O mundo não acabou em 2012, mas ficou diferente depois. O Mundial de Clubes daquele ano foi simbólico por dois motivos. O primeiro é que foi a última vez que um time da América do Sul conquistou o título. O segundo pôde ser visto nas arquibancadas: cerca de 30 mil torcedores do Corinthians deslocaram-se até o Japão para ver o time ser campeão pela segunda vez na história.
Antes disso, o Timão, sob o comando de Tite, precisou vencer a Libertadores pela primeira vez, derrotando o Boca Juniors na decisão. Pela Europa, também houve novidade: o Chelsea foi campeão da Liga dos Campeões pela primeira vez, em uma conquista surpreendente, superando o Bayern de Munique nos pênaltis da final.
O representante local no torneio foi o Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês. Pelos outros continentes, os desafiantes foram: o Ulsan Hyundai, vencedor asiático; o Monterrey, bicampeão da Concacaf; o Al-Ahly, em sua quarta presença, campeão africano; e o Auckland City, também em sua quarta participação, campeão da Oceania.
O início do Mundial foi, como sempre, entre o anfitrião e o time da Oceania. O Sanfrecce derrotou o Auckland por 1 a 0. A aventura dos donos da casa acabou nas quartas de final, ao perder por 2 a 1 para o Al-Ahly. Na outra chave, o Monterrey venceu o Ulsan por 3 a 1.
A invasão corintiana começou no dia 12 de dezembro, no Estádio Toyota, na cidade de mesmo nome. O clube alvinegro enfrentou o Al-Ahly diante de mais de 10 mil fiéis torcedores. Os egípcios não resistiram muito tempo, e o Corinthians venceu por 1 a 0, gol do peruano Paolo Guerrero. Um lado da final já estava definido. O outro foi decidido no dia seguinte, quando o Chelsea aplicou 3 a 1 no Monterrey, garantindo a “final dos sonhos”. Antes disso, porém, foram definidos o quinto e o terceiro lugares. Primeiro, o Sanfrecce derrotou o Ulsan por 3 a 2. Depois, o Monterrey fez 2 a 0 no Al-Ahly.
No dia 16, quase metade dos 68 mil presentes no Estádio Internacional de Yokohama eram do “bando de loucos”. O estádio virou uma versão oriental do Pacaembu. Porém, não seria fácil passar pelo Chelsea. O time inglês criou várias oportunidades, todas paradas pelo goleiro Cássio e pelos zagueiros Chicão e Paulo André. O Corinthians teve menos chances, mas levava perigo semelhante aos ingleses.
A explosão alvinegra aconteceu no segundo tempo. Aos 24 minutos, Paulinho entrou na área adversária e deixou para Danilo, que chutou em cima do zagueiro. A bola subiu e sobrou para Guerrero, que, de cabeça, fez o gol mais importante da história do Corinthians. Depois do 1 a 0, Cássio ficou ainda mais gigante e garantiu o título mundial do Timão com defesas memoráveis. Depois, a festa atravessou o Oceano Pacífico.

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