Mostrando postagens com marcador Liga Europa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Liga Europa. Mostrar todas as postagens

Anderlecht Campeão da Liga Europa 1983

Em 1983, o Anderlecht, principal clubes da Bélgica, embarcou em uma jornada que culminaria na conquista do título da Copa da UEFA. Sob o comando de Paul Van Himst, lenda do clube nos tempos de atleta e estreante como técnico, o time exibiu um desempenho excepcional e voltou ao circuitos das conquistas internacionais. Nos anos 1970, os roxos já haviam levado o bicampeonato da Recopa.

A campanha do Anderlecht começou na primeira fase da competição, onde enfrentou o Koparit, da Finlândia. Sem dificuldades, venceu os dois jogos por 3 a 0 em casa, e por 3 a 1 fora. Na sequência, enfrentou o Porto. Após um golear por 4 a 0 no primeiro jogo em Bruxelas, no Estádio Emile Versé, os roxos demonstraram resistência na partida de volta, quando perderam por 3 a 2 no Estádio das Antas e conseguiram a vaga nas oitavas de final.

O adversário seguinte foi o Sarajevo, da Iugoslávia. O primeiro jogo aconteceu em Bruxelas, e o Anderlecht aplicou uma impiedosa goleada por 6 a 1 logo na largada. Tal resultado permitiu que o time perdesse por 1 a 0 fora de casa, e ainda assim passar para as quartas. O grande desempenho seguiu na fase seguinte, contra o Valencia. Vitórias por 2 a 1 na Espanha, e por 3 a 1 na Bélgica colocaram o clube roxo na semifinal da Copa da UEFA.

Nas semi, o Anderlecht enfrentou o Bohemians, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo, em Praga, foi equilibrado, mas os roxos conseguiram arrancar a vitória por 1 a 0. A segunda partida ocorreu em Heysel, um estádio maior que o Emile Versé, e os belgas garantiram a classificação ao vencer por 3 a 1 no jogo de volta.

Chegando à final da Copa da UEFA de 1983, o Anderlecht teve que enfrentar o Benfica, que chegou lá ao derrubar Betis, Lokeren (Bélgica), Zürich, Roma e Universitatea Craiova. O primeiro confronto foi disputado em Bruxelas, novamente em Heysel. Com um gol solitário de Kenneth Brylle aos 30 minutos do primeiro tempo, os roxos venceram por 1 a 0.

A volta aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa. E mesmo ante 70 mil torcedores rivais, os belgas não se intimidaram. O Benfica até abriu o placar aos 32 minutos do primeiro tempo, mas aos 38 Juan Lozano empatou. Com uma defesa sólida, o Anderlecht conseguiu segurar o empate por 1 a 1 no tempo restante e assegurar o título inédito, que o deixa como o mais bem-sucedido internacionalmente na história da Bélgica.

A campanha do Anderlecht:
12 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 29 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alain de Martignac/Onze/Icon Sport/Getty Images

IFK Gotemburgo Campeão da Liga Europa 1982

A Copa da UEFA de 1982 marcou a entrada da Suécia no rol de vencedores de competições europeias. Foi o IFK Gotemburgo quem conquistou o título, quando poucos imaginavam que eles iriam tão longe. O treinador Sven-Göran Eriksson conseguiu montar uma equipe que não só conquistou a admiração de seus torcedores e o respeito dos adversários.

A campanha do "blavitt" (alviazul) começou na primeira fase contra o Haka, da Finlândia. O time sueco venceu os dois jogos, por 3 a 2 fora e por 4 a 0 em casa, e avançou para a segunda rodada, onde enfrentou o Sturm Graz. Num confronto bem mais apertado, o IFK passou outra vez depois de empatar por 2 a 2 na Áustria, e vencer por 3 a 2 em Gotemburgo.

A medida que avançavam na competição, o IFK enfrentou adversários cada vez mais difíceis. Nas oitavas de final, eliminou o Dínamo Bucareste com duas atuações sólidas e vitórias por 3 a 1 no Ullevi, em casa, e por 1 a 0 na Romênia. Nas quartas de final, o adversário foi enfrentou o Valencia. Após um empate por 2 a 2 no jogo de ida na Espanha, o time sueco realizou uma grande exibição no jogo de volta, vencendo por 2 a 0 no Ullevi.

A semifinal foi realizada contra o Kaiserslautern. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha, e acabou empatado por 1 a 1. Na volta, o IFK se mobilizou rumo à vaga na final. Em um confronto tenso, o time sueco obteve outro empate por 1 a 1 no tempo normal, o que levou a partida à prorrogção. E aos 12 minutos do primeiro tempo extra, Stig Fredriksson marcou o histórico gol que garantiu a vitória por 2 a 1 e a tão sonhada classificação.

A decisão foi disputada contra o poderoso Hamburgo, que eliminou Utrecht, Bordeaux, Aberdeen, Neuchâtel Xamax (Suíça) e Radnicki. O primeiro jogo aconteceu no Ullevi, em Gotemburgo. Com o apoio fervoroso de sua torcida, o IFK conseguiu a vitória e a vantagem pelo placar de 1 a 0, gol anotado por Tord Holmgren aos 43 do segundo tempo.

A segunda partida foi disputada na Alemanha, no antigo Volksparkstadion. Mesmo diante de 57 mil torcedores adversários, os blavitts não se intimidaram e entraram dispostos a serem campeões vencendo também fora. No primeiro tempo, Dan Corneliusson abriu o placar aos 25 minutos. No segundo, Torbjörn Nilsson marcou aos 16 minutos e Fredriksson fechou a conta aos 20. O placar de 3 a 0 foi a cereja no bolo da campanha invicta do título da Copa da UEFA para o IFK Gotemburgo.

A campanha do IFK Gotemburgo:
12 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 27 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/IFK Gotemburgo

Ipswich Town Campeão da Liga Europa 1981

Na esteira das conquistas inglesas na Copa dos Campeões e na Copa da UEFA entre os anos 1970 e o início dos anos 1980, surgiu um clube que faturou de maneira histórica o título desta segunda: o Ipswich Town. Numa história de idas e vindas entre as três principais divisões da Inglaterra, os "tractors boys" haviam conseguido um lugar entre as primeiras forças do país naquela época.

Vencedores da primeira divisão em 1962, da segunda em 1968 e da Copa FA em 1978, chegava a vez do Ipswich buscar a taça internacional na Copa da UEFA de 1981, sob o comando do treinador Bobby Robson. Na primeira fase, eliminou o Aris ao golear por 5 a 1 na ida em Portman Road, e perder por 3 a 1 na Grécia.

Na segunda fase, mais emoção contra o Bohemians, na Tchecoslováquia. Na ida em casa, vitória por 3 a 0 e outra boa vantagem encaminhada. Na volta fora, os tchecos reagiram e fizeram 2 a 0, mas a classificação azul veio novamente. A estratégia de arrasar no primeiro seguiu nas oitavas de final, contra o Widzew Lodz: goleada por 5 a 0 em Portman Road. Na Polônia, a derrota foi de apenas 1 a 0.

O Ipswich só foi decidir uma vaga com duas vitórias a partir das quartas. Contra o Saint-Étienne, a primeira partida foi fora de casa, e o time inglês goleou por 4 a 1 em plena França. O segundo jogo aconteceu na Inglaterra, e os tractor boys sacramentaram mais uma vaga com triunfo por 3 a 1. 

Na semifinal, o Ipswich foi confrontado pelos alemães do Colônia. A ida foi disputada em Portman Road, e a equipe inglesas venceu por 1 a 0, gol marcado por John Wark. A volta foi realizada na Alemanha. Apesar da pressão encontrada lá, os tractor boys mostraram habilidade e resistência, garantindo outra vitória por 1 a 0 e um lugar na final. O gol foi anotado por Terry Butcher.

A decisão seria um duelo contra o AZ Alkmaar, clube da Holanda que superou Red Boys Differdange (Luxembrugo), Levski Sofia, Radnicki (Iugoslávia), Lokeren (Bélgica) e Sochaux. A primeira partida foi disputada em Portman Road, e o Ipswich Town conseguiu uma bela vantagem ao ganhar por 3 a 0, com gols de Wark, Frans Thijssen e Paul Mariner.

A volta foi no Olímpico de Amsterdã, e o AZ tentou descontar a desvantagem. Fez quatro gols, mas sofreu dois de Thijssen e Wark. A derrota por 4 a 2 serviu para que o Ipswich Town conquistasse a maior taça de sua história.

