Joinville Campeão Catarinense 1978

Em 1978, o Joinville deu início a maior hegemonia já vista de um só clube em Santa Catarina. A conquista da segunda taça abriu caminho para o que culminaria no octacampeonato na década seguinte.

A competição teve 15 times. Na primeira fase, 12 disputaram dois turnos entre si, com classificação dividida em três grupos. Os dois primeiros de cada chave avançaram ao grupo dos vencedores da terceira fase e a melhor campanha se garantiu no hexagonal final, além do direito de pular a segunda etapa. Esta segunda fase contou os três times que estavam no Brasileirão (Chapecoense, Figueirense e Joinville) e os cinco melhores da fase anterior em dois quadrangulares, que valeram duas vagas à decisão. Os outros seis disputaram um hexagonal que valeu um lugar ao grupo dos vencedores. A terceira fase teve a chave dos vencedores com dez times e a repescagem com os cinco que sobraram do hexagonal, tudo em dois turnos. Os dois melhores ainda sem vaga na final se classificaram, com um ponto extra para o líder do grupo. Na repescagem, o líder ficou com a última passagem à decisão. Finalmente, toda essa maratona acabou no hexagonal que definiu o campeão em dois turnos.

O regulamento era complicado e o campeonato foi longo, mas o JEC só entrou na segunda fase, quando o Brasileiro já havia terminado. No grupo E, o time jogou seis partidas, com três vitórias e três empates. Foram somados nove pontos, que valeram a liderança e a classificação direta ao hexagonal final, à frente de Palmeiras de Blumenau, Chapecoense e Marcílio Dias.

No grupo dos vencedores, o Joinville fez mais 18 jogos. Na estreia, fez 4 a 0 no Operário de Mafra em casa. Depois, acumulou mais dez vitórias, cinco empates e duas derrotas. A campanha deixou o JEC mais uma vez em primeiro lugar, com 27 pontos e o bônus para a etapa decisiva.

Além do Joinville, o hexagonal teve Criciúma (pela primeira fase), Inter de Lages (pela segunda fase), Chapecoense, Joaçaba (ambos pela terceira fase) e Avaí (pela repescagem). Mas o clube da capital abandonou o campeonato e a Federação Catarinense anulou seus jogos. Assim, a estreia do JEC deixou de ser a derrota por 2 a 1 para o Avaí fora e passou a ser o empate por 1 a 1 com o Criciúma em casa.

A disputa pelo título foi contra Criciúma e Chapecoense, e o ponto extra fez a diferença. O empate em casa por 2 a 2 com os alviverdes na penúltima rodada fez o Joinville ir a dez pontos ante sete dos adversários, além de nove pontos dos carvoeiros. Na última rodada, o JEC perdeu por 1 a 0 para o Inter em Lages, porém contou com a vitória da Chapecoense sobre o Criciúma para ser campeão.

A campanha do Joinville:
32 jogos | 17 vitórias | 11 empates | 4 derrotas | 37 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Orestes Araújo/Placar

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1978

O Santa Cruz não tomou conhecimento dos adversários no Campeonato Pernambucano de 1978. O 16º título clube foi conquistado com uma campanha quase perfeita, com mais de 100 gols em 25 jogos.

O torneio foi realizado com oito participantes e uma ausência importantíssima. Então campeão, o Sport saiu da disputa devido a uma briga entre dirigentes do clube e da Federação Pernambucana. Quem ficou jogou uma competição de três fases. Na primeira e na segunda, os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram para um quadrangular que definiu uma vaga na decisão. Na terceira etapa, as seis melhores campanhas somadas atuaram em mais um turno, com os quatro primeiros avançando ao quadrangular para apontar o terceiro finalista.

Mas não foi preciso fazer uma final. Na estreia da primeira fase, o Santa Cruz goleou o Santo Amaro por 7 a 0. Depois, venceu todas as seis partidas restantes, com direito a outro 7 a 0 sobre o Íbis e 8 a 0 sobre o Caruaru. Com 14 pontos, a cobra-coral liderou e foi ao quadrangular, onde empatou com o Ferroviário de Recife, venceu América e Náutico, e conseguiu a vaga na decisão com cinco pontos.

Na segunda fase, o Santa iniciou com uma vitória mais modesta sobre o Santo Amaro, por 4 a 1. Nos demais jogos, perdeu um e ganhou cinco, com mais goleadas históricas: 13 a 0 sobre o Íbis, 8 a 0 sobre o Caruaru e 9 a 1 sobre o Central. A equipe somou 12 pontos e passou ao quadrangular em segundo lugar. Na reta final, três vitórias sobre Santo Amaro, América e Náutico deram a liderança com seis pontos ao time cobra-coral, além de um ponto extra na decisão.

O Santa Cruz iniciou a terceira fase fazendo 4 a 0 no Caruaru. Na sequência, seguiu com mais três vitórias e um empate, com goleadas menores que as anteriores: 6 a 0 sobre o América e 5 a 0 sobre o Santo Amaro. A equipe ficou em primeiro com nove pontos e foi mais uma vez para o quadrangular.

Para o Santa, o quadrangular da terceira fase valia o título antecipado. Na estreia, o time voltou a golear o América por 5 a 0, dentro do Arruda. Na segunda rodada, fez 3 a 0 no Santo Amaro. Por fim, contra o Náutico nos Aflitos, a conquista foi confirmada com outro placar tranquilo, 4 a 0 em plena casa rival.

A campanha do Santa Cruz:
28 jogos | 25 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 112 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Silvio Ferreira/Placar

Sertãozinho Campeão Paulista Série A3 2025

Pela quarta vez, o Sertãozinho conquistou o título da Série A3 do Paulistão. A conquista de 2025 se junta aos feitos obtidos em 1971, 2004 e 2016, e recoloca o clube na segunda divisão estadual depois de seis anos.

A competição contou com 16 participantes, que jogaram em turno único na primeira fase. Em 15 partidas, o Touro dos Canaviais conseguiu seis vitórias, sete empates e duas derrotas, que garantiram a quarta colocação à equipe, com 25 pontos. Nas quartas de final, o Sertãozinho eliminou o Catanduva ao vencer a ida fora por 2 a 0 e empatar a volta em casa sem gols.

Na semifinal, o Touro enfrentou o Marília. O primeiro jogo aconteceu em casa, no Estádio Frederico Dalmaso, e o Sertãozinho venceu por 2 a 0. A segunda partida foi no Bento de Abreu, onde a derrota por 1 a 0 serviu para garantir o acesso.

A decisão foi entre Sertãozinho e Monte Azul, que eliminou Itapirense e Rio Branco. A ida aconteceu no Frederico Dalmaso, e o Touro dos Canaviais venceu por 3 a 1. A volta foi realizada em Monte Azul Paulista, no Estádio Otacília Arroyo, e o empate por 1 a 1 confirmou o tetra grená.

A campanha do Sertãozinho:
21 jogos | 9 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Zé Rafael/FPF

Maranguape Campeão Cearense Série B 2025

Maranguape não é apenas a cidade natal de Chico Anysio. O local também é conhecido pela força do Maranguape Futebol Clube, um dos principais clubes do Ceará. Em 2025, o time conquistou pela primeira vez o título da Série B do Campeonato Cearense, garantindo o retorno à elite estadual depois de oito anos.

A segunda divisão cearense contou com dez equipes, divididas em dois grupos e atuando em dois turnos. Na primeira fase, o Gavião da Serra ficou no grupo A. Em oito jogos, conseguiu cinco vitórias, um empate e duas derrotas. O time somou 16 pontos e ficou na segunda colocação da chave, classificado para as quartas de final.

Nas quartas, o Maranguape enfrentou o Guarani de Juazeiro em partida única e venceu por 1 a 0, no Estádio Almir Dutra, em Maracanaú. Na semifinal, garantiu o acesso na virada sobre o Itapipoca, quando perdeu a ida em casa por 2 a 1 e venceu a volta fora por 3 a 0.

Na final, o Gavião encarou o Quixadá, que passou pelo Crato. A decisão aconteceu em partida única no Presidente Vargas, em Fortaleza. Depois de empatar por 1 a 1 no tempo normal, o Maranguape ficou com o título ao vencer por 5 a 4 nos pênaltis.

A campanha do Maranguape:
12 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Tiago Silva/Maranguape

Paysandu Campeão da Copa Verde 2025

Com os dias cada vez mais contados, a Copa Verde coroou o campeão de 2025. O título ficou com o Paysandu, que chegou ao pentacampeonato. A conquista também foi a primeira a acontecer de maneira consecutiva. E também pode ter sido a última.

Assim como nas edições anteriores, a Copa Verde contou com 24 participantes, no formato mata-mata. Porém, a CBF ameaçou retirar do vencedor o direito de ter vaga direta na Copa do Brasil do ano seguinte. Isso fez Cuiabá e Atlético-GO, potenciais favoritos ao título, desistirem do torneio. A entidade até voltou atrás na ideia, mas não conseguiu trazer Os times de volta.

Sem nunca pensar em abandonar a competição, o Paysandu não precisou entrar na primeira fase e iniciou já nas oitavas de final. Contra o Porto Velho, na Curuzu, o Papão empatou por 1 a 1 e venceu nos pênaltis por 5 a 4, com certo sofrimento. Nas quartas, voltou a empatar em casa com o Manaus, sem gols, e goleou por 4 a 1 na volta na Arena da Amazônia.

Na semifinal, o Papão enfrentou o São Raimundo-RR. A partida de ida foi realizada em Boa Vista, no Estádio Canarinho, e terminou empatada por 2 a 2. O jogo de volta aconteceu no Mangueirão, e o Paysandu se confirmou na decisão ao vencer por 3 a 0.

A final da Copa Verde foi entre Paysandu e Goiás. Os goianos passaram por Rio Branco-ES, União Rondonópolis e Brasiliense. O primeiro jogo aconteceu em Belém, no Mangueirão, terminando empatado sem gols. A segunda partida foi em Goiânia, no Serra Dourada. O Papão perdia até os 48 minutos do segundo tempo, quando Matías Cavalleri empatou em 1 a 1 e levou aos pênaltis. Nas cobranças, a equipe bicolor venceu por 5 a 4.

A campanha do Paysandu:
7 jogos | 2 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Jorge Luís Totti/Paysandu

Bahia Campeão Baiano 1978

Quem é capaz de parar o Bahia? Na década de 1970, quase ninguém. Em 1978, o clube chegou ao oitavo título naquele período, a 29ª taça ao todo e o hexacampeonato na sequência que começou a estabelecer em 1973. Melhor ainda: foi uma conquista sem derrotas.

O Campeonato Baiano de 1978 foi relativamente rápido, devido ao calendário apertado do segundo semestre. Foram nove participantes na disputa de duas fases iguais: os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram para o quadrangular final. O vencedor de cada fase se classificou para a decisão, junto com a equipe de melhor campanha na soma das etapas. Todos os apêndices de pontuação adotados em 1977 foram abandonados no ano seguinte.

O Tricolor de Aço começou a trajetória do título com triunfo por 3 a 1 sobre a ABB de Salvador. Depois, o time oscilou atuações boas e medianas, ganhando mais duas vezes e empatando cinco jogos nos sete restantes. Com 11 pontos, o Bahia foi ao quadrangular na quarta colocação. Nesse momento, a equipe cresceu e conseguiu a vaga na final ao empatar por 1 a 1 com o Itabuna e triunfar por 3 a 0 sobre o Fluminense de Feira e por 1 a 0 sobre o Leônico, somando cinco pontos.

Na segunda fase, o Bahia manteve o ritmo. Na estreia, goleou o Redenção por 6 a 0. Na terceira rodada, aplicou 8 a 0 na ABB. Nas outras partidas, obteve dois triunfos e quatro empates, que deixaram a equipe em segundo lugar, com 12 pontos, em empate tríplice com Atlético Alagoinhas e Vitória. No quadrangular, o tricolor começou com empate por 2 a 2 com o Leônico. Na segunda rodada, bateu o Atlético por 2 a 0. Sobrou o Bavi na última rodada, e o Bahia garantiu uma vantagem extra na final ao ganhar o clássico por 1 a 0.

A decisão estadual reuniu dois times: Bahia e Leônico, que foi o dono da melhor campanha na soma das fases, exceto o próprio Tricolor de Aço. A vantagem que o Bahia conseguiu das fases anteriores foi a de garantir o título caso triunfasse no primeiro jogo da final, na Fonte Nova. Mas o surpreendente adversário arrancou o empate por 2 a 2 e forçou a realização da segunda partida. O novo confronto também aconteceu no principal estádio baiano, e desta vez os tricolores confirmaram o hexa de maneira invicta ao ganharem por 2 a 1.

A campanha do Bahia:
24 jogos | 12 triunfos | 12 empates | 0 derrotas | 48 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Antônio Andrade/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1978

Depois de ter sua sequência de títulos quebrada, o Coritiba retomou a rota das conquistas com o Campeonato Paranaense de 1978, que representou o 26º estadual na história do clube.

A competição foi disputada por 14 equipes. Na primeira fase, elas foram divididas em dois grupos regionalizados e se enfrentaram em turno único. Na segunda fase, a divisão foi de uma chave com seis times e outras duas com quatro, sem restrição geográfica e com disputa em dois turnos. A terceira fase foi realizada com os quatro melhores da chave hexagonal e os dois melhores de cada quadrangular, divididos em mais dois grupos e com a disputa de mais dois turnos. Por fim, a final paranaense reuniu o líder de cada chave da etapa anterior, em melhor de três jogos.

No grupo A da primeira fase, o Coxa estreou no torneio com vitória por 3 a 0 em casa sobre o Iguaçu, de União da Vitória. Nas seis partidas restantes, o time obteve mais duas vitórias, dois empates e uma derrota. Com oito pontos, o Coritiba ficou em terceiro lugar.

Na segunda fase, a equipe ficou novamente no grupo A, o hexagonal. Na estreia, goleou o Londrina por 4 a 1 fora de casa. Porém, a sequência foi ruim, com apenas mais uma vitória, quatro empates e quatro derrotas nos nove jogos seguintes. Com oito pontos, o Coxa se classificou no limite, em quarto lugar, superando o Matsubara no saldo de gols: menos um contra menos seis.

A campanha viria a melhorar na terceira fase. No Couto Pereira, o Coritiba começou fazendo 1 a 0 no União Bandeirante. Depois, empatou sem gols com Apucarana e Londrina fora, venceu os mesmos por 2 a 0 em casa e fez 1 a 0 no União fora. Com dez pontos e sem gols sofridos, o Coxa foi à final.

A decisão do estadual foi entre Coritiba e Athletico, o que não acontecia desde 1972. A melhor de três Atletibas foi realizada totalmente no Couto Pereira, e todas as partidas terminaram empatadas por 0 a 0. Desta forma, uma disputa de pênaltis foi necessária para a definição do campeão. Foi aí que apareceu o goleiro Manga, com duas defesas que garantiram a vitória coxa-branca por 4 a 1 e o título.

A campanha do Coritiba:
25 jogos | 9 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 27 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba