Flamengo Campeão Carioca 1974

Em uma disputa acirrada, o Flamengo chegou ao título carioca em 1974, o 17º de sua história. O clube recuperou o título estadual depois de dois anos, ao fazer uma campanha regular, mas com certa demora para atingir uma vaga na decisão.

O Cariocão de 1974 contou com 12 participantes e o regulamento foi quase idêntico ao do ano anterior, com a realização de três turnos. O primeiro turno foi a Taça Guanabara, que depois de 11 rodadas colocou o campeão na final e classificou os oito melhores para as fases seguintes. O segundo turno foi a Taça Oscar Wright da Silva, que após sete rodadas também deu ao campeão um lugar na decisão. O terceiro turno foi a Taça Pedro Magalhães Corrêa, que apontou o terceiro finalista em mais sete rodadas.

A campanha rubro-negra teve início no empate por 1 a 1 com o Bangu, na abertura da Taça Guanabara. Depois, o Flamengo perdeu por 2 a 1 para o Madureira. A primeira vitória veio somente no terceiro jogo, por 2 a 1 sobre o America. Nos outros jogos, o time teve mais cinco vitórias, dois empates e uma derrota, que o deixaram na terceira colocação com 15 pontos, quatro atrás do America, que foi campeão.

Fla e America seguiram à segunda fase junto com Vasco, Fluminense, Botafogo, Bonsucesso, Madureira e Campo Grande. Aqui, o rubro-negro iniciou goleando o America por 4 a 1. Na sequência, obteve mais duas vitórias e quatro empates, que deixaram a equipe com dez pontos. Porém, o Vasco somou 11 e ficou com a segunda vaga na final, deixando o Flamengo na vice-liderança.

A última chance era vencer a terceira fase. Na estreia, o Flamengo venceu o Botafogo por 2 a 1. Depois, acumulou mais quatro triunfos, um empate e uma derrota. Com 11 pontos, o rubro-negro garantiu seu lugar na decisão com um de vantagem sobre Vasco e America, os adversários do triangular decisivo.

A fase final foi aberta por Flamengo e America. Em jogo complicado, o Fla conseguiu arrancar com uma importante vitória por 2 a 1, ganhando assim a folga na segunda partida. Nesta, America e Vasco empataram por 2 a 2, o que acabou com as chances de um e deixou o outro na obrigação de vencer o rubro-negro por dois gols de diferença. Para o Flamengo, bastava segurar o empate para ser campeão estadual, e foi o que aconteceu, pelo placar de 0 a 0.

A campanha do Flamengo:
27 jogos | 15 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 42 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista O Cruzeiro

Palmeiras Campeão Paulista 1974

Existem títulos normais e títulos especiais no futebol. O segundo caso se aplica ao Campeonato Paulista de 1974, que simbolizou um dos pontos mais altos da rivalidade entre Palmeiras e Corinthians. De um lado, a 17ª taça e a continuidade da rotina vencedora. De um lado, o amargo vice e os 20 anos de fila.

O Paulistão 1974 teve 21 participantes, repetindo o formato adotado no ano anterior. Na primeira fase, 14 equipes disputaram uma preliminar que valeram sete vagas para a etapa seguinte. Na segunda fase, estas se juntaram a outras sete, na disputa de dois turnos independentes. Cada vencedor de turno se garantiu na final (e na expectativa de que ela não fosse definida em erro na contagem dos pênaltis).

O Palmeiras iniciou a campanha já na segunda fase, assim como Corinthians, Portuguesa, Santos, São Paulo, Guarani e Juventus. Na estreia, porém, ficou no empate por 2 a 2 com o Saad, de São Caetano do Sul. O Verdão ficou aquém do poderia apresentar no turno. A primeira vitória só veio no quarto jogo, por 1 a 0 sobre o Guarani, e no total o time venceu cinco, empatou seis e perdeu duas em 13 partidas. Com 16 pontos, foi o quinto colocado, três pontos atrás do líder Corinthians, que se garantiu na final.

A postura mudou no returno. Na abertura, o alviverde venceu o América de Rio Preto por 2 a 0. Depois, engatou mais sete triunfos e cinco empates nos 12 jogos seguintes. O Palmeiras somou 21 pontos ao todo e conseguiu a segunda vaga na final com autoridade, ao golear o Corinthians por 4 a 1 na última rodada, no que se tornou uma prévia da decisão.

O Derby Paulista não decidia o título estadual desde 1954, quando o Corinthians conseguiu o último título. Então, a final se tornou especial para os dois rivais, em duas partidas no Morumbi. Na primeira, deu empate por 1 a 1. Na segunda, mais de 120 mil torcedores comparecerem ao estádio, a maioria de corinthianos. Mas quem comemorou foi a minoria palmeirense, que viu seu time vencer por 1 a 0 e colocar um ano a mais no tabu do rival.  

A campanha do Palmeiras:
28 jogos | 14 vitórias | 12 empates | 2 derrotas | 40 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Remo Campeão Paraense 1973

O Campeonato Paraense é o estadual mais polarizado do Brasil, mais até do que o Gaúcho, o Mineiro, o Paranaense e outros. No Pará, mais de 90% das conquistas estão nas mãos de Paysandu e Remo. Em terceiro, muito distante, aparece a Tuna Luso. Por fim, mais longe ainda, vêm os demais campeões.

Em 1973, apenas quatro clubes tinham títulos paraenses: os três já citados e o extinto União Sportiva. Com 22 taças, o Remo vivia dois incômodos. Primeiro, estar seis conquistas estaduais atrás do Paysandu. Segundo, a fila de cinco anos sem vencer o Parazão, vendo neste meio tempo a Tuna Luso vencer um título e o maior rival ser bicampeão. Os azulinos poriam fim em todos os obstáculos.

O estadual daquele ano teve oito participantes: Remo, Paysandu, Tuna Luso, Sport Belém, Liberato de Castro, Júlio César, Sporting e Combatentes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com o líder garantindo vaga na final e os seis melhores passando à segunda fase. Na etapa seguintes, os seis classificados jogaram novamente entre si em turno único, com o líder também passando à decisão.

O Remo começou a campanha do 23º título com goleada por 4 a 0 sobre o Combatentes em casa, no Baenão. Nas seis partidas seguintes, conseguiu mais cinco vitórias e um empate. Com 13 pontos ganhos e um perdido, o time garantiu a liderança e as vagas na final e na segunda fase. O hexagonal foi completado por Tuna Luso, Paysandu, Liberato de Castro, Sport Belém e Sporting.

Na segunda fase, o Leão Azul o bom pique. Na estreia, venceu o Liberato de Castro por 2 a 0 no Baenão. Na segunda rodada, fez o mesmo placar sobre o Sport Belém. Na terceira partida, ficou no empate por 1 a 1 com o Sporting. Na quarta rodada, venceu um conturbado clássico Repa por 2 a 1 na Curuzu, em jogo remarcado após o primeiro ser suspenso por falta de segurança.

Até aqui, o Remo conquistou sete pontos, estando na liderança com dois pontos a mais que Sport Belém e Tuna Luso. A última rodada foi disputada contra a Tuna no Baenão. Assim, o empate já servia para o os azulinos conquistarem o título antecipado, invicto e sem precisar da final. E foi o que aconteceu, com o placar de 0 a 0 em casa.

A campanha do Remo:
12 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Euclides Bandeira/Placar

Vila Nova Campeão Goiano 1973

Campeonato ainda jovem na década de 1970, o Goiano via seus clubes aos poucos construírem uma história de títulos. Em 1973, o Vila Nova era dono de apenas quatro, e não ganhava desde 1968. Era chegada a hora de vencer o quinto título, e foi com emoção.

O Campeonato Goiano de 1973 contou com nove participantes e teve um regulamento simples de entender. Foi disputado dois turnos independentes, com o líder de cada metade garantindo uma vaga na decisão.

O Vila Nova deu início à campanha do título com empate por 0 a 0 no clássico com o Goiás. Na segunda rodada, perdeu por 1 a 0 para o Itumbiara fora de casa. A primeira vitória veio só na terceira partida, por 2 a 1 o Anápolis em casa. Com mais três vitórias e dois empates nos cinco jogos seguintes, o Tigre ficou apenas na terceira quarta colocação do primeiro turno, com 11 pontos. O vencedor da fase foi o Goiás, que bateu o Atlético em partida extra.