A campanha do Ipswich Town:
12 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 28 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Eintracht Frankfurt Campeão da Liga Europa 1980

A Copa da UEFA de 1980 viu uma situação inédita em sua história (e também da entidade): todos os quatro semifinalistas pertenciam ao mesmo país. No caso, a Alemanha, que reafirmou sua hegemonia sobre a competição na primeira década de existência. O título ficou nas mãos do Eintracht Frankfurt, que chegou ao maior título de sua história.

A história começou na primeira fase, contra o Aberdeen. A equipe alemã empatou a ida por 1 a 1 na Escócia, e venceu a volta por 1 a 0 em Frankfurt, no antigo Waldstadion. Na segunda fase, as águias (ou "die adler") eliminaram o Dínamo Bucareste de maneira épica. Depois de levar 2 a 0 na Romênia, o time devolveu o resultado em casa ao anotar o segundo gol aos 46 minutos do segundo tempo, com Bernd Hölzenbein. Na prorrogação, Bernd Nickel fez 3 a 0 e garantiu a vaga nas oitavas de final.

Nas oitavas, o Eintracht foi até a Holanda para encarar o Feyenoord. Antes, disputou a ida no Waldstadion e goleou por 4 a 1. E em Roterdã, a derrota por 1 a 0 foi suficiente para mais uma classificação. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Zbrojovka Brno, da Tchecoslováquia. A vaga na semifinal veio após a goleada por 4 a 1 em Frankfurt, e derrota por 3 a 2 fora de casa.

Nas semifinais, o Eintracht enfrentou o poderoso Bayern de Munique, um dos melhores times da época. O primeiro jogo foi disputado em Munique e terminou derrota por 2 a 0, deixando tudo mais complicado para a partida de volta. Em Frankfurt, o Eintracht mostrou sua garra. No tempo normal, devolveu os dois gols, marcados por Bruno Pezzey. Na prorrogação, fez mais três com Harald Karger (dois) e Werner Lorant. O Bayern chegou a descontar, e o épico 5 a 1 colocou as águias na decisão.

A final da Copa da UEFA foi contra o Borussia Mönchengladbach, que eliminou Viking (Noruega), Internazionale, Universitatea Craiova, Saint-Étienne e Stuttgart. Os dois times proporcionaram dois jogos emocionantes, cheio de reviravoltas. O primeiro jogo aconteceu no Bökelbergstadion, e o Borussia conseguiu superar o Eintracht por 3 a 2, de virada. Os gols da esperança rubro-negra para a volta foram anotados por Karger e Hölzenbein.

A volta foi realizada no Waldstadion. O Eintracht insistiu no gol do título desde os primeiros instantes, mas o Borussia conseguia se segurar. Até que, aos 36 minutos do segundo tempo, Fred Schaub marcou o tento mais importante da história do clube. A vitória por 1 a 0 garantiu o título pela regra do gol fora da casa.

A campanha do Eintracht Frankfurt:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 23 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Eintracht Frankfurt

Borussia Mönchengladbach Campeão da Liga Europa 1979

O Borussia Mönchengladbach viveu no fim da década de 1970 o melhor momento de sua história. O clube foi vice da Copa dos Campeões e do Mundial em 1977, além de ter colecionado alguns títulos alamães, outro vice e uma conquista da Copa da UEFA, esta em 1975. Em 1979, seria a vez do bicampeonato. Sob a liderança do técnico Udo Lattek, o M'Gladbach exibiu uma determinação notável durante todo o torneio.

A campanha começou contra o Sturm Graz, da Áustria. Com vitórias por 5 a 1 em casa, e por 2 a 1 fora, "die fohlen" chegaram à segunda fase, onde enfrentaram o Benfica. Após empates sem gols tanto em Lisboa quanto em Mönchengladbach, o Borussia precisou da prorrogação. Com gols de Hans-Günter Bruns e Hans Klinkhammer, o time venceu por 2 a 0 e avançou.

O adversário seguinte foi o Slask Wroclaw, da Polônia, e o Borussia Mönchengladbach novamente encontrou dificuldades. Em casa, no Bökelbergstadion, a equipe ficou apenas no empate por 1 a 1. A classificação para as quartas de final e o alívio só vieram fora de casa, na convincente vitória por 4 a 2.

