Desportiva Campeã Capixaba 1981

Em um campeonato difícil, a Desportiva Ferroviária conseguiu o tricampeonato e o nono título capixaba, em 1981, conseguindo defender sua hegemonia por mais uma temporada.

O torneio daquele ano contou com oito clubes na disputa de duas grandes fases. Em cada uma das etapas, os participantes se enfrentaram em dois turnos independentes. O líder de cada turno se classificou para as finais de fases, disputadas em partidas de ida e volta, com a possibilidade de uma partida extra em caso de igualdade. Por fim, a decisão do estadual reuniu o campeão de cada fase.

A campanha grená começou bem, na goleada por 5 a 1 sobre o América de Linhares em casa. Porém, nos seis jogos seguintes, a Desportiva venceu só mais um e empatou cinco, terminando o primeiro turno da primeira fase em terceiro, com nove pontos. A liderança ficou com a Colatina, com 12 pontos.

No segundo turno, a Tiva iniciou batendo o Vitória por 1 a 0 em Cariacica. Depois, venceu mais três vezes, empatou uma e perdeu duas, o que deixou o time de novo com nove pontos, mas líder, empatado com o Estrela do Norte e superando-o nos critérios de desempate. Na final da primeira fase, contra a Colatina, a Desportiva empatou a ida no Engenheiro Araripe por 1 a 1 e perdeu a volta fora por 2 a 1.

A Desportiva estreou na segunda fase com derrota por 1 a 0 para o Ordem e Progresso, em Bom Jesus do Norte. A equipe se recuperou com três vitórias e três empates nas partidas seguintes, mas encerrou o primeiro turno na vice-liderança, novamente com nove pontos. O líder foi o Rio Branco, com dez.

Na abertura do segundo turno, o time grená devolveu o 1 a 0 sobre o Ordem e Progresso em casa. Na sequência, venceu mais quatro, empatou duas e acabou a etapa na liderança com 12 pontos. Na decisão, a Desportiva venceu o Rio Branco por 2 a 1 na ida e empatou por 0 a 0 na volta, no Engenheiro Araripe.

A Desportiva foi para a final do estadual e defendeu o título contra a Colatina. A ida aconteceu no Estádio Justiniano de Mello, e a Tiva perdeu por 1 a 0. Na volta, no Engenheiro Araripe, o time grená devolveu o 1 a 0 e forçou um terceiro jogo. Com melhor campanha, a Desportiva atuou mais uma vez em Cariacica e jogando pelo empate. A partida acabou 0 a 0, resultado que confirmou o tri.

A campanha da Desportiva:
35 jogos | 16 vitórias | 14 empates | 5 derrotas | 37 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Joaquim Nunes/Placar

Operário-MS Campeão Sul-Mato-Grossense 1981

Só o Operário sabia o que era ser campeão no Mato Grosso do Sul. Em 1981, o clube conheceu as primeiras derrotas na história do campeonato, mas foi tricampeão na terceira edição disputada.

O campeonato teve a presença de cinco equipes. Na primeira e segunda fase, todos se enfrentaram em turno único, e os dois melhores disputaram a decisão valendo a vaga na fase final e um ponto extra. Na etapa decisiva, os ganhadores das duas fases e a melhor campanha na soma geral entre os outros times disputaram um triangular de dois turnos.

Na primeira fase, o Operário estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Aquidauana fora de casa. Nas demais partidas, venceu mais três vezes e garantiu a liderança com oito pontos, seguido pelo Comercial com seis. Na final, em três clássicos Comerário no Morenão, o Galo perdeu o primeiro jogo por 2 a 1, venceu o segundo por 1 a 0 e perdeu o terceiro por 2 a 0. Dessa foram, o time alvinegro viu escapar a primeira vaga na fase final e o primeiro ponto extra.

O Operário iniciou na segunda fase com empate por 0 a 0 com o Corumbaense em Corumbá. Depois, a equipe engatou duas goleadas, por 6 a 0 sobre o Taveirópolis fora, e por 8 a 0 sobre o Aquidauana em casa. Por fim, o Galo fez 3 a 0 no Comercial e se classificou outra vez em primeiro, com sete pontos. Na decisão, novamente contra seu maior rival, o Operário não deu chance ao azar e venceu duas vezes, por 4 a 1 na ida e por 3 a 0 na volta, confirmando seu lugar na final com um ponto de bonificação.

Operário e Comercial fizeram o triangular final ao lado do Corumbaense, que fez a melhor campanha entre os outros. Mas a disputa pelo título ficou com a dupla Comerário. O Galo estreou com 3 a 0 sobre o Corumbaense, empatou com o rival por 1 a 1, fez 3 a 2 no time de Corumbá e empatou outra vez por 1 a 1 com o Comercial. Os dois clubes de Campo Grande encerraram o triangular com sete pontos.

