Fortaleza Campeão Cearense 2020

Com 266.289 casos e 9.218 mortes por Covid-19 até 21 de outubro, o Ceará conheceu seu campeão estadual. Em grande fase sob o comando do técnico Rogério Ceni, o Fortaleza chegou ao bicampeonato cearense. A equipe entrou na competição diretamente na segunda fase, devido à disputa da Copa do Nordeste.

E fez uma ótima campanha praticamente de ponta a ponta, com seis vitórias e uma derrota em sete jogos. Entre a quinta e sexta rodadas, quatro meses de paralisação devido à pandemia. Com 21 pontos, o Tricolor do Pici avançou à semifinal. Ela foi jogada em partida única, e o time foi à final ao vencer por 1 a 0 o Guarany de Sobral.

A decisão foi no Clássico-Rei contra o Ceará, em dois jogos no Castelão. No primeiro, em setembro, vitória por 2 a 1. Mais de um mês depois, o Fortaleza voltou a vencer, agora por 1 a 0, e conquistou seu 43º título estadual.

A campanha do Fortaleza:
10 jogos | 9 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Pedro Chaves/FCF

Sampaio Corrêa Campeão da Copa Norte 1998

A segunda Copa Norte sofreu grandes alterações no formato para 1998. As cidades-sede foram abolidas, mas a competição continuou com um caráter mais experimental. O número de participantes foi reduzido de dez para oito, e o tiro que já era curto ficou ainda menor. Os estaduais do ano anterior continuaram como o qualificador, levando seus campeões (ou vices) a terem uma oportunidade de vencer algo fora do seu Estado e chegar à Copa Conmebol.
Em grande fase - campeão maranhense e da Série C em 1997 -, o Sampaio Corrêa entrou na Copa Norte já como favorito ao título. E confirmou as expectativas com uma ótima campanha e uma dose de emoção na decisão. Nas quartas de final, a Bolívia Querida encarou o São Raimundo-RR. Logo na partida de ida, em Boa Vista, o time colocou as duas mãos na classificação ao golear por 5 a 1. Ainda tinha a volta em São Luís, e a vantagem triplicou: 10 a 0 para o Sampaio. A semifinal foi jogada contra o Ypiranga-AP. Desta vez a primeira partida foi no Castelão, e terminou com vitória por 2 a 0 para o clube tricolor. O segundo jogo foi no Zerão, em Macapá, e outro triunfo por 2 a 1 colocou a equipe a dois passos da conquista.
O adversário na final foi o São Raimundo-AM, e a ida foi disputada no Vivaldão, em Manaus. E o Sampaio não resistiu ao jogo do rival na capital amazonense e perdeu por 1 a 0. A volta ficou para São Luís. Com o Castelão a favor na partida decisiva, a Bolívia devolveu a diferença, vencendo nos 90 minutos por 2 a 1. Nos pênaltis, os maranhenses acertaram as três primeiras cobranças, enquanto os amazonenses erraram a mesma quantidade. O 3 a 0 no desempate confirmou o título da Copa Norte ao Sampaio Corrêa, primeiro campeão regional fora de sua divisão de origem.
Na Copa Conmebol, o Sampaio foi longe. Eliminou o América-RN nas oitavas, o Deportes Quindío nas quartas, e só parou diante do Santos, na semifinal.

A campanha do Sampaio Corrêa:
6 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 21 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Biaman Prado/Placar

Rio Branco-AC Campeão da Copa Norte 1997

A região Norte do Brasil é historicamente a menos bem-sucedida com o futebol. Mas isso não impediu os clubes de lá a tentarem buscar suas próprias competições. A primeira de destaque foi o Torneio do Norte, que fazia parte do Torneio Norte-Nordeste, entre 1968 e 1970. Antes, de 1959 a 1967, os times nortistas e nordestinos jogavam a Zona Norte da Taça Brasil, com o campeão avançando às quartas de final. Entre 1975 e 1990, também houve o Torneio Integração da Amazônia, disputado com equipes dos antigos Territórios Federais do Acre, Amapá, Rio Branco (Roraima) e Guaporé (Rondônia). Mas foi só em 1997 que a região passaria a ter uma competição de fato, sem ficar pendurada em outra e que reunisse a maioria dos Estados: a Copa Norte.