Era preciso acabar com os tropeços no segundo turno. Depois de empatar por 1 a 1 com o Santa Helena na estreia fora, o Vila goleou o Novo Horizonte por 6 a 0 em casa. Nas seis partidas restantes, a equipe engatou mais quatro vitórias e dois empates, que a colocaram com 13 pontos na liderança do returno. A vaga foi conquistada na última rodada, no empate sem gols com o vice-líder Goiatuba, que ficou um ponto atrás do Tigre.

De tal forma, o clássico entre Goiás e Vila Nova decidiu o título goiano de 1973 em duas partidas, ambas no Estádio Olímpico de Goiânia. Na ida, o Tigre foi melhor e superou o rival pelo placar de 2 a 1. Na volta, os esmeraldinos devolveram o resultado com o placar de 2 a 0.

Na soma dos placares, deu Goiás por 3 a 2. Mas não havia nada sobre saldo de gols no regulamento da final, e sim a pontuação. Como cada time somou dois pontos, a fórmula impôs uma disputa de pênaltis para definir o campeão estadual. Nas cobranças, o Vila Nova foi mais eficiente e venceu por 3 a 1.

A campanha do Vila Nova:
18 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Vila Nova (Quem souber quem são os jogadores na foto, escreva nos comentários)

Volta Redonda Campeão Brasileiro Série C 2024

Depois de tanto insistir, tanto chegar perto e bater na trave, o Volta Redonda enfim saiu da terceira divisão nacional rumo à segunda. Campeão do Brasileiro Série D de 2016, o clube do Rio de Janeiro conseguiu, na nona chance consecutiva, não apenas o acesso como também o título inédito do Brasileiro Série C na temporada de 2024.

A competição teve 20 times participantes, no regulamento que tem sido repetido desde 2022. Na primeira fase, todas as equipes se enfrentaram em turno único. As oito melhores passaram à segunda fase, que foi a disputa dos dois quadrangulares de acesso. As duas primeiras de cada grupo subiram à Série B e as melhores foram à final. O Volta Redonda começou a campanha com vitória por 2 a 1 em cima do Remo em Belém.

Sempre disputando as primeiras colocações, o Voltaço passou todas as 19 rodadas da primeira fase na zona de classificação à etapa seguinte. A campanha total do time teve dez vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Com 34 pontos, o Volta Redonda se classificou na quinta colocação.

Os adversários do Voltaço no quadrangular de acesso foram Remo, São Bernardo e Botafogo-PB. O clube já sabia que não era o momento para cometer erros e buscar todos os pontos possíveis. Na estreia, venceu o São Bernardo por 3 a 1 em casa, no Raulino de Oliveira. Depois, empatou duas vezes sem gols fora, contra Botafogo e Remo. Na volta ao Raulino, ficou no 1 a 1 com os paraenses e venceu por 2 a 1 os paraibanos, garantindo a vaga antecipada na Série B. O lugar na decisão veio na última rodada, ao bater os paulistas por 2 a 1 fora de casa. O Remo foi o segundo colocado e também subiu.

O Volta Redonda enfrentou o Athletic na final. Os estreantes mineiros subiram ao lado da Ferroviária e eliminaram Londrina e Ypiranga. O primeiro jogo foi no Raulino de Oliveira, e o Voltaço venceu por 1 a 0, gol de Heliardo. A segunda partida aconteceu em São João Del-Rei, no Estádio Joaquim Portugal, com nova vitória aurinegra por 2 a 0. Os gols do título foram de Patrick Machado e Bruno Santos.

A campanha do Volta Redonda:
27 jogos | 15 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 41 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Raphael Torres/Volta Redonda

Corinthians Campeão da Libertadores Feminina 2024

O Corinthians é pentacampeão da Libertadores Feminina em 2024. O clube repete os feitos de 2017, 2019, 2021 e 2023 e chega ao quinto título da competição. Com um detalhe: o time quebrou o tabu de não vencer a taça em anos pares.

