Botafogo Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1998

De volta no gosto do torcedor, o Torneio Rio-São Paulo seguiu para 1998 com um regulamento ampliado. A fase com dois grupos voltava a ser disputada, e a diferença em relação à 1993 é que líder e vice avançavam para a fase final. Outra ideia executada foi a de realizar os clássicos estaduais fora das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro: paulistas jogavam entre si em Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Campinas, enquanto cariocas se enfrentavam em Brasília.
E foi nesta terceira edição após o retorno que o título voltou a ficar nas mãos de um clube carioca. A felicidade coube ao Botafogo, liderado pela dupla de ataque Túlio e Bebeto. A estreia alvinegra foi com vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians fora de casa, seguida pela única derrota na competição inteira, por 1 a 0 para o Vasco.
Na sequência da fase, o Fogão conseguiu mais duas vitórias e dois empates, que lhe deixou classificado em segundo lugar do grupo A, com 11 pontos. A vaga foi obtida na última rodada, ao vencer o já líder Palmeiras por 1 a 0 na capital paulista, no que deixou o time a dois pontos do adversário e quatro na frente do rival Vasco. A semifinal foi contra o Santos, com quem empatou os dois jogos: 0 a 0 no Maracanã e 2 a 2 no Pacaembu. Nos pênaltis, o Botafogo venceu por 4 a 3.
O São Paulo foi o adversário botafoguense na decisão do torneio. Com a melhor campanha, os alvinegros puderam fazer a partida de volta em casa. Mas antes tinha a ida, no Morumbi. Em partida emocionante, o Botafogo venceu por 3 a 2 fora de casa, após sair na frente do placar, levar a virada e reverter outra vez a seu favor.
O jogo no Maracanã teve o roteiro parecido, com o Fogão largando na frente aos 12 minutos e sofrendo a virada são-paulina aos 35 e aos 44 do primeiro tempo. A agonia durou até os 32 minutos da etapa final, quando o atacante Zé Carlos empatou em 2 a 2 e selou o título alvinegro. A conquista representou o tetra o Botafogo no Torneio Rio-São Paulo.

A campanha do Botafogo:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo

Santos Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1997

A volta do Torneio Rio-São Paulo em 1993 fez sucesso. Mas circunstâncias de calendário impediram a continuidade da organização durante alguns anos, como a disputa da Copa do Mundo de 1994 e outras competições amistosas e mais rentáveis. O retorno definitivo aconteceu em 1997, desta vez no início de temporada. O regulamento escolhido foi o mata-mata a partir de quartas de final. Nenhum dos oito times grandes abdicou da sua vaga.
O torneio ficou marcado pelo teste de regras, como a parada técnica na metade dos tempos e a cobrança de tiros livres diretos na mesma posição a partir da 15ª falta cometida. Nenhuma delas foi aprovada, e o que ficou lembrado mesmo foi a quebra de fila do Santos, que há 13 anos não comemorava um título. O adversário do Peixe nas quartas de final foi o Vasco, com o qual empatou nas duas partidas: 2 a 2 no Morumbi e 3 a 3 em São Januário. Nos pênaltis, a classificação alvinegra veio com 7 a 6 nas cobranças. 
Na semifinal, contra o Palmeiras, o Santos abriu o confronto com grande vitória por 3 a 1 em pleno Palestra Itália. Na volta, em Presidente Prudente, o rival até chegou a vencer por 1 a 0, mas o saldo de gols garantia a vaga santista na final.
A última disputa do curto campeonato foi contra o Flamengo, com o primeiro jogo marcado para o Morumbi. Em ótima atuação, o Santos dominou os cariocas a conseguiu vantagem ao vencer por 2 a 1. Era preciso segurar a onda na segunda partida, no Maracanã. Anderson Lima abiu o placar para o Peixe aos 33 minutos, mas o adversário virou ainda no primeiro tempo, aos 37 e 45.
A decisão estava indo aos pênaltis, até que, aos 32 do segundo tempo, Juari marcou um golaço e empatou por 2 a 2. A conquista do Torneio Rio-São Paulo desafogou o grito do torcedor e somou a quinta e última taça do Santos da competição.

A campanha do Santos:
6 jogos | 2 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Pisco Del Gaiso/Placar

Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1993

Depois de 27 anos, o Torneio Rio-São Paulo teve sua quarta tentativa de organização. Foi no ano de 1993, quando FPF e a reformulada FERJ voltaram a unir suas forças. A ideia inicial era utilizar a faixa de calendário entre o fim dos estaduais e o começo do Brasileirão para a disputa das partidas, com oito participantes fixos: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Mas já na largada o São Paulo desfalcou a competição, optando por excursionar no exterior. A Portuguesa completou esta oitava vaga.
Os clubes foram divididos em dois grupos jogados em dois turnos, com seus líderes avançando à final. Campeão paulista saindo de uma fila de 17 anos, o Palmeiras chegava com embalo para o torneio, embora alguns de seus titulares estivessem convocados pela Seleção Brasileira, que jogava a Copa América e as Eliminatórias da Copa do Mundo. E mesmo atuando com time misto, o Verdão superou os adversários.
No grupo B, estreou empatando por 1 a 1 em casa com o Flamengo, seguido por derrota fora por 2 a 0 para o Santos. A recuperação veio com duas vitórias por 3 a 0: fora sobre o Fluminense e em casa sobre o Santos. Na quinta rodada, o Palmeiras levou 3 a 1 do Flamengo no Rio de Janeiro e ficou com a classificação ameaçada. Só no último jogo, quando fez 2 a 0 no Fluminense dentro do Palestra Itália que o clube respirou aliviado. Com sete pontos e três vitórias, desbancou o Santos no saldo de gols e o Flamengo por um ponto.
Dois meses após a final estadual, o Palmeiras reencontrou o Corinthians na decisão do Torneio Rio-São Paulo. As duas partidas foram no Pacaembu, mas para efeito de mando de campo o Alviverde mandou a ida. E com vitória por 2 a 0, ambos os gols marcados por Edmundo (que foi expulso depois), o clube encaminhou o título. A confirmação aconteceu com empate por 0 a 0 na volta. Primeiro vencedor da era moderna do Rio-SP, o Palmeiras repetiu o feito de 60 anos antes e somou seu quarto troféu.

A campanha do Palmeiras:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nelson Coelho/Placar

Santos Campeão da Recopa Mundial 1968

Pelé nos deixou no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos de idade. E como uma singela forma de homenageá-lo, o blog traz o relato e o pôster do título da Recopa Intercontinental (ou Mundial) de 1968, vencida pelo Santos. Hoje um pouco esquecida, esta conquista na época foi equiparada (e às vezes até mesmo colocada por cima) aos Mundiais de 1962 e 1963. Tanto que o Peixe chegou a utilizar três estrelas em seu escudo por algumas temporadas.

A Recopa Intercontinental foi uma competição criada em 1968 com o intuito de reunir todos os campeões Mundiais até então: Real Madrid, Peñarol, Santos, Racing e Internazionale. América do Sul e Europa jogariam cada um em seu continente, e os vencedores fariam a decisão. Pelo lado europeu, o Real Madrid desistiu da disputa e a Internazionale avançou à final sem precisar entrar em campo.

Pelo lado sul-americano, Santos, Peñarol e Racing disputaram um triangular chamado de Supercopa Sul-Americana dos Campeões Mundiais. Em dois turnos, o Peixe fez quatro partidas. Em São Paulo, bateu os argentinos por 2 a 0 - gols de Pelé e Edu -, e no Rio de Janeiro, superou os uruguaios por 1 a 0 - gol de Clodoaldo. Na vez de enfrentar o Racing em Avellaneda, a vitória confirmaria a classificação antecipada à decisão. E em abril de 1969, o Santos fez 3 a 2 com dois gols de Toninho Guerreiro e outro de Negreiros. Antes da final, ainda houve tempo de perder por 3 a 0 para o Peñarol.

A final entre Santos e Internazionale foi no dia 24 de junho de 1969, no Estádio San Siro, em Milão. Com mais de 44 mil torcedores contra, o Alvinegro Praiano conseguiu a vitória por 1 a 0, gol de Toninho Guerreiro aos 12 minutos do segundo tempo. O título santista só foi confirmado meses depois, em setembro, quando os italianos desistiram de fazer uma segunda partida.

A campanha do Santos:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 7 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/ASSOPHIS/Santos

Central Campeão Pernambucano Série A2 2022

Em Pernambuco, a divisão de acesso viu o retorno de dois dos mais tradicionais clubes do Estado. Mais precisamente, de Carurau. Central e Porto conquistaram o acesso juntos, assim como o Petrolina e o Maguary. O título ficou nas mãos do time alvinegro, que chegou ao bicampeonato da Série A2 e vai voltar à elite pernambucana um ano depois do rebaixamento.

A competição foi disputada por 25 equipes, divididas em quatro grupos jogados em turno único. A Patativa ficou na chave B, e em cinco partidas conseguiu quatro vitórias, que lhe deram 12 pontos e a classificação na liderança. A segunda fase foi realizada por 16 times, divididos em mais quatro grupos e com disputa em um só turno. Em mais três jogos, o Central venceu dois, empatou um e liderou a chave F com sete pontos.

Na terceira fase, chegaram oito clubes em dois grupos, repetindo o mesmo sistema das outras etapas. A Patativa conseguiu o acesso com mais uma vitória e dois empates na chave I, terminando a fase na vice-liderança com cinco pontos e perdendo a ponta no saldo de gols para o rival Porto.

Na semifinal, o Central derrotou o Maguary por 1 a 0, no jogo único fora de casa. A final foi em casa, no Lacerdão, contra o Belo Jardim, que eliminou o Porto na semifinal e só estava ali devido a uma punição sofrida pelo Petrolina (que conseguiu revertê-la depois, recuperando até a vaga de acesso). Na decisão única, vitória alvinegra por 1 a 0.

A campanha do Central:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Michel Silva/Central

Paysandu Campeão da Copa Verde 2022

Mais uma vez disputada no fim do ano - literalmente encerrando a temporada 2022 - e praticamente marginalizada pela CBF, a Copa Verde voltou a premiar o Pará, desta vez com o final feliz ficando para lado azul celeste de Belém, o Paysandu.

Agora isolado como o maior vencedor da competição, o Papão teve uma temporada de muitas expectativas frustradas, como o vice estadual para o Remo e o não-acesso para a Série B do Brasileirão. Todas as fichas ficaram apostadas na Copa Verde, que foi disputada por 17 clubes em mata-mata. Nas oitavas de final, o Paysandu passou pelo acreano Humaitá com vitória por 3 a 0 na partida única, na Curuzu.

Nas quartas de final, foi a vez de receber em casa o Tocantinópolis, e o time bicolor venceu por 2 a 0. A semifinal foi jogada contra o São Raimundo-AM. A ida aconteceu em Manaus, e o os paraenses voltaram de lá com o empate por 2 a 2 na mala. A volta ocorreu em Belém, outra vez na Curuzu, e o Papão voltou a aplicar 3 a 0, colocando-se na final do torneio.

A grande decisão foi contra o Vila Nova, que havia sido vice do Remo em 2021 e eliminou Operário-MT, Real Noroeste e Brasiliense em 2022. A primeira partida foi disputada na Curuzu, mas o Papão não conseguiu acertar o pé no ataque e ficou no 0 a 0 com os goianos.

O segundo jogo foi realizado em Goiânia, no Serra Dourada. A torcida do Vila fez o possível para ajudar sua equipe, que abriu o placar no primeiro tempo e impôs a derrota do Paysandu até aos 50 minutos do segundo tempo. Foi quando os paraenses acharam uma falta na intermediária de ataque. João Vieira bateu forte e rasante, surpreendeu o goleiro goiano e fez o 1 a 1 que levou a final aos pênaltis. Nas cobranças, o Papão foi mais eficiente e levou o tricampeonato invicto da Copa Verde ao vencer por 4 a 3.

A campanha do Paysandu:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Jorge Luís Totti/Paysandu