River Plate Campeão Mundial 1986

Mundial de Clubes em ano de Copa do Mundo sempre foi uma experiência interessante de se analisar, pois nem sempre o que ocorre em uma competição se reflete na outra. À exceção de 1962, quando Brasil e Santos levaram a melhor, nunca um mesmo país havia se dado bem tanto com a seleção quanto com alguma equipe. Essa lógica acabaria quebrada em 1986.

Primeiro foi na Copa, quando a Argentina conquistou o bicampeonato. Depois, foi a vez de buscar o auge também na Copa Intercontinental. Com três representantes na seleção alviceleste (Nery Pumpido, Oscar Ruggeri e Héctor Enrique), o River Plate enfim conseguiu sua primeira Libertadores. O time passou por Boca Juniors, Peñarol, Argentinos Juniors e Barcelona de Guayaquil antes de derrotar, na final, o América de Cali com vitórias por 2 a 1 e por 1 a 0.

Do outro lado do Atlântico, uma nova força despertou. O Steaua Bucareste, da Romênia, foi o campeão da Copa dos Campeões da UEFA em um chaveamento de "sorte": eliminou Honvéd (Hungria), Kuusysi (Finlândia) e Anderlecht (Bélgica) antes de enfrentar o Barcelona na decisão. Contra o time espanhol, empate por 0 a 0 nos 120 minutos e vitória por 2 a 0 nos pênaltis.

A sétima final disputada no Estádio Nacional de Tóquio aconteceu no dia 14 de dezembro. O Steaua Bucareste era a base da seleção romena, em uma época em que seus atletas eram proibidos de atuar em clubes de outros países. A equipe contava com uma defesa sólida e um eficiente contra-ataque. Já o River Plate apostava no talento do meio-campo e do ataque.

Como era de se esperar, a partida foi equilibrada e decidida no detalhe. Aos 28 minutos do primeiro tempo, Norberto Alonso cobrou rapidamente uma falta logo depois do círculo central. A defesa do Steaua estava desorganizada, e a bola ficou com o uruguaio Antonio Alzamendi pelo lado direito da grande área. Ele chutou na trave, mas a bola rebateu no goleiro Dumitru Stingaciu e subiu. O próprio Alzamendi aproveitou o rebote, de cabeça, para fazer o gol mais importante da história do River Plate. Os romenos tentaram o empate, mas o goleiro Pumpido e os zagueiros Ruggeri e Nelson Gutiérrez garantiram o 1 a 0 aos Millonarios.

A festa pelo título mundial do River Plate começou no estádio, continuou nas ruas de Tóquio, atravessou o planeta e chegou até a Argentina, que seis meses antes já comemorava o título da seleção. Os torcedores do River conseguiram o raro feito de estender a alegria. Definitivamente, Buenos Aires foi a capital do futebol em 1986.


Foto Arquivo/River Plate

Juventus Campeã Mundial 1985

A Copa Intercontinental chegou a 1985 revitalizada e transformada em um bom negócio. Mas um fato relevante chamava atenção desde antes da mudança para o Japão: já se completavam nove anos sem que a Europa conquistasse o título. A última vitória da UEFA havia sido com o Bayern de Munique, em 1976. A América do Sul soube aproveitar bem a crise do torneio e emendou sete vitórias consecutivas.

Era a hora da Europa recuperar a hegemonia do Mundial, e o clube encarregado da missão foi a Juventus. O time italiano conquistou sua primeira Copa dos Campeões após superar Sparta Praga e Bordeaux, e vencer o Liverpool na final por 1 a 0. Era o primeiro título europeu, mas o segundo Mundial: em 1973, La Vecchia Signora herdara a vaga do Ajax, mas acabou derrotada pelo Independiente.

A decisão de 12 anos antes poderia ter se repetido, mas a Libertadores ficou nas mãos de uma surpresa — para não dizer zebra. O Argentinos Juniors eliminou o então campeão da América na segunda fase, depois de superar Vasco e Fluminense na primeira. Na final, El Bicho venceu o América de Cali por 1 a 0 na ida, perdeu por 1 a 0 na volta, empatou por 1 a 1 na partida extra e, por fim, venceu nos pênaltis por 5 a 4.

