Boca Juniors Campeão da Libertadores 2007

A América do Sul que fala espanhol quase não viu a cor da bola na Libertadores entre 2005 e 2006. Depois de duas decisões 100% brasileiras, a Conmebol tomou uma atitude e proibiu um mesmo país de colocar dois finalistas em suas competições. Se dois times conterrâneos chegassem à semifinal, eles deveriam obrigatoriamente se enfrentar. A mudança reabriu o caminho para que velhas forças latinas voltassem a triunfar. Foi o que aconteceu com o Boca Juniors em 2007.

Voltando após um ano ausente, o xeneize trazia de volta algumas peças das equipes vencedoras de 2000, 2001 e 2003, como Hugo Ibarra, Sebastián Battaglia (os únicos que jogaram nas três), Martín Palermo e, principalmente, Juan Román Riquelme. Em comum entre eles, a saída do clube em algum momento entre as conquistas. O técnico não era mais Carlos Bianchi, e sim Miguel Russo.

Na primeira fase, o Boca jogou no grupo 7, contra Toluca, Cienciano e Bolívar. De campanha trepidante, o time só avançou em segundo, com três vitórias e dez pontos. Foram dois a menos que os mexicanos e só um a mais que os peruanos. A vaga, porém, veio com históricos 7 a 0 sobre os bolivianos, em La Bombonera, na última rodada.

Nas oitavas de final, os argentinos bateram o Vélez Sarsfield, depois de vencerem a ida por 3 a 0, em casa, e perderem a volta por 3 a 1, fora. As quartas foram contra o Libertad. O Boca empatou a ida por 1 a 1, na Bombonera, e venceu a volta por 2 a 0, no Paraguai. Na semifinal, sufoco contra o Cúcuta, da Colômbia: derrota fora por 3 a 1 e vitória em casa por 3 a 0.

Na final, o Boca Juniors enfrentou o Grêmio, que igualmente suou para eliminar São Paulo, Defensor e Santos. Foi então que o talento fez a diferença. Riquelme brilhou marcando um gol na vitória por 3 a 0 na ida, na Bombonera, e os dois do triunfo por 2 a 0 na volta, no Olímpico, em Porto Alegre. Com a conquista do hexa, o Boca isolou-se na vice-liderança do ranking de campeões da Libertadores.

A campanha do Boca Juniors:
14 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 27 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Internacional Campeão da Libertadores 2006

Em 2006, o Brasil bateu o recorde no número de participantes na Libertadores. Foram seis equipes, graças ao título do São Paulo um ano antes. E entre elas, um time que ensaiou o título por duas vezes mas que ficou no quase e amargou 13 anos longe da competição. Pois o Internacional montou um elenco competitivo e jogou a competição sul-americana sem medo para conseguir sua primeira taça.

O Colorado ficou no grupo 6 da primeira fase, com Nacional do Uruguai, Maracaibo, da Venezuela, e Pumas UNAM, do México. O clube não teve problemas nos seis primeiros jogos, vencendo quatro e empatando dois. A partida mais emblemática foi com o Pumas, em Porto Alegre, onde o Inter virou de 2 a 0 para 3 a 2. Os gaúchos se classificaram na liderança da chave, com 14 pontos, conseguindo o segundo lugar geral.

Nas oitavas de final, o Colorado teve de enfrentar mais duas vezes o Nacional, vencendo por 2 a 1, de virada, no Parque Central e empatando por 0 a 0 no Beira-Rio. As quartas ocorreram contra a LDU, e foi nesta fase que o Inter teve sua única derrota em todo o campeonato, por 2 a 1, na ida em Quito. Na volta, o time de Fernandão, Iarley, Clemer e Rafael Sobis venceu por 2 a 0.

Na semifinal o adversário foi o Libertad, do Paraguai. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, e o Internacional segurou o 0 a 0. No segundo jogo, o time foi empurrado pelo torcedor em Porto Alegre e venceu por 2 a 0, conseguindo assim uma vaga na final da Libertadores depois de 26 anos.

O adversário na decisão foi o então campeão São Paulo, que passou por Palmeiras, Estudiantes e Chivas Guadalajara. A ida foi no Morumbi e, apesar da pressão paulista, Rafael Sobis marcou duas vezes para o Inter vencer por 2 a 1.

A volta aconteceu no Beira-Rio, e Fernandão e Tinga marcaram mais dois gols no confronto. Do outro lado, os paulistas ainda tentaram uma reação ao empatarem por 2 a 2. Só que era a vez de o Internacional comemorar seu primeiro título de Libertadores.

