Avaí Campeão Catarinense 1973

A maior rivalidade de Santa Catarina é entre Avaí e Figueirense. E na década de 1970, os dois clubes voltaram ao topo do futebol estadual. Em 1972, foram os alvinegros. Em 1973, foi a vez do Leão da Ilha, que recuperou o título catarinense depois de 28 anos. Foi o décimo título na história do clube.

O estadual de 1973 teve a presença de dez times. No primeiro turno, elas se enfrentaram em jogos de ida, com os dois primeiros avançando à fase final. No segundo e terceiro turnos, aconteceu a mesma coisa, com partidas de mão única e duas vagas na decisão do campeonato.

A campanha do Avaí teve início no empate por 1 a 1 com o Inter de Lages em casa, no Estádio Adolfo Konder. A primeira vitória veio na segunda partida, por 1 a 0 sobre o Palmeiras de Blumenau fora de casa. Nos sete jogos seguintes, o Leão venceu seis e perdeu um, encerrando o primeiro turno com 15 pontos, classificado à fase final na segunda posição, atrás do Figueirense no saldo de gols.

Já garantido na fase final, o Avaí tirou o pé no segundo turno. Na estreia, perdeu por 1 a 0 para o Inter de Lages fora de casa. Depois, venceu o Palmeiras de Blumenau por 2 a 0 em casa e conseguiu mais três vitórias, três empates e uma derrota. Com 11 pontos em nove jogos, o Leão da Ilha ficou em quarto lugar. Juventus de Rio do Sul e Figueirense foram os líderes.

O terceiro turno aconteceu com nove times, após o Paysandu de Brusque desistir do campeonato. O Avaí iniciou com empate por 1 a 1 com o Figueirense e vitória por 4 a 0 sobre o Hercílio Luz, ambos no Adolfo Konder. Nas seis partidas restante, a equipe venceu três e empatou três, deixando-a na liderança com 12 pontos. Com 10, o Caxias de Joinville foi vice e completou o grupo de classificados.

A fase final aconteceu em quadrangular, do zero, com Avaí, Figueirense, Caxias e Juventus. Na estreia, o Leão ficou no empate por 1 a 1 com o Caxias em Joinville. Depois, bateu o Figueirense por 1 a 0 em casa. No fim do turno, empatou por 1 a 1 com o Juventus em Rio do Sul.

No returno, o Avaí obteve vitórias por 1 a 0 sobre Caxias e Figueirense, em casa e no Orlando Scarpelli. Com oito pontos, o Leão chegou na liderança para a última rodada, seguido pelo Juventus com seis pontos. O confronto direto pelo título aconteceu no Adolfo Konder, e o Avaí venceu por 2 a 1.

A campanha do Avaí:
32 jogos | 19 vitórias | 10 empates | 3 derrotas | 44 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Avaí

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1973

A maior hegemonia da história do Santa Cruz chegou ao fim em 1973. A conquista do pentacampeonato pernambucano, com quase 100 gols marcados, foi o auge de uma das eras mais felizes do clube tricolor, que tempos depois, em 1975, atingiu a melhor colocação na história do Brasileirão, no quarto lugar.

Antes, o penta. O Campeonato Pernambucano de 1973 teve oito equipes em três turnos. No primeiro, todas se enfrentaram em jogos de ida e volta, com o campeão garantindo um lugar na final e os sete primeiros passando à próxima fase. No segundo turno, a fórmula foi a mesma, com sete times na disputa e as cinco melhores passando à próxima fase. O terceiro turno decidiu o último finalista, também com jogos em ida e volta. Cada turno deu um ponto extra aos finalistas.

A campanha do Santinha começou com vitória por 3 a 1 em cima do Íbis. A sequência continuou com mais 12 triunfos e um empate nas 13 partidas seguintes. Com 27 pontos, o clube conseguiu a liderança e a vaga na final com seis pontos de vantagem sobre o vice Náutico. O Santo Amaro foi eliminado.

Quase perfeito, o Santa Cruz foi ao segundo turno e estreou com mais uma vitória sobre o Íbis, desta vez por 5 a 0. Depois, emplacou dez vitórias e um empate em 11 partidas, que deixaram o time mais uma vez na liderança, com 23 pontos e dois extras na final. Os eliminados da vez foram Central e Íbis.

O terceiro turno foi disputado com Santa Cruz, Sport, Náutico, América de Recife e Ferroviário de Recife. Na abertura, o Santinha empatou por 2 a 2 com o Sport. Na segunda partida, venceu por 2 a 1 o Náutico. Nos seis jogos seguintes, o clube obteve mais três vitórias e três empates. Com 12 pontos, o Santa Cruz ficou empatado com o Sport na liderança, e o regulamento determinou uma partida de desempate. Na Ilha do Retiro, os tricolores sofreram a única derrota no campeonato, por 1 a 0.

O Santa Cruz quase levou o título antecipado com os três turnos ganhos, mas teve que disputar a final com o Sport. A vantagem sobre o rival era boa, com dois pontos extras contra um. Assim, bastou vencer o primeiro jogo da decisão para o Santinha levar o 14º título estadual, em plena Ilha do Retiro, por 2 a 0.

A campanha do Santa Cruz:
36 jogos | 29 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 96 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Bahia Campeão Baiano 1973

O Bahia abriu uma sequência de título estaduais em 1970 e 1971 e parecia que ia dominar o Campeonato Baiano. Em 1972, porém, o rival Vitória acabou temporariamente com os planos tricolores. Só temporariamente, pois a partir de 1973 o time voltou a conquistar o título e deu início a maior hegemonia de sua história, o heptacampeonato, que foi até 1979.

Mais uma vez, o Baianão teve um regulamento complicado, com 13 participantes. Na primeira fase, as equipes foram divididas em dois grupos e jogaram um turno cruzado. Os dois melhores de cada chave disputaram um quadrangular que apontou um classificado à final. Na segunda fase, não houve divisão de grupos e os quatro melhores foram a mais um quadrangular, que apontou outro finalista. Na terceira fase, os oito melhores da etapa anterior ficaram em duas chaves, com o líder de cada indo à decisão que deu a terceira uma vaga na final. Os vencedores de fase ganharam um ponto extra na decisão geral.

No grupo A, o Bahia ficou ao lado de Leônico, Itabuna, Botafogo de Salvador, Jequié e Fluminense de Feira e enfrentou o grupo B. Na estreia, ganhou do Ypiranga por 2 a 1 na Fonte Nova. Nos seis jogos seguintes, o Tricolor de Aço teve mais quatro triunfos e dois empates. Com 12 pontos, a equipe foi ao quadrangular como líder, mas acabou surpreendido pelo Atlético de Alagoinhas no fim das três rodadas. O Bahia teve um triunfo e dois empates, com quatro pontos, enquanto o adversário teve duas vitórias e um empate, com cinco pontos.

O jeito foi buscar a vaga na final pela segunda fase. Na estreia, o time tricolor fez 5 a 0 no Conquista em casa. Depois, manteve a grande campanha com mais sete triunfos, três empates e uma derrota. Com 19 pontos o Bahia avançou ao quadrangular com vice-líder, dois pontos atrás do Vitória. O lugar na final foi conquistado com triunfos nos três jogos que disputou, com seis pontos obtidos.

Na terceira fase, o Bahia encarou Botafogo, Itabuna e Fluminense. Em mais três partidas, triunfou duas e empatou uma, indo à decisão com cinco pontos. Por fim, o placar de 2 a 0 sobre o Galícia na Fonte Nova deu ao Tricolor de Aço mais um ponto extra na final geral.

A decisão estadual reuniu Bahia, com dois pontos, e Atlético de Alagoinhas, com um ponto. Assim, bastou aos tricolores ganhar a primeira partida, por 2 a 0 na Fonte Nova, para levar o 24º título estadual.

A campanha do Bahia:
30 jogos | 21 triunfos | 8 empates | 1 derrota | 60 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Raimundo de Jesus/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1973

O ano de 1973 tem um lugar especial no coração do torcedor do Coritiba. Nos primeiro semestre, o time conquistou o Torneio do Povo, campeonato organizado pela CBD com os clube de maior torcida dos cinco principais estados brasileiros. No segundo semestre, veio o tricampeonato paranaense, que foi o 22º título estadual coxa-branca.

O torneio local teve a presença de 12 equipes, que disputaram duas fases. Na primeira, elas se enfrentaram em grupo único e em dois turnos. Na segunda, seis classificadas jogaram o hexagonal final, também em dois turnos.

O caminho do Coritiba rumo ao título teve início na goleada por 5 a 1 sobre o Grêmio Maringá no Belfort Duarte. Na sequência, venceu o Rio Branco por 2 a 1 em Paranaguá e emendou ótimos resultados que credenciaram o time para mais um título. Foram 19 vitórias, dois empates e uma derrota em 22 partidas, que classificaram o Coxa na liderança com 40 pontos.

O Coritiba foi ao hexagonal final seguido por Athletico, Pontagrossense, Colorado, Londrina e União Bandeirante. Na estreia, venceu o Colorado por 2 a 1 na Vila Capanema e já mostrou que não havia muito para feito pelos adversários. Na segunda rodada, o Coxa fez 2 a 0 no União Bandeirante em casa e 1 a 0 no Londrina fora de casa.

A campanha seguiu muito forte, com vitória do Coxa por 2 a 1 sobre o Pontagrossense fora, empate sem gols com o Athletico no Belfort Duarte e vitórias por 2 a 0 sobre o Pontagrossense e por 1 a 0 sobre o Colorado, também em casa. Na oitava partida, o Coritiba voltou a ficar no empate sem gols no Atletiba.

À essa altura, o Coxa tinha 14 pontos na liderança. O Athletico era o segundo colocado com 11 e o único time com chance de desbancar o Coritiba, que seria campeão com uma rodada de antecedência se vencesse o União Bandeirante em Bandeirantes. E com vitória por 1 a 0 Comendador Luís Meneghel, o time verde e branco conquistou mais uma taça estadual.
 
A campanha do Coritiba:
32 jogos | 27 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 64 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

Cruzeiro Campeão Mineiro 1973

A metade da década de 1970 foi uma das melhores da história do Cruzeiro. Apesar de o clube não ter conquistado o Brasileiro em 1974 e 1975 (foi vice duas vezes), levou a taça da Libertadores em 1976. Mas antes, o time precisava ter a hegemonia em Minas Gerais. Em 1973, foi bicampeão estadual, metade do caminho de um tetra.

O Campeonato Mineiro teve 16 participantes. Na primeira fase, sete equipes disputaram três vagas, divididas em dois grupos. Na segunda fase, as três classificadas foram juntadas aos outros nove times, novamente em duas chaves, e em dois turnos. Na terceira fase, os grupos foram mantidos com quatro classificados de cada, mas com enfrentamentos cruzados. Na fase final, finalmente, quatro equipes jogaram o quadrangular do título.

A campanha da Raposa teve início na segunda fase. No grupo A, os adversários foram América, Villa Nova, Atlético de Três Corações, Uberlândia e Nacional de Uberaba. Na estreia, venceu o Nacional por 3 a 0 em Belo Horizonte. Nas nove partidas seguintes, a equipe teve mais quatro vitórias, quarto empates e uma derrota. Com 14 pontos, terminou em primeiro lugar na chave.

Na segunda fase, o Cruzeiro avançou com América, Villa Nova e Atlético de Três Corações, contra o grupo B, com Atlético, Valeriodoce, Uberaba e Caldense. O primeiro jogo teve vitória por 3 a 0 sobre o Valeriodoce fora de casa. Nos outros sete jogos, a Raposa venceu seis e perdeu um, voltando a ficar na liderança com 14 pontos.

Enfim, o quadrangular final chegou com Cruzeiro, Atlético, América e Uberaba, todo disputado no Mineirão. A Raposa começou com empate sem gols com o Uberaba e seguiu com duas vitórias, um empate e uma derrota até a penúltima rodada. Com seis pontos, o Cruzeiro chegou para o último jogo na liderança, seguido por América e Uberaba com cinco e Atlético com quatro. Todos tinham chance, mas só a Raposa dependia de si própria. E conseguiu o 18º título estadual ao bater o maior rival por 1 a 0.

A campanha do Cruzeiro:
24 jogos | 15 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 33 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Jairo Brasil/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1973

Mais uma taça para a conta. Em 1973, o Internacional atingiu o pentacampeonato gaúcho e o 21º título no geral, consolidando cada vez mais sua dominância no Rio Grande do Sul e preparando o terreno para conquistar de vez o Brasil.

O Gauchão daquele ano teve a participação de 22 times. Inter e Grêmio começaram já na segunda fase. Os outros 20 disputaram a primeira etapa em turno único, classificando os dez melhores para o lado seguinte. Neste ponto, os 12 clubes disputaram dois turnos independentes, com o líder de cada fase garantido vaga na final. A primeira fase premiou, após 19 rodadas, Brasil de Pelotas, Caxias, Aimoré, Santo Ângelo, Esportivo, Gaúcho de Passo Fundo, Pelotas, Bagé, São José e Inter de Santa Maria.

A caminha colorada rumo ao penta teve início na segunda fase com vitória por 1 a 0 sobre o Bagé fora de casa, na Pedra Moura. Em casa, a primeira vitória veio no segundo jogo, por 1 a 0 sobre o São José. Nas nove partidas seguintes, o Inter venceu mais seis, empatou duas e perdeu uma, conquistando 18 pontos. O Grêmio teve campanha idêntica, mas o saldo de gols do Inter foi de 17 contra 12 do rival, o que deu a vaga na decisão ao time vermelho.

A pegada colorada continuou alta na terceira fase. Na primeira rodada, venceu por 4 a 2 o Inter de Santa Maria no Beira-Rio. Nos oito jogos seguintes, obteve mais sete vitórias e um empate, que deixaram a equipe na liderança a duas rodadas do fim, com 17 pontos. O Grêmio vinha em segundo lugar, com 14 pontos.

Com mais quatro pontos em disputa, o Internacional tinha uma boa situação para ser campeão sem precisar da final. Na penúltima rodada, o Grêmio venceu o São José e manteve as chances, desde que o colorado perdesse sua partida para o Gaúcho. Mas, dentro do Beira-Rio, o Inter recebeu o time de Passo Fundo e ganhou pelo placar de 1 a 0. Mantendo a distância de três pontos para os gremistas, e restando apenas dois em jogo, o time chegou a mais um título estadual com uma rodada de antecedência.

A campanha do Internacional:
22 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 43 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Artur Franco/Placar

Fluminense Campeão Carioca 1973

O Fluminense chegou ao 21º título carioca em 1973 e manteve a frente como maior vencedor estadual na época. Depois de iniciar a campanha de maneira irregular, o time cresceu da metade para o fim do campeonato e não deu chance aos maiores rivais.

O campeonato teve 12 participantes e foi dividido em três fases. A primeira foi a Taça Guanabara, onde os clubes se enfrentaram em turno único, com título e vaga na decisão para o líder e a vaga na etapa seguinte para os oito primeiros. A segunda fase foi a Taça Francisco Laport, igual a fase anterior. A terceira etapa teve as oito equipes divididas em dois grupos cruzados de turno único, o Troféu Pedro Novaes e o Troféu José Ferreira Agostinho, com vagas na decisão para os vencedores.

O Flu estreou na Taça Guanabara com empate sem gols com o Madureira, resultado que foi seguido por mais duas igualdades, quatro vitórias e quatro derrotas. Com 11 pontos em 11 jogos, o time ficou longe do título e vaga na final, que foram para o Flamengo com 20 pontos. O tricolor foi o sexto colocado.

A campanha melhorou a partir da segunda fase. Logo na estreia, o tricolor venceu por 3 a 1 o Bonsucesso. Nas seis partidas seguintes, foram mais três vitórias e três empates, que deixaram a equipe na liderança com 11 pontos. Porém, o Vasco teve a mesma pontuação e foi necessário um jogo extra para decidir o segundo finalista. Deu Fluminense, com vitória por 1 a 0.

Na terceira fase, o Flu jogou o Troféu José Ferreira Agostinho, junto com Botafogo, Olaria e Bonsucesso. Em quatro partidas contra os times do outro troféu (Vasco, Flamengo, America e Bangu), a equipe teve duas vitórias, um empate, uma derrota e somou cinco pontos, igualando com o Botafogo na liderança. Em mais uma partida extra, a equipe venceu por 1 a 0 e barrou o rival da decisão. Na outra chave, o Vasco foi o terceiro e último time a conseguir vaga.

Fluminense, Flamengo e Vasco disputaram a fase decisiva. Com duas fases vencidas, o Flu foi direto à partida final, enquanto os outros rivais fizeram uma semifinal, onde deu rubro-negro com empate por 0 a 0 e a melhor campanha geral. Finalmente, no Fla-Flu derradeiro, o tricolor conseguiu o título estadual ao vencer por 4 a 2, debaixo de muita chuva no Maracanã.

A campanha do Fluminense:
25 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 36 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Zeca Araújo/Placar