Empatados na liderança, Operário e Comercial precisaram disputar uma partida extra no Morenão para decidir o título. E a superioridade alvinegra apareceu e fez a diferença, com a vitória por 2 a 1 definindo o título estadual.

A campanha do Operário-MS:
18 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 42 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Renan Silva/Placar

River Campeão Piauiense 1981

O River atingiu a marca de 20 títulos piauienses em 1981, quando a conquista também representou mais um bicampeonato na história do clube. Foi mais um passo dominante dentro da hegemonia estadual.

Oito times participaram do torneio. Nas duas primeiras fases, todos se enfrentaram em turno único. Os quatro melhores se classificaram para um quadrangular seguinte, também disputado em turno único. O líder de cada quadrangular avançou para a final do campeonato.

A história do River na competição começou na vitória por 3 a 1 sobre o Comercial de Campo Maior. Nos outros seis jogos, fez uma estranha campanha com apenas uma vitória e cinco empates. O Galo Carijó acabou em quarto lugar com nove pontos. No quadrangular, o time ficou no 2 a 2 com o Piauí, fez 4 a 1 no Parnahyba e fez 3 a 2 no Tiradentes, somando cinco pontos e acabando empatado na liderança com o Piauí. Uma partida extra foi realizada para definir o vencedor da primeira fase. Em Teresina, o River venceu por 1 a 0 e se classificou para a final.

O Galo Carijó melhorou o desempenho na segunda fase. Na estreia, venceu o Auto Esporte por 3 a 0. Na sequência, o clube conseguiu mais cinco vitórias e um empate, que o deixaram na liderança com 12 pontos, três a mais que Flamengo e Tiradentes e cinco a mais que o Piauí, que também avançaram para a etapa seguinte.

O quadrangular da segunda fase foi praticamente uma disputa de um contra três. Isso porque o River, em caso de liderança, poderia conquistar o título estadual de maneira antecipada. Flamengo, Tiradentes e Piauí teriam três rodadas para evitar isso e confirmar uma decisão. Mas, na primeira rodada, o Galo Carijó mostrou sua força e bateu o Piauí por 2 a 0, enquanto o Flamengo fez 3 a 0 no Tiradentes. Na segunda partida, o Galo empatou por 1 a 1 com o rubro-negro, mesmo placar para Piauí e Tiradentes.

River e Flamengo foram para a última rodada com três pontos cada, enquanto Tiradentes e Piauí somavam um. Tudo poderia acontecer, até mesmo um empate quádruplo na tabela. Flamengo e Piauí entraram em campo antes, em 8 de novembro, com goleada rubro-anil por 4 a 1. Assim, no dia 15, o Galo entrou sabendo que poderia até empatar com o Tiradentes para levar o título. No Albertão, o River fez o necessário e ficou no 1 a 1 com o adversário, ficando com mais uma taça.

A campanha do River:
21 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 1 derrota | 38 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/River

Itabaiana Campeão Sergipano 1981

Sergipe continuou tricolor em 1981. Naquele ano, o Itabaiana chegou ao tetracampeonato estadual e o sexto título em sua história, mostrando a força dos clubes do interior.

O torneio teve oito times em três fases. Na primeira e na segunda etapa, os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder indo à decisão e os quatro melhores passando para um quadrangular de dois turnos. O vencedor do quadrangular também foi à final de fase, valendo dois pontos extras para a fase final. Cada líder ainda podia levar um ponto extra para a etapa decisiva, um quadrangular de dois turnos com os vencedores de fase e as duas melhores campanhas na soma do campeonato.

A jornada do Itabaiana começou no empate com o Cotinguiba por 1 a 1 em casa. Nas sete partidas seguintes, empatou mais uma, venceu quatro e perdeu uma, garantindo a liderança com dez pontos, o primeiro ponto extra e a vaga na final da primeira fase. No quadrangular, o Tremendão da Serra venceu mais três vezes, empatou duas e perdeu uma, o que deu novamente o primeiro lugar ao time, com oito pontos, e mais um ponto de bonificação. Como encerrou os dois momentos na liderança, o Itabaiana venceu a primeira fase sem fazer a final e levou os outros dois pontos extras, totalizando quatro.

Na segunda fase, o Tremendão estreou com outro empate, por 2 a 2 com o Olímpico de Aracaju em casa. Depois, empatou mais uma vez, venceu três e perdeu duas. Com oito pontos, o Itabaiana ficou em segundo, quatro atrás do líder Sergipe. No quadrangular, a equipe venceu quatro jogos, empatou um e perdeu um, somando nove pontos. A campanha colocou o Itabaiana novamente em segundo lugar, atrás do Sergipe, que também ficou com os quatro pontos extras em disputa nesta etapa.

Itabaiana e Sergipe foram à fase final com quatro pontos cada. O quadrangular ainda teve Confiança, com um ponto pela melhor campanha entre os não-vencedores e Cotinguiba. Com essas diferenças, aquele que tropeçasse menos ficaria com o título. E o Tremendão arrancou com três vitórias: 2 a 1 no Confiança, 2 a 0 no Cotinguiba e 2 a 0 no Sergipe. Na quarta rodada, perdeu por 2 a 0 para o Confiança.

Com dez pontos, o Itabaiana foi para a quinta rodada na liderança, dois pontos acima do Sergipe e quatro acima do Confiança. O Tremendão enfrentou o Cotinguiba no Batistão, em Aracaju. Jogando por um simples empate, o time venceu por 3 a 0 e confirmou o título com uma rodada de antecedência.

A campanha do Itabaiana:
32 jogos | 18 vitórias | 7 empates | 7 derrotas | 48 gols marcados | 28 gols sofridos


Foto Luís Moreira/Placar

Taguatinga Campeão Candango 1981

O Taguatinga Esporte Clube foi campeão candango pela primeira vez em 1981. O clube até possui um título anterior, mas obtido na era amadora e com outro nome, em 1974, como Pioneira Futebol Clube. A mudança de nome e para o profissionalismo aconteceu em 1975, abrindo uma nova contagem de títulos.

Apenas seis times disputaram o Candangão em 1981. A competição teve três fases em que todos se enfrentaram em turno único, com os dois primeiros se classificando para a final. O vencedor de cada fase avançou para a etapa final, disputada em um triangular de dois turnos.

O Taguatinga estreou no estadual com empate por 2 a 2 com o Gama fora de casa. Nos outros quatro jogos da primeira fase, venceu três e perdeu um, o que deixou o time com sete pontos, empatado no segundo lugar com o Brasília. Uma partida extra foi marcada no Estádio Serejão para definir o finalista da etapa, e deu Águia por 2 a 0. Na final, a equipe enfrentou duas vezes o Guará, vencendo a ida em casa, no Serejão, por 1 a 0, e perdendo a volta fora por 1 a 0. Nos pênaltis, o TEC saiu derrotado por 5 a 4 e viu o adversário ir à decisão.

Na segunda fase, a Águia iniciou com derrota por 1 a 0 para o Gama. Depois, ganhou três vezes e empatou uma, somando sete pontos na liderança, empatado com o Brasília. A partida de desempate acabou virando uma espécie de ida da final, empatada por 1 a 1 no Serejão. A primeira partida decisiva de fato teve o mesmo resultado, no mesmo local. Na volta, no Pelezão, o Taguatinga levou 2 a 0 e perdeu outra chance de passar para a final.

A última chance era a terceira fase. Na abertura, o Taguatinga fez 2 a 1 no Gama. Nas quatro partidas seguintes, ganhou duas e empatou duas, conseguindo oito pontos e terminando novamente em primeiro lugar, empatado com o Guará. Desta vez, a Federação do Distrito Federal marcou só duas partidas para decisão: na primeira, os times empataram sem gols no Cave, casa do Guará. Na segunda, a Águia fez 2 a 0 em casa e enfim se classificou.

O Taguatinga estreou no triangular final com vitória por 2 a 0 sobre o Brasília fora de casa, no Pelezão. Depois, fez 1 a 0 sobre o Guará, também fora. No returno, jogando no Serejão, a Águia confirmou o título inédito com mais duas vitórias: 1 a 0 no Brasília e 1 a 0 no Guará.

A campanha do Taguatinga:
27 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 33 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Tagashi Nakagomi/Placar

Treze Campeão Paraibano 1981

A hegemonia do futebol paraibano mudou de mãos em 1981. Depois de seis anos, o Treze voltou a conquistar o título estadual, conseguindo-o pela sexta vez na história. Foi o início de um tricampeonato.

O campeonato teve nove participantes em três fases iguais. Na primeira parte, os times se enfrentaram em turno único, com o líder passando à final fase e os quatro melhores indo a um quadrangular de dois turnos. O líder desse quadrangular também avançou à decisão da fase. O vencedor de cada etapa se classificou para a fase final do estadual.

A estreia do Treze foi no empate por 0 a 0 com o Santa Cruz de Santa Rita. Nos outros oito jogos, venceu quatro, empatou duas e perdeu um, terminando em terceiro com 12 pontos. No quadrangular, o Galo da Borborema venceu cinco vezes e empatou uma, garantindo a liderança com 11 pontos e indo à final da primeira fase contra o Botafogo. No Amigão, em Campina Grande, a equipe empatou sem gols e foi declarada vencedor da fase por ter melhor campanha que o rival.

Na segunda fase, o Treze começou com goleada por 7 a 0 sobre o Santos de João Pessoa. Depois, venceu mais seis jogos e empatou um, liderando com 15 pontos e já indo na final. No quadrangular, venceu duas vezes, empatou três e perdeu uma, terminando em segundo com sete pontos. Na decisão, o Galo reencontrou o Botafogo no Amigão e empatou por 1 a 1, vencendo a etapa pela melhor campanha.

Na terceira fase, o Treze abriu fazendo 2 a 0 no Santa Cruz. Na sequência, venceu mais cinco e empatou duas. Com 14 pontos, o Galo da Borborema encerrou em primeiro lugar e se colocou na terceira final. Mas ela nem iria acontecer. No quadrangular, o alvinegro arrancou duas vitórias e dois empates nas quatro primeiras rodadas. Líder com seis pontos, abriu um de vantagem para o vice Campinense.

Na quinta rodada do quadrangular, contra o Guarabira no Amigão, o Treze teve a chance de ser campeão estadual de maneira antecipada em caso de vitória, pois ficaria inalcançável no quadrangular e levaria também a terceira fase, dispensando a fase final. E, com um tranquilo 2 a 0 em casa, combinado com a derrota do rival Campinense para o Auto Esporte, comemorou o título.

A campanha do Treze:
44 jogos | 28 vitórias | 13 empates | 3 derrotas | 91 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Nicolau de Castro/Placar

América-RN Campeão Potiguar 1981

A hegemonia do América foi mantida no Rio Grande do Norte em 1981. O time de Natal manteve o grande momento naquele ano e levou o tricampeonato estadual, consolidando a 23ª conquista no total.

A competição teve oito participantes e teve quatro fases simples. Nas primeira e na terceira, as equipes foram divididas em dois grupos, e os times de um enfrentaram os do outro em turno único. Já na segunda etapa, as partidas foram dentro das chaves. Nessas três fases, os dois melhores de cada grupo avançaram para um quadrangular também de turno único, com o líder se classificando para a fase final. A decisão reuniu os três vencedores de fase e a melhor campanha na soma geral em outro quadrangular de turno único.

No grupo B, o América de Natal começou a campanha com goleada por 7 a 0 sobre o Riachuelo. O time também venceu os outros quatro jogos da etapa inicial e ficou na liderança com oito pontos. No quadrangular, porém, o Dragão ficou com uma vitória, um empate e uma derrota, na terceira colocação com três pontos. O vencedor da primeira fase foi o ABC, que somou cinco pontos.

Na segunda fase, o Mecão também teve um início arrasador, vencendo o Potyguar Seridoense por 2 a 0, o Baraúnas por 6 a 0 e o Atlético Potiguar por 8 a 1. Com seis pontos e líder, o América foi ao quadrangular e fez 3 a 1 no Riachuelo, 2 a 1 no Potyguar, além de ficar no 1 a 1 com o ABC. Com cinco pontos, os alvirrubros tiveram resultados idênticos ao do rival, e ambos empataram em primeiro lugar. Com melhor retrospecto na etapa anterior, o Dragão ficou com a vaga na decisão.

Os grupos foram redivididos na terceira fase, e o América acabou no grupo A. Na estreia, goleou o Atlético por 5 a 0. Nos outros jogos, venceu mais um, empatou outro e perdeu outro, acabando em primeiro com cinco pontos. No quadrangular, o Mecão levou 3 a 1 do Alecrim, fez 1 a 0 no Potyguar e levou 1 a 0 do Baraúnas. Com dois pontos, a equipe terminou em terceiro, vendo o Baraúnas levar a terceira vaga na fase final.

América, ABC, Baraúnas e Potyguar disputaram o quadrangular final. E nesse momento o time alvirrubro cresceu. Na abertura, venceu o Potyguar por 1 a 0. Na segunda rodada, repetiu o resultado sobre o Baraúnas. A última partida foi o clássico contra o ABC no Castelão. Podendo até empatar, o América bateu o rival por 3 a 2 e acabou campeão estadual.

A campanha do América-RN:
23 jogos | 16 vitórias | 3 empates | 4 derrotas | 52 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/América-RN