Nas quartas, o Borussia enfrentou Manchester City. Atuando no antigo Maine Road na ida, os alemães obtiveram um bom empate por 1 a 1. A volta aconteceu na Alemanha, e mais uma passagem de fase foi garantida no triunfo por 3 a 1.

Na semifinal, o adversário do M'gladbach foi o Duisburg, também da Alemanha Ocidental. Apesar de um empate por 2 a 2 no jogo de ida, a equipe alemã mostrou sua força no jogo de volta, com uma vitória categória por 4 a 1 no Bökelbergstadion. Os gols de Allan Simonsen, Christian Kulik e Ewald Lienen selaram a passagem do Borussia para a final.

A decisão foi disputada contra o Estrela Vermelha, time iugoslavo que superou Dínamo Berlim, Sporting Gijón, Arsenal, West Bromwich e Hertha Berlim. O primeiro jogo, disputado em Belgrado, terminou empatado por 1 a 1, deixando tudo em aberto para a partida de volta na Alemanha.

Em uma disputa tensa e emocionante no Rheinstadion, em Düsseldorf, o Borussia Mönchengladbach garantiu a vitória por 1 a 0, com o gol sendo marcado por Simonsen, de pênalti, aos 18 minutos do primeiro tempo. A conquista do título da Copa da UEFA de 1979 foi o ápice para o clube do oeste alemão, que jamais voltaria a erguer uma taça de cunho internacional.

A campanha do Borussia Mönchengladbach:
12 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 26 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Kicker

PSV Eindhoven Campeão da Liga Europa 1978

A Copa da UEFA de 1978 foi marcante para o PSV Eindhoven. O clube holandês, desde o início, mostrou seu talento e qualidade, no que talvez tenha sido um dos últimos suspiros do Futebol Total, implementado no início da década pela seleção laranja. E o título obtido nesta competição foi o primeiro em âmbito continental. Dentre os três maiores clubes da Holanda, era o único que ainda não havia erguido um troféu vindo de fora do país. 

Na primeira fase, o PSV enfrentou o Glenavon, da Irlanda do Norte. Com facilidade, os holandeses golearam na ida fora por 6 a 2, e na volta em casa por 5 a 0. Na segunda fase, dois confrontos equilibrados com o Widzew Lodz. No primeiro, vitória por 5 a 3 na Polônia. No segundo, novo triunfo por 1 a 0 e classificação rumo às oitavas de final.

O adversário dos "boeren" nas oitavas foi o Eintracht Braunschweig. Sem muitas dificuldades, a equipe passou pelos alemães com vitórias por 2 a 0 na ida, jogada no Estádio Philips, e por 2 a 1 na volta na Alemanha. Nas quartas de final, foi a vez de eliminar o Magdeburg, da Alemanha Oriental. A parada nesta fase foi muito mais sofrida. Após perder por 1 a 0 na ida fora, o PSV vencia por 3 a 2 na volta em casa até os 44 minutos do segundo tempo. Foi quando Harry Lubse fez 4 a 2 e garantiu o clube entre os quatro melhores.

Na semifinal, o PSV teve de enfrentar o Barcelona. A partida de ida aconteceu no Estádio Philips. Com uma atuação convincente, o time aplicou 3 a 0 nos catalães logo na largada, encaminhando a classificação. A volta foi no Camp Nou, e o adversário tentou dar o troco. Até conseguiu fazer três gols, mas Nick Deacy foi o autor do tento holandês na derrota por 3 a 1 que serviu para a vaga na decisão.

A final da Copa da UEFA foi disputada em dois jogos contra o Bastia, clube francês que passou por Sporting, Newcastle, Torino, Carl Zeiss Jena e Grasshoppers. No primeiro jogo, no Estádio Armand-Cesari, na cidade de Furiani, o PSV enfrentou um ambiente hostil e um adversário determinado. Mesmo assim, o clube conseguiu um empate por 0 a 0.

A partida de volta foi realizada no Estádio Philips, em Eindhoven. Com o apoio de 28 mil torcedores, o PSV entrou em campo disposto a vencer sua primeira taça internacional. O clube abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, por meio do ídolo Willy Van De Kerkhof. Tudo deu certo para o PSV em campo, que garantiu a vitória e o título por 3 a 0, com mais dois gols de Gerrie Deijkers, aos 22, e de Willy Van Der Kuijlen, aos 24 do segundo tempo.

