Flamengo Campeão da Libertadores 2019

O Brasil voltou a assumir o comando da Libertadores. Em 2019, o Flamengo desbancou a todos e chegou ao bicampeonato depois de 38 anos. Na competição em si, houve uma mudança relevante: a final passou a ser em jogo único, em sede neutra previamente escolhida. Partidas de ida e volta, só até a semifinal.

Para chegar ao título, o rubro-negro começou no grupo D da primeira fase, contra LDU Quito, Peñarol e San José. Sob o comando de Abel Braga, a equipe não apresentava um futebol vistoso. Embora tenha vencido duas vezes o clube da Bolívia - em casa por 6 a 1 -, alguns pontos foram deixados para trás contra equatorianos e uruguaios.

Ao todo, o Fla venceu três jogos, empatou um e somou dez pontos, bem como LDU e Peñarol. O empate tríplice foi desfeito no saldo de gols, e a liderança ficou a favor dos cariocas: 6 gols, contra 4 do time do Equador e 2 do clube do Uruguai. Porém, a sorte do clube mudou quando Jorge Jesus assumiu como técnico. Não antes de a equipe levar um susto.

Nas oitavas de final, contra o Emelec, o rubro-negro perdeu a primeira, fora, por 2 a 0. O resultado foi devolvido no Maracanã, e nos pênaltis o Flamengo venceu por 4 a 3. Embalado, os cariocas eliminaram o Internacional nas quartas, com vitória por 2 a 0, no Rio de Janeiro, e empate por 1 a 1, em Porto Alegre. A semifinal foi contra o Grêmio. Na ida, empate por 1 a 1, na Arena. Na volta, uma inesquecível goleada por 5 a 0, no Maracanã colocou o Fla na decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o River Plate, que passou por Cruzeiro, Cerro Porteño e Boca Juniors. A partida única era para ter sido em Santiago, no Chile, mas os distúrbios sociais na capital do Chile fizeram a Conmebol viajar para Lima, no Peru. No Estádio Monumental e com ares dramáticos, o rubro-negro venceu por 2 a 1. O título veio de virada, com gols de Gabriel aos 44 e aos 47 minutos do segundo tempo.

A campanha do Flamengo:
13 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 24 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alexandre Vidal/Flamengo

River Plate Campeão da Libertadores 2018

Uma decisão histórica em muitos sentidos resumiu a Libertadores de 2018. O maior clássico sul-americano fez a final naquele ano: River Plate e Boca Juniors. Porém, a final sofreu um baque diante da hostilidade de alguns torcedores e acabou transferida para a Europa. Mais exatamente a Espanha, o país colonizador da Argentina.

O título ficou nas mãos do River Plate, que chegou ao tetracampeonato fazendo uma trajetória segura na maioria do tempo, eliminado outros rivais no mata-mata e conseguindo uma enorme virada na semifinal.

Na primeira fase, os millonarios ficaram no grupo D, contra Flamengo, Emelec e Santa Fe. Não perdeu nenhum dos seis jogos, mas deixou de vencer duas no Monumental, nos empates por 0 a 0 contra brasileiros e colombianos. Ao todo, foram 12 pontos, três vitórias e a liderança da chave.

Nas oitavas de final, o River passou pelo Racing ao empatar sem gols, fora, e vencer por 3 a 0, em casa. Nas quartas, foi a vez de enfrentar o outro clube de Avellaneda, o Independiente, e seguir adiante com empate por 0 a 0, de novo fora, e vencer por 3 a 1, em Buenos Aires.

A semifinal foi contra o Grêmio, sofrida. Na ida, derrota por 1 a 0, no Monumental. Na volta, em Porto Alegre, o River perdia até os 36 minutos do segundo tempo. Mas Rafael Borré empatou e Pity Martínez virou para 2 a 1, de pênalti, aos 49 minutos.

Na final, "El Superclasico" contra o Boca Juniors, que despachou Libertad, Cruzeiro e Palmeiras. A primeira partida foi em La Bombonera, adiada em um dia por causa de uma tempestade, e terminou empatada por 2 a 2. O segundo jogo era para ter sido no Monumental, mas torcedores do River apedrejaram o ônibus do Boca no caminho para o estádio.

