificação veio com vitória por 2 a 0. Na semifinal, no reencontro com as colombianas do América, goleada por 4 a 0 e vaga na final.

Na decisão, em outubro, uma revanche. A adversária do Corinthians foi a Ferroviária, que na final do Campeonato Brasileiro, um mês antes, superou a equipe alvinegra nos pênaltis após empate sem gols na partida de volta.

A reedição da disputa no Olímpico Atahualpa foi tão dureza quanto, parecia que novamente os gols não aconteceriam, mas a história foi diferente. Aos 29 minutos do segundo tempo, Giovanna Crivelari abriu o placar. E aos 45, Juliete fez 2 a 0 e decretou o segundo título do Corinthians na Libertadores Feminina.

A campanha do Corinthians:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Cristina Vega Rhor/AFP

Próspera Campeão Catarinense Série B 2020

Com 457.335 casos e 4.668 mortes por Covid-19 até 20 de dezembro, Santa Catarina conheceu seu campeão de acesso estadual. O Próspera, de Criciúma, venceu a Série B do Catarinense pela primeira vez na história e dois anos após retornar de licenciamento das atividades.

O time do técnico Paulo Baier entrou na disputa junto com outras nove equipes, lutando ponto a ponto pelo acesso e a vaga na final. A confirmação de ambos veio na última rodada, quando venceu o Navegantes fora de casa por 1 a 0 e encerrou a primeira fase na vice-liderança com 17 pontos, dois a menos que o Hercílio Luz e um a mais que Metropolitano (que também subiu) e Barra.

A final reuniu as duas melhores campanhas, e o Próspera fez a partida de ida no Mário Balsini. Não conseguiu vantagem no seu estádio, pois o jogo acabou 0 a 0 e dois empates favoreciam o Hercílio Luz. A volta foi na cidade de Tubarão, no Aníbal Costa, e o Time da Raça ficou com o título ao vencer por 2 a 0. O retorno do clube dos mineiros à elite catarinense se dará após 14 anos de ausência.

A campanha do Próspera:
11 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Rodrigo Polidoro/Mix Mídia

Corinthians/Audax Campeão da Libertadores Feminina 2017

A sequência de títulos brasileiros na Libertadores Feminina foi quebrada após a conquista de três taças no período 2013-2015. Em 2016, a equipe campeã foi a do Sportivo Limpeño, do Paraguai, que na final derrotou o Estudiantes de Guárico, da Venezuela. As melhores brasileiras foram as do Foz Cataratas, que terminaram em terceiro lugar.

A hegemonia foi retomada em 2017 com o Audax Osasco, ganhador da Copa do Brasil do ano anterior. O clube paulista atuou na Libertadores em parceria com o Corinthians, que forneceu uniforme, escudo, elenco e ajudou nos custos das jogadoras e da comissão técnica. O regulamento da competição, realizada na região de Assunção e Luque, no Paraguai, manteve-se intacto.

No grupo C, o Corinthians/Audax conseguiu os nove pontos a liderança com muita folga. O time venceu suas três partidas no Estádio La Arboleda, na capital paraguaia: 2 a 0 no Sportivo Limpeño, 6 a 1 no boliviano Deportivo ITA e 2 a 1 no colombiano Santa Fe.

Na semifinal, as vermelhas enfrentaram as outras donas da casa, o Cerro Porteño. Jogando no Luis Alfonso Giagni, em Villa Elisa, o Corinthians/Audax venceu por 3 a 0 e se classificou para a decisão.

A final foi contra o Colo Colo, no Estádio Arsenio Erico, em Assunção. Partida dura, com duas equipes muito boas. O placar ficou no 0 a 0 o tempo todo, até a prorrogação. Na decisão por pênaltis, foram necessárias 14 cobranças. Na última série, Ana Vitória converteu para o Corinthians/Audax e Rocío Soto perdeu para o time chileno.

Por 5 a 4, o clube paulista conquistou a Libertadores Feminina. E embora a vaga pertencesse ao Audax Osasco, o Corinthians estivesse presente em quase tudo na equipe. Portanto, a Conmebol computa a conquista para os dois clubes.

A campanha do Corinthians/Audax:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 13 gols marcados | 2 gols sofridos



Foto Arquivo/Conmebol

Nova Iguaçu Campeão Carioca Série B1 2020

Com 391.350 casos e 23.887 mortes por Covid-19 até 16 de dezembro, o Rio de Janeiro conheceu seu campeão de acesso estadual. O Nova Iguaçu conquistou o bicampeonato da Série B1 do Cariocão no mesmo ano de seu rebaixamento da elite, em um sistema de acesso e descenso que já é comum no Estado desde 2016.

Foram 17 equipes participantes no certame, divididas em dois grupos e três fases. A Laranja da Baixada garantiu seu lugar na fase final através do título da Taça Santos Dumont, o primeiro turno. Foi líder do grupo B com 16 pontos em sete partidas, para depois derrotar o Gonçalense na semifinal e o Sampaio Corrêa na final.

O time manteve-se em alta na Taça Corcovado, o segundo turno. Liderou mais uma vez, com 21 pontos em nove jogos, e eliminou o Duque de Caxias na semifinal. Na final, não conseguiu o acesso direto pois foi derrotado pelo Maricá.

Na semifinal geral, o Nova Iguaçu passou novamente pelo Duque para confirmar o acesso. A final foi contra o Sampaio Corrêa, sobre o qual foi tricampeão ao empatar por 3 a 3 na ida em Saquarema e vencer por 3 a 1 a volta no Laranjão.

A campanha do Nova Iguaçu:
24 jogos | 15 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 41 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Vitor Melo/Nova Iguaçu

Ferroviária Campeã da Libertadores Feminina 2015

Pela primeira vez em seis anos de história, a Libertadores Feminina viaja do Brasil. O local escolhido pela Conmebol para a edição de 2015 foi a Colômbia, mais precisamente no Departamento de Antioquia. As cidades-sede foram Medellín, Envigado e Girardota. O regulamento seguiu como os anteriores, com 12 participantes em três grupos. O Brasil enviou dois representantes, paulistas: o São José, defendendo o título, e a Ferroviária, campeã do Brasileirão.

No auge da sua tradição de quase 15 anos no futebol feminino, a Locomotiva ficou no grupo B, sediado no Estadio Municipal de Girardota. Sua estreia já foi arrasadora, goleando por 5 a 0 o Espuce, do Equador. Nesta partida, a atacante Nenê antou um poker-trick (quatro gols). A campanha seguiu com outra goleada, por 4 a 0 sobre o Colón, do Uruguai.

A folga no saldo permitiu às Guerreiras Grená empatar sem gols com o UAI Urquiza, da Argentina. A equipe encerrou a primeira fase na liderança com sete pontos, superando as próprias argentina com sete gols a mais de diferença.

A semifinal foi caseira, contra o São José. Atuando no Polideportivo Sur, em Envigado, a Ferroviária derrotou o rival por 1 a 0, com o quinto gol da artilheira Nenê.

A Libertadores Feminina fez sua decisão no Atanasio Girardot, em Medellín. A Ferroviária encontrou um time que já sabia o gosto do título, o Colo Colo. Mas as campeãs de 2012 não foram páreo para as Guerreiras Grená, que fizeram três gols no primeiro tempo, com Tábatha (duas vezes) e Barrinha.

As chilenas descontaram para 3 a 1 nos acréscimos, mas a vantagem confortável permitiu que as brasileiras administrassem toda a etapa final. Depois, foi só comemoração pelo primeiro título sul-americano do clube.

A campanha da Ferroviária:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 13 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Tetê Viviani/Divulgação/Ferroviária