A campanha do PSV Eindhoven
12 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 32 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/PSV Eindhoven

Juventus Campeã da Liga Europa 1977

Chegou a vez da Itália. Na Copa da UEFA de 1977, a Juventus fez uma campanha que ficou marcada como um capítulo pioneiro na história do clube. Foi nesta competição que os bianconeri chegaram pela primeira vez ao topo de um torneio na Europa.

A caminhada começou na primeira fase, onde a Juventus enfrentou o Manchester City. O primeiro jogo aconteceu na Inglaterra, com derrota por 1 a 0. Logo de cara, era preciso fazer algo a mais para reverter o resultado. E no Estádio Comunale de Turim, a Juve conseguiu fazer os 2 a 0 necessários para a classificação.

Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o outo lado da cidade de Manchester. Contra o United, novamente a Vecchia Signora largou atrás, perdendo por 1 a 0 no Old Trafford. A diferença é que vitória na partida de volta foi maior, por 3 a 0 na Itália.

Nas oitavas de final, a Juventus encarou o Shakhtar Donetsk. A classificação veio com vitória por 3 a 0 em Turim, e nova derrota por 1 a 0 fora, na União Soviética. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Magdeburg, da Alemanha Oriente. E finalmente, a Juventus demonstrou seu poder ofensivo nas duas partidas, avançando de fase com vitórias por 3 a 1 fora de casa, e por 1 a 0 em casa.

O confronto na semifinal foi contra o AEK Atenas. A primeira partida aconteceu em Turim, e acabou com uma convincente vitória por 4 a 1. O segundo jogo foi realizado na Grécia, e os bianconeri confirmaram seu lugar na decisão com novo triunfo, por 1 a 0. O gol da classificação foi anotado por Roberto Bettega.

A final foi em dois duelos contra o Athletic Bilbao, que eliminou Újpest, Basel, Milan, Barcelona e RWD Molenbeek. O primeiro jogo, disputado no Comunale de Turim, terminou com vitória magra por 1 a 0, deixando tudo em aberto para a partida de volta. O gol foi marcado por Marco Tardelli, logo aos 14 minutos do primeiro tempo.

A tensão estava no ar quando as duas equipes se enfrentaram novamente no Estádio San Mamés, em Bilbao. O Juventus mostrou a sua classe logo no começo, aos sete minutos, com o gol de Bettega, que encomendou o título. Os espanhóis ainda tiveram forças para buscar a virada por 2 a 1 e pressionar na busca pelo terceiro tento. Mas com uma consciência tática brilhante, a equipe italiana se segurou e conquistou o título da Copa da UEFA de forma merecida, apesar do uso da regra do gol fora de casa.

A campanha da Juventus:
12 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 19 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Juventus

Liverpool Campeão da Liga Europa 1976

Uma força da Inglaterra consolidou-se na Copa da UEFA de 1976. A campanha do Liverpool na conquista do bicampeonato marcou o início de uma era de sucesso para o clube. Sob o comando do lendário treinador Bob Paisley, os reds demonstraram um futebol de classe mundial, estabelecendo seu domínio no cenário europeu no fim dos anos 1970.

A jornada do Liverpool começou na primeiras fase, onde enfrentou o Hibernian, clube da Escócia. O início foi com emoção, com derrota por 1 a 0 na ida fora, e vitória por 3 a 1 na volta em casa, com hat-trick de John Toshack. Na segunda fase, contra o Real Sociedad, as coisas ficaram mais fáceis: vitória por 3 a 1 na Espanha, e goleada por 6 a 0 em Anfield Road.

O Liverpool encontrou outro desafio tranquilo nas oitavas de final. Contra o Slask Wroclaw, da Polônia, os reds ganharam por 2 a 1 na ida fora, e por 3 a 0 na volta em casa, com hat-trick de Jimmy Case. Nas quartas de final, o rival foi o Dínamo Dresden, da Alemanha Oriental. Após um empate sem gols na primeira partida, os reds mostraram mais força no segundo jogo, vencendo por 2 a 1 e avançando para as semifinal.

O confronto na semi contra o Barcelona de Johan Cruyff foi um dos momentos mais emocionantes da campanha do Liverpool. No jogo de ida, no Camp Nou, o clube inglês venceu por 1 a 0, gol de Toshack. Na volta, em Anfield, o time inglês deu uma prova de resiliência. Apesar de estar em casa, o Liverpool não conseguiu sustentar a vantagem quando abriu o placar, aos seis do segundo tempo, com Phil Thompson. Isso porque os espanhóis empataram logo no minuto seguinte. No fim, o 1 a 1 bastou para a classificação.

Na final, o Liverpool enfrentou o Club Brugge, que passou por Lyon, Ipswich Town, Roma, Milan e Hamburgo. O primeiro jogo foi em Anfield. Lá e cá, o Liverpool abriu vantagem de 3 a 2 na decisão. Os gols foram de Ray Kennedy, Jimmy Case e Kevin Keegan. A segunda partida foi disputada no Estádio Olímpico de Bruges. Os belgas largaram na frente logo a 11 minutos, mas o empate inglês veio ao 15, no gol de Keegan, que garantiu a segunda Copa da UEFA dos reds, sob o resultado de 1 a 1.

Essa conquista marcou o início de uma era de sucesso para o Liverpool. Sob a liderança de Bob Paisley, o clube estabeleceria de vez como uma potência no futebol europeu. Essa vitória foi o prenúncio de muitos outros troféus importantes que o Liverpool conquistaria nos anos seguintes, incluindo várias edições da Liga dos Campeões.

A campanha do Liverpool:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Harry Ormesher/Popperfoto/Getty Images

Borussia Mönchengladbach Campeão da Liga Europa 1975

Na Copa da UEFA de 1975, chegou a vez de se ver a Alemanha no topo. O Borussia Mönchengladbach escreveu um capítulo histórico em sua trajetória ao conquistar seu título internacional. A campanha do clube foi marcada por um desempenho excepcional, puxado pela atuação de jogadores que faziam parte da base da seleção alemã recém-campeã da Copa do Mundo.

O M'gladbach iniciou sua jornada na competição na primeira fase, enfrentando o Wacker Innsbruck, da Áustria. Apesar da derrota por 2 a 1 na ida fora, os alemães conseguiram avançar para a próxima fase com um placar de 3 a 0 na volta em casa. Na fase seguinte, o time teve pela frente o Lyon. O primeiro jogo, na Alemanha, foi bastante disputado, com vitória do Borussia por 1 a 0. Já o segundo, na França, foi um passeio com a goleada por 5 a 2.

Nas oitavas de final, o adversário do Borussia foi o Zaragoza. Nesta fase, os alemães mostraram grande determinação e eliminaram os espanhóis com ao golearem por 5 a 0 na ida em casa, e fazerem mais 4 a 2 na volta fora. Nas quartas, o M'gladbach foi desafiado pelo Baník Ostrava, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo terminou com vitória alemã por 1 a 0 fora. A classificação entre os quatro melhores da Copa da UEFA foi confirmada em casa, com outro triunfo por 3 a 1.
 
Na semifinal, o Borussia Mönchengladbach enfrentou o Colônia, em um confronto caseiro. Rivalidades à parte, "die fohlen" se mostraram superiores e avançaram para a final com duas vitórias, por 3 a 1 fora, no Müngersdorfer, e por 1 a 0 em casa, no antigo Bökelbergstadion.

A grande final da Copa da UEFA foi disputada em dois jogos contra o holandês Twente, que eliminou Ipswich Town, RWD Molenbeek (Bélgica), Dukla Praga, Velez Mostar (Iugoslávia) e Juventus. No primeiro confronto, realizado no Bökelbergstadion, o Mönchengladbach não conseguiu sair do 0 a 0, apesar do apoio de mais de 42 mil torcedores alemães.

Na partida de volta, no Estádio Diekman, cidade de Enschede, o Borussia mostrou uma atuação sólida e segura, sem tomar conhecimento do adversário. Ainda ao três minutos do primeiro tempo, Allan Simonsen abriu o placar. Aos nove, Heynckes ampliou, e no segundo tempo completou um hat-trick, aos cinco e aos dez minutos. Simonsen ainda marcou mais um de pênalti, aos 43, depois do gol de honra dos holandeses. A goleada por 5 a 1 marcou o primeiro ápice da história do Borussia Mönchengladbach na Europa.

A campanha do Borussia Mönchengladbach:
12 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 32 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Borussia Mönchengladbach

Feyenoord Campeão da Liga Europa 1974

A Copa da UEFA de 1974 foi a terceira edição da competição de clubes europeus. Nos moldes de sempre, nesta temporada houve a participação de 64 clubes, num mata-mata perfeito do início ao fim. E o título saiu da Inglaterra pela primeira vez. Foi para a Holanda, pelas mãos do Feyenoord. A campanha da equipe na ocasião é lembrada como uma das mais brilhantes de sua história. Sob influência do Futebol Total, ela demonstrou um futebol ousado e ofensivo que encantou os torcedores.

O Feyenoord iniciou sua jornada na competição na primeira fase, enfrentando o Öster, da Suécia. Com vitórias por 3 a 1 fora e por 2 a 1 em casa, o time holandês já mostrava sua força. Na fase seguinte, o Feyenoord teve um confronto contra o Gwardia Varsóvia, da Polônia. A equipe holandesa mostrou superioridade em casa, vencendo por 3 a 1 na ida em casa. Na volta, derrota por 1 a 0 fora.

O adversário nas oitavas de final foi o Standard Liège. Na ida, derrota por 3 a 1 na Bélgica. Na volta, o Feyenoord teve se desdobrar em Roterdã para vencer por 2 a 0 e classificar pela regra do gol fora de casa. Nas quartas de final, os holandeses tiveram pela frente o Ruch Chorzów, da Polônia. Em dois jogos emocionantes, o Feyenoord garantiu sua vaga nas semifinais após empatar por 1 a 1 na ida fora, e vencer por 3 a 1 na prorrogação da volta em casa.

Na semifinal, o Feyenoord enfrentou o Stuttgart. Em um confronto equilibrado, a equipe holandesa conquistou uma importante vitória por 2 a 1 na partida de ida, em casa. No jogo de volta, na Alemanha, o Feyenoord confirmou sua superioridade ao marcar mais dois gols. No fim, cedeu o empate por 2 a 2 mas confirmou seu lugar na final.

A final foi disputada contra o Tottenham, que superou Grasshoppers, Aberdeen, Dínamo Tbilisi, Colônia e Lokomotive Leipzig. A primeira partida aconteceu em Londres, no White Hart Lane. Sem se intimidar com o adversário, os holandeses tiveram forças para buscar duas vezes o empate e sair de lá com o 2 a 2. Os gols foram de Wim Van Hanegem e Theo De Jong. 

O jogo de volta foi no De Kuip, em Roterdã. Numa atmosfera eletrizante, o Feyenoord mostrou sua determinação desde o início da partida. O jogo foi tenso e disputado, com chances para ambos os lados. No entanto, aos 43 minutos do primeiro tempo, Wim Rijsbergen marcou o gol que colocou o Feyenoord em vantagem. Aos 40 do segundo, Peter Ressel fez 2 a 0 e consolidou o título da Copa da UEFA para os holandeses.

A campanha do Feyenoord:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/L'Équipe

Liverpool Campeão da Liga Europa 1973

A segunda edição da Copa da UEFA aconteceu em 1973. O título ficou novamente com um clube da Inglaterra: o Liverpool, terceiro colocado no Campeonato Inglês de 1972. A conquista marcou o início de uma era de sucesso para os reds. Sob o comando do histórico treinador Bill Shankly, o time estabeleceu-se como uma força dominante no futebol europeu.

A competição repetiu o regulamento da estreia. E o Liverpool começou sua campanha enfrentando o Eintracht Frankfurt na primeira fase. Na ida, venceu por 2 a 0 em Anfield Road. Na volta, segurou o 0 a 0 na Alemanha e avançou para a próxima fase.

Nas segunda fase, passou pelo AEK Atenas, com vitórias por 3 a 0 em casa, e por 3 a 1 fora. Nas oitavas de final, o Liverpool eliminou Dínamo Berlim, da Alemanha Oriental, depois de empatar sem gols na primeira partida, fora, e venceu por 3 a 1 a segunda, em casa.

Chegando às quartas de final, os reds tiveram pela frente o Dínamo Dresden, também da Alemanha Oriental. Após vencer por 2 a 0 o jogo de ida, em Anfield, o Liverpool aumentou a vantagem na partida de volta com outro triunfo por 1 a 0, garantindo sua vaga na semifinal.