O adiamento foi de suas semanas, e a sede foi para Madrid, no Santiago Bernabéu. O time millonario saiu atrás no placar, porém empatou no segundo tempo com Lucas Pratto, e virou para 3 a 1 na prorrogação com Juan Quintero e Martínez.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Sergio Perez/Reuters

Grêmio Campeão da Libertadores 2017

Para 2017, a Conmebol promoveu muitas mudanças na Libertadores. A começar, o período de disputa foi esticado, entre janeiro e novembro. Depois, o aumento de 38 para 47 participantes, com a adição de mais duas fases preliminares. Por fim, a saída dos times do México, por conflitos de calendário, no que rendeu em vagas a mais para os países sul-americanos.

O Brasil ficou com sete, que nesta temporada em si tornaram-se oito, já que a Chapecoense entrou pelo título da Copa Sul-Americana de 2016. Entre os outros brasileiros, o Grêmio conseguiu sua classificação por conta do título da Copa do Brasil.

Com um futebol que viria a ser chamado de o melhor da América no decorrer do torneio, ficou no grupo H, com Zamora, da Venezuela, Deportes Iquique, do Chile, e Guaraní, do Paraguai. A trajetória gremista foi tranquila, com quatro vitórias e um empate nas seis partidas que fez. Na Arena, venceu todas: 3 a 2 no Iquique, 4 a 1 no Guaraní e 4 a 0 no Zamora. O Tricolor terminou em primeiro lugar da chave, com 13 pontos.

O sorteio das oitavas de final colocou o Grêmio para enfrentar o Godoy Cruz, da Argentina. Com vitórias de 1 a 0, em Mendoza, e 2 a 1 em Porto Alegre, se classificou. Nas quartas, passou pelo Botafogo com empate sem gols, no Rio de Janeiro, e vitória por 1 a 0, na Arena. Na semifinal, enfrentou o Barcelona de Guayaquil, obtendo vitória por 3 a 0, no Equador, e uma derrota possível por 1 a 0, em Porto Alegre.

Em sua quinta final na história, o Grêmio enfrentou o argentino Lanús, que eliminou The Strongest, San Lorenzo e River Plate. A partida de ida foi em Porto Alegre, e o Tricolor venceu por 1 a 0, com o gol salvador de Cícero.

A volta aconteceu em La Fortaleza, na Grande Buenos Aires. E com gols de Fernandinho e Luan, o Grêmio venceu novamente, por 2 a 1. O tricampeonato estava na mão, consagrando nomes como Luan, Arthur, Pedro Geromel e Marcelo Grohe, e marcando de ainda mais o nome do técnico Renato Gaúcho na história do clube.

A campanha do Grêmio:
14 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Juan Mabromata/AFP

Atlético Nacional Campeão da Libertadores 2016

No ano do centenário da Conmebol (fundada em 1916), a Libertadores passou por alguns marcos de fechamento de ciclo. Primeiramente, a edição de 2016 foi a última a ser disputada durante apenas um semestre. Depois, tornaria a ser a derradeira com clubes do México. Por fim, foi a última - pelo menos até 2021 - a não contar com brasileiros ou argentinos na final.

O título voltou à Colômbia, pela segunda vez, por meio do Atlético Nacional, clube de Medellín que desde os tempos de Escobar, em 1989, não chegava ao ponto mais alto do torneio. No grupo 4 da primeira fase, os verdolagas enfrentaram Huracán, Peñarol e Sporting Cristal. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias, um empate e nenhum gol sofrido em seis jogos. Com 16 pontos e incluindo o inesquecível 4 a 0 sobre os uruguaios, em Montevidéu, o time foi líder com sobras. 

Melhor equipe no geral, o Nacional enfrentou nas oitavas de final o pior vice, o próprio Huracán, que marcou metade dos pontos colombianos. Com empate por 0 a 0 em Buenos Aires e vitória por 4 a 2 em Medellín, o verdolaga foi às quartas.

O próximo adversário foi o duro Rosario Central, que venceu a ida por 1 a 0 na Argentina. Na volta, no Atanasio Girardot, o Nacional fez 3 a 1 e reverteu o confronto. A semifinal foi contra o São Paulo, e com vitórias por 2 a 0, no Brasil, e por 2 a 1, na Colômbia, o time classificou-se à final.

Uma surpresa veio do Equador para o outro lado da decisão: o Independiente Del Valle, campeão de apenas uma segunda divisão equatoriana, eliminou River Plate, Pumas UNAM e Boca Juniors. A partida de ida foi realizada em Quito, no Olímpico Atahualpa. Orlando Berrío fez o gol colombiano, mas o Del Valle empatou por 1 a 1 e indefiniu tudo para o jogo de volta.

No Atanasio Girardot, o Atlético Nacional era o favorito e confirmou marcando o gol do título logo aos oito minutos, com Miguel Borja. Para coroar o bicampeonato, um simples 1 a 0.

A campanha do Atlético Nacional:
14 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mauricio Castañeda/EFE

Todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-20

Para abrir 2022, o último compilado das competições de base masculinas da CBF, a Supercopa do Brasil Sub-20. Disputada entre 2017 e 2019 em ida e volta, e desde 2020 em partida única, a competição que reúne o campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil sub-20 foi a que encerrou definitivamente a temporada de 2021.

Foto Cleiton Ramos/CBF

Foto Bruno Lopes/Vasco

Foto Thais Magalhães/CBF

Foto Ricardo Matsukawa/Staff Images/CBF

Foto Lucas Figueiredo/CBF

Tocantinópolis Campeão Tocantinense 2021

Findou 2021, e o último campeão estadual do ano foi definido quase às portas de 2022. Foi no Tocantins, que pela segunda temporada consecutiva optou por paralisar a competição no primeiro semestre, por causa da pandemia de covid-19, e retomar somente no segundo.

Dessa vez, a retomada foi em dezembro, na metade da sexta rodada. O torneio teve oito participantes, que atuaram todos contra todos e turno único, com os quatro melhores indo para o mata-mata. Sem vencer desde 2015, o Tocantinópolis saiu da fila.

Na primeira fase, o Verdão do Norte ficou na segunda posição, com quatro vitórias e um empate em sete partidas, somando 13 pontos. O clube superou no saldo de gols o Palmas e o Araguacema, mas ficou distante cinco pontos do líder Interporto Na semifinal, passou pelo Palmas, que defendia o tricampeonato. Na ida, venceu por 2 a 1 fora. Na volta, fez 3 a 1 em casa.

A final foi contra o Araguacema, que eliminou o Interporto nos pênaltis. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Nilton Santos, em Palmas, e o Verdão venceu por 1 a 0. O título foi garantido no Estádio Ribeirão, com outra vitória por 1 a 0. Assim, o Tocantinópolis chegou ao seu quinto estadual, sendo um no amador e quatro no profissional.

A campanha do Tocantinópolis:
11 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Toc em Foco

River Plate Campeão da Libertadores 2015

Do topo ao poço, e do poço ao topo. O River Plate conheceu os dois lados da história. Longe do título da Libertadores desde 1996, o clube argentino colecionou decepções no início dos anos 2000 e acabou rebaixado para a segunda divisão nacional em 2011.

O time voltou à elite em 2013, e logo tornou a escalar a montanha da América do Sul. Em 2014, foi campeão argentino e da Copa Sul-Americana. E em 2015, chegou ao tricampeonato da Libertadores.

Porém, a primeira fase do Millonario foi sofrida. No grupo 7, enfrentou Tigres UANL, Juan Aurich e San José. Nas cinco primeiras partidas, a equipe não venceu. Com quatro empates, precisava vencer o San José, em casa, e secar o Juan Aurich, que recebeu o Tigres. Pois, o River fez 3 a 0 nos bolivianos, e os peruanos levaram 5 a 4 dos mexicanos. Com sete pontos, os argentinos beliscaram a vice-liderança com um ponto a mais que o Aurich.

De longe o pior dos 16 classificados, o River enfrentou seu maior rival nas oitavas de final, o Boca Juniors. No Monumental de Nuñez, vitória por 1 a 0. Na Bombonera, o jogo de volta durou só 45 minutos. Tudo porque, na volta do intervalo, um torcedor millonario jogou spray de pimenta no túnel do vestiário do Boca, e os jogadores recusaram-se a fazer o segundo tempo. A partida estava 0 a 0, e o W.O. a favor do River foi confirmado.

Nas quartas, os argentinos passaram pelo Cruzeiro, depois de perder em casa por 1 a 0 e reverter no Mineirão ao vencer por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o Guaraní do Paraguai ao ganhar por 2 a 0 no Monumental e empatar por 1 a 1 em Assunção.

Na final, o River reencontrou o Tigres, que na outra chave bateu Universitario de Sucre, Emelec e Internacional. A ida foi no México, no Estádio Universitario, em Monterrey. A partida foi complicada, mas os argentinos conseguiram segurar o 0 a 0. A volta aconteceu no Monumental de Nuñez, e o River Plate garantiu o título ao vencer por 3 a 0, gols de Lucas Alario, Carlos Sánchez e Ramiro Funes Mori.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 5 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP