Santa Cruz Campeão Pernambucano 1971

Em 1971, o Santa Cruz chegou ao tricampeonato pernambucano, dentro de sua maior sequência de hegemonia. Foi o 12º título da história do clube tricolor, em um campeonato super enxuto, mas com muita rivalidade em campo.

Apenas seis times participaram do torneio estadual: Santa Cruz, Sport, Náutico, Central, América de Recife e Ferroviário de Recife. Por conta disto, a Federação Pernambucana de Futebol teve que se virar para fazer um calendário o mais longo possível. A disputa contou com três turnos independentes, com jogos só de ida. O campeão de cada fase garantiu vaga na decisão, que poderia ser um confronto direto ou um triangular final. Ou nem mesmo ter final, se o mesmo clube vencesse os três turnos.

Pois foi no quase que o Santinha não levou o título com os três turnos conquistados. No primeiro, venceu quatro jogos e perdeu um, levando a vaga na decisão com oito pontos, um a mais que Sport e Náutico e com vitória por 2 a 1 sobre o rival alvirrubro na última rodada, no Arruda.

No segundo turno, o Santa Cruz venceu as cinco partidas, conquistando mais uma vez a liderança com dez pontos. Desta vez, a confirmação veio na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o Sport na Ilha do Retiro. Foram três pontos de vantagem sobre o rival rubro-negro.

A conquista do terceiro turno traria o título antecipado ao Santa Cruz. Mas o clube foi irregular nesta fase, com duas vitórias, dois empates e uma derrota. Com seis pontos, o Santinha foi apenas o terceiro colocado, três pontos atrás do Sport, que venceu a fase e foi à decisão. Na última rodada, a derrota do Santa por 2 a 1 para o Náutico e a vitória do Sport sobre o América adiaram o fim do estadual.

A final do Pernambucano de 1971 foi em jogo único. O estádio escolhido foi a Ilha do Retiro, mas a sede era considerada neutra, sem atribuição de mando de campo ao Sport. Em caso de empate no tempo normal, haveria 30 minutos de prorrogação. Enfim, após 0 a 0 nos 90 minutos, o Santa Cruz chegou ao tricampeonato ao fazer 1 a 0 no tempo extra.

A campanha do Santa Cruz:
16 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Bahia Campeão Baiano 1971

A década de 1970 foi muito especial para o Bahia. O clube só perdeu um dos dez estaduais disputados no período, aumentando ainda mais o rol de títulos conquistados. Em 1971, o time conseguiu a 23ª taça e foi bicampeão.

Depois do fim confuso de 1970, a Federação Bahiana mudou levemente o regulamento para 1971. Com 13 participantes, o Baianão daquele ano continuou a ter dois turnos, não mais distintos e sim corridos. Ou seja, quem chegou com mais pontos ao final da última rodada ficou com o título estadual. Outra novidade para a edição foi a reabertura da Fonte Nova, após reforma.

A estreia do Tricolor de Aço no estadual foi com empate por 1 a 1 com o Ilhéus fora de casa. O primeiro triunfo aconteceu na primeira partida na Fonte Nova, na rodada seguinte, por 2 a 1 sobre o Ypiranga. Os demais resultados do time foram quase sempre de poucos gols, exceto pela goleada por 6 a 1 sobre o Jequié, no oitavo jogo.

A disputa do Bahia pelo título teve dois adversários diretos, o Vitória e o Fluminense de Feira. Os três clubes alternaram a liderança do torneio entre si em vários momentos. Na virada do primeiro para o segundo turno, o tricolor era o líder com 18 pontos, seguidos pelos dois rivais com 17 cada. Foram sete triunfos, quatro empates e uma derrota nas primeiras 12 partidas.

A corrida foi cabeça a cabeça, com cada tropeço servindo de chance para o adversário pular à primeira colocação. No segundo turno, o Bahia engatou uma ótima sequência invicta, com sete triunfos e quatro empates até o fim da penúltima rodada. Com 36 pontos, o Tricolor de Aço chegava para a última rodada como líder, seguido pelo Vitória com 35. O Fluminense já estava sem chances, com 33 pontos.

A última rodada teve reservado o clássico Bavi. Na Fonte Nova lotada, o Bahia jogava pelo empate enquanto o Vitória precisava ganhar a partida. O tricolor fez seu gol ainda no primeiro tempo e depois se retrancou. No segundo tempo, a torcida ficou ansiosa para comemorar o bicampeonato e invadiu o campo antes do apito final. O clássico só chegou ao fim minutos depois, mas com o triunfo por 1 a 0 e o o título do Bahia confirmados.

A campanha do Bahia:
24 jogos | 15 triunfos | 8 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1971

Maior campeão do Paraná, o Coritiba tem como principal forte vencer estaduais constantemente, alternando poucos períodos de jejum, longos ou não. Até 1971, o time tinha em sua galeria 19 taças e as maiores sequencias não passavam de alguns bicampeonatos. Pois foi exatamente naquele ano que o Coxa deu início a sua fase de maior domínio, que culminaria no hexacampeonato em 1976.

