Fluminense Campeão da Recopa Sul-Americana 2024

O Fluminense acaba com seu último fantasma e é campeão da Recopa Sul-Americana de 2024. O 13º título do futebol brasileiro no torneio veio em cima da LDU Quito, em um acerto de contas que era esperado desde 2009, quando o clube carioca foi vice da Copa Sul-Americana para os equatorianos, e um ano antes também da Libertadores.

O primeiro fantasma extirpado foi o da Libertadores, conquistada em 2023 em cima do Boca Juniors. Quando o tricolor foi campeão, já sabia que o rival na Recopa seria a LDU Quito, que foi bi da Copa Sul-Americana sobre o Fortaleza.

A partida de ida aconteceu no Equador, no Estádio Casa Blanca, em Quito. Atuando mais na defesa, o Fluminense conseguiu segurar a LDU até quase o fim, mas sofreu um gol de escanteio aos 47 minutos do segundo tempo e perdeu por 1 a 0.

A volta foi realizada no Maracanã, e o Flu partiu ao ataque. Os equatorianos tentavam parar o jogo a todo instante, enquanto os cariocas empilhavam chances de gol. Mas eles só saíram no segundo tempo, e pelo mesmo jogador. Jhon Arias fez o primeiro de cabeça, aos 31 minutos, e o segundo de pênalti, aos 45, quando o Fluminense estava com um atleta a menos em campo. O colombiano marcou 2 a 0, que revertendo a desvantagem e confirmou o título inédito ao tricolor.


Foto Lucas Merçon/Fluminense

Hamburgo Campeão da Recopa Europeia 1977

A Recopa Europeia chega a 1977 com uma pequena mudança no regulamento. Na verdade, foi um retorno, o da fase preliminar, em função de volta ao número de 33 participantes após alguns anos ocorrendo com 32. O título nesta temporada volta à Alemanha, por meio do Hamburgo.

Um dos mais tradicionais times alemães, "die rothosen" (os calções vermelhos) foram bicampeões da Copa da Alemanha em 1976, iniciando o caminho rumo ao primeiro título continental do clube. Na primeira fase, o adversário foi o Keflavík, da Islândia. A ida foi jogada no antigo Volksparkstadion, com vitória do Hamburgo por 3 a 0. Na volta, empate por 1 a 1 fora de casa.

O adversário seguinte foi o Heart of Midlothian, nas oitavas de final. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha, e o Hamburgo conseguiu uma boa vitória por 4 a 2. A segunda partida foi disputada na Escócia, e a vantagem alemã ficou ainda maior, pois a equipe goleou por 4 a 1.

Nas quartas, foi a vez de encarar o MTK Budapeste. A partida de ida foi realizada na Hungria, e o Hamburgo garantiu o empate por 1 a 1 fora de casa. O jogo de volta ocorreu no Volksparkstadion, e a classificação alemã veio com mais uma goleada por 4 a 1.

Na semfiinal, o Hambrugo teve um confronto difícil contra o Atlético de Madrid. O primeiro jogo aconteceu no Vicente Calderón, mas os alemães não renderam o esperado e saíram derrotados por 3 a 1. Na segunda partida, os jogadores tiveram que correr o dobro no Volksparkstadion. O esforço deu certo, pois o Hamburgo venceu por 3 a 0 e reverteu a desvantagem.

A decisão da Recopa Europeia de 1977 foi entre Hamburgo e Anderlecht, que defendia o título e havia passado por Roda JC, Galatasaray, Southampton e Napoli. A partida ocorreu no Estádio Olímpico de Amsterdã, sendo definida próximo ao fim do segundo tempo. Aos 33 minutos, os belgas cometeram pênalti, que foi convertido por Georg Volkert. Aos 43 minutos, Felix Magath fez 2 a 0 e sacramentou o título do Hamburgo.

A campanha do Hamburgo:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Hamburgo

Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1976

É possível dizer que a Recopa Europeia era o campeonato mais democrático da UEFA, dada a variedade de países e clubes que a conquistaram. Até 1977, apenas o Milan conseguiu ser campeão mais de uma vez. O segundo time a atingir o feito foi o Anderlecht, em 1978. Mas como antes do dois vem o um, é preciso contar sobre a primeira taça belga, em 1976.

A equipe alviroxa chegou na Recopa depois da conquista da Copa da Bélgica de 1975. E a campanha já começou com emoção. Na primeira fase, contra o Rapid Bucareste, o Anderlecht perdeu a primeira partida por 1 a 0 na Romênia. No segundo jogo, no Estádio Émile Versé, em Bruxelas, vitória por 2 a 0, com Gilbert Van Binst e Rob Rensenbrink fazendo os gols da virada.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Borac Banja Luka, da Iugoslávia. Na ida, vitória por 3 a 0 em Bruxelas. Na volta, derrota por 1 a 0 fora de casa, sem sufoco. Nas quartas, o Anderlecht passou pelo Vrexham, do País de Gales, ao também vencer o primeiro jogo em casa, por 1 a 0, e empatar a segunda partida por 1 a 1 fora.

Na semifinal, o Anderlecht encarou o Sachsenring Zwickau, da Alemanha Oriental, no confronto mais dominante dos belgas no torneio. Na ida, vitória por 3 a 0 em território alemão. Na volta, o placar foi de 2 a 0 no Émile Versé, que colocou o clube da Bélgica na decisão inédita.

A final chegou, e o Anderlecht enfrentou o West Ham, que bateu Reipas Lahti, Ararat Yerevan, Den Haag e Eintracht Frankfurt. A maré era favorável aos belgas, tanto que a partida estava marcada para Bruxelas, no Estádio de Heysel. Em casa e com a ampla a maioria dos torcedores, os roxos dominaram os ingleses, não sem antes passar algum susto com o adversário abrindo o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Rensenbrink e François Van Der Elst viraram aos 42 e aos três do segundo tempo, porém o rival empatou mais uma vez. Aos 28 e aos 43, Rensenbrink e Van Der Elst tiveram que anotar mais um gol cada para confirmar a vitória por 4 a 2 e o título da Recopa.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Gerard Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Dínamo Kiev Campeão da Recopa Europeia 1975

A Recopa Europeia seguiu em alta no Leste Europeu em 1975. Uma temporada depois de o título ter ficado na Alemanha Oriental, foi a vez da União Soviética faturar a taça pela primeira vez. A missão coube ao Dínamo Kiev, com o chamado "futebol científico" praticado pelo técnico Valeriy Lobanovskyi.

Atualmente representado a Ucrânia, o Dínamo Kiev foi um dos clubes mais vencedores da União Soviética. Em 1973, os "bilo-syni" (alviazuis) foram vices da Copa Soviética, mas como o campeão Ararat Yerevan também faturou a liga nacional e foi à Liga dos Campeões, o time herdou a vaga na Recopa. Na primeira fase, eliminaram o CSKA Sofia com vitórias por 1 a 0, em Kiev e na Bulgária.

Nas oitavas de final, o Dínamo enfrentou o Eintracht Frankfurt. A primeira partida aconteceu na Alemanha, no Waldstadion, mas os soviéticos não se intimidaram e venceram por 3 a 2, de virada. O segundo jogo foi no Estádio Central de Kiev (atualmente Estádio Olímpico), e novo triunfo por 2 a 1 colocou os soviéticos nas quartas.

A próxima parada azul foi na Turquia, contra o Bursaspor. A campanha do Dínamo seguiu arrasadora com a vitória por 1 a 0 na ida fora, gol marcado por Volodymyr Onyshchenko. A volta foi disputada em Kiev, e os soviéticos voltaram a vencer, por 2 a 0, gols de Viktor Kolotov e Volodymyr Muntyan.

Na semifinal, o adversário foi o PSV Eindhoven. O primeiro jogo foi no Central de Kiev, para 100 mil torcedores. Kolotov, Onyshchenko e Oleg Blokhin anotaram os gols de um dos maiores triunfos da história do Dínamo, por 3 a 0. A segunda partida foi na Holanda. A grande vantagem permitiu ao Dínamo perder por 2 a 1 no Estádio Philips, o que impediu o título com 100% de aproiveitamento.

Na final, o Dínamo Kiev encarou o Ferencváros, que superou Cardiff City, Liverpool, Malmö e Estrela Vermelha. A partida aconteceu na Suíça, no Estádio St. Kakob, na Basileia. Sem dar chances aos húngaros, os soviéticos venceram por 3 a 0, com dois gols de Onyshchenko e um de Blokhin.

A campanha do Dínamo Kiev:
9 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo Photopress/Keystone/Bridgeman Images

Magdeburg Campeão da Recopa Europeia 1974

O ano de 1974 foi o auge do futebol alemão. Mas não é da Alemanha que você está pensando, e sim da Alemanha Oriental, país que existiu entre 1949 e 1990. Primeiramente, pela participação na Copa do Mundo, justamente na nação irmã capitalista, inclusive derrotando-a na fase de grupos inicial. Depois, pelo título do Magdeburg na Recopa Europeia, sendo a única taça continental que o lado socialista viu em sua existência.

Vencedor da Copa da Alemanha Oriental de 1973, o Magdeburg iniciou a campanha na Recopa contra o NAC Breda, da Holanda. No primeiro jogo, empatou por 0 a 0 em Roterdã. Na segunda partida, venceu por 2 a 0 no antigo Estádio Ernst Grube, na própria cidade de Magdeburg.

Nas oitavas de final, "der blau" (os azuis) enfrentaram o Baník Ostrava, da Tchecoslováquia. Na ida, fora de casa, a equipe alemã foi derrotada por 2 a 0. Na volta, a reação começou com gols de Wolfgang Abraham e Martin Hoffmann. Na prorrogação, o ídolo Jürgen Sparwasser fez 3 a 0 e classificou o Magdeburg às quartas.

O adversário na próxima fase foi o Beroe Stara Zagora, da Bulgária. Desta vez a primeira partida aconteceu no Ernst Grube, com vitória do Magdeburg por 2 a 0. O segundo jogo foi disputado em solo búlgaro, terminando empatado por 1 a 1.

Na semifinal, o Magdeburg enfim atuou do outro lado do muro, contra o Sporting. Na ida, empate por 1 a 1 no José Alvalade, em Lisboa. Na volta, Jürgen Pommerenke e Sparwasser fizeram os gols da vitória por 2 a 1 que colocou os alemães na decisão.

A final quase foi 100% alemã, mas o Borussia Mönchengladbach caiu na semi para o Milan. Os italianos também bateram Dínamo Zagreb, Rapid Viena e PAOK. A partida aconteceu no De Kuip, em Roterdã, e o Magbenurg colocou os italianos na roda. Com gol contra de Enrico Lanzie a favor de Wolfgang Seguin, o time fez 2 a 0 e confirmou a maior conquista da história da Alemanha Oriental.

A campanha do Magdeburg:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Zentralbild

Milan Campeão da Recopa Europeia 1973

Em 1973, a Recopa Europeia voltou ao patamar de 32 participantes e também saiu do domínio britânico, com o Milan conquistando o bicampeonato depois de cinco anos. O título europeu foi possível a partir da conquista de outro bi, o da Copa da Itália em 1972.

A campanha invicta do clube rossonero teve início contra o Red Boys Differdange, de Luxemburgo, na primeira fase. No primeiro jogo, goleada milanista por 4 a 1 fora de casa. Na segunda partida, a vitória foi por 3 a 0 no San Siro.

Nas oitavas de final, o Milan enfrentou o Legia Varsóvia. A ida foi disputada na Polônia, e ficou no empate por 1 a 1. A volta aconteceu em Milão, sendo mais difícil que o esperado. No tempo normal, o rossonero não conseguiu sair de outro empate por 1 a 1, tendo que jogar a prorrogação. Aos 13 minutos do segundo tempo, Luciano Chiarugi fez 2 a 1 e classificou os italianos.

O adversário nas quartas de final foi o Spartak Moscou. A primeira partida foi realizada na União Soviética, com vitória do Milan por 1 a 0, gol marcado por Luciano Chiarugi. O segundo jogo foi no 
San Siro, com os italianos fazendo o mínimo para garantir mais uma classificação, no empate por 1 a 1.

Na semifinal, mais um oponente que veio do leste: o Sparta Praga, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo aconteceu na Itália, e o rossonero conseguiu a vantagem mínima ao vencer por 1 a 0, gol anotado por Chiarugi no segundo tempo. A segunda partida foi realizada na capital tchecoslovaca, e o Milan conseguiu segurar a pressão. Aos 29 minutos da etapa final, o artilheiro Chiarugi voltou a marcar e os italianos venceram novamente por 1 a 0.

De volta à decisão, o Milan enfrentou o Leeds United, que eliminou Ankaragücü, Carl Zeiss Jena, Rapid Bucareste e Hajduk Split. O local escolhido para a partida foi a grega Tessalônica, no Estádio Kaftanzoglio. Disposto a resolver tudo cedo, o rossonero foi ao ataque e chegou ao gol do título logo aos cinco minutos, de novo com Chiarugi. Depois, bastou conter os ingleses e segurar o 1 a 0.

A campanha do Milan:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Corinthians Campeão da Supercopa do Brasil Feminina 2024

Como tem acontecido desde 2022, a Supercopa do Brasil abriu a temporada do futebol feminino de 2024. A competição de tiro curto é simples, com oito times se enfrentando em mata-mata de mão única. O critério de seleção dos times também é básico: a melhor equipe por Estado no Brasileirão do ano anterior, ou que obteve o acesso na Série A2.

Para a terceira edição da Supercopa, apenas seis Estados atingiram o critério, portanto os dois melhores no ranking ficaram com duas vagas. São Paulo teve Corinthians e Ferroviárias como representantes, enquanto o Rio de Janeiro ficou com Flamengo e Fluminense. Completaram o torneio Internacional, Cruzeiro, Avaí/Kindermann e Real Brasília. Os confrontos e os mandos de campo nas quartas de final foram definidos por sorteio, enquanto semifinal e final foram ditadas pela campanha nas fases anteriores.

O título ficou pela terceira vez com o Corinthians, agora sob o comando do técnico Lucas Piccinato. Nas quartas de final, a equipe venceu o Internacional por 4 a 2 no Beira-Rio. Na semifinal, na Neo Química Arena, foi a vez de fazer 2 a 0 na Ferroviária, que havia eliminado o Flamengo.

A decisão foi disputada contra o Cruzeiro, que passou pelo Real Brasília e pelo Avaí/Kindermann (que havia batido o Fluminense). A partida também foi disputada na Neo Química Arena, pois o Corinthians tinha a melhor campanha graças aos gols marcados. As mineiras bem que tentaram, tendo inclusive dois gols anulados, mas as alvinegras chegaram em mais uma conquista com vitória simples, por 1 a 0, no gol de falta marcado por Duda Sampaio no início do segundo tempo.

A campanha do Corinthians:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 7 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Leo Sguacabia/Staff Images/CBF