Alemanha Campeã da Copa das Confederações 2017

Uma despedida sem cara de despedida. Assim foi realizada a Copa das Confederações de 2017, na Rússia. Apesar da longevidade de mais de 20 anos, a competição nunca foi exatamente lucrativa para a FIFA. E, sem sabermos, vimos a edição no Leste Europeu ser a última da história.

Inicialmente, a competição de 2021 estava marcada, mas a troca de comando na entidade máxima fez com que os planos mudassem. A Copa das Confederações foi extinta, e no seu lugar entrou o novo Mundial de Clubes, adiado para 2025.

Nos gramados russos, Alemanha e Portugal foram os maiores favoritos ao título. Não muito longe, Chile e México especulavam. E a Rússia torcia pelo melhor. Austrália, Nova Zelândia e Camarões completaram as outras vagas. Mesmo sem seus principais jogadores, a seleção alemã confirmou a expectativa e levou o título. No grupo B, a Nationalelf venceu australianos por 3 a 2, empatou com chilenos por 1 a 1 e derrotou camaroneses por 3 a 1. A liderança da Alemanha veio com sete pontos. O Chile foi vice com cinco.

No grupo A, Portugal e México também avançaram com sete pontos. Os portugueses fizeram saldo cinco contra dois dos mexicanos. A anfitriã Rússia só venceu a Nova Zelândia na estreia e ficou com três pontos, eliminada.

Na primeira semifinal, Chile e Portugal empataram por 0 a 0, com vitória sul-americana nos pênaltis por 3 a 0. A outra perna da chave trouxe Alemanha e México, com os europeus passando facilmente na goleada por 4 a 1. Os gols foram de Leon Goretzka (duas vezes), Timo Werner e Amin Younes. Na disputa do terceiro lugar, a seleção portuguesa precisou da prorrogação para vencer o time mexicano por 2 a 1.

A última final de Copa das Confederações foi entre Alemanha e Chile, no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo. Não foi um jogo de se encher os olhos. Lars Stindl fez 1 a 0 para a Nationalelf aos 20 minutos do primeiro tempo, e a equipe depois dedicou-se apenas a fazer o tempo passar. Já os chilenos tentaram, arriscaram e sonharam com o empate e a chance de um título que seria o máximo deles, mas pararam nas mãos do goleiro Marc-André Ter Stegen.

A campanha da Alemanha:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Patrik Stollarz/AFP

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2013

E a Copa das Confederações pousou na América do Sul, no país que mais a venceu. Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil recebeu o evento preparatório de 2013, que antecipou o gosto do Mundial em um ano. Então detentor dos últimos dois títulos, a Seleção Brasileira era favorita ao tri consecutivo e tetra no geral.

Mas a concorrência desta vez foi maior. Campeã do mundo e bi da Europa, a Espanha entrou disposta a superar a queda antes da final em 2009. A Itália (vice europeia), mais concentrada, e o Uruguai (campeão sul-americano), no auge de uma geração, também chegavam mirando a taça. México, Japão, Nigéria e o simpático Taiti completaram os oito lugares.

A Canarinho ficou no grupo A, e estreou em Brasília com 3 a 0 nos japoneses. Depois, em Fortaleza, o time antecipou a classificação com os 2 a 0 sobre os mexicanos. Valendo a liderança, o Brasil enfrentou a Azzurra em Salvador e venceu por 4 a 2. Os brasileiros somaram nove pontos e os italianos ficaram com seis. Fora, o México marcou três pontos, e o Japão nenhum.

No grupo B, a Fúria confirmou as expectativas e também fez nove pontos com vitórias por 2 a 1 sobre o Uruguai, por 10 a 0 sobre o Taiti e por 3 a 0 sobre a Nigéria. A Celeste Olímpica passou em segundo, com seis, e os nigerianos fizeram três. Já a amadora equipe da Polinésia Francesa apenas se divertiu, embora tenha ficado zerada e com outras goleadas fora os dez dos espanhóis: levaram 6 a 1 dos africanos e 8 a 0 dos charrúas.

As semifinais ocorreram com os favoritos. Em Belo Horizonte, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1. Na outra chave, Espanha e Itália empataram por 0 a 0, e os ibéricos avançaram com 7 a 6 nos pênaltis. Na disputa do terceiro lugar, uruguaios e italianos ficaram no 2 a 2, com 3 a 2 nos pênaltis para o time europeu.

No Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil e Espanha enfim disputaram a final que não aconteceu quatro anos antes. Mas, em atuação muito acima da média (e ilusória, como se provou depois na Copa do Mundo), a Canarinho não deu chances á Fúria. Fred abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo, Neymar ampliou aos 44 e - de novo - Fred fechou 3 a 0 aos três do segundo tempo. Em casa, o time comandado por Luiz Felipe Scolari chegou ao quarto e último título da Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Piervi Fonseca/AGIF

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2009

Passados quatro anos, igualmente ao que acontece com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a Copa das Confederações voltou a dar o ar da graça em 2009. Foi na África do Sul, num verdadeiro teste de fogo para o país de Nelson Mandela, mirando o Mundial do ano seguinte.

Campeão da Copa América, o Brasil foi novamente o principal favorito ao título, mas desta vez com a forte concorrência da Espanha, vencedora da Eurocopa. A Itália, mesmo sendo campeã da Copa, não aparentava tanto brilho e correu por fora. Os demais participantes foram Estados Unidos, Egito, Nova Zelândia e Iraque.

No grupo B, o Brasil começou a trajetória do tricampeonato com sofrida vitória por 4 a 3 sobre o Egito. Na segunda rodada, as coisas se tranquilizaram nos 3 a 0 sobre os Estados Unidos. No fim, contra uma fragilizada Itália, nova vitória por 3 a 0 valeram os nove pontos e a classificação na primeira posição. As outras seleções marcaram três pontos cada, e o saldo e os gols pró definiram: norte-americanos em segundo, com quatro e menos dois, italianos em terceiro, com três e menos dois, egípcios em último, com três e menos três.

No grupo A, a Espanha não sofreu gols, também venceu todas e somou nove pontos. A anfitriã África do Sul foi vice com quatro, enquanto Iraque e Nova Zelândia voltaram para casa sem vitórias e sem balançarem as redes.

Na semifinal, a Canarinho passou pelo time sul-africano ao vencer por 1 a 0, gol de falta de Daniel Alves. Mas a esperada final com a Espanha melou um dia antes, por que a Fúria levou 2 a 0 dos Estados Unidos. Na disputa do terceiro lugar, a equipe espanhola derrotou a dona da casa por 3 a 2.

Brasil e Estados Unidos jogaram a final no Ellis Park, em Johannesburgo. E quase que o US Team cometeu outro crime, pois abriu dois gols de vantagem no primeiro  tempo, com Clint Dempsey, aos dez minutos, e Landon Donovan, aos 27. Os brasileiros reagiram no segundo tempo. Luís Fabiano descontou no minuto um e empatou aos 29. Aos 39, Lúcio marcou de cabeça e virou para 3 a 2. De maneira dramática, o Brasil - comandado pelo técnico Dunga - chegou ao seu terceiro título de Copa das Confederações, o primeiro ganhando todas as partidas.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Pierre-Philippe Marcou/AFP/Getty Images

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2005

Após a Copa das Confederações de 2003, a FIFA resolveu mudar o itinerário. Não haveriam mais edições de pós-Copa, sobrando apenas as versões de evento-teste no país-sede do Mundial de um ano depois. Assim, a competição passaria a ser disputa a cada quatro anos. E 2005, na Alemanha, deu o pontapé inicial na nova fase.

Junto com a anfitriã, Brasil e Argentina despontaram como candidatos ao título. Campeão do mundo e da América do Sul, a Canarinho foi com força quase máxima. A Albiceleste, que herdou uma das vagas brasileiras no vice continental, prometia incomodar. Os outros lugares ficaram com México, Grécia, Japão, Austrália e Tunísia.

O Brasil ficou no grupo B do torneio, e começou vencendo bem o time grego, por 3 a 0. Na segunda rodada, porém, os brasileiros perderam por 1 a 0 para os mexicanos e ficaram com a classificação ameaçada. Na última partida, contra a equipe japonesa, o Brasil não podia perder. Ficou no 2 a 2 (empate cedido nos minutos finais) e conseguiu uma vaga na semifinal ao ficar na vice-liderança da chave, com quatro pontos, tal como o próprio Japão. Mas no saldo de gols, o dois contra zero deixou para trás os asiáticos. Em primeiro, o México fez sete pontos.

No grupo A, alemães e argentinos duelaram ponto a ponto e chegaram a sete. No saldo, Alemanha líder com quatro gols e Argentina vice com três. Austrália e Tunísia nem chance tiveram, com um ponto cada.

Na semifinal, o Brasil se reencontrou contra a dona da casa e venceu por 3 a 2, com dois gols de Adriano e um de Ronaldinho. No outro jogo, argentinos venceram os mexicanos por 6 a 5 nos pênaltis após empate por 1 a 1 em 120 minutos. Na disputa do terceiro lugar, a Alemanha fez 4 a 3 no México.

A decisão, no Waldstadion, em Frankfurt, reuniu o maior clássico da história. Valendo o bicampeonato, Brasil e Argentina prometeram, ao menos no papel, uma partida equilibrada. Mas o que se viu foi um baile brasileiro em campo. Adriano, aos 11 do primeiro tempo e aos 18 do segundo, abriu e fechou a goleada, que também passou pelos gols de Kaká, aos 16 da etapa inicial, e de Ronaldinho, aos dois da complementar. Pablo Aimar descontou para 4 a 1 aos 20 minutos, porém isso não serviu nem um pouco para diminuir o efeito do passeio brasileiro.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nilton Santos/CBF

Palmeiras Campeão da Recopa Sul-Americana 2022

Na sua quarta final caseira (repetindo 1993, 1994 e 2013), o Brasil chegou ao 12º título da Recopa Sul-Americana. E pela primeira vez o Palmeiras foi campeão, superando a frustração do vice em 2021. O Verdão chegou para o confronto depois de ter conquistado a Libertadores sobre o Flamengo na final. Seu adversário foi o  Athletico-PR que faturou a Copa Sul-Americana ao bater o Bragantino na decisão.

O jogo de ida da Recopa foi realizado na Arena da Baixada, em Curitiba. O Athletico chegou a ficar duas vezes na frente do placar, com gols de David Terans aos 17 minutos do primeiro tempo, e de Marlos aos 31 do segundo. Mas o Palmeiras buscou o empate nas duas oportunidades, com Jailson aos 28 da etapa inicial, e Rapahel Veiga - de pênalti - aos 52 da complementar.

A partida de volta aconteceu no Allianz Parque, em São Paulo. No primeiro tempo, pouca coisa aconteceu, e o placar não saiu do zero, embora o time palmeirense tenha jogado melhor. As coisas melhoraram para o Alviverde nos outros 45 minutos. Logo aos cinco, Zé Rafael abriu o marcador.

O domínio do time paulista foi aumentando ainda mais e a conquista passou a ser mera questão de tempo. Aos 43, Danilo fez 2 a 0 e confirmou a primeira conquista do Palmeiras na Recopa. Mais do que isso: também é a primeira taça que o técnico Abel Ferreira levanta na presença do torcedor na capital paulista.


Foto César Greco/Palmeiras

França Campeã da Copa das Confederações 2003

Em 2003, a Copa das Confederações ficaria marcada para sempre por um dos fatos mais tristes da história do futebol, que foi a morte de um atleta em pleno campo de jogo. A competição foi disputada na França, que superou no processo eletivo Austrália, Portugal, Estados Unidos e a candidatura conjunta de África do Sul e Egito. Esta edição também ficou lembrada por ter sido a última e ano seguinte à uma Copa do Mundo.

Os franceses defenderam o título como anfitriãs e sem muita concorrência, pois o Brasil - na condição de campeão mundial - atuou com um time secundário. Na lacuna deixada pelo também vencedor europeu, a FIFA convidou a vice Itália e a melhor ranqueada Espanha, mas ambas recusaram. No fim, a escolha foi pela Turquia, terceira colocada da Copa. As outras vagas foram de Japão, Colômbia, Estados Unidos, Camarões e Nova Zelândia.

