Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2009

Para muita gente, o Barcelona que atuou entre os anos de 2009 e 2012 foi um dos melhores times da história do futebol. Até hoje, o trabalho feito pelo técnico Pep Guardiola é lembrado. O trio Lionel Messi, Andrés Iniesta e Xavi Hernandez povoa qualquer lista de maiores parcerias do esporte em todos os tempos. E o estilo de jogo, de posse de bola e toque envolvente, recebeu até um nome próprio: tiki-taka.

A primeira consagração daquela equipe aconteceu na Liga dos Campeões de 2009, na campanha do tricampeonato blaugrana. O início se deu ainda na terceira preliminar, no confronto com o Wisla Cracóvia, da Polônia. Na ida, vitória por 4 a 0 no Camp Nou. Na volta, derrota por 1 a 0 fora. Depois, no grupo C, o Barça enfrentou Basel, Shakhtar Donetsk e Sporting. Em seis jogos, bastaram quatro vitórias e um empate para a classificação, com 13 pontos e na liderança. A vaga nas oitavas de final veio na quarta rodada, no empate por 1 a 1 em casa com o rival da Suíça.

Na fase seguinte, o Barcelona passou pelo Lyon com empate por 1 a 1 na França e vitória por 5 a 2 na Espanha. Nas quartas de final, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com um belo 4 a 0 no Camp Nou e outro empate fora por 1 a 1.

Na semifinal, o adversário foi o Chelsea. Na primeira partida, empate sem gols. No segundo jogo, o Barça buscou o 1 a 1 que o levou à decisão aos 48 minutos do segundo tempo, no gol salvador e dobrado de Iniesta.

A final foi contra o então campeão Manchester United, que deixou para trás Celtic, Aalborg (Dinamarca), Internazionale, Porto e Arsenal. O local da partida foi o Olímpico de Roma. O duelo começou a ser definido aos 19 minutos do primeiro tempo, quando Samuel Eto'o abriu o placar blaugrana. Messi, de cabeça, fez 2 a 0 aos 25 do segundo tempo e passou a régua na terceira conquista catalã, a que demarcou uma nova era no futebol.

A campanha do Barcelona:
15 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Manu Fernandez/AP

Manchester United Campeão da Liga dos Campeões 2008

A Liga dos Campeões de 2008 viu a primeira consagração de um dos principais jogadores do século 21 e, certamente, um dos maiores e melhores da história da própria competição. Naquela temporada, Cristiano Ronaldo liderou o Manchester United para o terceiro título europeu - e o seu primeiro em uma carreira que teria a conquista de outras quatro taças no futuro.

O campeão inglês começou a campanha do tricampeonato no grupo F da primeira fase, enfrentando Dínamo Kiev, Sporting e Roma. Em seis jogos, os red devils passearam, com cinco vitórias, um empate e a liderança folgada com 16 pontos. A classificação para o mata-mata veio antecipadamente, na quarta rodada, ao bater o adversário ucraniano por 4 a 2 fora de casa.

Nas oitavas de final, os ingleses enfrentaram o Lyon. Na ida, 1 a 1 na França. Na volta, 1 a 0 no Old Trafford e vaga na mão. Nas quartas, foi a vez de reencontrar a Roma. A primeira partida foi na Itália, e o United venceu por 2 a 0, gols de Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney. O segundo jogo aconteceu na Inglaterra, com novo triunfo por 1 a 0, gol de Carlos Tevez.

A semifinal foi contra o Barcelona. No Camp Nou, o clube inglês segurou a pressão adversária e conseguiu o empate por 0 a 0. No Old Trafford, Paul Scholes marcou ainda no início e o United venceu por 1 a 0, garantindo a final pela terceira vez na história.

A decisão foi entre os ingleses Manchester United e Chelsea. A equipe londrina chegou lá após eliminar Valencia, Rosenborg, Olympiacos, Fenerbahçe e Liverpool. O local do jogo foi o Estádio Luzhniki, em Moscou. A capital russa viu uma disputa de dois estilos: o vermelho mais retraído e paciente contra o azul mais atacante e corredor.

Cristiano Ronaldo abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo, mas o Chelsea empatou aos 45. Após o 1 a 1, a disputa aos pênaltis. CR7 perdeu, mas o United acertou outros seis chutes. O rival conseguiu cinco e teve a última cobrança defendida por Edwin Van Der Sar. Por 6 a 5, os invictos comandados de Sir Alex Ferguson foram novamente campeões.

A campanha do Manchester United:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 2007

Não existe algo melhor no futebol do que ser campeão. A não ser que isto seja feito em cima do rival ou em revanche, aí sim teremos alguma coisa maior que apenas vencer. Este é o caso do Milan em 2007. Seu sétimo título de Liga dos Campeões veio sob clima de vingança, diante do algoz de dois anos antes.

Mas o caminho até o hepta foi longo. Como havia sido destituído de vice-campeão italiano para terceiro colocado no tribunal local (30 pontos foram cassados devido a um escândalo de manipulação de resultados), o rossonero começou a campanha na terceira preliminar, contra o Estrela Vermelha, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 no San Siro e por 2 a 1 na Sérvia.

Na primeira fase, o time ficou no grupo H, com Lille, AEK Atenas e Anderlecht. Em disputa ponto a ponto, a vaga no mata-mata veio após a obtenção de três vitórias e um empate em seis jogos. Com dez pontos, o Milan terminou na liderança, com um a mais que os franceses e dois a mais que os gregos. A classificação até foi antecipada, na quinta rodada, ao perder fora por 1 a 0 para o AEK e ser ajudado pela combinação de resultados.

Nas oitavas de final, os italianos passaram pelo Celtic depois de empate sem gols na ida fora e vitória por 1 a 0 na prorrogação em casa. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com empate por 2 a 2 no San Siro, e vitória por 2 a 0 em plena Allianz Arena. A semifinal foi contra o Manchester United. Na ida, derrota por 3 a 2 no Old Trafford. Na volta, o Milan reverteu ao vencer por 3 a 0 em casa.

Em mais uma decisão, o rossonero reencontrou o Liverpool - o algoz da derrota em 2005. Os ingleses despacharam Bordeaux, Galatasaray, Barcelona, PSV Eindhoven e Chelsea. A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Atenas, mesmo local da festa milanista 13 anos antes.

Vacinado dos traumas, o Milan atuou mais recolocado na defesa e chegou aos gols nas poucas chances que teve. Aos 45 minutos do primeiro tempo, Filippo Inzaghi abriu o placar. Aos 37 da etapa final, ele de novo fez o segundo. O Liverpool só marcou 2 a 1 aos 44, sem ter mais tempo para outra reação. Era a revanche rubra.

A campanha do Milan:
15 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2006

Na temporada em que completou 50 anos de existência, a Liga dos Campeões também foi decidida com fortes doses de emoção. Embora a final de 2006 não seja tão cultuada quanto a de 2005, a virada do Barcelona é digna das grandes histórias da competição: dois gols em quatro minutos - faltando dez para o fim -, com o segundo saindo dos pés de um atleta que jamais havia marcado com a camisa do clube.

Sob o comando de Frank Rijkaard e com Ronaldinho, Samuel Eto'o, Deco e Carles Puyol em campo, mais um trio de nomes Lionel Messi, Andrés Iniesta e Xavi no banco de reservas, o bicampeonato blaugrana - após 14 anos - teve início no grupo C da primeira fase. Diante de Panathinaikos, Udinese e Werder Bremen, a classificação foi tranquila, com 16 pontos, cinco vitórias e um empate em seis partidas. Tamanha facilidade permitiu ao Barça se classificar em primeiro já na quarta rodada, nos 5 a 0 sobre os gregos no Camp Nou.

A partir das oitavas de final, os catalães passaram a fazer um ótimo uso do regulamento. Contra o Chelsea, conseguiram vencer a ida fora por 2 a 1 e empatar a volta em casa por 1 a 1. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Benfica em dinâmica parecida, porém invertida: empate sem gols em Portugal e vitória por 2 a 0 na Espanha. A semifinal foi contra o Milan, e o time blaugrana voltou a conquistar o triunfo fora - 1 a 0 no San Siro - para se garantir em casa - 0 a 0 no Camp Nou.