Juventus e Argentinos Juniors se encontraram no Estádio Nacional de Tóquio em 8 de dezembro. Pela primeira vez, o Mundial no Japão foi disputado sob chuva, mas o péssimo estado do gramado não impediu os especialistas de considerarem esta edição como a melhor já realizada. O time argentino surpreendeu positivamente com seu estilo de jogo arrojado e causou vários sustos aos italianos.

Aos dez minutos do segundo tempo, Mario Videla lançou para Carlos Ereros, que encobriu o goleiro Stefano Tacconi e abriu o placar. A Juventus empatou aos 18, com Michel Platini cobrando pênalti. Aos 30, Claudio Borghi tocou em profundidade para José Castro, que entrou pela ponta-direita e soltou a bomba para colocar o Argentinos novamente à frente. Finalmente, aos 38, Michael Laudrup tabelou com Platini, invadiu a área, driblou Enrique Vidallé e marcou o 2 a 2 final.

Pela primeira vez, o Mundial seria decidido nos pênaltis. Sergio Brio abriu a série convertendo para os italianos, e Jorge Olguín empatou. Antonio Cabrini fez o segundo, enquanto Sergio Batista chutou nas mãos de Tacconi. Aldo Serena marcou o terceiro e Juan López descontou para os argentinos. Laudrup perdeu a quarta cobrança, mas José Pavoni também desperdiçou a sua. Na última cobrança, Platini converteu e decretou o fim do jejum europeu no Mundial, dando à Juventus seu primeiro título intercontinental.


Foto Masahide Tomikoshi

Independiente Campeão Mundial 1984

Poucos clubes de futebol no mundo dominam tão bem a arte de vencer copas, sejam elas nacionais ou internacionais. E, quando falamos em times copeiros, a Argentina logo vem à mente de todos os estudiosos do assunto. Em 1984, o Independiente era o maior expoente dessa categoria, hexacampeão da América do Sul, com quatro títulos consecutivos (1972–1975). No entanto, quando se tratava do Mundial, não conseguia traduzir sua força, tendo conquistado apenas o título de 1973.

A campanha do sétimo título da Libertadores do time de Avellaneda contou com grandes vitórias sobre adversários fortes. Antes da final, o clube superou Olimpia, Estudiantes, Nacional-URU e Universidad Católica. Na decisão, foi a vez de derrubar o então campeão Grêmio, vencendo fora de casa por 1 a 0 e empatando em casa por 0 a 0.

Ao mesmo tempo, o Liverpool seguia construindo sua identidade na Europa ao vencer pela quarta vez a Copa dos Campeões. O time inglês eliminou Athletic Bilbao, Benfica e Dínamo Bucareste antes de conquistar o tetracampeonato contra a Roma: empate por 1 a 1 e vitória nos pênaltis por 4 a 2.

O time de Kenny Dalglish e Ian Rush partia para sua segunda participação na Copa Intercontinental, enquanto a equipe de Ricardo Bochini e Jorge Burruchaga rumava para a sexta. A diferença entre títulos e presenças se explicava pela caótica década de 1970, quando o Liverpool desistiu de disputar em 1977 e 1978, e o Independiente ficou impedido de jogar em 1975.

O Estádio Nacional de Tóquio recebeu portenhos e britânicos no dia 9 de dezembro. Depois de duas edições disputadas sob tempo fechado, a de 1984 foi jogada sob o sol, que amenizou um pouco o sempre rigoroso inverno japonês. A partida foi um pouco mais truncada que o habitual, mas nada que descambasse para a violência. O Liverpool começou tendo mais controle, porém sem criar chances claras, e o Independiente preferiu se postar na defesa, esperando pelos contra-ataques, consciente de seus limites.

A tática do Rojo funcionou, e cedo. Aos seis minutos de jogo, Burruchaga dividiu a bola no meio-campo e ela caiu nos pés de Claudio Marangoni, que lançou José Percudani. O atacante saiu de trás da zaga inglesa, ficou cara a cara com Grobbelaar e tocou por cima do goleiro.