A campeã entrou no grupo A, e começou a campanha derrotando a Colômbia por 1 a 0. Na sequência, confirmou a classificação com vitórias por 2 a 1 sobre o Japão e por 5 a 0 sobre a Nova Zelândia. Les Bleus foram líderes da chave com nove pontos. Com seis, os colombianos ficaram na segunda posição.

No grupo B, o Brasil decepcionou ao perder para Camarões, vencer jogando mal contra Estados Unidos e empatar com a Turquia. A Canarinho fez quatro pontos, bem como os turcos. Mas os adversários fizeram quatro gols contra três dos brasileiros e levaram a classificação na vice-liderança. Os camaroneses somaram sete pontos e ficaram em primeiro.

Mas a história dos Leões Indomáveis tomaria outro rumo na semifinal, contra a Colômbia. Aos 25 minutos do segundo tempo, o coração de Marc-Vivien Foé parou de bater e ele desmaiou no gramado. Os médicos não conseguiram reanimá-lo e, ainda no ambulatório do Estádio Gerland, em Lyon, o jogador foi declarado morto. Camarões venceu a partida por 1 a 0 e foi à final. Sob luto, França e Turquia se enfrentaram na outra chave, com vitória francesa por 3 a 2. Os turcos ainda foram terceiro, ao fazerem 2 a 1 nos colombianos.

Com homenagens à Foé, a decisão entre franceses e camaroneses ocorreu no Stade de France, em Saint-Denis. Com o gol de ouro de Thierry Henry, aos sete do primeiro tempo da prorrogação venceu por 1 a 0 e foi bicampeã. Mas não havia motivos para festa.

A campanha da França:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Eddy Lemaistre/Getty Images

França Campeã da Copa das Confederações 2001

A Copa das Confederações de 2001 inaugurou uma tendência da FIFA, que se estenderia pelos 16 anos seguintes. Pela primeira vez, a entidade utilizou a competição como evento-teste para a Copa do Mundo do ano seguinte. Naturalmente, Japão e Coreia do Sul foram eleitos países-sede, cada um ancorando um grupo. Na ocasião, estiveram à prova estádios e toda a infraestrutura construída àquele momento para o Mundial.

Em campo, os japoneses unificaram a condição de anfitrião com de campeão asiático, assim como a França o fez com as vagas de vencedor da Copa e da Eurocopa. Com um lugar sobrando, o México foi convidado para defender seu título de dois anos antes. O restante foi completado com Brasil, Camarões, Canadá e Austrália.

Melhor seleção do momento, a França era, de longe, a favorita ao título. No grupo A, a equipe já mostrou serviço ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0. Entretanto, Les Bleus tropeçaram na segunda rodada, ao perder para a Austrália por 1 a 0. Necessitando de outra vitória para avançar, os franceses voltaram às goleadas nos 4 a 0 sobre o México. Com seis pontos e saldo oito, o time ficou na liderança. Australianos e sul-coreanos também pontuaram seis vezes, e no saldo deu a seleção da Oceania na vice-liderança: dois a menos três.

No grupo B, os japoneses se aproveitaram da fraqueza do Brasil para serem líderes, com sete pontos. Com um time praticamente alternativo, a Seleção Brasileira só derrotou Camarões e não saiu do 0 a 0 contra Canadá e Japão. Terminou em segundo, com cinco pontos.

Na semifinal, a França reeditou a decisão do Mundial de 1998 com o Brasil. Mas, com uma dificuldade até inesperada, a França só venceu por 2 a 1, gols de Robert Pires e Marcel Desailly. No outro confronto, o time japonês bateu a Austrália por 1 a 0. Na disputa do terceiro lugar, o apática equipe brasileira levou 1 a 0 dos australianos.

França e Japão se enfrentaram na final, no Estádio Internacional de Yokohama. Debaixo de uma forte chuva, os japoneses foram empurrados pela torcida, mas os franceses estavam acima da média. Com gol de Patrick Vieira aos 30 minutos do primeiro tempo, Les Bleus venceram por 1 a 0 e levaram o primeiro de seus dois títulos da Copa das Confederações.

A campanha da França:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Sylvia Buchholz/Reuters