Na semifinal, os reds enfrentaram o Tottenham, que defendia o título da Copa da UEFA. O primeiro jogo foi disputado em Anfield e terminou com uma vitória do Liverpool por 1 a 0, gol anotado por Alec Lindsay. No jogo de volta, realizado em Londres, os spurs conseguira uma vitória por 2 a 1, mas o Liverpool avançou para a final devido à regra do gol marcado fora de casa.

Na decisão da Copa da UEFA, o adversário foi o Borussia Mönchengladbach, que derrubou Hvidovre (Dinamarca), Colônia, Kaiserslautern e Twente. O Liverpool mostrou sua força na partida de ida, Anfield, com uma atuação dominante e uma vitória larga por 3 a 0. Os gols foram feitos por Kevin Keegan, aos 21 e aos 32 minutos do primeiro tempo, e Larry Lloyd, aos 16 do segundo.

No segundo jogo, no Bökelbergstadion, o Mönchengladbach tentou a remontada e conseguiu dois gols no primeiro tempo, mas o Liverpool manteve-se firme na etapa complementar e garantiu o título mesmo com a derrota por 2 a 0. Foi uma conquista histórica para o clube, que ergueu seu primeiro troféu europeu importante e deu partida para a conquista de muitos outros títulos importantes nos anos e décadas seguintes, além instalar um legado duradouro no futebol.

A campanha do Liverpool:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Liverpool

Tottenham Campeão da Liga Europa 1972

A Copa das Cidades com Feiras fez um sucesso tão estrondoso nos anos 1960, que a UEFA se incomodou com tamanha concorrência. A importância do torneio foi tanta que, em 1971, a entidade a encampou transformou na sua terceira competição de clubes, com o nome Copa da UEFA. À sua frente, já existiam a Copa dos Campeões (reservada aos ganhadores das ligas nacionais, hoje Liga dos Campeões) e a Recopa Europeia (para os vencedores das copas nacionais, extinta em 1999).

A Copa da UEFA ficou destinada aos vices, terceiros, quartos e até quintos colocados nacionais, dependendo do país. A primeira edição, entre 1971 e 1972, teve a presença de 63 clubes, distribuídos num mata-mata de seis fases. O primeiro campeão veio da Inglaterra: o Tottenham Hotspur, terceiro lugar no Campeonato Inglês de 1971.

A jornada dos spurs na competição começou na primeira fase, contra o Keflavík, da Islândia. O time avançou com vitórias por 6 a 1 na ida fora, e por 9 a 0 na volta em casa. Na segunda fase, a equipe enfrentou o Nantes. Na França, empate por 0 a 0. Na Inglaterra, 1 a 0 para o Tottenham.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Rapid Bucareste. Mais duas vitórias, por 3 a 0 em Londres e por 2 a 0 na Romênia colocaram o clube inglês nas quartas, contra o Arad, também da Romênia. Sem problemas, o Tottenham ao vencer por 2 a 0 fora, e empatar por 1 a 1 em casa.

Na semifinal, o Tottenham encontrou o Milan. O primeiro jogo, em Londres, terminou com vitórias inglesa por 2 a 1, com Steve Perryman marcando os gols dos spurs. No jogo de volta, no San Siro, os londrinos mostraram sua força e seguraram empate por 1 a 1, com um gol de Alan Mullery ainda no começo do primeiro tempo. Com esse resultado, a vaga na final da Copa da UEFA estava assegurada.

A final foi disputada em duas partidas contra o Wolverhampton, outro clube inglês que eliminou Académica de Coimbra, Den Haag, Carl Zeiss Jena, Juventus e Ferencváros. A ida, no Estádio Molineux, em Wolverhampton, terminou com uma vitória do Tottenham por 2 a 1. Os gols foram anotados por Martin Chivers, aos 11 e aos 42 minutos do segundo tempo.

Na volta, no White Hart Lane, em Londres, o Tottenham confirmou sua superioridade. Mullery, em sua despedida do clube, abriu o placar aos 29 do primeiro tempo. O rival até empatou por 1 a 1, mas o 3 a 2 no agregado bastou para a conquista, invicta, do primeiro título dos spurs na Copa da UEFA.

A campanha do Tottenham:
12 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 30 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Tottenham