Bahia Campeão Baiano 2023

Chegar a 50 títulos de uma mesma competição é uma marca que raros clubes de futebol possuem. No Brasil, o Bahia tornou-se apenas no segundo a conseguir tal façanha, com a reconquista do Campeonato Baiano em 2023. Depois de três anos, o Tricolor de Aço voltou à decisão e conseguiu mais uma taça com méritos.

O Baianão contou com a participação de dez times, que se enfrentaram em turno único na primeira fase. Em nove jogos, o Bahia obteve sete triunfos e só duas derrotas, que o deixaram tranquilo na liderança, com 21 pontos, quatro a mais que o vice Jacuipense. De quebra, o tricolor viu seu rival Vitória ficar fora da semifinal pela quinta temporada seguida, apenas na sexta posição.

Na semifinal, o Bahia superou o Itabuna depois de perder a ida fora por 1 a 0, e ganhar a volta em casa por 4 a 1. A final foi contra o Jacuipense, que eliminou o Juazeirense na semi. O primeiro jogo foi na cidade de Riachão do Jacuípe, e terminou empatada por 1 a 1. A segunda partida aconteceu na Fonte Nova, em Salvador, e o tricolor triunfou por 3 a 0, com todos os gols marcados no segundo tempo.

A campanha do Bahia:
13 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Felipe Oliveira/Bahia

River Plate Campeão da Copa Sul-Americana 2014

Uma história de queda e ressurgimento de um gigante Sul-Americano. O River Plate conheceu todos os cenários possíveis no século 21, antes de voltar ao topo na conquista da Libertadores de 2015. Em 2003, foi vice da incipiente Copa Sul-Americana para o modesto Cienciano. Em 2011, após sucessivos erros e uma crise financeira, acabou rebaixado para a segunda divisão argentina.

O retorno começou em 2012. E os primeiros frutos começaram a aparecer em 2014. Primeiro, com o título do Torneio Final Argentino, sob o comando do técnico Ramón Díaz. Depois, com a glória invicta da Copa Sul-Americana, a primeira em caráter continental desde 1997, já com Marcelo Gallardo de treinador. Ali começou uma relação que duraría oito anos com o clube.

A campanha millonaria iniciou contra o Godoy Cruz, na segunda fase: vitórias por 1 a 0 fora e por 2 a 0 em casa. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Libertad, do Paraguai. Na ida, vitória por 3 a 1 em Assunção. Na volta, o triunfo foi por 2 a 0, em classificação tranquila.

Nas quartas, mais um adversário argentino. Contra o Estudiantes, o River começou mais uma vez vencendo o confronto fora de casa, por 2 a 1, de virada, no Estádio Ciudad de La Plata. O segundo jogo aconteceu no Monumental de Nuñez. E após duas viradas, o clube millonario saiu ganhador por 3 a 2.

A semifinal foi "apenas" contra o Boca Juniors, seu maior rival. Na ida, em La Bombonera, empate por 0 a 0. Na volta, o Monumental pulsou com quase 66 mil torcedores. Leonardo Pisculichi anotou o gol da vitória por 1 a 0 aos 16 minutos do primeiro tempo.

A final foi entre River Plate e Atlético Nacional, que deixou para trás Deportivo La Guaira, General Díaz, Vitória, Universidad Cesar Vallejo e São Paulo. A primera partida aconteceu no Atanasio Girardot, em Medellín, num bom empate por 1 a 1. Pisculichi fez o gol argentino mais uma vez.

O segundo jogo foi no Monumental, em Buenos Aires. Favorito, o River controlou as ações e não precisou de muito para ser campeão. Aos nove minutos, Gabriel Mercado abriu o marcados. Aos 13, Germán Pezzella fez 2 a 0 e completou de vez o retorno millonario ao cenário da América do Sul.

A campanha do River Plate:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP/Getty Images

Lanús Campeão da Copa Sul-Americana 2013

A Copa Sul-Americana em 2013 por pouco não viu acontecer um momento único na história do futebol. A Ponte Preta, segundo clube mais antigo em atividade no Brasil, ficou a dois jogos de vencer um título que a sua torcida espera desde a fundação, em 1900. Ficou no quase, mesmo. A Macaca chegou na decisão, mas acabou parando no Lanús.