O torneio de 2024 teve o mesmo regulamento da últimas temporadas, com 16 equipes divididas em quatro grupos na primeira fase, seguido por quartas, semifinal e final. O país-sede foi o Paraguai e os representantes brasileiros foram Corinthians, Ferroviária e Santos.

O clube alvinegro ficou no grupo A da competição, junto com Boca Juniors, Adiffem (Venezuela) e Libertad/Limpeño. Na estreia, um jogo sonolento e o empate sem gols com as argentinas. Na segunda rodada, veio a goleada por 8 a 0 em cima das venezuelanas. No fechamento da primeira fase, o Corinthians fez 3 a 1 nas paraguaias. Com sete pontos e saldo de gols superior ao do Boca, as brasileiras se classificaram na liderança do grupo.

Nas quartas de final, o adversário do Corinthians foi o Olimpia. Uma partida dura, mas que acabou vencida pelo alvinegro paulista por 2 a 0. Na semifinal, foi a vez de reencontrar o Boca Juniors. Em jogo ainda mais dificultoso, as brasileiras marcaram um gol no segundo tempo e venceram as argentinas por 1 a 0.

Na final, o Corinthians enfrentou o Santa Fe. As colombianas passaram no mata-mata por Alianza Lima e Independiente Dragonas (versão feminina do Del Valle). A partida aconteceu no Defensores del Caho, em Assunção. Com um gol em cada tempo de jogo, a equipe alvinegra chegou a vitória por 2 a 0 e ao quinto título da Libertadores Feminina, de maneira invicta.

A campanha do Corinthians:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Nayra Halm/Staff Images Woman/Conmebol

Fortaleza Campeão Cearense 1973

Um dos principais clubes cearenses, o Fortaleza passou o início da década de 1970 sem conquistas. Desde 1969, o clube estava longe do topo estadual, mas conseguiu a volta por cima em 1973, evitando a hegemonia do maior rival e chegando na 23ª taça em toda a história.

Último estadual antes da inauguração do Castelão, o Campeonato Cearense de 1973 teve 11 times e a disputa em dois turnos. No primeiro turno, as equipes se enfrentaram uma vez, com as quatro melhores passando ao quadrangular que definiu o primeiro finalista, também em jogos de ida. No segundo turno, o regulamento foi o mesmo. A final ficou prevista entre os vencedores dos quadrangulares.

O Leão do Pici iniciou a campanha com goleada por 4 a 0 sobre o Guarany de Sobral no Presidente Vargas, na capital. Nos nove jogos restantes, o Fortaleza obteve mais cinco vitórias, três empates e uma derrota, que o deixaram com 15 pontos na vice-liderança. No quadrangular, a equipe teve mais duas vitórias e um empate, garantindo um lugar na decisão com cinco pontos, ante quarto do Ferroviário, dois do Ceará e um do Maguari.

No segundo turno, o tricolor estreou com vitória por 3 a 0 sobre o Guarany em Sobral. Depois, goleou o América de Fortaleza por 6 a 0 em casa, venceu mais seis e empatou duas partidas, que colocaram o time com 18 pontos na segunda colocação. No quadrangular, novamente contra Ceará, Ferroviário e Maguari, o Fortaleza venceu dois jogos e empatou um, ficando com cinco pontos. Mas, desta vez, o clube ficou empatado com o rival alvinegro, forçando assim uma partida extra que definiu ou o título tricolor, ou a decisão no Clássico-Rei.

Para o Fortaleza, a partida de desempate já era a final do estadual. A disputa aconteceu no Estádio Presidente Vargas, três meses antes da abertura do Castelão. Como todo Clássico-Rei, o confronto com o Ceará foi recheado de tensão, com chances desperdiçadas por ambos os times. Mas a bola não entrou no gol em nenhum dos lados em 90 minutos. Foi preciso realizar uma prorrogação. E nos 30 minutos extras, o Leão do Pici conseguiu colocar a bola na rede uma vez. Com 1 a 0 no placar, o título estadual e a quebra do jejum vieram de maneira antecipada.

A campanha do Fortaleza:
27 jogos | 19 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 58 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar