Olimpia Campeão da Supercopa Libertadores 1990

O ano de 1990 foi o melhor da história do Olimpia. O clube conseguiu na mesma temporada levar os títulos tanto da Libertadores quanto da Supercopa, sendo esta a única conquista fora do eixo Argentina-Brasil no campeonato, que chegava em sua terceira edição com o número de 13 participantes, visto que a Conmebol puniu o Atlético Nacional por manipulação de resultados no mesmo ano. Desta forma, o regulamento voltou a ser confuso como em 1988, com um clube avançado direto das oitavas de final para a semifinal, no caso o Estudiantes, e o defensor do título Boca Juniors entrando já nas quartas.

Entretanto, quem brilhou desde o começo foi o Olimpia. Os paraguaios enfrentaram o River Plate nas oitavas. Na ida, perderam por 3 a 0 no Monumental, em Buenos Aires. Na volta, no Defensores del Chaco, devolveram os 3 a 0 em grande atuação. Nos pênaltis, a virada foi consumada por 4 a 3.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Racing. A primeira partida foi realizada em Assunção, e ficou empatada por 1 a 1. O segundo jogo aconteceu em Avellaneda, no El Cilindro. Fora de casa, o Olimpia conseguiu outra belíssima atuação, e com mais uma vitória por 3 a 0 conseguiu a classificação.

O próximo confronto do Olimpia foi contra o Peñarol. O primeiro jogo foi no Centenario, em Montevideú, e o time paraguaio perdeu por 2 a 1. De novo com a necessidade de vencer no Defensores del Chaco, a equipe sacou do bolso mais um desempenho de luxo e goleou os uruguaios por 6 a 0, com dois gols de Gabriel González, dois de Raúl Amarilla, um de Silvio Suárez e um de Virginio Cáceres.

A decisão da Supercopa foi entre Olimpia e Nacional do Uruguai, que deixou para trás Independiente, Argentinos Juniors e Estudiantes. A ida aconteceu no Centenario, e os paraguaios encaminharam o título ao vencerem por 3 a 0, gols de González, Amarilla e Adriano Samaniego. A volta foi no Defensores del Chaco, com o Olimpia confirmando o título ao empatar por 3 a 3.

A campanha do Olimpia:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Olimpia

Boca Juniors Campeão da Supercopa Libertadores 1989

A primeira edição da Supercopa Libertadores foi aprovada, apesar do regulamento confuso. O que já era esperado, visto que foram 13 participantes em mata-mata. Para 1989, a competição ganharia mais um representante, vencedor da Libertadores naquele ano e que a Conmebol tratou de rapidamente inscrever no torneio, que foi repassado para o segundo semestre da temporada.

Com 14 times, o chaveamento da Supercopa ficou mais amigável, com seis confrontos nas oitavas de final e duas equipes já colocadas nas quartas, o então campeão Racing e o Boca Juniors. A sorte xeneize já estava em alta desde o sorteio das partidas. O clube estava adormecido desde o bi da Libertadores em 1978, e o título da Supercopa deu um alento ao torcedor.

A campanha do Boca teve início exatamente contra o Racing. O primeiro confronto foi disputado em La Bombonera, mas acabou empatado por 0 a 0. A vitória precisaria vir em Avellaneda. A segunda partida aconteceu no El Cilindro, e o xeneize conseguiu a classificação ao fazer 2 a 1 no rival.

O adversário argentino na semifinal foi o Grêmio. Um ano antes, os brasileiros foram algozes do Boca nas oitavas de final, portanto esta acabou sendo a revanche. Na ida, no Olímpico Monumental, em Porto Alegre, empate sem gols. A volta foi em Buenos Aires, com La Bombonera lotada. Em 24 minutos, Claudio Marangoni e José Luis Cuciuffo anotaram os gols da vitória por 2 a 0.

A final foi entre Boca Juniors e Independiente, que passou por Santos, Atlético Nacional e Argentinos Juniors. A primeira partida foi realizada em La Bombonera, terminando com mais um empate por 0 a 0. O segundo jogo ocorreu na Doble Visera, em Avellaneda, e novamente os dois times não conseguiram balançar as redes. Nos pênaltis, o goleiro Navarro Montoya defendeu a quarta cobrança do Independiente, Blas Giunta converteu a última batida xeneize e os demais jogadores não erraram nenhuma outra. O Boca levou o título invicto da Supercopa por 5 a 3. 

