Sevilla Campeão da Liga Europa 2007

O segundo passo do Sevilla rumo ao topo da Copa da UEFA começou imediatamente após o primeiro. Como o título dava vaga automática para a temporada seguinte, em 2007, o clube da Andaluzia era o favorito natural para o bicampeonato, independente de quem pudesse vir da Liga dos Campeões. E assim foi, de novo com Juande Ramos de técnico, além de Frédéric Kanouté e Luís Fabiano no ataque. 

A Copa da UEFA teve aumento de participantes para 155, mas isso afetou somente a montagem das preliminares. O Sevilla iniciou a campanha do segundo título contra o Atromitos, da Grécia, na primeira fase. A classificação foi com vitórias por 2 a 1 em Atenas, e por 4 a 0 no Ramón Sánchez Pizjuán.

O time rojiblanco avançou para o grupo C da segunda fase, onde encarou Slovan Liberec, Braga, Grasshopper e AZ Alkmaar. Contra o tchecos, o início no empate por 0 a 0 fora de casa. A primeira vitória veio contra os portugueses, por 2 a 0 no Ramón Pizjuán. Depois, goleada por 4 a 0 sobre os suíços em plena Zurique. Na última partida, o Sevilla perdeu por 2 a 1 para os holandeses em casa, e encerrou na segunda posição, com sete pontos, três a menos que o próprio AZ e um a mais que o Braga.

Na terceira fase, os rojiblancos eliminaram o Steaua Bucareste ao derrotar 2 a 0 na Romênia, e por 1 a 0 no Ramón Pizjuán. Nas oitavas, o Sevilla enfrentou o Shakhtar Donetsk, que impôs muita dificuldade. A ida foi na Espanha, mas os andaluzes empataram por 2 a 2. Na Ucrânia, o time perdia até os 49 minutos do segundo tempo, quando houve um escanteio. O goleiro Andrés Palop subiu à área adversária para tentar algo. E a bola foi certa até ele, que de cabeça empatou num gol inesquecível. Na prorrogação, veio a virada por 3 a 2, no tento de Javier Chevantón.

Nas quartas de final, o Sevilla passou pelo Tottenham. Na ida, vitória por 2 a 1 no Ramón Pizjuán, de virada. Na volta, empate por 2 a 2 no White Hart Lane. Na semifinal, o adversário foi o conterrâneo Osasuna. O primeiro jogo foi em Pamplona, os rojiblancos perderam por 1 a 0 e ficaram novamente na pressão. A salvação foi brasileira na segunda partida, em casa. Luís Fabiano e Renato marcaram os gols da vitória por 2 a 0 que colocou o Sevilla na decisão.

Na final, o rival também foi local, o Espanyol, que eliminou Artmedia Petrzalka, Sparta Praga, Austria Viena, Livorno, Maccabi Haifa, Benfica e Werder Bremen. No Hampden Park, em Glasgow, o Sevilla abriu o placar com Adriano, mas levou o empate ainda no primeiro tempo. Kanouté fez o segundo gol na prorrogação, mas o adversário fez 2 a 2 a cinco minutos do fim e levou aos pênaltis, quando Palop brilhou novamente. O goleiro defendeu três cobranças, e o Sevilla venceu por 3 a 1.

A campanha do Sevilla:
15 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 29 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Phil Cole/Getty Images

Sevilla Campeão da Liga Europa 2006

Em 33 anos de existência, até 2005, a Copa da UEFA premiou 22 times de nove países. Os maiores vencedores eram Liverpool, Internazionale e Juventus, com três títulos cada. Da Espanha, só Real Madrid (duas vezes) e Valencia tinham erguido a taça. Todos esses números ficariam de pernas para o ar a partir de 2006, quando apareceu o terceiro clube espanhol para mudar a história da competição. Nesta temporada, o Sevilla deu início a um caso de genuíno sucesso, de moldar um torneio ao seu gosto.

Campeão espanhol uma única vez (em 1948), o time rojiblanco (alvirrubro) entendeu que, se não era possível competir sempre contra os gigantes Barcelona e Real Madrid, além de outros grandes europeus, na Copa da UEFA a oportunidade era perfeita para beliscar um troféu importante. Sob o comando de Juande Ramos, a primeira de sete conquistas (e contando) teve início contra o Mainz 05, o qual eliminou com empate sem gols no Ramón Sánchez Pizjuán e vitória por 2 a 0 na Alemanha.

Na segunda fase, o Sevilla ficou no grupo H, junto com Besiktas, Zenit, Vitória de Guimarães e Bolton. A estreia foi com vitória por 3 a 0 sobre os turcos em casa. Depois, enfrentou os russos em São Petersburgo e perdeu por 2 a 1. No terceiro jogo, triunfo por 3 a 0 em cima dos portugueses no Ramón Pizjuán. Por fim, os rojiblancos empataram por 1 a 1 com os ingleses fora. Com sete pontos, o Sevilla avançou na liderança da chave, superando o Zenit pelo saldo de gols (4 a 1) e o Bolton por um ponto.

Na terceira fase, o Sevilla passou pelo Lokomotiv Moscou com duas vitóras, por 1 a 0 na Rússia, e por 2 a 0 na Espanha. Nas oitavas de final, o adversário foi o Lille. A primeira partida foi no Estádio Métropole, mas os andaluzes perderam por 1 a 0 na França. O segundo jogo foi no Ramón Pizjuán, onde aconteceu a primeira virada da campanha: 2 a 0, com gols de Frédéric Kanouté e Luís Fabiano.

Nas quartas, os rojiblancos bateram mais uma vez o Zenit, desta vez com goleada por 4 a 1 em casa e empate por 1 a 1 no Estádio Petrovsky. Na semifinal, a vítima foi o Schalke 04, mas no sufoco. A ida foi em Gelsenkirchen, e ficou no empate por 0 a 0. A volta foi no Ramón Pizjuán, e também passou em branco nos 90 minutos. Na prorrogação, o saudoso lateral Antonio Puerta fez o gol do 1 a 0 salvador.

A primeira decisão de Copa da UEFA do Sevilla foi contra o Middlesbrough, que tirou Xanthi, Dnipro, Grasshopper, Suttgart, Roma, Basel e Steaua Bucareste. A final aconteceu no Estádio Philips, na holandesa Eindhoven. E o primeiro título veio com passeio: 4 a 0 fora o baile. Os gols foram de Luís Fabiano, aos 29 minutos do primeiro tempo, Enzo Maresca, aos 33 e 39 do segundo, e Kanouté, aos 44.

A campanha do Sevilla:
15 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Jamie McDonald/Getty Images

CSKA Moscou Campeão da Liga Europa 2005

Em 2005, a Copa da UEFA deu mais um passo de atualização. Nesta temporada, a competição deixou de ser disputada toda em mata-mata e adotou uma fase de grupos, que substituiu uma etapas do regulamento anterior. A nova fórmula foi definida com duas fases preliminares regionalizadas, seguidas da primeira fase, com 80 times. Daqui saíram 40, que foram divididos em oito chaves de cinco equipes, que jogaram em turno único. O número de participantes total do torneio continuou em 145.

O número de jogos continuaria inalterado para os clubes egressos da Liga dos Campeões, que continuaram com a entrada programada na terceira fase. Um dos oito contemplados em 2005 foi o CSKA Moscou, que levou a Rússia ao primeiro título europeu na história. A União Soviética até venceu três Recopas no passado, mas com times da Ucrânia e da Geórgia. Russo de fato, só foi acontecer com os soldados azuis e vermelhos, com a adição dos brasileiros Vágner Love e Daniel Carvalho. 

O CSKA sucumbiu na Liga dos Campeões ante Chelsea e Porto, mas ficou à frente do Paris Saint-Germain e conseguiu uma vaga na Copa da UEFA. Nesta competição, 24 times avançaram dos oito grupos (os três primeiros colocados). O primeiro adversário dos soldados foi o Benfica. A ida foi jogada na cidade de Krasnodar, no Estádio Kuban, e os russos venceram por 2 a 0. Na volta, empate por 1 a 1 no Estádio da Luz.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Partizan. O primeiro jogo foi em Belgrado, e o CSKA arrancou o empate por 1 a 1 dos sérvios. A segunda partida foi em Krasnodar, e nova vitória por 2 a 0 coloco a equipe russa nas quartas. Neste fase, o rival foi o Auxerre e a ida foi disputada em Moscou, no Estádio Lokomotiv. E o CSKA goleou por 4 a 0. Na volta, derrota permitida por 2 a 0 na França.

