México Campeão da Copa das Confederações 1999

Agora 100% sob organização da FIFA, a Copa das Confederações deixou a Arábia Saudita e percorreu o mundo. Fixada a cada dois anos, a quarta edição foi marcada para 1999, no México. Inicialmente os jogos seriam em janeiro, mas a entidade máxima do futebol postergou para julho, para não interferir no andamento da temporada europeia.

Do Velho Continente, a Alemanha enfim ocupou sua vaga de direito. Já a campeã do mundo de 1998, a França, abriu mão, deixando seu lugar para o vice Brasil. E como os brasileiros já estavam classificados pelo título da Copa América de 1997, a vice Bolívia entrou na esteira. O bonde ficou completo com Estados Unidos, Nova Zelândia, Egito e Arábia Saudita. Dois estádios sediaram as partidas: o Jalisco, em Guadalajara, e o Azteca, na Cidade do México. 

Atuando em casa, o time mexicano caminhou rumo ao seu título mais importante na história. No grupo A, El Tri começou a campanha goleando a equipe saudita por 5 a 1. Na sequência, garantiu a classificação ao empatar com os egípcios por 2 a 2 e vencer os bolivianos por 1 a 0. Com sete pontos, o México acabou líder, seguido pela Arábia Saudita, com quatro.

No grupo B, o Brasil comandou. Líder com nove pontos, o time começou colocando 4 a 0 na Alemanha, que ficou em terceiro lugar e não passou de fase. A outra vaga foi dos Estados Unidos, com seis pontos.

Dessa forma, o cruzamento da semifinal proporcionou o clássico da América do Norte. E os mexicanos venceram os estadunidenses por 1 a 0, gol de ouro de Cuauhtémoc Blanco. Na outra semi, os brasileiros aplicaram 8 a 2 nos sauditas. Na disputa do terceiro lugar, os Estados Unidos fizeram 2 a 0 na Arábia Saudita.

A decisão entre México e Brasil foi jogada no Estádio Azteca e registrou o maior número de gols entre todas as edições da história. Mesmo sem estar com a seleção principal, a Canarinho tentou engrossar. Mas a força mexicana em casa foi maior. Miguel Zepeda abriu o placar aos 13 minutos do primeiro tempo, José Abundis ampliou aos 28, Serginho e Roni empataram aos 43 e aos dois do segundo tempo, Zepeda e Blanco colocaram o México de novo na frente aos seis e aos 17, e Zé Roberto descontou para 4 a 3 aos 18. Uma vitória movimentada para um título histórico do México.

A campanha do México:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 13 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Martin Venegas/Mexsport

Brasil Campeão da Copa das Confederações 1997

Depois de duas edições exitosas, a Copa do Rei Fahd partiu para sua terceira competição em 1997. Mais do que isso, o sucesso chamou a atenção da FIFA, que organizou o torneio em conjunto com os sauditas. Foi o primeiro passo para a entidade criar uma alternativa um ano antes e um depois da sua Copa do Mundo.

O campeonato foi rebatizado: Copa das Confederações. E foi feita mais uma expansão no número de participantes, de seis para oito, com a adição dos campeões da Oceania e da próprio Mundial de seleções. Austrália e Brasil ocuparam estas vagas, juntando-se à Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul, México, Uruguai e República Tcheca (que substituiu a Alemanha).

Com a dupla Ronaldo e Romário no auge, a Seleção Brasileira era a maior favorita ao título. No grupo A, estreou com vitória por 3 a 0 sobre a anfitriã Arábia Saudita. Na segunda rodada, porém, o time não saiu do 0 a 0 com a Austrália e adiou a classificação. No confronto direto com o México, no terceiro jogo, os jogadores passaram aperto, mas venceram por 3 a 2 e garantiram a liderança da chave, com sete pontos. Os australianos, que arrancaram uma vitória por 3 a 1 dos mexicanos na estreia ficaram com a outra vaga, com quatro pontos. O México morreu com três pontos, assim como os sauditas.

No grupo B, o Uruguai dominou com três vitórias e nove pontos. A República Tcheca se complicou no empate com a África do Sul na estreia, mas passou em segundo com quatro pontos. Os Emirados Árabes somaram três e os sul-africanos, apenas um.