A campanha do Boca Juniors:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 4 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/Boca Juniors

Racing Campeão da Supercopa Libertadores 1988

A Conmebol viveu apenas com a Libertadores entre 1960 e 1987, em contrapartida às quatro competições que a co-irmã UEFA organizava na época. Foi com um pouco deste pensamento que a entidade criou, a partir de 1988, a Supercopa Libertadores, conhecida oficialmente como Supercopa Sul-Americana. A premissa do torneio era básica: todos os campeões da Libertadores tinham o direito de participar.

Portanto, no ano de estreia, eram 13 os clubes aptos a disputar a Supercopa, no primeiro semestre de 1988. O regulamento era o mata-mata puro e seu vencedor tinha vaga garantida na Recopa Sul-Americana, que também viria a nascer em 1989. A primeira equipe a erguer a taça veio da Argentina, sendo justamente aquela que estava há mais tempo sem conquistar a Libertadores: o Racing.

Como o chaveamento de 13 times não era perfeito, a primeira edição teve uma bizarrice envolvendo o próprio Racing. O time estreou nas oitavas de final contra o Santos, vencendo a ida por 2 a 0 no El Cilindro, em Avellaneda, e empatando a volta por 0 a 0 na Vila Belmiro. Assim, "la academia" estava classificada às quartas, não é? Errado, o time avançou direto à semifinal!

A explicação é que a Conmebol fez a primeira fase com 12 equipes. Destas, seis foram se juntar ao Nacional do Uruguai na etapa seguinte. O problema é que entre sete times, um ficou sem confronto e passou diretamente à semifinal. No sorteio, o Racing foi quem teve essa sorte. Contra o River Plate, venceu a ida por 2 a 1 em Avellaneda, e empatou a volta por 1 a 1 em Buenos Aires.

A final foi contra o Cruzeiro, que eliminou Independiente, Argentinos Juniors e Nacional. O primeiro jogo foi no El Cilindro, e o Racing venceu por 2 a 1, gols de Walter Fernández e Miguel Colombatti. A segunda partida aconteceu no Mineirão. Omar Catalán abriu o placar no primeiro tempo e deixou la academia com a mão na taça. Os brasileiros empataram em 1 a 1 na segunda etapa, mas o placar foi insuficiente para tirar a conquista histórica do Racing.

A campanha do Racing:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Sevilla Campeão da Liga Europa 2023

Quem é rei... Em 2023, o Sevilla chegou ao hepta da Liga Europa, tal qual aqueles filmes em que o protagonista sempre volta para reconquistar o que lhe pertence. Nesta sétima oportunidade, o roteiro  rojiblanco repetiu 2016, na campanha do quinto título, quando o clube veio da eliminação na Liga dos Campeões.

Na outra competição, o Sevilla não fez frente à Manchester City e Borussia Dormund. Com uma vitória solitária, superou o Copenhagen por dois pontos e terminou a fase de grupos em terceiro lugar no grupo G, garantindo lugar no mata-mata intermediário com os vices de chave na Liga Europa.

A jornada começou contra o PSV Eindhoven. O time espanhol venceu a ida por 3 a 0 no Ramón Sánchez Pizjuán, e perdeu a volta por 2 a 0 na Holanda. Nas oitavas de final, o adversário foi o Fenerbahçe. Na primeira partida, vitória por 2 a 0 em casa. No segundo jogo, a classificação foi confirmada com mais uma derrota, por 1 a 0 na Turquia.

Nas quartas, os rojiblancos enfrentaram o Manchester United. A ida foi realizada no Old Trafford, e o que parecia caminhar para uma derrota complicada tornou-se um bom empate por 2 a 2. Tudo porque os ingleses anotaram dois gols contra aos 39 e aos 47 minutos do segundo tempo. Na volta, bastou ao Sevilla vencer por 3 a 0 no Ramón Pizjuán.

A semifinal foi disputada contra a Juventus. O primeiro jogo ocorreu fora de casa, em Turim. Youssef En-Nesyri abriu o placar aos espanhóis no primeiro tempo, mas os italianos buscaram o 1 a 1 no último lance da segunda etapa. A segunda partida foi no Ramón Pizjuán, e desta vez foi o adversário que largou na frente, já no segundo tempo. Suso empatou aos 26 minutos. Na prorrogação, Erik Lamela virou para 2 a 1 no quinto giro da primeira etapa.