Na semifinal, os soldados encararam o Parma. A primeira partida foi realizada no Ennio Tardini, terminando empatada por 0 a 0. O segundo jogo aconteceu em Moscou, e o CSKA carimbou a vaga na decisão ao vencer por 3 a 0, com dois gols de Daniel Carvalho e um de Vasili Berezutski.

Na final, o CSKA enfrentou o Sporting, que superou Rapid Viena, Panionios, Dínamo Tbilisi, Feyenoord, Middlesbrough, Newcastle e AZ Alkmaar. O desafio russo era duplo, pois o estádio da partida foi o José Alvalade, casa do time português em Lisboa. E eles ainda abriram o placar no primeiro tempo. Mas nos 45 minutos restantes veio a virada épica. Aos 11, Aleksei Berezutski empatou. Aos 20, Yuri Zhirkov fez o segundo. Aos 30, Vágner Love fechou o título em 3 a 1.

A campanha do CSKA Moscou:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/CSKA Moscou

Ferroviário Campeão Brasileiro Série D 2023

É impossível haver um time campeão duas vezes consecutivas em um campeonato de divisão de acesso, por motivos óbvios. Mas nada impede que esse mesmo clube consiga o mesmo título anos depois, e isso não é nenhum demérito. No Brasileirão Série D de 2023, tivemos o primeiro caso de um bicampeonato: o Ferroviário. Vencedor em 2018, o time cearense volta ao ponto inicial para buscar mais um recomeço, e consegue de maneira incontestável, sem perder nenhum jogo.

Com 64 equipes, a Série D não teve mudanças no regulamento, de oito grupos na primeira fase e mata-mata com 32 classificados. O Ferroviário esteve na chave 2, ao lado de Atlético-CE, Maranhão, Parnahyba, Caucaia, Tocantinópolis, Cordino e Fluminense-PI. A campanha do Tubarão teve início na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense piauiense, no Presidente Vargas, em Fortaleza.

O Ferrão passou invicto pela primeira etapa, com 11 vitórias e três empates em 14 partidas. O forte desempenho rendeu 36 pontos, que classificou o clube na primeira posição da chave, com 13 de vantagem sobre o vice Atlético-CE. A vaga no mata-mata veio junto com o fato de ter sido o melhor time de toda a fase de grupos, que lhe deu o benefício de definir todos os confrontos de volta em casa.

Na segunda fase, o adversário do Ferroviário foi o Princesa do Solimões. Na ida, empate por 1 a 1 em Manacapuru, no Amazonas. Na volta, vitória por 3 a 0 do Tubarão da Barra no Presidente Vargas. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Nacional de Patos. A primeira partida aconteceu no interior da Paraíba, empatado por 0 a 0. O segundo jogo foi em Fortaleza, e o Ferroviário ganhou por 3 a 1.

Nas quartas, a hora de verdade foi contra o Maranhão. A ida foi no Castelão de São Luís, e o Ferrão novamente empatou por 1 a 1 fora. A volta foi no Presidente Vargas, no sufoco. Os maranhenses abriram o placar aos 47 minutos do segundo tempo e quase tiraram o Ferroviário. Porém, um gol contra aos 50 salvou o time cearense, que empatou por 1 a 1 e venceu por 3 a 0 nos pênaltis para confirmar o acesso. Na semifinal, a classificação foi sobre o Caxias, com novo empate por 1 a 1 no Rio Grande do Sul e vitória por 1 a 0 no Ceará, com gol do artilheiro Ciel aos incríveis 58 minutos do segundo tempo.

A decisão foi entre Ferroviário e Ferroviária, num raro jogo de palavras. O clube paulista tirou na semi o mineiro Athletic. A ida foi na Fonte Luminosa, em Araraquara, e ficou empatada sem gols. A volta foi no Presidente Vargas. Já no primeiro minuto, Deysinho abriu o marcador, mas o adversário empatou aos 38. Aos 13 do segundo tempo, Ciel fez 2 a 1, coroando o inédito bicampeonato nacional do Ferroviário.

A campanha do Ferroviário:
24 jogos | 15 vitórias | 9 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Reprodução/CBF

Valencia Campeão da Liga Europa 2004

A Copa da UEFA de 2004 não teve nenhuma mudança no regulamento, que vigorava desde 2000. Mas foi um marco de encerramento, pois foi a última realizada 100% em fases de mata-mata. A partir da temporada seguinte, a UEFA introduziria a fase de grupos. O último vencedor no formato clássico foi o Valencia, clube espanhol que vinha de dois vices na Liga dos Campeões (2000 e 2001) e foi o último (até o momento) que destronou Real Madrid e Barcelona vindo de uma terceira comunidade autônoma.

No mesmo ano de seu último título espanhol, os "murciélagos" (morcegos) disputaram a Copa da UEFA desde a primeira fase, onde enfrentaram o AIK. A primeira partida foi na Suécia, no antigo Rasunda, com vitória por 1 a 0. O segundo jogo aconteceu no Mestalla, e pelo mesmo placar o Valencia avançou.

Na segunda fase, os valencianos encararam o Maccabi Haifa. Na ida em casa, empate sem gols. A classificação veio com a goleada por 4 a 0 fora de casa. Mas o jogo não aconteceu em Israel, e sim em Roterdã, na Holanda. Na terceira fase, a vítima espanhola foi o Besiktas, com vitórias por 3 a 2 no Mestalla, e por 2 a 0 na Turquia.

O Valencia enfrentou nas oitavas de final outro turco, o Gençlerbirligi. O jogo de ida foi em Ancara, na parte asiática da Turquia, e os murciélagos foram derrotados por 1 a 0. A volta ocorreu no Mestalla, mas, apesar da pressão, só um gol foi anotado, pelo atacante Mista. Na prorrogação, aos quatro minutos do primeiro tempo, Vicente Rodríguez fez 2 a 0 e trouxe o alívio da classificação. Nas quartas, as coisas foram mais sossegadas contra o Bordeaux, pois a vaga foi obtida com vitórias por 2 a 1 tanto na França quanto na Espanha.

A semifinal foi num encontro caseiro com o Villarreal. A primeira partida foi em El Madrigal, e o Valencia ficou no empate por 0 a 0. O segundo jogo aconteceu no Mestalla, para 58 mil torcedores. Com um gol anotado logo aos 16 minutos do primeiro tempo, em pênalti convertido por Mista, os valencianos venceram por 1 a 0 e chegaram à final.

A decisão foi entre Valencia e Olympique Marselha, vindo da Liga dos Campeões e que eliminou Dnipro, Liverpool, Internazionale e Newcastle. O estádio escolhido foi o sueco Ullevi, em Gotemburgo. A partida não foi lá muito emocionante porque o Valencia não permitiu que fosse. Aos 45 do primeiro tempo, o artilheiro Mista abriu o placar batendo pênalti. Aos 13 do segundo tempo, Vicente fez 2 a 0 e deu os números finais da conquista inédita e merecida dos valencianos.

A campanha do Valencia:
13 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 5 gols sofridos



Foto Bob Thomas/Getty Images

Porto Campeão da Liga Europa 2003

Portugal chegou ao primeiro título na Copa da UEFA apenas em 2003. O vencedor foi o Porto, que viveu uma de suas melhores eras na primeira metade dos anos 2000, com o auge nas conquistas da Liga dos Campeões e do Mundial em 2004. A temporada também foi marcada por ter sido a última completa do Estádio das Antas (que seria fechado e demolido no começo de 2004). E não menos importante, no comando dos jogadores estava um jovem técnico português muito promissor: José Mourinho.

Os dragões iniciaram a caminhada na primeira fase da Copa da UEFA, diante do Polonia Varsóvia. A classificação foi praticamente garantida  na partida de ida, na goleada por 6 a 0 no Estádio das Antas. Na volta, os portistas perderam por 2 a 0 fora de casa. Na segunda fase, foi a vez pelo Austria Viena. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 na capital austríaca. Na segunda partida, o triunfo foi por 2 a 0 em casa.

Na terceira fase, o Porto enfrentou o Lens, saído da Liga dos Campeões. A ida foi disputada no Estádio das Antas, e os dragões venceram por 3 a 0. Com a classificação encaminhada, bastou ao portugueses segurarem o ímpeto francês no Estádio Félix-Bollaert, que fez apenas 1 a 0 e não conseguiu reverter o confronto. O adversário nas oitavas de final foi o Denizlispor, da Turquia. E mais uma vez a passagem de fase foi tranquila, com goleada por 6 a 1 na ida em casa, e empate por 2 a 2 na volta fora.

Nas quartas de final, os dragões tiveram pela frente o Panathinaikos, e só então que as dificuldades apareceram. O primeiro jogo foi no Estádio das Antas, mas o Porto acabou derrotado por 1 a 0. As coisas ficaram para serem definidas na segunda partida em Atenas. O artilheiro Derlei abriu o placar aos portugueses ainda no primeiro tempo, que levou o confronto à prorrogação, quando Derlei fez 2 a 0.

A semi foi disputada contra a Lazio. Disposto a não repetir o sofrimento da fase anterior, o Porto tratou de ir para cima desde o começo contra os italianos. Com dois gols de Derlei, e um de Maniche e Hélder Postiga, os portugueses golearam a ida nas Antas por 4 a 1. A volta aconteceu no Olímpico de Roma, e a vaga na decisão veio após o empate por 0 a 0 que os azuis seguraram.

A final foi contra o Celtic, que passou por Suduva (Lituânia), Blackburn, Celta de Vigo, Stuttgart, Liverpool e Boavista. A partida foi realizada no Estádio de La Cartuja, à época chamado de Olímpico, em Sevilha, na Espanha. A parada foi dura. Derlei abriu o placar no fim do primeiro tempo, mas os escoceses empataram já na volta do intervalo. Dmitri Alenichev fez o segundo dos dragões aos nove minutos, mas 12 já estava tudo empatado de novo. Foi só na prorrogação, já sem o gol de ouro e a cinco minutos de acabar, que Derlei fez 3 a 2 e confirmou o título português.

A campanha do Porto:
13 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alain Gadoffre/Onze/Icon Sport/Getty Images

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2023

O time feminino do Corinthians chegou a impressionante marca de cinco títulos brasileiros, sendo o de 2023 o quarto consecutivo, um feito inédito. Poderia ter sido mais, pois o clube desde 2017 acumulou sete finais em sequência, mas sendo vice em 2017 e em 2019.

Em comum nesse tempo todo, a presença do técnico Arthur Elias na beira do campo. Em seis anos de trabalho, o profissional conquistou 14 títulos. Tanto sucesso lhe rendeu o maior passo que um treinador pode dar, que é ser contratado pela Seleção Brasileira. O Brasileirão de 2023 foi seu último pelo Timão.

A novidade do campeonato foi a entrada da Globo, que transmitiu boa parte do mata-mata às 16 horas dos domingos. Porém, não exibiu a primeira fase, onde o penta corinthiano começou a ser desenhado. A estreia foi na goleada por 14 a 0 sobre o Ceará. Cinco vitórias e um empate depois, veio a primeira das duas derrotas, por 2 a 0 para o Internacional fora. A outra foi na 12ª rodada, por 1 a 0 para o Avaí Kindermann em Santa Catarina.

Em 15 partidas, o Corinthians venceu 12 e empatou uma. Com 37 pontos, terminou a primeira fase na liderança. As outras sete vagas ficaram, na ordem, com Palmeiras, Ferroviária, Santos, Flamengo, Internacional, São Paulo e Cruzeiro. Nas quartas, o Timão passou pelo time cruzeirense com vitórias por 2 a 1 em Minas Gerais, e por 4 a 2 no Parque São Jorge.

Depois da pausa para a Copa do Mundo (onde o Brasil caiu na fase de grupos), a semifinal foi realizada entre Corinthians e Santos. O primeiro jogo aconteceu na Vila Belmiro, mas a vitória ficou com o alvinegro da capital, por 3 a 0. Na segunda partida, o triunfo foi por 2 a 0 em São Paulo.

Na final, o Timão enfrentou a Ferroviária, bicampeã brasileira que eliminou Internacional e São Paulo no mata-mata. Foi esta equipe que impôs o vice corinthiano em 2019, então havia um certo clima de revanche. A ida foi realizada na Fonte Luminosa, em Araraquara, terminando empatada por 0 a 0.

A volta foi na Neo Química Arena, diante do novo recorde de público de 42 mil torcedores, mas quem saiu na frente do placar foi a Ferroviária, com menos de 15 minutos. O Corinthians pressionou até conseguiu o empate, no gol de cabeça de Jheniffer, a artilheira do time. No segundo tempo, Tamires anotou o gol da virada: 2 a 1 e ponto final.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 17 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 66 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Nayra Halm/Staff Images Woman/CBF