Após o gol, o técnico José Pastoriza orientou os argentinos a segurarem o jogo, entregando de vez a posse ao Liverpool. Os 84 minutos seguintes foram longos, mas o time inglês não teve forças para superar a defesa hermana. Assim, o 1 a 0 manteve-se até o apito final, e o Independiente conquistou seu segundo título mundial. Foi o último grande ato de um verdadeiro rei de copas, que se recolheria à história nas décadas seguintes.


Foto Arquivo/Independiente

Grêmio Campeão Mundial 1983

No dia 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin foi o primeiro ser humano a viajar para o espaço, até a órbita da Terra. Na volta, ele declarou uma das mais famosas frases do século XX: "A Terra é azul". Nesta mesma época, a Copa Intercontinental recém havia passado por sua primeira edição e se preparava para a segunda. Nem se imaginava que, 22 anos depois, o desfecho da competição cruzaria com a aventura de Gagarin.

A popularidade do Mundial Interclubes só aumentava em 1983. Todos os europeus e sul-americanos queriam estar no Japão. Pela Copa dos Campeões da UEFA, o Hamburgo quebrou a sequência inglesa ao ser campeão pela primeira (e única) vez. Na campanha, o time alemão eliminou Dínamo de Kiev, Real Sociedad e, na final, venceu a Juventus por 1 a 0. No comando técnico da equipe estava o austríaco Ernst Happel, que em 1970 conduziu o Feyenoord ao título mundial.

Um campeão inédito também comemorou na Libertadores. Em sua segunda participação, o Grêmio passou por Flamengo, América de Cali e Estudiantes antes de vencer o Peñarol na decisão. O Tricolor empatou a ida por 1 a 1 e venceu a volta por 2 a 1, tornando-se o quarto brasileiro a confirmar vaga no Mundial.

No dia 11 de dezembro, o Nacional de Tóquio recebeu Grêmio e Hamburgo sob um tempo nublado, mas o fato não atrapalhou a qualidade do jogo. O time gaúcho tomou a iniciativa no primeiro tempo e criou as melhores chances até fazer o primeiro gol.

Aos 37 minutos do primeiro tempo, Paulo Cezar Caju lançou para Renato no campo de ataque. O ponta arrancou pelo lado direito, entortou o zagueiro Hieronymus dentro da área e chutou cruzado entre a trave esquerda e o goleiro Stein. No segundo tempo, o Grêmio manteve-se firme, mas os alemães conseguiram o empate quase no fim. Aos 40 minutos, Magath cobrou falta na cabeça de Jakobs, que escorou a bola para Schröder na pequena área. O volante só teve o trabalho de empurrar para a rede.

A disputa foi à prorrogação. No terceiro minuto, Caio cruzou pelo lado esquerdo para Tarciso, que não alcançou a bola. Ela sobrou para Renato, que limpou a marcação e bateu rasteiro no canto esquerdo do gol. A partir daí, o time alemão cansou, e o Grêmio segurou o 2 a 1 que lhe deu o maior título da sua história.

Porto Alegre e o Rio Grande do Sul pararam para ver os campeões desfilarem na volta para casa. Renato Portaluppi ficou consagrado como o maior ídolo do Grêmio, e o clube confirmou a célebre afirmação de Gagarin: sim, a Terra é azul. E também preta e branca.


Foto Jurandir Silveira/Agência RBS

Peñarol Campeão Mundial 1982

A conquista do Flamengo em 1981 estabeleceu um recorde até então inédito na história dos Mundiais. Foi o quarto título consecutivo conquistado por uma equipe sul-americana, superando os triênios de 61/62/63 e 66/67/68, ambos obtidos pelo lado sudaca, que dava um banho de desempenho na Europa: 12 a 8. E mesmo com o retorno do interesse europeu em competir, a Copa Intercontinental ficaria sob a supremacia da América do Sul ainda por mais algumas temporadas.