A sétima final do Sevilla foi contra a Roma, que bateu Ludogorets, HJK Helsinque, Red Bull Salzburg, Real Sociedad, Feyenoord e Bayer Leverkusen. O jogo foi realizado em Budapeste, na Puskás Arena. Os italianos marcaram no primeiro tempo, mas o rojiblanco não se deu por vencido e empatou em 1 a 1 aos dez do segundo tempo, no gol contra de Gianluca Mancini. A prorrogação ficou zerada, e nos pênaltis Yassine Bounou fez duas defesas. Por 4 a 1, o Sevilla foi heptacampeão da Liga Europa.

A campanha do Sevilla:
9 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 14 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Nikola Krstic/MB Media/Getty Images

Fluminense Campeão da Libertadores 2023

Só dá Brasil! Em 2023, o país emplacou seu quinto título consecutivo da Libertadores, um recorde que nenhuma outra nação sul-americana atingiu em 63 anos. Desta vez, a taça fica com um campeão inédito, o Fluminense, que exorcizou o último fantasma que o assombrava, o do vice em 2008.

Sob o comando de Fernando Diniz, que em paralelo também dirigiu a Seleção Brasileira, o tricolor carioca atingiu a façanha histórica com uma grande campanha, marcada tanto por momentos de domínio quanto por momentos de emoção e drama. A primeira fase foi disputada no grupo D, contra River Plate, Sporting Cristal e The Strongest. Em seis partidas, o Fluminense venceu três, empatou uma e perdeu duas. O time somou dez pontos assim como os argentinos, mas o saldo de gols deu a lideranças aos cariocas, principalmente devido a goleada por 5 a 1 sobre o próprio River no Maracanã.

Nas oitavas de final, o Flu enfrentou o Argentinos Juniors. O primeiro jogo ficou empatado por 1 a 1 em Buenos Aires. Na segunda partida, vitória por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Olimpia com mais dois triunfos, por 2 a 0 em casa, e por 3 a 1 no Paraguai.

Na semifinal, o rival foi o Internacional. A ida foi no Maracanã e, com um jogador a menos, o tricolor buscou o empate por 2 a 2. A volta foi no Beira-Rio e, de virada nos minutos finais, o Fluminense venceu por 2 a 1 e chegou em sua segunda decisão. Cano e John Kennedy anotaram os gols.

A final foi contra o Boca Juniors, que bateu Nacional-URU, Racing e Palmeiras. No Maracanã em jogo único, o Flu saiu na frente com Cano - artilheiro da competição - no primeiro tempo. Os argentinos empataram na segunda etapa, e a disputa foi à prorrogação. Foi quando, aos 11 do primeiro tempo, John Kennedy soltou a bomba e fez 2 a 1 para o Fluminense, que soube segurar o resultado até o apito final para ser enfim campeão da América.

A campanha do Fluminense:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Ricardo Moraes/Reuters

Eintracht Frankfurt Campeão da Liga Europa 2022

Em 2022, a Liga Europa passou por mudanças. Juntamente com o fim da regra do gol marcado fora de casa, a UEFA decidiu desinchar a competição, dividindo-a com a novíssima Liga Conferência, terceiro torneio da entidade. O número de participantes, que em 2021 bateu 213, caiu para 58. O regulamento passou a contar com só uma etapa preliminar e um mata-mata antes da fase de grupos, que caiu de 12 para oito chaves, com os líderes dos grupos avançando já para as oitavas de final, os vices ficando em uma terceira fase para jogar com os eliminados da Champions e os terceiros passando à Conferência.

O título ficou com o Eintracht Frankfurt, que voltou a erguer uma taça continental depois de 42 anos. A campanha do time começou no grupo D, contra Olympiacos, Fenerbahçe e Royal Antwerp. Na estreia, empate por 1 a 1 com os turcos em casa, no Waldstadion. A sequência teve vitórias por 1 a 0 sobre os belgas fora, e por 3 a 1 e 2 a 1 sobre os gregos, primeiro em casa, depois em Atenas. A série foi encerrada com empates por 2 a 2 com o Atwerp na Alemanha, e por 1 a 1 com o Fenerbahçe em Istambul. Com 12 pontos, "die adler" (as águias) se classificou na liderança.

Nas oitavas de final, o Eintracht enfrentou o Real Betis. Na ida, venceu por 2 a 1 no Benito Villamarín, em Sevilha. Na volta em casa, os alemães levaram um gol dos espanhóis aos 45 minutos do segundo tempo, e o empate por 1 a 1 da classificação só veio no último minuto da prorrogação.