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A Copa Norte de 1997 foi criada pela CBF no início da onda dos campeonatos regionais do fim do século 20. Ela valia vaga na Copa Conmebol para seu campeão e foi disputada por times de seis Estados da região, mais Maranhão e Piauí. O Tocantins foi a ausência notada no início, e o local acabaria incluído com as equipes do Centro-Oeste anos depois. Foram dez times qualificados pelos estaduais, divididos em dois grupos de cinco e atuado em turno único.
Vice acriano em 1996, o Rio Branco-AC entrou no torneio ao lado o Independência, o terceiro colocado (o campeão Juventus abriu mão de seu lugar). O time alvirrubro ficou no grupo B, sediado na sua própria cidade, a homônima Rio Branco. O começo foi na segunda rodada, já que a folga veio logo na estreia: no José de Melo, apenas 0 a 0 com o Ji-Paraná. A primeira vitória foi no jogo seguinte, por 1 a 0 sobre o Baré. Só o líder da chave avançava, e o Rio Branco arrancou rumo à final com vitórias por 1 a 0 sobre o Independência e por 4 a 1 sobre o Nacional-AM. Com dez pontos, ficou dois à frente do Ji-Paraná.
A decisão da primeira Copa Norte foi entre Rio Branco e Remo, que no grupo A (com sede em Belém) venceu todas as partidas e ficou com cinco pontos a mais que o Imperatriz. O jogo de ida foi no José de Melo, e terminou com empate sem gols. A volta não seria fácil, pois o clube paraense era o favorito e a peleja seria disputada no Mangueirão. Mas o Estrelão vivia um dos melhores momentos da sua história e não ligou para os fatores externos. A equipe venceu a derradeira por 2 a 1 e conquistou a Copa Norte, seu principal título e o único do Acre em competições sem contar os óbvios estaduais.
E na Copa Conmebol o Rio Branco quase surpreendeu: contra o Deportes Tolima, perdeu a ida fora por 2 a 1 e venceu a volta em casa por 1 a 0. Porém, como não havia a regra do gol fora de casa, derrota nos pênaltis por 3 a 1 eliminou o time nas oitavas.

A campanha do Rio Branco-AC:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Francisco Chagas/Placar

São Caetano Campeão Paulista Série A2 2020

Com 1.038.344 casos e 37.279 mortes por Covid-19 até 12 de outubro, São Paulo conheceu seu campeão de acesso estadual. O São Caetano, tradicional clube do Estado, levou seu terceiro título na Série A2 e volta à elite depois de um ano ausente.

Foram 16 times participantes na primeira fase, jogada todos contra todos em turno único. Nela, o Azulão ficou na vice-liderança, com 27 pontos - um a menos que o líder São Bernardo e empatado com Portuguesa e São Bento.

Nas quartas de final, o adversário foi o Monte Azul. Na ida, venceu fora de casa por 1 a 0. Mas na volta, perdeu no ABC Paulista pelo mesmo placar, e foi obrigado a avançar nos pênaltis por 5 a 4. Na semifinal, contra o XV de Piracicaba, empatou a ida fora por 0 a 0 e venceu a volta em casa por 2 a 1, o que garantiu o acesso ao clube.

A final foi contra o São Bento, e o primeiro jogo foi em Sorocaba. Lá, o São Caetano abriu vantagem, vencendo por 3 a 2. O segundo jogo foi no Anacleto Campanella, mas o o Azulão perdeu por 1 a 0 e precisou dos pênaltis mais uma vez. Na disputa, o goleiro Luiz Daniel defendeu duas cobranças e foi o herói da conquista.

A campanha do São Caetano:
21 jogos | 11 vitórias | 4 empates | 6 derrotas | 33 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/FPF

Ypiranga-AP Campeão Amapaense 2020

Com 48.385 casos e 712 mortes por Covid-19 até 1º de outubro, o Amapá conheceu seu campeão estadual. O Ypiranga chegou ao seu décimo título amapaense em 2020, recuperando a taça após dois anos de intervalo. A competição, com seis equipes em turno único, teve apenas uma rodada disputada no seu calendário original, em março. Nela, o Ypiranga venceu o Macapá por 1 a 0.

A paralisação pela pandemia durou mais de cinco meses, e o Clube da Torre retornou com derrota por 4 a 3 para o Santana. No restante dos jogos, mais duas vitórias e uma derrota deixaram o time em segundo lugar, com nove pontos. Na semifinal, o Ypiranga passou pelo São Paulo, após empatar por 1 a 1 na ida e vencer por 2 a 1 na volta.

A final foi contra o Santana, em duas partidas no Estádio Zerão. Na primeira, de portões fechados, vitória por 2 a 1 para o negro-anil. A segunda partida contou com a presença de torcida - 300 pessoas formando aglomerações na arquibancada - e terminou 2 a 0 para o campeão Ypiranga.

A campanha do Ypiranga-AP:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 17 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Rosivaldo Nascimento

Sampaio Corrêa Campeão Maranhense 2020

Com 171.480 casos e 3.714 mortes por Covid-19 até 26 de setembro, o Maranhão conheceu seu campeão estadual. O Sampaio Corrêa reconquistou o título maranhense depois de três anos longe da taça. O campeonato foi curto, mas pareceu ter sido longo devido a parada de quase seis meses devido a pandemia.

A primeira fase teve só sete rodadas, com o Sampaio encerrando na vice-liderança, fazendo cinco vitórias e perdendo apenas uma partida. Assim, o time conseguiu vaga direta na semifinal, ao lado do líder Moto Club, enquanto os classificados do terceiro ao sexto lugar jogavam as quartas de final. Chegada a semi, a Bolívia Querida enfrentou o Juventude Samas, vencendo na ida por 4 a 0 fora de casa e empatando a volta por 1 a 1 em casa.

Na final, o clássico com o Moto, com os dois jogos sendo no Castelão de São Luís. A primeira partida acabou sem gols. Na segunda, o Sampaio levou o título com vitória por 2 a 0, gols de Boaventura e Robson.

A campanha do Sampaio Corrêa:
11 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 6 gols sofridos
 

Foto Lucas Almeida/Sampaio Corrêa

Chapecoense Campeã Catarinense 2020

Com 197.064 casos e 2.515 mortes por Covid-19 até 13 de setembro, Santa Catarina conheceu seu campeão estadual. De quase rebaixada a campeã, esse foi o roteiro da Chapecoense, que levantou sua sétima taça catarinense.

A equipe vinha de um complicado momento no Brasileirão de 2019, no qual terminou na zona de rebaixamento, e entrou no Catarinão 2020 na busca de mais um recomeço. A primeira fase foi caótica para o clube. Em nove jogos, foram só duas vitórias e quase todas as rodadas dentro da degola.

Foi só na última partida que a Chape conseguiu sair, ao vencer o Atlético Tubarão 3 a 1. Passou do nono para o oitavo lugar e chegou ao mata-mata, e foi aí que o time começou a crescer. Nas quartas de final, eliminou o líder Avaí com vitória por 2 a 0 e empate por 1 a 1. Na semifinal, passou pelo Criciúma após vencer por 1 a 0, perder pelo mesmo placar, e fazer 4 a 2 nos pênaltis.

Na final, contra o Brusque, o título da Chapecoense veio com mais duas vitórias: por 2 a 0 na Arena Condá e por 1 a 0 no Augusto Bauer.

A campanha da Chapecoense:
15 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Filus/FCF

Galvez Campeão Acreano 2020

Com 26.148 casos e 637 mortes por Covid-19 até 12 de setembro, o Acre conheceu seu campeão estadual. Pela primeira vez em nove anos de história, o Galvez chegou lá. Com uma campanha irrepreensível, o Imperador foi campeão ganhando os dois turnos do Acreano e não precisou da final. 

Na primeira metade, o clube passou no grupo B com três vitórias e 100% de aproveitamento. Na semifinal, eliminou o Plácido de Castro com 4 a 3 pênaltis depois de empatar por 1 a 1, e na final, goleou o Atlético-AC por 4 a 0.

A segunda metade foi jogada após uma paralisação de cinco meses. Enfrentando os times do grupo A, o Galvez voltou a ser líder, com duas vitórias e três derrotas em cinco partidas. Na semifinal, foi a vez de bater o Náuas, por 2 a 1. Na decisão, contra o Rio Branco do ex-detento e goleiro Bruno, o clube da Polícia Militar venceu por 2 a 0, tornando-se campeão inédito.

