Inhumas Campeão Goiano Divisão de Acesso 2024

O bate-volta foi rápido. O Inhumas é bicampeonato da Divisão de Acesso Goiano de 2024 e estará de volta na primeira divisão do estadual em 2025. Vencedor pela primeira vez em 2022 e rebaixado em 2023, o clube passa a ter duas taças do campeonato de segundo nível.

O regulamento do Goianão de Acesso seguiu como nos anos anteriores, com oito times disputando um torneio de pontos corridos em dois turnos, com duas vagas de acesso para campeão e vice. A campanha da Pantera teve início com vitória por 3 a 0 sobre o Trindade fora de casa, e seguiu com mais três vitórias, um empate e duas derrotas até o fim do primeiro turno.

O Inhumas manteve uma boa campanha no segundo turno, mas sem disparar na frente. A briga era ponto a ponto com Abecat, Anapolina, Trindade e Centro Oeste. Tudo estava aberto na última rodada. Contra o Trindade em casa, no Zico Brandão, a Pantera fez o que precisava e venceu por 2 a 0. Em 14 partidas, o time venceu oito, empatou duas e perdeu quatro, somando 26 pontos. O Abecat completou o acesso.

A campanha do Inhumas:
14 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 21 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Edivair Custódio/Inhumas

Paraná Campeão Paranaense 2ª Divisão 2024

O caminho de volta começou. O Paraná é campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paranaense de 2024, voltando à elite estadual depois de três anos. O clube chegou ao segundo título na história do segundo nível do torneio.

Dez times participaram do campeonato, que foi disputado em turno único. Os quatro melhores passaram à semifinal. Em nove partidas, o Tricolor conseguiu cinco vitórias, três empates e uma derrota. Com 18 pontos, a equipe conseguiu a segunda colocação na tabela. Além disso, o Paraná também protagonizou momentos incríveis, como lotar a Arena da Baixada e o Couto Pereira, casas dos maiores rivais.

Na semifinal, o adversário paranista foi o Patriotas. Na primeira partida, os times empataram sem gols. No segundo jogo, o Paraná voltou a lotar o Couto Pereira e venceu por 3 a 0, garantindo o acesso à primeira divisão estadual

Na final, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-PR, que eliminou o Paranavaí. O jogo de ida aconteceu na Vila Capanema, em Curitiba, e o Tricolor venceu por 1 a 0. A partida de volta foi no Gigante do Itiberê, em Paranaguá, com derrota do Paraná por 2 a 1. Nos pênaltis, porém, o time da gralha-azul venceu por 5 a 3 e conquistou o título.

A campanha do Paraná:
13 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Morone Henrique/Paraná

Vasco Campeão Brasileiro Feminino Série A3 2024

O Vasco da Gama deu um passo importantíssimo na retomada do futebol feminino com o título do Brasileirão Série A3 em 2024. Um dos clubes pioneiros e com algumas conquistas nos anos 1990, o cruz-maltino vem aos poucos rebuscando seu espaço, e o ponto de partida foi dado na terceira edição do terceiro nível do principal torneio nacional.

O Brasileiro Série A3 teve o mesmo regulamento das duas edições anteriores, com 32 times que se enfrentaram em mata-mata, em cinco fases e confrontos regionalizados. O critério de preenchimento das vagas foi pelos estaduais, com duas para São Paulo e uma para os outros 26, além dos quatro times rebaixados da Série A2 de 2023.

A campanha do Vasco teve início contra o Vila Nova-ES. A partida de ida foi disputada em Cariacica, no Kleber Andrade, e terminou com vitória cruz-maltina por 3 a 1. A volta aconteceu no Rio de Janeiro, em Moça Bonita, também vencida pelas Meninas da Colina por 5 a 2. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Pinda, com vitórias por 3 a 0 em São Paulo e por 4 a 0 no Rio de Janeiro.

Nas quartas de final, as vascaínas enfrentaram o Coritiba. O primeiro jogo ocorreu em São Januário, com goleada das donas da casa por 5 a 1, encaminhando o acesso. A segunda partida foi no Paraná, no CT Bayard Osna, e o Vasco voltou a golear por 5 a 1, carimbando a classificação rumo à Série A2.

O adversário cruz-maltino na semifinal foi o Ação, do Mato Grosso. A ida aconteceu em Cuiabá, no Estádio Dutrinha, e foi vencida pelo Vasco por 1 a 0. A volta foi em São Januário, com as Meninas de Colina vencendo por 3 a 0 e mantendo a campanha perfeita, sem saber o que é empate ou derrota na competição.

A decisão da Série A3 foi entre Vasco e Paysandu, que passou por Esmac, Tiradentes-PI, Rio Negro-RR e Vitória (que ficou com o quarto acesso). A primeira partida foi disputada em Belém, na Curuzu. Fora de casa, as vascaínas não se importaram com a pressão da torcida adversária e venceram por 2 a 1, gols anotados por Graciela Martínez e Larissa. O segundo jogo foi realizado no Rio de Janeiro, no Estádio Luso-Brasileiro. Em casa, as Meninas da Colina se preocuparam mais em administrar a vantagem e segurou o empate por 0 a 0, que acabou com a campanha 100% mas garantiu o título inédito para o Vasco.

A campanha do Vasco:
10 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 31 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Nayra Halm/Staff Images Woman /CBF

Trem Campeão Amapaense 2024

O estadual mais caótico do Brasil chegou ao fim, completando os 27 campeonatos de 2024. O Campeonato Amapaense coroou mais uma vez o Trem como campeão. É o nono título na história da Locomotiva, sendo este o tetracampeonato do clube.

O torneio contou com oito participantes, que se enfrentaram em turno único na primeira fase. Em sete jogos, o Trem venceu cinco e perdeu dois, ficando em segundo lugar com 15 pontos. Na semifinal, contra o Santos, o time empatou duas vezes por 1 a 1, garantindo assim a vaga na final.

Mas... como acontece todo ano no Amapá, irregularidades na escalação de jogadores excluíram todos os quatro semifinalistas do campeonato. Trem, Santos, Oratório e Independente foram punidos pelo TJD-AP e recorreram. O imbróglio jurídico durou quase três meses, até que o STJD decidiu anular apenas a disputa da semifinal, os dois jogos entre Oratório e Independente e o um jogo entre Trem e Santos.

Na retomada do torneio, o Santos desistiu da competição e o Trem avançou à final com vitória por 3 a 0 na volta, por W.O.. Na final, contra o Oratório, a Locomotiva conseguiu o título ao vencer a primeira partida por 1 a 0, e o segundo jogo por 2 a 1, ambos no Estádio Zerão.

A campanha do Trem:
11 jogos | 8 vitórias | 1 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Divulgação/Trem

Ferroviário Campeão Cearense 1970

O Campeonato Cearense é mais um dos vários casos de estadual polarizado por dois clubes. Ceará e Fortaleza conquistaram mais de 80% dos títulos já postos em jogo no estado. São poucas taças que sobram para os demais clubes.

O principal time entre os outros é o Ferroviário, a eterna terceira força cearense. Por vezes, o Tubarão da Barra conseguiu fazer frente aos dois irmãos maiores e faturou algumas conquistas. Em 1970, a equipe foi campeã pela quinta vez, repetindo o feito de 1945, 1950, 1952 e 1968.

A edição de 1970 do estadual contou com oito clubes na disputa de três turnos. O líder de cada terço do campeonato garantiu vaga no triangular final. O Ferroviário teve como adversários Ceará, Fortaleza, Guarany de Sobral, Quixadá, Calouros do Ar, Tiradentes e América de Fortaleza.

No primeiro turno, o Tubarão fez sete jogos. Venceu três, empatou três e perdeu um, somando nove pontos e ficando em terceiro na classificação, dois pontos atrás do líder Guarany. Faltou pouco para o time obter um lugar no triangular decisivo logo na primeira chance, mas a goleada por 6 a 1 sobre o Tiradentes deu mostras do que viria a acontecer no segundo turno.

Nas sete partidas seguintes, o Ferroviário emplacou sete vitórias e foi líder da segunda fase com 14 pontos, dois a mais que o vice Ceará. Na ordem, a equipe fez 2 a 1 no Tiradentes, 6 a 0 no América, 5 a 0 no Quixadá, 1 a 0 no Calouros do Ar, 3 a 1 no Ceará, 2 a 1 no Guarany e 1 a 0 no Fortaleza. 

Garantido na final, o Ferroviário baixou o ritmo no terceiro turno e voltou a ficar em terceiro lugar, com quatro vitórias, um empate, duas derrotas e nove pontos, dois a menos que o líder Ceará.

O triangular decisivo contou com Guarany de Sobral, Ferroviário e Ceará, em três confrontos no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Na primeira partida, Ferroviário e Ceará empataram por 0 a 0. Na segunda, os alvinegros voltaram a empatar sem gols com Guarany e sepultaram a chance do título. Na última partida, o Tubarão fez 3 a 1 no time de Sobral e foi campeão estadual com três pontos.

A campanha do Ferroviário:
23 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 45 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Ferroviário

Ferroviário-SC Campeão Catarinense 1970

O Campeonato Catarinense é um dos mais equilibrados do Brasil, com vários campeões ao longo dos anos. Também é um dos raros casos de estadual em que o interior tem mais títulos que a capital. A maior concentração de conquistas está no quinteto Avaí, Figueirense, Criciúma, Chapecoense e Joinville.

Em 1970, Chapecoense e Joinville ainda não existiam, Criciúma se chamava Comerciário e tinha apenas um título, e Avaí e Figueirense não venciam desde a década de 1940. O interior de Santa Catarina fazia a festa frequentemente, e em 1970 foi a vez da cidade de Tubarão faturar o título. O Esporte Clube Ferroviário, clube que existiu entre 1944 e 1992, levou seu único estadual naquele ano.

O torneio vencido pelo "Rubro-negro da Vila Oficinas", ou "Ferrinho", contou com 15 participantes e teve um regulamento simples, de pontos corridos. Ou melhor, de pontos perdidos. O primeiro critério de desempate na tabela de classificação era o de menos derrotas. Na estreia, o Ferroviário bateu por 1 a 0 Caxias de Joinville, no Estádio Domingos González, em Tubarão. Nos 14 jogos do primeiro turno, o time venceu dez, empatou dois e perdeu dois, se colocando na disputa do título no segundo turno.

O returno iniciou novamente contra o Caxias, com empate por 0 a 0 em Joinville. Na sequência, o Ferroviário goleou por 4 a 1 o Palmeiras de Blumenau em casa. A campanha foi grandes momentos para o rubro-negro, como a goleada por 6 a 1 sobre o Carlos Renaux em Tubarão, embora ainda houvessem duras derrotas, com a de 4 a 0 para o principal concorrente a taça, o Olímpico, em Blumenau.

Na última rodada, o Ferroviário era o líder do estadual com 38 pontos e cinco derrotas. Em segundo, vinha o Olímpico com 37 pontos e seis derrotas. Em terceiro, estava o América de Joinville com 36 pontos e três derrotas. Em quarto, o Próspera tinha 36 pontos e seis derrotas. Eram os quatro times com chances de ser campeão. O Ferrinho jogava por um empate, independentemente dos outros resultados.

Quis o destino que o título fosse conquistado no clássico contra o Hercílio Luz, no Domingos González. No primeiro turno, o Ferroviário venceu por 2 a 1 fora de casa, no Aníbal Costa. Em casa, nem precisou da vitória, muito menos de gols. O empate por 0 a 0 serviu a conquista do Catarinense, com 39 pontos e cinco derrotas. O Olímpico até venceu sua partida na rodada e igualou os 39, mas com seis derrotas.

A campanha do Ferroviário-SC:
28 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 44 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Orestes Araújo

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1970

O ano de 1970 foi um marco histórico para o Santa Cruz. Não apenas por causa da conquista do bicampeonato pernambucano, seu 11º título estadual, mas também por conta da abertura do Estádio José do Rego Maciel, o Arruda. A casa da Cobra-coral estava sendo construída desde 1965 e seria concluída em 1972, porém o clube passou a mandar seus jogos no local em 1970, ainda em obras.

O estadual teve o mesmo regulamento do ano anterior, com oito participantes. Na primeira fase, Sport, Náutico, Central, América de Recife, Santo Amaro, Ferroviário de Recife, Íbis e Santa Cruz se enfrentaram em dois turnos. O campeão se garantiu na final e os seis primeiros colocados passaram à segunda fase. Na etapa seguinte, os enfrentamentos também aconteceram em turno e returno, o com o líder ocupando a outra vaga na decisão.

Se em 1969 o Santinha só conseguiu chegar na final na disputa da segunda fase, em 1970 as coisas foram diferente. Em 14 partidas na primeira etapa, o time venceu 11, empatou duas e perdeu uma. Com 24 pontos, o Santa Cruz foi líder com um de vantagem sobre o Sport e dois sobre o Náutico. A classificação à decisão veio de maneira antecipada, ao derrotar o rival Náutico por 2 a 0 fora de casa, na penúltima rodada. Sport, Náutico, Central, América e Santo Amaro foram os outros que avançaram

Na segunda fase, o Santa Cruz entrou podendo até ser campeão sem precisar da final, caso também fosse líder. Mas a equipe ficou na segunda posição, com 15 pontos em dez jogos. Foram sete vitórias, um empate e duas derrotas na continuação da campanha. Na última rodada, o Santa empatou por 1 a 1 com o rival Sport na Ilha do Retiro, enquanto o Náutico fez 1 a 0 no Central e encerrou em primeiro lugar com 17 pontos.

O título foi definido no Clássico das Emoções. A primeira partida entre Santa Cruz e Náutico não foi nos Aflitos, e sim na Ilha do Retiro, terminando empatada por 0 a 0. O segundo jogo foi realizado no Arruda e o Santa venceu por 2 a 1, encaminhando a conquista. Bastava não perder a terceira partida, também no Arruda. Dito e feito: com vitória por 2 a 0, o Santa Cruz levantou de novo a taça estadual.

A campanha do Santa Cruz:
27 jogos | 20 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 61 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz