A terceira edição da Copa Conmebol aconteceu em 1994. O Brasil contou mais uma vez com cinco representantes: o então campeão Botafogo mais Grêmio, Vitória, Corinthians e São Paulo. O tricolor paulista, inclusive, conseguiu o feito de jogar todas as quatro competições da Conmebol no mesmo ano.
O absurdo foi tanto que, após passar por Recopa, Libertadores e Supercopa, o clube optou pelo time reserva na Conmebol. Comandado por Muricy Ramalho (auxiliar-técnico de Telê Santana), o chamado Expressinho foi à campo e, mesmo enfrentando formações titulares, chegou ao título.
Nas oitavas, contra o Grêmio, empates por 0 a 0 tanto em Porto Alegre quanto em São Paulo. Nos pênaltis, o Tricolor Paulista fez 6 a 5 e passou de fase. Nas quartas de final, o adversário foi o Sporting Cristal. A ida no Morumbi acabou com vitória por 3 a 1 sobre os peruanos. Na volta, o tricolor empatou sem gols na volta em Lima e avançou.
A semifinal foi contra o Corinthians, em dois jogos emocionantes. Na ida no Pacaembu, 4 a 3 para os são-paulinos. Na volta no Morumbi, 3 a 2 para os corinthianos. Nos pênaltis, Rogério Ceni defendeu dois, converteu o seu e o São Paulo venceu por 5 a 4.
A final foi contra o Peñarol, que bateu Danubio, Cerro Corá e Universidad de Chile. O primeiro jogo foi disputado no Morumbi. Os titulares uruguaios até abriram o placar, mas os reservas do São Paulo viraram e massacraram fazendo 6 a 1 no placar - três gols de Catê, dois de Caio e um de Toninho.
Com a maior vantagem já registrada em idas de final na América do Sul, o Expressinho foi ao Centenario de Montevidéu para um treino de luxo. Tanto que, a equipe de aspirantes sofreu lá um 3 a 0 insuficiente para perder o título da Copa Conmebol. Assim, a conquista completou um ciclo vitorioso do São Paulo. Ali, Telê saía de cena aos poucos, Muricy deixava as primeiras impressões como técnico (confirmadas 12 anos mais tarde) e Rogério Ceni despontava para se tornar o maior ídolo da história do clube.