Nas quartas, o adversário foi o Barcelona. O primeiro jogo foi no Waldstadion, terminando com empate por 1 a 1. A segunda partida foi no Camp Nou, que contou com uma invasão de mais de 30 mil alemães na arquibancada. E o Eintracht venceu por 3 a 2, com dois gols de Filip Kostic e um de Rafael Borré.

Na semifinal, as águias enfrentaram o West Ham. Na primeira partida, no Olímpico de Londres, vitória alemã por 2 a 1, gols de Ansgar Knauff e Daichi Kamada. No segundo jogo, no Waldstadion, a classificação foi confirmada com vitória por 1 a 0, gol de Borré.

A final foi disputada contra o Rangers, que eliminou Alashkert, Sparta Praga, Brondby, Borussia Dortmund, Estrela Vermelha, Braga e RB Leipzig. A partida aconteceu no Ramón Sánchez Pizjuán, em Sevilha. O Eintracht saiu perdendo no segundo tempo, mas buscou o empate por 1 a 1 com Borré. Nos pênaltis, Kevin Trapp defendeu uma cobrança, dando o título invicto aos alemães pelo placar de 5 a 4.

A campanha do Eintracht Frankfurt:
13 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Javier Soriano/AFP/Getty Images

Villarreal Campeão da Liga Europa 2021

A Liga Europa mais estranha de todos os tempos teve mais um campeão inédito, com um velho vencedor em seu comando. Aconteceu em 2021, ainda em meio a pandemia de covid-19, que seguia obrigando que quase todas as partidas ocorressem sem público nos estádios.

O título seguiu na Espanha, mas pelas mãos do Villarreal, que até então possuía apenas uma terceira divisão espanhola em 1970 (atualmente é o quarto nível). Mas muito da conquista foi possível porque no comando do clube valenciano estava Unai Emery, que levou o Sevilla às taças de 2014, 2015 e 2016 e repetiu a façanha com uma das campanhas mais arrasadoras já vistas.

A jornada do "submarino amarillo" iniciou no grupo I, contra Maccabi Tel Aviv, Sivasspor e Qarabag. A primeira fase foi muito tranquila, começando pela vitória por 5 a 3 sobre os turcos no El Madrigal. Depois, foi a vez de bater o adversário do Azerbaijão por 3 a 1 fora e golear os israelenses por 4 a 0 em casa. No returno, o Villarreal empatou por 1 a 1 com o Maccabi venceu o Sivasspor por 1 a 0 fora. No fim, sobrou ainda um triunfo por W.O. (3 a 0) sobre o Qarabag, porque parte do time contraiu covid-19. Com 16 pontos, os espanhóis se classificaram em primeiro lugar na chave.

Na fase seguinte, o submarino passou pelo Red Bull Salzburg com vitórias por 2 a 0 na Áustria, e por 2 a 1 no El Madrigal. Nas oitavas de final, o adversário foi o Dínamo Kiev. Na ida, o Villarreal venceu mais uma vez por 2 a 0, agora na Ucrânia. Na volta em casa, o time repetiu os 2 a 0 e avançou.

O oponente do Villarreal nas quartas foi o Dínamo Zagreb, e outra vez o confronto foi aberto fora de casa. E outra vez os amarelos venceram, por 1 a 0 na Croácia. No segundo jogo, 2 a 1 para os espanhóis no El Madrigal. Na semifinal, o submarino seguiu inivicto e eliminou o Arsenal. Na ida, vitória por 2 a 1 em casa, com gols de Manu Trigueros e Raúl Albiol. Na volta, empate por 0 a 0 em Londres.

Sem nenhum torcedor poder ver o time atuar em casa, o Villarreal chegou na decisão contra o Manchester United. Os ingleses passaram por Real Sociedad, Milan, Granada e Roma. A partida aconteceu no Estádio Miejski, em Gdansk, na Polônia. Pouco mais de nove mil torcedores assistiram (25% da capacidade) Gerard Moreno abrir o placar para o submarino aos 29 minutos do primeiro tempo. O adversário fez 1 a 1 na segunda etapa, e o resultado foi esse até os intermináveis pênaltis. Depois de 22 cobranças, os espanhóis venceram por 11 a 10 e chegaram ao título histórico e invicto.

A campanha do Villarreal:
15 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 31 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Boris Streubel/UEFA/Getty Images