A primeira conquista da série de seis foi também a 20ª, iniciando uma década quase toda estrelada. O Paranaense de 1971 teve inicialmente a presença de 20 equipes, divididas em dois grupos de dez. Mas, no meio da primeira fase, Grêmio Oeste de Guarapuava e Apucarana desistiram e tiveram os jogos cancelados, reduzindo o torneio para 18 times e grupos de nove. As chaves eram regionalizadas em zona norte e zona sul, com os cinco primeiros colocados de cada formando a fase final em dois turnos.

O Coritiba integrou a chave sul, junto com os rivais curitibanos e mais cinco clubes do interior. Na estreia, empatou por 1 a 1 com o Rio Branco em Paranaguá. A primeira vitória veio na partida seguinte, por 2 a 0 sobre o Pontagrossense em casa, no Belfort Duarte (atual Couto Pereira). Em 16 jogos na primeira fase, o Coxa venceu oito, empatou seis e perdeu dois, somando 22 pontos e se classificando na terceira colocação, atrás de Athletico e Colorado, à frente de Água Verde e Pontagrossense.

Do grupo sul, passaram União Bandeirante, Paranavaí, Grêmio Maringá, Jandaia e Londrina, formando o decagonal decisivo com os demais classificados. O Coritiba sabia que era preciso aumentar o desempenho nas 18 partidas que teria. E assim foi. Se antes o time ficou atrás do Athletico, desta vez o rival não foi adversário direto na briga pelo título. O principal oponente do Coxa foi o União.

A campanha final teve início com vitória por 2 a 1 sobre o Jandaia fora de casa, seguida por mais dez vitórias, quatro empates e uma derrota até a antepenúltima rodada. O Coritiba chegava com 26 pontos na penúltima rodada, contra 23 do União Bandeirante, 23 do Colorado e 22 do Londrina. Bastava um ponto no confronto direto com o União, no Estádio Luís Meneghel, para o título ser confirmado. E ele veio, fora de casa, com 1 a 1 no placar e uma rodada de antecedência.

A campanha do Coritiba:
34 jogos | 20 vitórias | 11 empates | 3 derrotas | 54 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

América-MG Campeão Mineiro 1971

Quando se pensa em futebol em Minas Gerais, as primeiras coisas que vêm à cabeça das pessoas são Atlético e Cruzeiro. Mas este pensamento é até recente, da década de 1950 para cá, comparado com a história do esporte mineiro. Nas primeiras décadas do século 20, a grande força estadual era o América, campeão dez vezes consecutivas entre 1916 e 1925.

O Coelho é um dos dois únicos decacampeões da história do futebol brasileiro (o outro é o ABC). Porém, depois de 1925 o clube passou a contar nos dedos as taças que conquistou. A 11ª veio apenas em 1948. A 12ª foi obtida em 1957. A 13ª aconteceu em 1971, quebrando 14 anos de fila.

O Campeonato Mineiro daquela temporada teve a participação de 21 times. Mas a primeira fase contou com somente 15, divididos em cinco grupos. Na fase final, seis equipes avançaram e juntaram-se à América, Atlético, Cruzeiro, Uberlândia, Valeriodoce e Villa Nova, em um enfrentamento de dois turnos para definir o campeão. Ou seja, o Coelho já começava o estadual na fase decisiva.

Da primeira fase, passaram Tupi, Flamengo de Varginha, Fluminense de Araguari, Uberaba, Atlético de Três Corações e Cassimiro de Abreu, de Montes Claros. A campanha do América teve início com vitória por 1 a 0 sobre o Tupi em Juiz de Fora, seguida por 2 a 1 sobre o Uberaba em Belo Horizonte.

Ignorando o favoritismo de atleticanos e cruzeirenses, o América seguiu um caminho sem derrotas, com mais 13 vitórias e seis empates até a penúltima rodada, totalizando 36 pontos com 15 triunfos. Mesmo assim, nada estava garantido, pois o Cruzeiro tinha a mesma pontuação com 16 vitórias e era o líder. Portanto, o Coelho precisava vencer sua partida e secar o rival na última rodada.

A vitória veio em 26 de junho por 3 a 2 sobre o Uberlândia no Mineirão, totalizando 38 pontos. A secada veio no dia seguinte, na derrota cruzeirense por 1 a 0 no clássico com o Atlético no mesmo estádio. O América não era apenas campeão mineiro, mas também um vencedor invicto.

A campanha do América-MG:
22 jogos | 16 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 39 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/América-MG

Internacional Campeão Gaúcho 1971

Títulos voltaram a ser rotina na história do Internacional. A década de 1970 estava apenas em seu começo, mas o clube já partia para emendar um tricampeonato gaúcho em 1971, a 19ª conquista, sem dar qualquer chances aos adversários.

Naquele ano, o estadual sofreu mudanças. O número de participantes saltou de 18 para 25 times e a primeira fase teve confrontos de todos contra todos em turno único. Porém, a classificação para a fase seguinte foi definida em dois grupos, um com 12 e outro com 13 equipes. Na fase final, um octogonal em dois turnos reuniu os quatro classificados de cada chave, definindo assim o campeão.