A Copa dos Campeões da UEFA viveu sob um domínio inglês durante as primeiras edições do Mundial no Japão. Em 1982, o país conseguiu o sexto título seguido na competição, o primeiro com o Aston Villa, que na final derrubou o Bayern de Munique por 1 a 0. Antes de enfrentar os alemães, os Villans eliminaram o Dínamo de Kiev e o Anderlecht.

Na Libertadores, o Uruguai voltou a dar uma grande demonstração de força e tradição. Depois de passar por São Paulo, Grêmio, Flamengo e River Plate, o Peñarol conseguiu o tetracampeonato em emocionante decisão contra o Cobreloa: empatou sem gols em casa e venceu por 1 a 0 fora, marcando aos 44 minutos do segundo tempo. A quarta presença carbonera no Mundial acirrou ainda mais a rivalidade com o Nacional. Agora, seria a vez do Peñarol vivenciar a situação que o outro lado uruguaio teve dois anos antes.

Peñarol e Aston Villa se encontraram em 12 de dezembro, no Nacional de Tóquio. O tempo estava fechado, mas isso não atrapalhou os planos dos uruguaios, que, desde os primeiros minutos, dedicaram-se a encurralar os ingleses — que chegaram a assustar com uma bola no travessão, quando o placar ainda estava zerado.

Aos 27 minutos do primeiro tempo, o brasileiro Jair Gonçalves abriu o marcador para o time sul-americano. Ele cobrou uma falta da intermediária, a bola tocou no travessão e caiu atrás da linha do gol. O domínio do Peñarol só aumentava conforme o relógio corria. O segundo gol foi amadurecendo até a etapa final. Aos 23 minutos, Venancio Ramos ganhou dividida no meio-campo e lançou a bola para Walkir Silva, que avançou sobre a zaga e chutou na saída do goleiro Rimmer, que espalmou fraco. O próprio Silva aproveitou o rebote para ampliar o escore.

A superioridade do Peñarol foi mantida até o apito final, e o placar de 2 a 0 confirmou o tri mundial do clube, que acabou com 16 anos de fila. A conquista também isolou o Carbonero na liderança de títulos, superando os bis do Santos, da Internazionale e, sobretudo, do Nacional. A rivalidade uruguaia passava por um momento mágico em sua história.


Foto Arquivo/Peñarol

Flamengo Campeão Mundial 1981

Sucesso. Esta foi a palavra usada para definir a primeira edição da Copa Intercontinental no Japão. O público local abraçou o torneio, adotando Nacional e Nottingham Forest durante a estadia dos clubes no país. O apoio da Toyota definitivamente resolveu o problema que ameaçava a existência da competição. Mesmo os europeus, que antes viam prejuízo em jogá-la, passaram a lucrar, mesmo com uma eventual derrota.

Para o ano de 1981, o planejamento foi repetido em tudo. A diferença é que, enfim, o Mundial voltaria a acontecer dentro do ano certo. Na Copa dos Campeões da UEFA, o Liverpool conseguiu o tricampeonato depois de eliminar equipes como CSKA Sofia e Bayern de Munique, além do Real Madrid na decisão. Os ingleses aplicaram 1 a 0 nos espanhóis e repetiram os feitos de 1977 e 1978. Nestes dois anos, um Mundial foi disputado pelo vice-campeão europeu e o outro sequer aconteceu. Mas os tempos eram outros, e o Liverpool viu no torneio a chance ideal para expandir sua marca — e também de mostrar a superioridade do futebol britânico.

Na Libertadores, uma nova força do futebol brasileiro surgiu. Logo na estreia, o Flamengo bateu adversários como Atlético-MG, Olimpia e Deportivo Cali. Na final, contra o Cobreloa, foi campeão em três partidas: venceu por 2 a 1 na ida, perdeu por 1 a 0 na volta e venceu por 2 a 0 no desempate. A equipe de Zico, Júnior e Nunes foi a terceira brasileira a vencer a competição sul-americana e a primeira a comparecer no novo formato do Mundial.

Duas escolas diferentes de futebol se enfrentaram no Estádio Nacional de Tóquio, em 13 de dezembro. O Liverpool não seguiu o exemplo do compatriota da edição anterior e mandou o time completo ao jogo. O Flamengo confiava na qualidade de seus craques. Porém, um possível equilíbrio no confronto não foi possível de se ver.

O rubro-negro tomou conta do jogo desde os primeiros minutos. Aos 12 do primeiro tempo, Zico lançou para Nunes, livre da marcação defensiva. O atacante tocou na saída do goleiro Grobbelaar e abriu o placar. O gol desmontou o time inglês, e o Fla assumiu de vez o comando. Aos 34 minutos, Tita sofreu falta próximo à área. Zico bateu, Grobbelaar rebateu, e Adílio aproveitou o rebote para fazer o segundo. O baile carioca seguiu aos 41 minutos, quando Nunes recebeu outro passe de Zico e chutou cruzado no canto direito do goleiro.

Com 3 a 0 já na primeira etapa, o Flamengo dedicou-se a administrar o resultado no tempo seguinte, colocando o Liverpool na roda. Uma atuação inesquecível para os flamenguistas, que madrugaram para comemorar o título mundial, o maior da história do clube. Na volta ao Rio de Janeiro, o Fla ainda achou tempo para vencer o Vasco na final estadual, antecipando o Carnaval de sua torcida.


Foto Arquivo/Jornal do Brasil/Placar

Nacional Campeão Mundial 1980

A década de 1980 foi marcada por muitas transformações no mundo. No futebol, não foi diferente, visto que as fronteiras esportivas entre os países foram diminuindo ano após ano. A Copa Intercontinental também passou por uma profunda reformulação, em 1980.

Depois das disputas capengas dos anos 1970, UEFA e Conmebol precisavam chegar a um consenso para que o Mundial não morresse. A ideia escolhida foi a de realizar o torneio em partida única e em campo neutro. Em um primeiro momento, Nova York foi o local cogitado. Mas era preciso que houvesse apoio financeiro, e nenhuma empresa dos Estados Unidos embarcou no projeto.

Até que entrou na história a Toyota, montadora de carros do Japão. Ela propôs que o Mundial fosse levado a Tóquio, e a organização seria feita a seis mãos. Em troca, a empresa bancaria todas as despesas dos clubes, além das premiações e da entrega de um carro para o craque da partida. O nome oficial da competição também seria alterado, para Copa Toyota (ou Copa Europeia/Sul-Americana). Os únicos trabalhos dos clubes seriam o de viajar e o de jogar.

Mas o principal inconveniente não estava resolvido: como obrigar o campeão europeu a jogar sempre? A UEFA chegou a uma conclusão radical: passou a obrigar os clubes a assinarem um contrato, antes de entrarem na Copa dos Campeões, comprometendo-os a disputar a competição em caso de título. Caso não disputassem o Mundial, a quebra do contrato levaria à suspensão de competições europeias.

A mudança não foi bem digerida no Velho Continente. O Nottingham Forest conquistou o bicampeonato europeu ao fazer 1 a 0 no Hamburgo, e foi ao Japão sob protesto: o técnico Brian Clough levou apenas 14 atletas para o torneio, alegando que o clube só faria aquele “amistoso” para cumprir o contrato. Na Libertadores, o Nacional do Uruguai também foi bi, depois de derrotar o Internacional na decisão, com 0 a 0 na ida e 1 a 0 na volta. Os uruguaios, ao contrário dos ingleses, foram empolgados para a Terra do Sol Nascente.

As negociações entre Conmebol, UEFA e Toyota foram longas, e o Mundial de 1980 foi jogado apenas no dia 11 de fevereiro de 1981. Foi a primeira de 22 finais no Estádio Nacional de Tóquio, que, nesta estreia, recebeu 62 mil torcedores. Ao meio-dia, a bola rolou no gramado queimado pelo frio. Como era de se esperar, o Nottingham se esforçou pouco, enquanto o Nacional deu o seu máximo. Logo aos dez minutos de jogo, Victorino recebeu cruzamento de Moreira e tocou rasteiro entre a zaga: 1 a 0 Bolso. O resultado persistiu até o fim, e a comemoração pelo segundo título varou a madrugada no Uruguai.


Foto Arquivo/Nacional