A taça foi parar na Argentina. Campeão da Copa Conmebol em 1996, o Lanús conseguiu se manter dentro do cenário continental desde então. A campanha granate na Sul-Americana começou diante do Racing, na segunda fase. Na ida, venceu por 2 a 1 em El Cilindro. Na volta, completou o serviço ao fazer 2 a 0 em La Fortaleza.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar a Universidad de Chile. O primeiro jogo foi na Argentina, com goleada grená por 4 a 0. Tranquilo no confronto, o Lanús foi à Santiago e ficou com a classificação ao perder por apenas 1 a 0. Nas quartas, o adversário foi o River Plate. A primeira partida aconteceu mais uma vez em casa, e ficou no 0 a 0. El granate precisou encarar a força do Monumental de Nuñez no segundo jogo. E com gols de Diego González, Santiago Silva "El Tanque" e Víctor Ayala, o Lanús derrubou o rival com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Libertad. A ida ocorreu no Paraguai, no pequeno Estádio Nicolás Leoz, em Assunção. Em atuação consciente, o Lanús abriu vantagem de 2 a 1 no confronto. A volta foi em La Fortaleza, para quase 34 mil torcedores. Com outro desempenho de almanaque, o granate voltou a vencer por 2 a 1 e se colocou em mais uma decisão.

A final da Copa Sul-Americana reuniu Lanús e Ponte Preta. Assombrando o continente, os brasileiros eliminaram Criciúma, Deportivo Pasto, Vélez Sarsfield e São Paulo. Ida foi jogada no Pacaembu, em São Paulo. Os argentinos conseguiram um bom empate fora de casa, por 1 a 1.

A volta aconteceu em La Fortaleza, para 40 mil pessoas. Superior a Ponte, o Lanús garantiu o título ao vencer por 2 a 0. Aos 24 minutos do primeiro tempo, Víctor Ayala abriu ao placar. Aos 46, Ismael Blanco marcou mais um gol e acabou com qualquer chance de reação brasileira.

A campanha do Lanús:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Lanús

Mil postagens no Edição dos Campeões!

Oito anos e dois meses depois de sua criação, o blog Edição dos Campeões chegou a incrível marca de 1000 postagens feitas (embora este já seja o post 1001).

Quando começamos, em janeiro de 2015, não imaginávamos que chegaríamos nesse ponto tão ativamente. São nove temporadas cheias (e a décima tá começando), todos os campeonatos relevantes do Brasil e os principais da América do Sul e da Europa para apreciação.

Nossa clara inspiração sempre foi a Revista Placar, que entre 1980 e 2013 (e em 2015 e 2016) publicou a Edição dos Campeões, que fez muitos fãs pelo Brasil (incluindo este que vos escreve). Quando a produção do especial foi interrompida, em 2014, muitos destes admiradores ficaram órfãos. E foi neste contexto que o blog apareceu, com o mesmo nome, no intuito de servir como uma homenagem (e "continuação") à publicação que ali perdeu sua contagem ininterrupta.

No mosaico a seguir, temos 1000 pôsteres para comemorar esta marca histórica!


Clique, dê zoom e conte quantas vezes seu time aparece! (se preferir, clique aqui)
A história escrita e fotografada do futebol pode ser vista todos os dias aqui.

Maranhão Campeão Maranhense 2023

É do Nordeste o primeiro campeão estadual de 2023. O Maranhão Atlético Clube, ou MAC, ou simplesmente Maranhão, reconquistou o título maranhense depois ficar dez anos na fila. Desde 2013, o clube teve de amargar dois rebaixamentos, em 2015 e em 2020. Mas conseguiu voltar com muita força, a partir da conquista da segunda divisão e do vice na Copa FMF de 2022 (que lhe deu uma vaga na Série D do Brasileirão em 2023).

De volta, o Bode Gregório encarou uma competição com mais sete equipes, divididas em dois grupos e na disputa de dois turnos. No primeiro, venceu dois e empatou um jogo contra os adversários de seu grupo. Em primeiro lugar, derrotou o IAPE por 3 a 1 na semifinal e superou o Sampaio Corrêa por 4 a 2 nos pênaltis da decisão - o tempo normal foi 0 a 0. O título do turno lhe garantiu a final geral.

No returno, o MAC conseguiu mais duas vitórias e dois empates contra os oponentes da outra chave. Líder de novo, bateu o Pinheiro por 3 a 0 na semifinal. Na final, porém, foi derrotado pelo Moto Club por 1 a 0 e perdeu a chance de ser campeão antecipado.

Em mais dois clássicos Maremoto, o Maranhão conseguiu o título estadual com doses altas de emoção. A ida, no Nhozinho Santos, foi 1 a 1. A volta, no Castelão, também, depois de levar o gol do Moto aos 52 minutos do segundo tempo e fazer o do empate aos 54. Nos pênaltis, o Bode venceu por 5 a 4 e fez a festa.

A campanha do Maranhão:
13 jogos | 6 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Hiago Ferreira/Maranhão

São Paulo Campeão da Copa Sul-Americana 2012

Após a primeira conquista brasileira na Copa Sul-Americana, em 2008, os clubes brasileiros passaram a dar trato um pouco melhor à competição. Em 2009 e 2010, ficamos no vice. A sorte voltaria a sorrir para o Brasil em 2012, na conquista do último título de expressão (até o momento) do São Paulo.

Naquele ano, o regulamento do torneio foi alterado mais uma vez. O número de participantes subiu para 47, e a primeira fase foi desmembrada em Zona Norte  e Zona Sul). Argentinos e brasileiros continuaram a entrar apenas na segunda fase. O tricolor paulista começou a campanha do título contra o Bahia, com duas vitórias por 2 a 0 em Salvador e em São Paulo.

Nas oitavas de final, contra a desconhecida LDU Loja (como a de Quito) uma inesperada dificuldade. O São Paulo só avançou graças ao gol anotado fora de casa, pois a ida ficou empatada por 1 a 1 no Equador, e a volta acabou no 0 a 0 no Morumbi. Nas quartas, o tricolor enfrentou a Universidad de Chile. E o que faltou nas oitavas sobrou aqui. No primeiro jogo, vitória por 2 a 0 em Santiago. Na segunda partida, goleada por 5 a 0 no Pacaembu.

As coisas voltaram a apertar na semifinal, contra a Universidad Católica. O São Paulo empatou por 1 a 1 a ida, no Chile, e tornou a segurar o empate sem gols em casa. O tento marcado fora de casa voltou a fazer a diferença e o clube avançou para sua primeira final em sete participações na Sul-Americana.

O adversário na decisão veio da Argentina, o Tigre, da cidade de Victoria, na grande Buenos Aires. Eles eliminaram Argentinos Juniors, Deportivo Quito, Cerro Porteño e Millonarios. A primeira partida foi disputada em La Bombonera, pois o estádio do Tigre era pequeno demais para uma final. E o tricolor conseguiu voltar de lá com empate por 0 a 0.

A volta foi no Morumbi, diante de mais de 67 mil são-paulinos. Mas o que era para ser um jogo disputado virou quase um treino, pois o São Paulo fez 2 a 0 já no primeiro tempo, gols de Lucas Moura aos 22, e de Osvaldo aos 27 minutos. Irritados com a arbitragem e as provocações brasileiras, os jogadores do Tigre deram início a uma confusão que escalou para um confronto com a Polícia Militar no túnel do vestiário. Eles não retornaram para o segundo tempo e a partida se deu por encerrada. O fato não diminuiu o peso do título invicto do tricolor.

A campanha do São Paulo:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Luiz Pires/Vipcomm

Universidad de Chile Campeã da Copa Sul-Americana 2011

Um time com um objetivo claro, uma ideia fixa, um futebol vistoso e uma campanha quase perfeita. A Universidad de Chile foi tudo isso na Copa Sul-Americana de 2011. Comandada por Jorge Sampaoli, a equipe levou o Chile ao primeiro título continental nesta competição, além de ter sido o primeiro no geral em 19 anos.

La U começou sua trajetória ainda na primeira fase, diante do Fénix, do Uruguai. Na ida, venceu por 1 a 0 em Santiago. Na volta, segurou o 0 a 0 em Montevidéu. Na segunda fase, o confronto foi contra um uruguaio de mais tradição - o Nacional. Com vitórias por 1 a 0 em casa e 2 a 0 fora, o clube chileno passou.

Na oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Flamengo. Em pleno Rio de Janeiro, a Universidad mostrou para todo o continente seu poder: 4 a 0, fora o baile em cima dos brasileiros. No segundo jogo, em Santiago, bastou administrar a enorme vantagem - e fazer 1 a 0. Nas quartas, o oponente de La U foi o Arsenal de Sarandí. A primeira partida aconteceu na Argentina, com vitória universitária por 2 a 1. O segundo jogo foi no Nacional, em Santiago, e a classificação veio com novo triunfo, desta vez por 3 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Vasco, que foi quem impôs a maior dificuldade do time chileno. Em São Januário, a Universidad saiu atrás no primeiro tempo, mas conseguiu o empate por 1 a 1 no segundo. Na volta, realizada no pequeno Estádio Santa Laura, La U voltou a vencer, por 2 a 0.

A final baseou-se na existência da letra U. A Universidad de Chile teve pela frente a LDU Quito, que chegou lá depois de superar Yaracuyanos, Trujillanos, Independiente, Libertad e Vélez Sarsfield. O primeiro jogo foi no Casa Blanca, em Quito. Com gol de Eduardo Vargas aos 44 minutos do primeiro tempo, La U venceu por 1 a 0.

A segunda partida aconteceu no Estádio Nacional de Santiago. Vargas abriu o placar logo aos três minutos de jogo. Gustavo Lorenzetti ampliou aos 34 do segundo tempo. O show chileno ficou completo aos 42, com o segundo gol de Vargas, que decretou o 3 a 0, o título inédito e o símbolo de uma era inesquecível da Universidad.

A campanha da Universidad de Chile:
12 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Agencia Uno