Na semifinal, o Brasil encarou os tchecos e venceu por 2 a 0, gols de Romário e Ronaldo. No outro lado, a Austrália surpreendeu o time uruguaio e fez 1 a 0 no gol de ouro da prorrogação. Na disputa do terceiro lugar, a República Tcheca venceu o Uruguai por 1 a 0.

Em mais um campeonato com todas as partidas no Estádio King Fhad, em Riad, brasileiros e australianos fizeram a final. E se na primeira fase faltaram gols no confronto, na decisão eles sobraram para o time canarinho. Com três tentos de Ronaldo e outros três de Romário, o Brasil goleou por 6 a 0 e levou seu primeiro de quatro títulos na Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Karel Novák/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Supercopa do Brasil 2022

A vez dos homens abrirem a temporada 2022. A Supercopa do Brasil reuniu duas das melhores equipes do país em mais uma partida emocionante. O Atlético-MG unificou os três títulos nacionais mais importantes: o Brasileirão de 2021, a Copa do Brasil também de 2021 e esta Supercopa. Mas foi  preciso entrar em campo contra o Flamengo, que recebeu a condição de estar na partida por ter sido vice nacional.

Inicialmente marcada para Brasília, a Supercopa acabou indo para Cuiabá, pois o Distrito Federal voltou a proibir público nos jogos, enquanto o Mato Grosso permitiu 70% de ocupação na Arena Pantanal. O Galo abriu o placar aos 42 minutos do primeiro tempo, quando Nacho Fernández aproveitou o rebote do goleiro Hugo Souza no chute de Guilherme Arana.

O Flamengo conseguiu virar no segundo tempo. Aos dez minutos, Bruno Henrique finalizou de cabeça e obrigou Everson a fazer grande defesa milagrosa. Em outro rebote, Gabriel Barbosa tocou para o gol vazio. Aos 18, Lázaro lançou em profundidade para Bruno Henrique. Ele chegou inteiro na bola e encobriu o goleiro atleticano. O Atlético fez 2 a 2 aos 29, quando Ademir cruzamento para Eduardo Vargas, que escorou para Hulk de cabeça, que chutou no ângulo de Hugo Souza.

Partida encerrada, a decisão foi aos pênaltis. Interminável, todos os 22 jogadores precisaram cobrar. O Flamengo teve quatro chances de liquidar o título na segunda série alternada, mas o Galo ora foi salvo por Everson, ora contou com a bola indo para fora. Na 12ª batida, Hulk marcou seu segundo pênalti e fez 8 a 7, enquanto Vitinho atirou a bola nas mãos do goleiro alvinegro. Depois de 24 cobranças, o Atlético-MG conquistou de maneira justa a sua primeira Supercopa do Brasil.


Foto Staff Images

Dinamarca Campeã da Copa das Confederações 1995

A primeira Copa do Rei Fahd foi bem-sucedida. A Arábia Saudita ficou empolgada com o vice em 1992 e, isso somado à grande campanha na Copa de 1994 (quando foi até às oitavas de final), criou motivação ao país fazer mais uma vez a competição, em janeiro de 1995. Desta vez foram seis participantes.

Como o detentor do título na Ásia passou a ser o Japão, também em 1992, o continente teve dois representantes. A Europa fez sua estreia por meio da Dinamarca, campeã vigente da Eurocopa. Completaram o circo Argentina, Nigéria e México. O regulamento foi simples: dois grupos, com os líderes indo à final e os vices fazendo a disputa do terceiro lugar. 

E felizes foram os estreantes. No grupo A, a Dinamarca estava disposta a mostrar serviço, já que a seleção havia ficado fora do Mundial em 1994. Sua estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre a Arábia Saudita, que já tinha levado o mesmo placar do México e terminou eliminada. Na última rodada, a disputa de vaga entre dinamarqueses e mexicanos ficou empatada por 1 a 1. Como os times ficaram com quatro pontos e iguais no saldo e nos gols marcados, foi necessário ativar o último recurso previsto, a disputa de pênaltis. A Dinamarca venceu por 4 a 2 e foi à decisão.

No grupo B, a Argentina quase passou pela mesma situação. Ela empatou sem gols com a Nigéria na terceira partida e ambas ficaram com quatro pontos. A diferença é que os hermanos golearam o Japão por 5 a 1, enquanto os nigerianos fizeram 3 a 0. Assim, não foi necessário bater penalidades. Na disputa do terceiro lugar, o México e Nigéria empataram por 1 a 1. Nos pênaltis, deu o time mexicano por 5 a 4.

Chegada a hora da final, Dinamarca e Argentina jogaram no Estádio King Fahd, em Riad, que mais uma vez recebeu todas as partidas do torneio. A equipe albiceleste ainda tentava se achar na renovação após o fracasso da queda na oitavas da Copa do Mundo, enquanto o "Danish Dynamite" atuava junto há mais tempo.

Os europeus dominaram o jogo. Michael Laudrup abriu o placar de pênalti, aos oito minutos do primeiro tempo. Peter Rasmussen completou o 2 a 0 aos 30 do segundo tempo, e a Dinamarca levou outro título para casa, em mais uma copa bem-sucedida dos sauditas. Tanto que a FIFA cresceu os olhos para cima dela nos anos seguintes.

A campanha da Dinamarca:
3 jogos | 2 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 5 gols marcados | 1 gol sofrido
 

Foto Arquivo/DBU

Argentina Campeã da Copa das Confederações 1992

Diante do crescimento do futebol em escala mundial entre os anos 1970 e 1980, alguns torneios entre seleções surgiram, como a Taça Independência do Brasil (1972), os Bicentenários dos Estados Unidos (1976) e da Austrália (1988), as Copas Stanley Rous e Artemio Franchi (ambas em 1985), e a Copa Kirin (1978), que até recebeu clubes nas primeiras edições. Nada disso era muito relevante até que, em 1992, o Rei da Arábia Saudita bancou uma competição em seu quintal, ainda sem o aporte da FIFA.

Os sauditas aproveitaram-se do fato de a sua seleção ter sido campeã asiática em 1988 e convidaram para um mata-mata outros três países vencedores em seus continentes: Costa do Marfim (Copa Africana de 1992), Estados Unidos (Copa Ouro da Concacaf de 1991) e Argentina (Copa América de 1991). De 15 a 20 de outubro, semifinal e final definiram o ganhador. Todos os jogos aconteceram no Estádio King Fahd, na capital Riad.

O torneio foi chamado oficialmente de Copa do Rei Fahd, em honra [sic] ao seu fiador. À boca pequena, porém, o encontro foi conhecido como Campeonato Intercontinental ou - preste atenção - Copa dos Campeões de Confederações. Isso mesmo.

Ampla favorita ao título, a Argentina experimentava uma nova fase após o vice na Copa do Mundo de 1990. Com Diego Maradona suspenso por doping, a seleção albiceleste seguia um processo de renovação que rendeu frutos já na conquista da Copa América de 1991. Na semifinal, ela goleou a Costa do Marfim por 4 a 0, com dois gols de Gabriel Batistuta, um de Ricardo Altamirano e outro de Alberto Acosta.

Um dia antes, a Arábia Saudita despachou os Estados Unidos por 3 a 0. Na disputa do terceiro lugar, os norte-americanos bateram os marfinenses por 5 a 2. 

Argentinos e sauditas disputaram a decisão. Os donos da casa bem que tiveram esperança em uma possível zebra, tanto que cerca de 75 mil torcedores compareceram ao estádio. Mas não deu. Leonardo  Rodríguez, Claudio Caniggia e Diego Simeone anotaram um gol cada, Saeed Al-Owairan descontou para 3 a 1, e a Argentina tornou-se a primeira campeã do que viria a ser a segunda competição de seleções mais importante da FIFA. Ora amada, ora desdenhada.

A campanha da Argentina:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 7 gols marcados | 1 gol sofrido

 

Foto Arquivo/AFA

Uruguai Campeão do Mundialito 1980

Para comemorar os 50 anos da Copa do Mundo, em 1980, a FIFA resolveu criar um torneio especial. Sua premissa era simples: reunir todos os ganhadores mundiais e definir o "campeão de ouro". Logo ficou decidido que a competição seria disputada no primeiro país sede da histórias das Copas, o Uruguai. E que Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra e Argentina seriam os demais participantes. Nasceu então a "Copa de Oro de Campeones Mundiales", no idioma anfitrião. Para os brasileiros, ela ficou apelidada de Mundialito.

Mas nem tudo foram flores de início. Primeiro, a desistência dos ingleses. Eles acabaram substituídos pela Holanda, vice dos últimos dois Mundiais. Depois, o calendário. A FIFA não conseguiu achar brecha para introduzir o Mundialito durante 1980. Somente no penúltimo dia, 30 de dezembro, que a bola rolou. As seis seleções ficaram em dois grupos. No A, Uruguai, Holanda e Itália. No B, Brasil, Argentina e Alemanha. Todos os jogos aconteceram no Estádio Centenario, em Montevidéu. Só o líder de cada chave avançava de fase.

Na abertura, os uruguaios bateram os holandeses por 2 a 0. Em 1º de janeiro de 1981, os argentinos estrearam com vitória por 2 a 1 - de virada - sobre os alemães. No dia 3, os Charrúas fizeram outro 2 a 0, agora nos italianos, e confirmaram a classificação antecipada à decisão. No dia 4, ocorreu a estreia brasileira, no empate por 1 a 1 com os Albicelestes. No dia 6, a Azzurra e a Laranja cumpriram tabela no empate por 1 a 1. E no dia 7, a Canarinho também garantiu seu lugar na final ao golear a Nationalelf por 4 a 1.

A classificação dos grupos ficou assim: no A, Uruguai líder com quatro pontos, Itália e Holanda fora com um cada. No B, Brasil e Argentina somaram três - com saldo de três gols para os brasileiros e um para os argentinos - e a Alemanha não marcou nada.

A decisão, em 10 de janeiro, reuniu Uruguai e Brasil no Centenario. De um lado, a chance de recuperar  parte do tempo perdido desde a última boa Copa, em 1970. Do outro, mais uma oportunidade de vingar o Marcanazzo de 30 anos antes. Em campo, os uruguaios compensaram a baixa na experiência internacional (o último Mundial jogado era o de 1974) com a força do torcedor na arquibancada. Já os brasileiros apresentavam o embrião do time de 1982 já sob o comando de Telê Santana. Jorge Barrios abriu o placar aos cinco minutos do segundo tempo. Sócrates empatou, de pênalti, aos 17 e Waldemar Victorino fechou em 2 a 1 aos 35. O Uruguai era o campeão de ouro.

A campanha do Uruguai:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 6 gols marcados | 1 gols sofrido


Foto Bob Thomas/Getty Images

Corinthians Campeão da Supercopa do Brasil Feminina 2022

As supercopas abrem a temporada nacional de 2022 no futebol brasileiro. Primeiro, a Supercopa Feminina, uma das criações da CBF neste para aumentar ainda mais o leque de competições para as mulheres. Mas ela funciona de uma forma diferente em relação ao que se vê no masculino, pois são oito clubes invés de dois, num formato que se assemelha mais a uma copa.

Mas não confunda com a finada Copa do Brasil, que existiu entre 2007 e 2016. Na Supercopa, o critério da classificação das equipes é o ranking de federações estaduais e, a partir dessa lista, o de clubes. São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram direito a duas vagas, enquanto Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Pará receberam um lugar cada.

O regulamento foi bem simples: quartas de final com confrontos definidos por sorteio, semifinal e final, tudo em partidas de mando único para quem estivesse melhor posicionado no ranking de clubes. Com essa vantagem, o Corinthians levou o título na edição de estreia. Nas quartas, as minas enfrentaram o Palmeiras na Neo Química Arena e venceram por 3 a 0. A semifinal foi contra o Real Brasília, que passou pelo Internacional. Atuando na Arena Barueri, as alvinegras fizeram 2 a 0 e se classificaram para a decisão.

A disputa derradeira foi contra o Grêmio, que havia eliminado o Cruzeiro e o Flamengo, que por sua vez foi até a semi ao bater o Esmac. Na casa corinthiana, as gremistas tentaram ao máximo segurar a pressão, mas as minas chegaram à vitória por 1 a 0 aos 48 minutos do segundo tempo, no gol de cabeça da Gabi Zanotti. Mais um título para a quase incontável galeria do Corinthians.

A campanha do Corinthians:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 6 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Thais Magalhães/CBF