Depois de 12 anos, o Barcelona voltava à final da Liga dos Campeões. Seu adversário foi o Arsenal, que bateu Thun (Suíça), Sparta Praga, Real Madrid, Juventus e Villarreal. A partida aconteceu em Paris, no Stade de France, e começou com os ingleses largando na frente aos 37 minutos do primeiro tempo. A reação só começou aos 31 do segundo tempo, no empate de Eto'o.

A consagração veio aos 35, quando o lateral-direito reserva Belletti - que até ali nunca tinha feito um gol pelo Barça - acertou um chute cruzado pelo lado direito, quase sem ângulo, e fez 2 a 1. Num prenúncio do que estava por vir na virada da década, o clube catalão assegurou o bicampeonato europeu.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Laurence Griffiths/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga dos Campeões 2005

Entre as mais de 60 finais de Liga dos Campeões já realizadas, a de 2005 é certamente a mais épica. O Liverpool - sem levar a taça desde 1984 - saiu da derrota quase certa por 3 a 0 nos primeiros 45 minutos para empatar no tempo seguinte e obter sua quinta conquista nos pênaltis. Nada igual foi visto antes ou depois.

Para chegar lá, os reds partiram do quarto lugar no inglês de 2004 e começaram a campanha na terceira preliminar, ao eliminarem o Grazer, da Áustria, com vitória por 2 a 0 fora e uma inesperada derrota por 1 a 0 em casa. 

Depois, no grupo A, o Liverpool enfrentou Monaco, Olympiacos e Deportivo La Coruña. Em seis jogos, foram só três vitórias e dez pontos. A classificação veio na última rodada, nos 3 a 1 sobre os gregos em Anfield - resultado que fez os ingleses ficarem na vice-liderança, à frente do próprio adversário ateniense pelo saldo de gols (3 a 0).

Nas oitavas de final, os reds eliminaram o Bayer Leverkusen com duas vitórias por 3 a 1 - antes em casa e depois fora. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Juventus com 2 a 1 em Anfield e 0 a 0 na Itália. A semifinal foi contra o Chelsea, e a classificação para a decisão veio com empate sem gols na ida fora e triunfo por 1 a 0 na volta em casa.

A final foi no Estádio Olímpico Atatürk, na turca Istambul, contra o Milan, que superou Shakhtar Donetsk, Celtic, Manchester United, Internazionale e PSV Eindhoven. Antes do apito inicial, nenhum torcedor poderia imaginar o roteiro que ali iria se desenvolver.

No primeiro tempo, um massacre italiano no ataque, três gols sofridos e quase tudo perdido. A reação histórica veio no segundo tempo. Aos nove minutos, Steven Gerrard marcou o primeiro gol. Aos 11, Vladimír Smicer fez o segundo. O empate em 3 a 3 veio aos 16, com Xabi Alonso. Assim ficou até os pênaltis. Das cobranças milanistas, a primeira foi para fora, e a segunda e a quarta foram defendidas por Jerzy Dudek. Com mais cabeça, o Liverpool venceu por 3 a 2 e chegou ao penta europeu após 21 anos.

A campanha do Liverpool:
15 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto David Rawcliffe/Propaganda

Porto Campeão da Liga dos Campeões 2004

Em 2004, a Liga dos Campeões mudou o regulamento e reviveu um pouco de tempos passados, quando a competição era de imprevisibilidade pura. Na fórmula, a segunda fase de grupos foi abolida para dar lugar novamente às oitavas de final. Dessa forma, a quantidade de partidas para os clubes ficou menor. Já em campo, o que se viu foram os favoritos caírem antes da semifinal. Dos quatro sobreviventes, três nunca haviam levado a taça. E no fim, ela ficou com o único time que já sabia o seu gosto: o Porto.

Poucos além dos próprios torcedores acreditavam em uma conquista dos dragões no início. Tanto que o clube só era considerado a segunda força do grupo F, atrás do Real Madrid e à frente de Olympique Marselha e Partizan.

Em seis jogos, os portugueses venceram três, empataram dois, somaram 11 pontos e confirmaram os prognósticos: vice-liderança, três pontos atrás dos espanhóis e sete à frente dos franceses. A classificação veio na penúltima rodada, na vitória por 2 a 1 sobre o adversário da Sérvia. Este jogo foi um dos últimos no Estádio das Antas, que fechou as portas no fim de 2003 (e foi demolido em 2004).

Nas oitavas de final, o Porto já estava de casa nova, o Estádio do Dragão. E uma das primeiras vítimas foi o Manchester United, nos 2 a 1 da partida de ida da fase. A volta, no Old Trafford, terminou empatada por 1 a 1. Nas quartas de final, os portugueses passaram pelo Lyon: 2 a 0 em casa e 2 a 2 na França.

A semifinal chegou sem nenhum candidato ao título no começo, com Porto, Monaco, Chelsea e Deportivo La Coruña - este último o rival dos dragões. Na ida, empate sem gols em Portugal. Na volta fora, Derlei marcou de pênalti e o Porto venceu os espanhóis por 1 a 0.

A final foi contra o Monaco, que eliminou PSV Eindhoven, AEK Atenas, Lokomotiv Moscou, Real Madrid e Chelsea. Na Arena AufSchalke, na alemã Gelsenkirchen, o Porto fez prevalecer sua maior tradição e levou o bicampeonato. Aos 39 minutos do primeiro tempo, Carlos Alberto fez o primeiro gol. Aos 26 do segundo, Deco ampliou. Aos 30, Alenichev saiu da reserva para fechar o placar em 3 a 0.

A campanha do Porto:
13 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 1 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Adam Davy/Empics/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 2003

Nove anos depois da última conquista, o Milan recuperou os bons tempos e levou para casa sua sexta taça da Liga dos Campeões da Europa, em 2003. Com um time bem estrelado e o recorde de 19 partidas, o clube superou forças tradicionais, emergentes e os rivais locais para ficar com o título.

Mas para chegar lá, o caminho foi longo e tortuoso. No italiano de 2002, o rossonero foi apenas o quarto colocado. Dessa forma, o início da campanha precisou ser antes da fase de grupos, na terceira preliminar. O adversário foi o Slovan Liberec, da República Tcheca. Na ida, 1 a 0 para o Milan no San Siro. Na volta, os tchecos fizeram 2 a 1 e a classificação à primeira fase só veio graças ao gol marcado fora de casa.

Quatro jogos depois, já no grupo G, os italianos apagaram a má impressão. A vaga na segunda etapa veio com 100% de vitórias até ali, nos 2 a 1 em casa sobre o Bayern de Munique. Depois, a equipe até perdeu para o Lens, da França, e o Deportivo La Coruña, da Espanha - os outros oponentes da chave. O Milan terminou líder com 12 pontos.

Na segunda fase, foi a vez de superar Lokomotiv Moscou, Borussia Dortmund e Real Madrid para garantir a ponta do grupo C. Outra vez com 12 pontos, quatro vitórias em seis partidas e confirmação na quarta rodada, no 1 a 0 sobre os russos fora de casa. Nas quartas de final, o Milan eliminou o Ajax depois de empatar por 0 a 0 em Amsterdã e vencer por 3 a 2 no San Siro.

A semifinal ficou marcada pelo "Derby della Madonnina" com a Internazionale. O primeiro jogo ficou sem gols. O segundo acabou empatado por 1 a 1, com o gol rossonero saindo dos pés de Andriy Shevchenko. Ambas partidas foram no San Siro, mas o gol fora valeu mesmo assim.

A final foi em outro clássico, com o Juventus. Eles passaram por Dínamo Kiev, Feyenoord, Basel, La Coruña, Barcelona e Real Madrid. A partida aconteceu no Old Trafford, em Manchester, e acabou 0 a 0. Nos pênaltis, Dida pegou três chutes ante dois erros milanistas. Shevchenko converteu a derradeira, e o Milan foi hexa com 3 a 2 no placar.

A campanha do Milan:
19 jogos | 10 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 23 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan