Depois de dois títulos consecutivos dos clubes ingleses, foi a vez de a Escócia chegar lá na Recopa Europeia e dar prosseguimento ao domínio britânico no começo dos anos 1970. Na edição de 1972, na temporada em que completou 100 anos de existência, o Rangers conquistou o maior título de sua história.
Os "gers", ou "teddy bears" (ursos de pelúcia) foram vice-campeões da Copa da Escócia de 1971, mas herdaram a vaga do campeão Celtic (que foi para a Liga dos Campeões) e aproveitaram a chance. Na primeira fase, passaram pelo Rennes após empatarem por 1 a 1 na França e vencerem por 1 a 0 no Estádio Ibrox, em Glasgow.
Nas oitavas de final. a má interpretação do regulamento pela arbitragem salvou o Rangers contra o Sporting. Na ida, os escoceses venceram por 3 a 2 em Glasgow. Na volta, os portugueses devolveram o resultado nos 90 minutos em Lisboa. Na prorrogação, um gol para cada lado fez a partida acabar em 4 a 3 para o Sporting. Pela regra, a classificação era do Rangers pelos gols anotados fora de casa, mas o árbitro Laurens Van Ravens ordenou uma disputa de pênaltis, vencida pelos portugueses por 3 a 0. Posteriormente, a UEFA anulou as penalidades e classificou os gers às quartas.
A competição seguiu com o Rangers enfrentando o Torino nas quartas de final. No primeiro jogo, empate por 1 a 1 com os italianos em Turim. Na segunda partida, vitória por 1 a 0 no Ibrox. Na semifinal, a vítima foi o Bayern de Munique, com os escoceses empatando a ida por 1 a 1 na Alemanha e vencendo a volta por 2 a 0 em Glasgow.
A decisão foi contra o Dínamo Moscou, que passou por Olympiacos, Eskisehirspor, Estrela Vermelha e Dínamo Berlim. No Camp Nou, em Barcelona, o Rangers partiu rumo ao título de maneira contundente. Colin Stein abriu o placar e Willie Johnston marcou dois gols entre os 23 minutos do primeiro tempo e os 4 do segundo. Os soviéticos tentaram reagir no fim, mas o placar foi 3 a 2 para os escoceses campeões.