A campanha do Galvez:
12 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 37 gols marcados | 11 gols sofridos
   

Foto Antônio Neuriclaudio

ABC Campeão Potiguar 2020

Com 63.810 casos e 2.294 mortes por Covid-19 até 9 de setembro, o Rio Grande do Norte conheceu seu campeão estadual. Maior campeão estadual do Brasil e maior campeão de um só campeonato no mundo, o ABC somou mais uma taça do Potiguar, chegando agora a 56.

A conquista foi de maneira invicta. No primeiro turno, o Mais Querido terminou como líder, com seis vitórias em sete partida. Na final, empatou com o América por 2 a 2 e conquistou a vaga na final. A campanha continuou arrasadora no segundo tempo, mesmo depois da paralisação do torneio. Foram mais sete vitórias e 100% de aproveitamento.

A final foi novamente no clássico contra o América, no Frasqueirão. O ABC saiu perdendo no primeiro tempo, o que forçaria a outros dois jogos para decidir o título. Mas no segundo tempo, o alvinegro conseguiu o empate por 1 a 1 e confirmou a conquista sem precisar da decisão geral.

A campanha do ABC:
16 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 52 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Gabriel Leite/UDE

Liverpool Campeão Mundial 2019

A última edição do Mundial de Clubes, em 2019, contou com uma nova mudança de sede, seguindo o padrão de duas edições por país. A escolha para o biênio até 2020 foi pelo Catar, em uma forma de utilização do torneio como evento teste para a disputa da Copa do Mundo de 2022. Mas os dias da competição já estão contados, pois a partir de 2021 a FIFA promete colocar em jogo um novo formato de Mundial, com 24 clubes e de quatro em quatro anos, tal qual o desejo antigo dos dirigentes dos anos 50.

Por enquanto, tudo continua na simplicidade. Pela quarta vez na história, o Liverpool conquistou uma vaga no Mundial. Foi através do sexto título na Liga dos Campeões, batendo na decisão o Tottenham. Os Reds nunca deram sorte no torneio, acumulando três vices e nenhum gol marcado. Porém, a sorte estava prestes a mudar, e junto com um acerto de contas com o passado. Seu grande adversário foi o Flamengo, bicampeão da Libertadores depois de 38 anos com uma virada de filme sobre o River Plate.

Buscando atrapalhar a revanche, os outros participantes foram: Monterrey, campeão da Concacaf; Al-Hilal, vencedor asiático; Espérance, ganhador africano; Hienghène Sport, campeão da Oceania; e Al-Sadd, vencedor da Stars League, o campeonato do Catar.

O Mundial começou com o time da casa enfrentando o amador Hienghène, que veio da Nova Caledônia. E o Al-Sadd venceu por 3 a 1, na prorrogação. Na sequência, o anfitrião foi derrotado por 3 a 2 para o Monterrey, nas quartas de final. Na outra chace, um duelo árabe entre Al-Hilal e Espérance, vencido pelo time da Ásia por 1 a 0. Chegada a semifinal, primeiro houve a estreia do Flamengo, que venceu de virada o Al-Hilal por 3 a 1.

O Liverpool começou sua luta no dia 18 de dezembro, no Khalifa Internacional, em Doha. Contra o Monterrey, uma difícil vitória por 2 a 1, conseguida só nos acréscimos, com gols de Naby Keita e Roberto Firmino. Na disputa do quinto lugar, o Espérance aplicou 6 a 2 no Al-Sadd. Já no confronto da terceira posição, o Monterrey empatou por 2 a 2 com o Al-Hilal e venceu por 4 a 3 nos pênaltis.

Liverpool e Flamengo se reencontraram no Khalifa no dia 21 para outra final. As duas equipes, novamente no topo de seus continentes, tanto em título quanto no futebol praticado. Mas desta vez não teve baile. Ao contrário, a partida foi chances múltiplas, a maior parte dos ingleses. Só que o gol não quis sair nos 90 minutos. Foi na prorrogação que veio o sonhado gol que pagou as contas com a história. Aos nove minutos do primeiro tempo, Roberto Firmino recebeu passe de Sadio Mané, deixou Rodrigo Caio e Diego Alves no chão e tocou rasteiro para o gol. Vitória por 1 a 0 e o primeiro título, enfim, para o Liverpool.


Foto David Ramos/FIFA/Getty Images