Cruzeiro Campeão da Supercopa Libertadores 1992

Enfim, o mata-mata perfeito. A Supercopa Libertadores de 1992 foi a primeira contar com 16 participantes, dados o retorno do Atlético Nacional e a entrada do recém-campeão São Paulo no torneio. Com isso, todos os times passaram a entrar na mesma fase, sem precisar pular etapas antes ou depois.

Mas a competição não ficou marcada apenas por isso, e sim por ter tido o primeiro bicampeão da história. O Cruzeiro manteve o pique do título um ano depois e chegou à segunda taça com uma campanha menos tensa que a anterior. Nas oitavas de final contra o Atlético Nacional, conseguiu a classificação com empate por 1 a 1 em Medellín, e uma estrondosa goleada por 8 a 0 em Belo Horizonte. Cinco gols foram anotados por Renato Gaúcho.

Embaladíssimo para as quartas, a Raposa enfrentou o River Plate. O primeiro jogo foi no Mineirão, e a vitória foi mais econômica, por 2 a 0. A segunda partida, no Monumental, foi marcada pelo sofrimento, pois a Raposa segurava o empate até os 43 minutos do segundo tempo. Dois pênaltis foram assinalados contra, e Cruzeiro levou 2 a 0 até os 46. Nos pênaltis, o alívio veio na vitória por 5 a 4.

O Cruzeiro avançou à semifinal. O adversário foi o Olimpia, com o primeiro jogo realizado no Defensores del Chaco, em Assunção. Contra a pressão rival, a Raposa venceu por 1 a 0 e abriu vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a classificação foi confirmada com empate por 2 a 2.

A decisão da Supercopa repetiu 1988, contra o Racing. Os argentinos superaram Independiente, Nacional e Flamengo. A ida da revanche cruzeirense foi no Mineirão. Sem dar chances ao azar, os brasileiros venceram por 4 a 0, com dois gols de Renato Gaúcho, um de Boiadeiro e outro de Luís Fernando Flores. A volta foi no El Cilindro, e bastou à Raposa cozinhar o tempo. O time sofreu um gol a cinco minutos do fim e perdeu por 1 a 0, mas nem por isto a festa do bicampeonato foi menor.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Revista Sólo Fútbol

Afogados Campeão Pernambucano Série A2 2023

Entre as principais divisões de acesso estaduais do Brasil em 2023, a de Pernambuco foi a última a ser disputada. Com as equipes rebaixadas da primeira divisão do mesmo ano, a competição teve a presença de 12 times. Um dos que caíram na primeira divisão foi o Afogados, que teve a chance de buscar o retorno no mesmo ano e conseguiu.

Só um time subiu na Série A2 pernambucana, portanto, a Coruja do Pajeú também ficou com o título, o primeiro de sua história. A competição foi toda disputada em pontos corridos, em turno único. Com uma campanha sólida desde o início, o Afogados obteve a conquista com uma rodada de antecedência, na vitória por 3 a 1 sobre o Vera Cruz em casa, no Estádio Vianão.

Em 11 jogos, a Coruja venceu dez e empatou um, liderando o torneio em dez rodadas. Só não foi a primeira colocada na sexta jornada, quando foi ultrapassada pelo Vitória das Tabocas no saldo de gols. No mais, o título veio de maneira irrepreensível.

A campanha do Afogados:
11 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 28 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Rafael Vieira/FPF

Vitória Campeão Brasileiro Série B 2023

O roteiro para o título do Vitória no Brasileirão Série B de 2023 é um dos mais bonitos já vistos na história recente do futebol brasileiro. A história começa ainda em 2022, quando o time baiano estava na Série C e ocupava a zona de rebaixamento para a quarta divisão. Mas a virada aconteceu a tempo e o Leão da Barra arrancou rumo ao acesso na competição.

Em 2023, ninguém colocou o Vitória como favorito a brigar por uma das vagas na Série A, principalmente depois da eliminação na primeira fase do estadual. Porém, o clube trabalhou quieto e foi obtendo os resultados necessários para o retorno à elite de pois de seis anos e o primeiro título nacional em 124 anos de história.

A campanha rubro-negra começou com vitória por 3 a 0 sobre a Ponte Preta no Barradão. Foram mais quatro vitórias nas partida seguintes, até a primeira derrota, por 3 a 2 para o Atlético-GO em casa. Nesta altura, o Vitória já era o líder do campeonato, posição que ocupou na terceira rodada, entre a quinta e a 11ª, na 18ª, 19ª e 21ª, e em definitivo a partir da 24ª.

Enquanto outras oito equipes se embolaram na luta por três lugares na zona de acesso, o Leão foi acumulando vitórias no último quarto da Série B, se distanciando do restante do bolo e se credenciando como único candidato ao título. A arrancada para a taça começou na 28ª rodada, na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo-SP no Barradão.

Depois, o time conseguiu mais quatro vitórias, dois empates e uma derrota, até a 36ª rodada. Contra o Novorizontino no interior paulista, uma vitória de virada, por 2 a 1, garantiu o acesso e o título rubro-negro. Em 36 jogos até a conquista, o Vitória venceu 21, empatou seis e perdeu nove.

A campanha do Vitória:
37 jogos | 22 vitórias | 6 empates | 9 derrotas | 49 gols marcados | 28 gols sofridos


Foto Victor Ferreira/Vitória

Cruzeiro Campeão da Supercopa Libertadores 1991

Depois de três edições com somente um vice-campeonato, o Brasil chegou ao primeiro título da Supercopa Libertadores em 1991. E foi logo com o clube que amargou a segunda posição em 1988, o Cruzeiro. Antes, a competição teve entrada do Colo-Colo, novo campeão da Libertadores que fez o número de participantes voltar para 14, visto que o Atlético Nacional optou por não disputar, mesmo sem estar mais punido pela Conmebol. 

Para chegar ao primeiro título na Supercopa, o time mineiro superou uma campanha emocionante. Nas oitavas de final, enfrentou o Colo-Colo. O primeiro jogo foi em Belo Horizonte, e ficou empatado por 0 0. A segunda partida foi em Santiago, e outro empate sem gols levou o confronto aos pênaltis, onde a Raposa venceu por 4 a 3.

Nas quartas foi a vez de encarar o Nacional do Uruguai. Na ida, no Mineirão, o Cruzeiro goleou por 4 a 0, com três gols do atacante Charles e outro de Boiadeiro. Na volta, no Centenário, a equipe teve uma má atuação e perdeu por 3 a 0, obtendo a classificação na base do drama e da tensão.

A semifinal foi disputada contra o Olimpia, defensor da taça. Assim como duas fases antes, os mineiros tiveram dois empates nos confronto, por 1 a 1 em Belo Horizonte e por 0 a 0 no Paraguai. Os pênaltis fizeram novamente a felicidade cruzeirense, com a vitória por 5 a 3 e a vaga na final.

Na decisão, a Raposa enfrentou o River Plate, que bateu Grêmio, Flamengo e Peñarol. O primeiro jogo foi no Monumental, e o Cruzeiro saiu derrotado por 2 a 0. O segundo jogo foi no Mineirão. Precisando de gols, a Raposa foi ao ataque e a todo custo conseguiu o objetivo. Ademir abriu o placar no primeiro tempo e Mário Tilico anotou dois gols no segundo tempo. Com a vitória por 3 a 0, o Cruzeiro chegou ao histórico título, um dos primeiros que consolidaram a fama de copeiro ao clube.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 8 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nélio Rodrigues/Placar

Olimpia Campeão da Supercopa Libertadores 1990

O ano de 1990 foi o melhor da história do Olimpia. O clube conseguiu na mesma temporada levar os títulos tanto da Libertadores quanto da Supercopa, sendo esta a única conquista fora do eixo Argentina-Brasil no campeonato, que chegava em sua terceira edição com o número de 13 participantes, visto que a Conmebol puniu o Atlético Nacional por manipulação de resultados no mesmo ano. Desta forma, o regulamento voltou a ser confuso como em 1988, com um clube avançado direto das oitavas de final para a semifinal, no caso o Estudiantes, e o defensor do título Boca Juniors entrando já nas quartas.

Entretanto, quem brilhou desde o começo foi o Olimpia. Os paraguaios enfrentaram o River Plate nas oitavas. Na ida, perderam por 3 a 0 no Monumental, em Buenos Aires. Na volta, no Defensores del Chaco, devolveram os 3 a 0 em grande atuação. Nos pênaltis, a virada foi consumada por 4 a 3.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Racing. A primeira partida foi realizada em Assunção, e ficou empatada por 1 a 1. O segundo jogo aconteceu em Avellaneda, no El Cilindro. Fora de casa, o Olimpia conseguiu outra belíssima atuação, e com mais uma vitória por 3 a 0 conseguiu a classificação.

O próximo confronto do Olimpia foi contra o Peñarol. O primeiro jogo foi no Centenario, em Montevideú, e o time paraguaio perdeu por 2 a 1. De novo com a necessidade de vencer no Defensores del Chaco, a equipe sacou do bolso mais um desempenho de luxo e goleou os uruguaios por 6 a 0, com dois gols de Gabriel González, dois de Raúl Amarilla, um de Silvio Suárez e um de Virginio Cáceres.

A decisão da Supercopa foi entre Olimpia e Nacional do Uruguai, que deixou para trás Independiente, Argentinos Juniors e Estudiantes. A ida aconteceu no Centenario, e os paraguaios encaminharam o título ao vencerem por 3 a 0, gols de González, Amarilla e Adriano Samaniego. A volta foi no Defensores del Chaco, com o Olimpia confirmando o título ao empatar por 3 a 3.

A campanha do Olimpia:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Olimpia

Boca Juniors Campeão da Supercopa Libertadores 1989

A primeira edição da Supercopa Libertadores foi aprovada, apesar do regulamento confuso. O que já era esperado, visto que foram 13 participantes em mata-mata. Para 1989, a competição ganharia mais um representante, vencedor da Libertadores naquele ano e que a Conmebol tratou de rapidamente inscrever no torneio, que foi repassado para o segundo semestre da temporada.

Com 14 times, o chaveamento da Supercopa ficou mais amigável, com seis confrontos nas oitavas de final e duas equipes já colocadas nas quartas, o então campeão Racing e o Boca Juniors. A sorte xeneize já estava em alta desde o sorteio das partidas. O clube estava adormecido desde o bi da Libertadores em 1978, e o título da Supercopa deu um alento ao torcedor.

A campanha do Boca teve início exatamente contra o Racing. O primeiro confronto foi disputado em La Bombonera, mas acabou empatado por 0 a 0. A vitória precisaria vir em Avellaneda. A segunda partida aconteceu no El Cilindro, e o xeneize conseguiu a classificação ao fazer 2 a 1 no rival.

O adversário argentino na semifinal foi o Grêmio. Um ano antes, os brasileiros foram algozes do Boca nas oitavas de final, portanto esta acabou sendo a revanche. Na ida, no Olímpico Monumental, em Porto Alegre, empate sem gols. A volta foi em Buenos Aires, com La Bombonera lotada. Em 24 minutos, Claudio Marangoni e José Luis Cuciuffo anotaram os gols da vitória por 2 a 0.

A final foi entre Boca Juniors e Independiente, que passou por Santos, Atlético Nacional e Argentinos Juniors. A primeira partida foi realizada em La Bombonera, terminando com mais um empate por 0 a 0. O segundo jogo ocorreu na Doble Visera, em Avellaneda, e novamente os dois times não conseguiram balançar as redes. Nos pênaltis, o goleiro Navarro Montoya defendeu a quarta cobrança do Independiente, Blas Giunta converteu a última batida xeneize e os demais jogadores não erraram nenhuma outra. O Boca levou o título invicto da Supercopa por 5 a 3. 

A campanha do Boca Juniors:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 4 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/Boca Juniors