A campanha do Internacional:
14 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/Agência Preview

Atlético-MG Campeão Brasileiro 2021

Não importa o quanto que o tempo passe, a emoção se de ganhar um título sempre será a mesma. Que o digam os torcedores do Atlético-MG, que precisou esperar 50 anos e amargar cinco vices até chegar do bicampeonato, em 2021.

A meta traçada pela diretoria do Galo era clara desde o começo: vencer e convencer. Para isso o clube trouxe Cuca para técnico, o mesmo comandante de seu principal título na história, a Libertadores de 2013. Mais, trouxe também jogadores de nível europeu, como Hulk e Diego Costa, além de manter outras peças importantes na equipe, como Nacho, Zaracho, Vargas, Alonso, Everson, Rever e outros. 

Mas o começo da campanha foi com derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, no Mineirão. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Sport, em Recife. Em casa, os primeiros três pontos vieram no 1 a 0 sobre o São Paulo. Após algumas oscilações neste início, o Atlético emendou nove vitórias seguidas a partir da oitava rodada, quando goleou por 4 a 1 o Atlético-GO, em Belo Horizonte. 

O time assumiu a liderança - para não largar mais - no oitavo triunfo desta sequência, quando, de virada, bateu por 2 a 1 o Juventude, em Caxias do Sul. Nessa esteira, o clube mineiro ficou outros nove jogos sem perder e acumulou 18 partidas de invencibilidade. Na perseguição, o Flamengo tornou-se seu principal adversário, no que fez subir em muito a pontuação necessária para ser campeão. Se em 2020 os próprios cariocas precisaram de só 71 pontos, desta vez o Galo teve que ir até 81 para comemorar.

Na 36ª rodada, o Atlético-MG venceu o Fluminense por 2 a 1, no Mineirão, e chegou a 78 contra 67 do Flamengo. O título poderia ter sido comemorado sem pisar em campo se os cariocas não derrotassem o Ceará dois dias depois. Mas eles também venceram.

Dois dias depois, o Galo enfrentou o Bahia, na Fonte Nova, em partida atrasada da 32ª rodada e só precisava vencer para levar o título. Mas os baianos abriram 2 a 0 no segundo tempo. Foi aí que o time mineiro juntou forças para acabar com a longa fila no Brasileirão. Entre os 27 e 32 minutos, Hulk e Keno (duas vezes) viraram para 3 a 2 e findaram os 50 anos de quase, coroando uma campanha histórica do Galo - 84 pontos.

A campanha do Atlético-MG:
38 jogos | 26 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 67 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Pedro Vilela/Getty Images

União Frederiquense Campeão Gaúcho Série A2 2021

Depois de uma temporada perdida, voltou a ter disputa no segundo escalão do futebol gaúcho. O competição, nomeada Divisão de Acesso até 2019, passou a ser chamada de Série A2 em 2021. E o título ficou nas mãos do jovem União Frederiquense, clube fundado há 11 anos que chegou à primeira conquista de sua história e ao seu segundo acesso.

Antes, o time da cidade de Frederico Westphalen precisou enfrentar outros 15 adversários. Esses 16 times ficaram divididos em dois grupos de oito, que se enfrentaram em turno e returno. Em 14 jogos, o Leão da Colina conseguiu oito vitórias e cinco empates, liderando o grupo A com 29 pontos. Quatro equipes de cada chave passaram ao mata-mata.

Nas quartas de final, o União passou pelo São Paulo-RS ao vencer por 2 a 0 em Rio Grande e por 4 a 1 em casa. Na semifinal, subiu ao eliminar o Lajeadense com empate por 1 a 1 fora e vitória por 3 a 1 em Frederico.

A final foi contra o Guarany de Bagé, que bateu Brasil de Farroupilha e Avenida. A ida foi no Estádio Estrela D'Alva, e ficou empatada por 0 a 0. A volta foi na Arena União, em Frederico, e o União Frederiquense levou o título ao golear por 5 a 0.

A campanha do União Frederiquense:
20 jogos | 12 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 36 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Matheus Pé/FGF

Todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-17

Chegou a vez de trazermos todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-17. A competição foi criada junto com o Brasileirão da categoria, para colocar frente a frente seu campeão com o vencedor da Copa do Brasil, que já existe desde 2013.

Foto Marco Galvão/CBF

Foto Divulgação/FMF

Foto Fábio Menotti/Palmeiras

Corinthians Campeão da Libertadores Feminina 2021

Voltando a acontecer no período correto, a Libertadores Feminina de 2021 manteve a estrutura com 16 participantes, país-sede e turno único. No caso, foram dois países anfitriões: o Paraguai, do início até a semifinal e o Uruguai, na decisão.

O Brasil entrou na competição com três representantes, sendo eles a Ferroviária, que defendeu o título, o Avaí/Kindermann e o Corinthians, que desta vez não deixou a peteca cair e partiu rumo à terceira conquista, segunda em trajetória solo (em 2017, a conquista veio sob o CNPJ do Audax Osasco). 

No grupo D da primeira fase, o Timão enfrentou Nacional do Uruguai, San Lorenzo e Deportivo Capiatá. Como era de se esperar, a equipe venceu os três jogos com tranquilidade. Primeiro, 2 a 0 nas argentinas. Depois, 5 a 1 nas uruguaias. Por fim, 4 a 0 nas paraguaias. As Minas se classificaram na liderança da chave, com nove pontos.

Nas quartas de final, o adversário foi o Alianza Lima, e o Corinthians avançou com 3 a 1 no placar. A semifinal foi contra o Nacional e, no reencontro, as brasileiras aumentaram ainda mais a goleada já vista na primeira fase, desta vez aplicando 8 a 0.

A final foi contra o Independiente Santa Fe, que levou a Colômbia a mais uma decisão ao eliminar Deportivo Cuenca e Sol de América no grupo A, Avaí/Kindermann nas quartas e Ferroviária na semi. A partida aconteceu em Montevidéu, no Parque Central. Sem precisar de muito, o Corinthians chegou ao título com vitória por 2 a 0.

Os gols foram marcados por Adriana, aos dez minutos, e por Gabi Portilho, aos 42 do primeiro tempo. A conquista da Libertadores premia uma das temporadas mais vitoriosas do Timão no futebol feminino. Antes, a equipe já havia comemorado o Brasileirão.

A campanha do Corinthians:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 24 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Staff Images Woman/Conmebol

Ituano Campeão Brasileiro Série C 2021

Um feito que até então apenas dois clubes goianos tinham conseguido: ser mais de uma vez campeão da Série C do Brasileiro. Pois o Ituano juntou-se a Atlético-GO e Vila Nova, garantindo o bicampeonato na edição de 2021 do campeonato. É um título que mostra mais uma vez a força do interior de São Paulo, e mais ainda a do Galo de Itu, que é o único múltiplo campeão paulista de fora da capital (e Santos).

A campanha rubro-negra começou no grupo B da primeira fase, contra outros times de São Paulo, além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 18 partidas, foram nove vitórias e seis empates, que somaram 32 pontos na classificação. O Ituano ficou na segunda posição da chave, seis pontos distantes do líder Novorizontino, um a mais que o Ypiranga e três a mais que o Criciúma, os outros que também passaram de fase.

Mas o início do Ituano foi ruim. O clube perdeu as duas primeiras, por 1 a 0 para os criciumenses, fora, e por 4 a 1 para o rival paulista, em casa. Ainda houve um empate sem gols com o São José, em Porto Alegre, antes da primeira vitória, por 2 a 1 sobre o Paraná, em Itu. A partir de então o Galo engrenou, fez sua maior vitória na décima rodada, por 3 a 0 sobre o Criciúma, no Novelli Júnior, e garantiu seu lugar no quadrangular semifinal na 15ª rodada, ao bater por 2 a 1 o Figueirense, em Florianópolis.

Na segunda fase, o Ituano competiu pelo acesso e pela vaga na final contra Criciúma, Paysandu e Botafogo-PB. A estreia foi com vitória por 1 a 0 sobre os paraibanos, em João Pessoa. Em Itu, o time levou 2 a 0 dos catarinenses e acendeu o alerta. Porém, as vitórias sobre os paraenses por 3 a 1, em casa, e por 4 a 1, fora, encaminharam a classificação à Série B de 2022. Isso se confirmou no empate por 0 a 0 contra o Criciúma no Heriberto Hülse. E o lugar na decisão veio nos 3 a 0 sobre o Botafogo paraibano, no Novelli Júnior.

O adversário do Ituano na final foi o Tombense, que subiu ao lado do Novorizontino e eliminou ainda Manaus e Ypiranga no outro quadrangular. A ida foi jogada em Tombos, Minas Gerais, e o Galo rubro-negro conseguiu empatar por 1 a 1. A volta aconteceu em Itu, e com gols de João Victor, Igor Henrique e Iago Teles, o Ituano venceu por 3 a 0 e levou sua segunda Série C depois de 18 anos. Em 2003, o título foi fora de casa. Agora, a festa foi junto a sua torcida.

A campanha do Ituano:
26 jogos | 14 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 37 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Fernando Roberto/Ituano