Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2022

Depois de nove anos, o Flamengo voltou a erguer a taça da Copa do Brasil e chegou ao tetracampeonato da competição em 2022. A equipe treinada por Dorival Júnior levou o título dentro de uma esteira de conquistas que foi ligada em 2019. Na mesma temporada do tri da Libertadores e depois de variados confrontos, alguns sofridos e outros tranquilos, o time superou na decisão um confronto de torcidas gigantes.

Com o mesmo regulamento e número de participantes do ano anterior, a Copa do Brasil viu o rubro-negro iniciar já na terceira fase, pois o clube foi integrante da Libertadores. A estreia foi contra o Altos, do Piauí. Na ida, vitória por 2 a 1 em Teresina, no Estádio Albertão. Na volta, outra vitória por 2 a 0 no Rio de Janeiro, no Maracanã.

Nas oitavas de final, a primeira prova de fogo foi contra o Alético-MG, defensor do título. A primeira partida aconteceu no Mineirão, e o Fla perdeu por 2 a 1. O segundo jogo foi realizado no Maracanã. Sob o inferno de mais de 65 mil rubro-negros nas arquibancadas, o time carioca reverteu o confronto ao vencer por 2 a 0, gols marcados por De Arrascaeta.

As quartas de final foram contra o Athletico-PR. A ida foi no Maracanã e ficou empatada por 0 a 0. A volta foi na Arena da Baixada e acabou com vitória flamenguista por 1 a 0, gol de Pedro. Na semifinal, o adversário foi o São Paulo. A primeira partida aconteceu no Morumbi, e o Fla venceu com autoridade, por 3 a 1. Os gols foram de João Gomes, Gabriel e Everton. O Maracanã recebeu o segundo jogo, e o Flamengo conseguiu outra vitória por 1 a 0 para carimbar uma vaga na final.

A decisão foi contra o Corinthians - algo que muita gente esperou por décadas por se tratarem dos dois clubes de maior torcida do Brasil. Os paulistas eliminaram Portuguesa-RJ, Santos, Atlético-GO e Fluminense. A ida ocorreu na Neo Química Arena, em São Paulo, e ficou no empate por 0 a 0. A volta foi no Maracanã, para quase 70 mil torcedores. O artilheiro Pedro abriu o placar para o Flamengo no começo do primeiro tempo, mas os paulistas empataram por 1 a 1 a oito minutos do fim do segundo tempo. Nos pênaltis, o rubro-negro venceu por 6 a 5 e conquistou o tetra.

A campanha do Flamengo:
10 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Thiago Ribeiro/AGIF

Fluminense Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1957

Chegou a vez do Rio de Janeiro. Após sete títulos paulistas (sem contar a inacabada edição de 1934), o Torneio Rio-São Paulo viu sua primeira conquista carioca. Foi com o Fluminense, que levou para casa a competição de 1957.
Antes, era para ter ocorrido torneio em 1956, mas os clubes do Rio de Janeiro não quiseram participar. A Federação Paulista resolveu dar prosseguimento mesmo assim apenas com suas equipes. O São Paulo terminou como campeão, mas o título não entrou na conta oficial do Rio-SP, ficando conhecido somente pelo nome oficial Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
Os cariocas voltaram no ano seguinte, e o Flu foi responsável por uma das melhores campanhas já vistas até então. O torneio teve a presença já comum de dez times, que se enfrentaram em turno único. O tricolor começou sua jornada rumo ao título com vitória por 1 a 0 sobre o America-RJ em casa. E seguiu com grandes resultados, como o 5 a 1 sobre o Palmeiras na segunda partida.
Sem perder, o Fluminense encaminhou sua situação com tranquilidade. No terceiro jogo, empatou por 3 a 3 com o Botafogo. Depois, venceu por 2 a 1 o Flamengo e emendou mais duas vitórias, por 3 a 2 sobre o Corinthians e por 2 a 0 sobre o Vasco. Tudo isso aconteceu no Maracanã. A primeira incursão em terras paulistas foi contra o Santos, no empate por 2 a 2.
Com duas partidas para o fim, o Flu se encontrava na liderança com 12 pontos. O Santos vinha em segundo com dez e o Vasco em terceiro com nove. Bastava vencer o penúltimo confronto para ser campeão antecipado. Contra a Portuguesa no Pacaembu, Waldo marcou duas vezes, Léo marcou uma, e o tricolor carioca venceu por 3 a 1. O clube ainda venceria por 2 a 1 o São Paulo em casa, na entrega da taça.