O Colorado pertenceu ao grupo A, fazendo a estreia contra o Tamoio, de Santo Ângelo. Fora de casa, o time venceu por 1 a 0 e começou o Gauchão com o pé direito. A primeira partida no Beira-Rio foi contra o Ypiranga de Erechim, vencida por 4 a 0 na segunda rodada. Nos 22 jogos restantes, o Inter obteve mais 13 vitórias, oito empates e uma derrota. Com 38 pontos, o clube foi líder da chave. Também passaram Esportivo de Bento Gonçalves, Cruzeiro de Porto Alegre e Gaúcho de Passo Fundo.

Do grupo B, avançaram Grêmio, Novo Hamburgo, Flamengo de Caxias e São José, formando assim o octogonal final. O Inter abriu a fase com empate por 0 a 0 contra o Grêmio no Olímpico. A primeira vitória veio no jogo seguinte, por 2 a 0 sobre o Novo Hamburgo no Beira-Rio. A campanha prosseguiu com mais oito vitórias, dois empates e uma derrota até a penúltima rodada.

Com 21 pontos antes da última rodada, o Internacional era o líder do octogonal decisivo. O Grêmio aparecia em segundo lugar, com 20 pontos. Assim como nas duas vezes anteriores, só a dupla Grenal tinha chances de título, com vantagem colorada. Porém, só a vitória interessava, pois se os tricolores vencessem sua partida, o saldo de gols tiraria a taça dos colorados, em caso de tropeço. Mas o Grêmio perdeu para o Flamengo em Caxias do Sul e ficou com o vice. Ainda assim, o Colorado não quis depender de nada e garantiu o tricampeonato ao vencer por 2 a 0 o Esportivo em Bento Gonçalves.  

A campanha do Internacional:
38 jogos | 25 vitórias | 11 empates | 2 derrotas | 67 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Assis Hoffmann/Placar

Colo-Colo Campeão Baiano Série B 2024

Na Bahia, o Colo-Colo de Ilhéus chegou ao terceiro título da Série B estadual, em 2024. Campeão baiano da primeira divisão em 2006, o clube volta à elite depois de nove anos longe. Um momento para voltar a buscar o tempo perdido longe dos principais campeonatos.

Dez times participaram do Baianão Série B. Eles se enfrentaram em turno único, com os quatros melhores avançando à semifinal, e os dois finalistas garantindo o acesso. Em nove partidas, o Tigrão conseguiu quatro vitórias e cinco empates, se classificando na terceira posição da tabela, com 17 pontos.

Na semifinal, o Colo-Colo enfrentou o Grapiúna. Na ida, venceu por 1 a 0 em casa, no Estádio Mário Pessoa. Na volta, segurou o empate por 0 a 0 em Feira de Santana, obtendo o acesso.

Na final, o adversário foi o Porto-BA, que passou pelo Fluminense de Feira. O primeiro jogo foi disputado em Porto Seguro, com vitória do Colo-Colo por 1 a 0. A segunda partida aconteceu em Ilhéus, e o Tigrão voltou a segurar o empate sem gols para conquistar o título, invicto.

A campanha do Colo-Colo:
13 jogos | 6 vitórias | 7 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Laura Lopes/FBF

Monsoon Campeão Gaúcho Série A2 2024

O Rio Grande do Sul também tem clube novo chegando! O Monsoon, fundando em 2021 e localizado em Porto Alegre, chega ao título da Série A2 do Gauchão na sua terceira temporada de existência. Ainda na primeira, em 2022, o clube já havia vencido a terceira divisão estadual.

A Série A2 gaúcha teve 16 participantes, divididos em dois grupos regionalizados e com enfrentamentos em dois turnos. Na fase final, oito classificados disputaram uma mata-mata. Previsto para acabar em junho, o torneio só terminou em agosto, em função das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em maio e que paralisou o futebol por um mês no estado.

O Monsoon jogou a primeira fase no grupo B. Em 14 partidas, o time teve oito vitórias, quatro empates e duas derrotas, com 28 pontos somados e a classificação na liderança da chave. Nas quartas de final, a equipe passou pelo União Frederiquense ao empatar a ida por 1 a 1 fora e vencer a volta por 2 a 1 em casa. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Passo Fundo. Após empates por 0 a 0 tanto fora quanto em casa, o Monsoon garantiu o acesso ao vencer por 3 a 1 nos pênaltis.

Na final, o adversário foi o Pelotas, que passou por Glória e Inter de Santa Maria. O primeiro jogo foi fora, na Boca do Lobo, e ficou empatado sem gols. A segunda partida foi em Porto Alegre, no Passo D'Areia, e também ficou no 0 a 0. De novo nos pênaltis, o Monsoon venceu por 4 a 3 e foi campeão.

A campanha do Monsoon:
20 jogos | 9 vitórias | 9 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Giancarlo Santorum/Divulgação