A campanha do Fluminense:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Portuguesa Campeã do Torneio Rio-São Paulo 1955

Os clubes paulistas o estiveram avassaladores no começo do Torneio Rio-São Paulo. Desde a primeira edição, em 1933, e o retorno, em 1950 e até 1954, foram seis títulos para São Paulo e nenhum para o Rio de Janeiro. E a conta foi estendida para sete taças em 1955, com o bicampeonato da Portuguesa.
O regulamento da competição foi o mesmo dos outros anos, com dez participantes. E, ainda com a melhor a formação de sua história, com Djalma Santos e Julinho Botelho e outros, a Lusa partiu para mais um título regional. Mas a campanha começou mal, com derrota por 3 a 1 para o Botafogo em casa. Foi o único revés da Portuguesa em todo o torneio. Só que a primeira vitória custou para chegar: na segunda partida, o rubro-verde empatou por 5 a 5 com o Corinthians.
Triunfo mesmo, somente no terceiro jogo, por 4 a 2 sobre o America-RJ fora de casa. A partir de então a Lusa deslanchou e conseguiu mais quatro vitórias - incluindo goleadas por 5 a 1 sobre o Santos e por 5 a 2 sobre o Palmeiras - e dois empates, que o deixaram na liderança com 13 pontos.
A Portuguesa encerrou suas partidas um pouco antes que os adversários. Com nove pontos, o Palmeiras ainda tinha mais dois jogos, podendo igualar a pontuação e forçar uma decisão extra. E foi o que aconteceu antes as vitórias sobre Fluminense e Vasco.
As duas partidas de desempate foram no Pacaembu. Na primeira, a Portuguesa empatou por 2 a 2 após ficar duas vezes atrás no placar. Os gols foram de Edmur e Airton. O bicampeonato foi confirmado no segundo jogo, na vitória por 2 a 0. Sob o olhar de 40 mil torcedores, Julinho Botelho e Ipojucan fizeram os gols do título.

A campanha da Portuguesa:
11 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1954

O momento histórico vivido pelo Corinthians na primeira metade da década de 1950 teve seu ponto final em 1954. Naquele ano, o clube alvinegro levou para casa as conquistas do estadual (o famoso título do quarto centenário, já que a cidade de São Paulo completou 400 anos de fundação) e do Torneio Rio-São Paulo. Logo depois, o Timão amargaria o longo jejum de 23 anos sem conquistas, descontando o agridoce título dividido do Rio-SP de 1966 (e que vamos contar mais tarde).
O torneio de 1954 teve uma mudança de nome, para Torneio Roberto Gomes Pedrosa. A troca ocorreu em função da morte do então presidente da Federação Paulista de Futebol. O regulamento foi o mesmo, com dez equipes em turno único, com o adendo de ter sido em meio à Copa do Mundo daquele ano. Então, muitos clubes atuaram desfalcados. O Corinthians, por exemplo, ficou sem o goleiro Cabeção e sem o atacante Baltazar na maioria dos jogos.
Mas isso não foi problema, pois o Timão venceu as seis primeiras e logo pulou rumo à luta pelo tricampeonato. A estreia foi com 2 a 1 sobre o Botafogo fora. Depois, o clube fez 4 a 3 no America-RJ em casa, 4 a 1 no Vasco em casa, 1 a 0 no Fluminense fora, 3 a 2 na Portuguesa em casa e 2 a 1 no Flamengo fora. As derrotas só apareceram na sétima e oitava rodadas, por 2 a 0 para o Santos e por 1 a 0 para o São Paulo, ambas fora de casa.
Para a última rodada, a situação ficou a seguinte: Fluminense com 13 pontos e Corinthians e Palmeiras com 12. Enquanto os cariocas enfrentariam o Vasco no Maracanã, os dois paulistas fariam o Derby decisivo no Pacaembu. Em São Paulo, o Timão fez sua parte e derrotou o rival por 1 a 0. E no Rio de Janeiro, o tricolor carioca levou 1 a 0 dos vascaínos. A combinação de resultados deixou o Timão com 14 pontos e o tri do Rio-SP.

A campanha do Corinthians:
9 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Corinthians

Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1953

O Torneio Rio-São Paulo de 1953 viu a consolidação de um dos melhores times da história do Corinthians, e que também foi o último a conquistar títulos antes da famosa fila de 23 anos sem conquistas, que só acabaria em 1977.
O início da década de 1950 foi feliz para o torcedor corinthiano. Tudo começou no Rio-SP de 1950, depois passou pelos estaduais de 1951 e 1952. A sequência de títulos seguiu com o bicampeonato regional. Com o regulamento de sempre, dez times se enfrentaram em turno único.
A campanha do Timão começou com vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo em casa. Na sequência, o clube perdeu por 3 a 1 para o São Paulo e imediatamente emendou uma invencibilidade de seis partidas, com quatro vitórias - a melhor delas por 6 a 0 sobre o Flamengo na quarta rodada - e dois empates que o conduziram à primeira colocação.
O último jogo do Corinthians foi contra o Vasco, no Maracanã. Um triunfo simples confirmaria a conquista do Corinthians, mas a equipe de Baltazar, Roberto Belangero, Carbone e do goleiro Cabeção acabou derrotada por 1 a 0. O Timão encerrou o Torneio Rio-São Paulo com 12 pontos, enquanto os cariocas atingiram 11 com mais uma partida para fazer.
Então foi preciso secar. O Vasco não podia pontuar contra o Santos, do contrário até mesmo o empate poderia forçar dois jogos extras. Mas a secada deu certo, os santistas venceram os vascaínos por 3 a 2 e confirmaram o bicampeonato do Corinthians.

A campanha do Corinthians:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 22 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Sport Ilustrado

Mirassol Campeão Brasileiro Série C 2022

O Campeonato Brasileiro Série C passou por mais uma alteração no regulamento em 2022. A CBF resolveu colocar a primeira fase em um grupo único de 20 clubes. Tal mudança ocorreu devido ao fato de a competição ter ficado com excesso de times do Norte e do Nordeste. Antes, era feita a divisão de dois grupos regionalizados. Com 12 nordestinos e nortistas, a fórmula ficou obsoleta.

O que não mudou na Série C foi a imprevisibilidade. Um pouco de tudo aconteceu nas 19 rodadas iniciais. E o título ficou com um dos clubes melhor estruturados: o Mirassol. Vencedor da Série D em 2020, a equipe paulista conseguiu o passe rumo a segunda divisão logo na segunda tentativa. O time foi o melhor em todas as fases.

A estreia do Leão foi com vitória por 2 a 1 sobre o Ferroviário em casa. A invencibilidade durou por cinco jogos, com mais três vitórias e um empate que já alçaram a equipe às primeiras posições. Depois de perder por 3 a 1 para o Remo fora, o Mirassol seguiu a campanha com tranquilidade. A classificação à segunda fase veio com antecedência e o time ficou na primeira colocação depois de 19 partidas, com 33 pontos, dez vitórias, três empates e seis derrotas.

No quadrangular seguinte, o Mira ficou em grupo com Botafogo-SP, Aparecidense e Volta Redonda. Em seis jogos, o clube paulista não perdeu, e conquistou o sonhado acesso depois de vencer mais três e empatar outros três. A confirmação veio na última partida, junto com a liderança da chave e a vaga na final, na vitória por 2 a 1 sobre a Aparecidense. A outra vaga na Série B ficou com o Botafogo-SP. Do outro grupo, subiram ABC e Vitória.

O Mirassol disputou a decisão com o ABC, que superou, além do Vitória, Figueirense e Paysandu. O primeiro jogo foi em Natal, no Frasqueirão, e acabou empatado por 0 a 0. O segundo jogo foi em casa, num lotado José de Campos Maia. O título começou a ser desenhado aos cinco minutos do primeiro tempo, com o gol de Camilo. Aos 45, Vinícius Mingotti fez 2 a 0 e consolidou a conquista do Leão da Alta Araraquense.

A campanha do Mirassol:
27 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 6 derrotas | 45 gols marcados | 28 gols sofridos


Foto Reprodução/CBF

Cruzeiro Campeão Brasileiro Série B 2022

Foram três anos de sofrimento, incerteza e distância da elite do futebol brasileiro. Mas costumam dizer que são das dificuldades que sem vem a força. O Cruzeiro provou o gosto da Série B da pior forma, pois não conseguiu o acesso imediato após o rebaixamento em 2019. Ao contrário, chegou a flertar com a terceira divisão em alguns momentos. Até que 2022 chegou trazendo de volta uma antiga cria da casa, disposta a levantar o clube mais uma vez.

Depois de 28 anos, Ronaldo Fenômeno desembarcou em Belo Horizonte para adquirir a SAF cruzeirense. O ídolo tornou-se dono do futebol da Raposa e deu início ao processo de renovação do time. Em campo, um elenco renovado. No banco de reserva, o técnico uruguaio Paulo Pezzolano.

A Série B de 2022 contou outra vez com cinco campeões de Série A: Cruzeiro, Grêmio, Bahia, Vasco e Guarani, além do Criciúma vencedor da Copa do Brasil. Mas a Raposa não deu bola para os adversários e foi rumo ao acesso e ao título com uma campanha arrasadora. É bem verdade na estreia que o time perdeu por 2 a 0 para o Bahia em Salvador, porém esta foi uma das pouquíssimas derrotas no campeonato. Até a conquista inédita, foram só três reveses azuis. A primeira vitória veio no Mineirão, na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Brusque. A liderança foi obtida para não ser mais perdida na sétima partida, na vitória por 1 a 0 sobre o Náutico em Recife.

O acesso à primeira divisão chegou na 31ª rodada - com sete rodadas de antecedência -, na vitória por 3 a 0 sobre o Vasco no Mineirão. Na partida seguinte, o Cruzeiro goleou por 4 a 1 a Ponte Preta no Mineirão. Dois dias depois, o Grêmio perdeu para o Sampaio Corrêa e o Bahia caiu ante a Chapecoense. A combinação de resultados tornou possível a conquista antecipada do título cruzeirense, com 71 pontos em 32 jogos, 18 a mais que os gremistas e 19 a mais que os baianos.

A campanha do Cruzeiro:
38 jogos | 23 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 57 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Thomas Santos/Staff Images/Cruzeiro