Todos os brasileiros que não venceram o Mundial

A seguir, todos os brasileiros participantes do Mundial, mas que não venceram, seja perdendo a decisão ou caindo antes. São 21 equipes, que chegaram perto, mas não sentiram o gosto do título. Confira!

O especial do Mundial você poderá acompanhar clicando aqui.

Última edição

Em 2025, o Flamengo parou diante do Paris Saint-Germain na segunda Copa Intercontinental da FIFA. No Catar, o rubro-negro fez 2 a 1 no Cruz Azul, 2 a 0 no Pyramids e até segurou o empate por 1 a 1 com os franceses na decisão. Mas o time errou quatro pênaltis na disputa final e perdeu por 2 a 1.

Foto Staff Images/Conmebol

Copa do Mundo de Clubes 2025

Quatro clubes brasileiros participaram da primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. A melhor campanha foi a do Fluminense, que chegou até a semifinal. Na primeira fase, o Tricolor empatou por 0 a 0 com o Borussia Dortmund, venceu por 4 a 2 o Ulsan HD, empatou por 0 a 0 com o Mamelodi Sundowns e ficou em segundo lugar no grupo F. Nas oitavas de final, o time venceu a Internazionale por 2 a 0. Nas quartas, fez 2 a 1 no Al-Hilal. Na semifinal, perdeu por 2 a 0 para o Chelsea.

Foto Marcelo Gonçalves/Fluminense

O segundo melhor brasileiro foi o Palmeiras. Na primeira fase, o Verdão empatou por 0 a 0 com o Porto, venceu por 2 a 0 Al Ahly, empatou por 2 a 2 com o Inter Miami e ficou em primeiro lugar no grupo A. Nas oitavas de final, o time venceu o Botafogo por 1 a 0. Nas quartas, perdeu por 2 a 1 para o Chelsea.

Foto César Greco/Palmeiras

O terceiro melhor brasileiro foi o Flamengo. Na primeira fase, o rubro-negro venceu por 2 a 0 o Espérance, venceu o Chelsea por 3 a 1, empatou por 1 a 1 com o Los Angeles e ficou em primeiro lugar no grupo D. Nas oitavas de final, o time perdeu por 4 a 2 para o Bayern de Munique.

Foto Megan Briggs/Getty Images

O quarto melhor brasileiro foi o Botafogo. Na primeira fase, o Fogão venceu por 2 a 1 o Seattle Sounders, venceu por 1 a 0 o Paris Saint-Germain, perdeu por 1 a 0 para o Atlético de Madrid e ficou em segundo lugar no grupo A. Nas oitavas de final, o time perdeu por 1 a 0 para o Palmeiras.

Foto Vitor Silva/Botafogo

Edições anteriores

Em 2024, o Botafogo foi superado pelo Pachuca na primeira disputa da Copa Intercontinental da FIFA. No Catar, o Fogão levou 3 a 0 dos mexicanos e se despediu ainda na primeira partida.

Foto Hussein Sayed/AP

Em 2023, o Fluminense não resistiu ao Manchester City. Na competição disputada na Arábia Saudita, o Tricolor fez 2 a 0 no Al Ahly na semifinal e perdeu por 4 a 0 para o time inglês na final.

Foto Tullio Puglia/FIFA/Getty Images

Em 2022, o Flamengo ficou pelo caminho para o Al-Hilal, na semifinal realizada no Marrocos. O rubro-negro levou 3 a 2 dos sauditas e foi à disputa do terceiro lugar. Contra o Al Ahly, do Egito, vitória por 4 a 2.

Foto Christopher Lee/FIFA/Getty Images

Em 2021, o Palmeiras foi superado pelo Chelsea. Na competição nos Emirados Árabes, o Verdão passou pela semifinal ao fazer 2 a 0 no Al Ahly. Na decisão, perdeu por 2 a 1 para o rival inglês na prorrogação, em Abu Dhabi.

Foto François Nel/Getty Images

Em 2020, o Palmeiras ficou em quarto lugar na disputa no Catar. Na semifinal, o Verdão levou 1 a 0 do Tigres UANL e não chegou à final. Na disputa da terceira colocação, o time ficou no 0 a 0 com o Al Ahly, do Egito, e perdeu por 3 a 2 nos pênaltis.

Foto César Greco/Palmeiras

Em 2019, o Flamengo foi batido pelo Liverpool. O rubro-negro chegou na final depois de vencer o Al-Hilal por 3 a 1 na semifinal. Na decisão em Doha, foi até a prorrogação contra os ingleses, mas perdeu por 1 a 0.

Foto Kai Pfaffenbach/Reuters

Em 2017, o Grêmio perdeu para o Real Madrid. Depois de fazer 1 a 0 no Pachuca na semifinal, o Tricolor se retrancou, mas levou 1 a 0 do clube espanhol na decisão em Abu Dhabi.

Foto Karim Sahib/AFP

Em 2013, o Atlético-MG parou diante do Raja Casablanca ainda na semifinal. O Galo levou 3 a 1 do clube marroquino dentro do Marrocos. Na disputa do terceiro lugar, venceu o Guangzhou, da China, por 3 a 2.

Foto Vitor Francesconi/Atlético-MG 

Em 2011, o Santos foi superado pelo Barcelona. Depois de vencer o Kashiwa Reysol por 3 a 1 na semifinal, o Peixe foi goleado por 4 a 0 pelos espanhóis na final disputada em Yokohama, no Japão.

Foto Masahide Tomikoshi

Em 2010, o Internacional ficou pelo caminho ainda na semifinal. Em Abu Dhabi, o Colorado levou 2 a 0 do Mazembe e não foi à decisão contra a Internazionale. Na disputa do terceiro lugar, a equipe fez 4 a 2 no Seongnam, da Coreia do Sul.

Foto Hassan Ammar/AP

Em 2000, o Vasco ficou em segundo lugar no primeiro Mundial organizado pela FIFA, sediado no Brasil. Na primeira fase, o cruzmaltino fez 2 a 0 no South Melbourne, 3 a 1 no Manchester United e 2 a 1 no Necaxa. Na decisão, contra o Corinthians no Maracanã, o time ficou no 0 a 0 e levou 4 a 3 nos pênaltis.

Foto Arquivo/Vasco 

Em 1999, o Palmeiras não resistiu ao Manchester United. Mesmo atuando bem diante dos ingleses, o Verdão teve um gol mal anulado e perdeu por 1 a 0 em Tóquio, com falha do goleiro Marcos.

Foto Arquivo/Palmeiras 

Em 1998, o Vasco foi batido pelo Real Madrid. Apesar da boa atuação e de ter buscado o empate, o cruzmaltino não resistiu ao rival espanhol e perdeu por 2 a 1 nos minutos finais em Tóquio.

Foto Arquivo/Vasco 

Em 1997, o Cruzeiro perdeu para o Borussia Dortmund. Com quatro jogadores contratados apenas para o Mundial, a Raposa sofreu com a falta de entrosamento e levou 2 a 0 dos alemães em Tóquio.

Foto Masahide Tomikoshi 

Em 1995, o Grêmio parou diante do Ajax. Na partida disputada em Tóquio, o Tricolor ficou quase todo o segundo tempo e a prorrogação com um jogador a menos. Após o 0 a 0 no placar, a equipe perdeu por 4 a 3 nos pênaltis.

Foto Arquivo/Grêmio 

Em 1976, o Cruzeiro foi superado pelo Bayern de Munique. Na primeira partida, debaixo de neve, a Raposa perdeu por 2 a 0 no Estádio Olímpico de Munique. Na segunda, ficou no 0 a 0 em Belo Horizonte, no Mineirão.

Foto Arquivo/Gazeta Press

Paris Saint-Germain Campeão Mundial 2025

Desde que a FIFA passou a organizar competições de clubes, em 2000, manteve um sonho de fazer um torneio com a mesma repercussão e o nível da Copa do Mundo de seleções. O projeto enfim saiu do papel em 2025, com o Mundial de 32 times e sediado nos Estados Unidos, que teve o Chelsea como vencedor. Este campeonato tem sua periodicidade quadrienal. Mas a entidade não se esqueceu do dinamismo que a trouxe até este momento, transformando o Mundial de 2005 a 2023 na Copa Intercontinental, em formato anual e com menos status que o outro novo torneio.

A Copa Intercontinental foi criada em 2024 com seis campeões continentais em diferentes etapas. Cada fase tem um nome próprio, taça e medalhas ao ganhador: a chave de africanos, asiáticos e oceanicos se chama Copa Ásia-África-Pacífico, o confronto entre os clubes americanos leva o nome Dérbi das Américas, e a partida entre seus vencedores é a Copa Challenger.

Em 2025, a Copa Intercontinental recebeu caras conhecidas e inéditas. Pela Oceania, o Auckland City acumulou mais uma participação, após ter arrancado um ponto do Boca Juniors na Copa de Clubes. Pela África, o Pyramids fez sua estreia, vindo do Egito. Pela Ásia, o Al Ahli foi outro estreante, diretamente da Arábia Saudita. Pela Concacaf, o Cruz Azul retornou depois de 11 anos. Pela América do Sul, o Flamengo chegou pela quinta vez. E pela Europa, o Paris Saint-Germain se classificou.

As atenções ficaram em cima de Flamengo e PSG. Na Copa de Clubes, os brasileiros foram os únicos a vencer o campeão Chelsea e chegaram até as oitavas de final. Já os franceses foram à final, mas acabaram com o vice. Nas competições continentais, os rubro-negros levaram a Libertadores pela quarta vez ao vencerem o Palmeiras. Os parisienses foram campeões inéditos ao golearem a Internazionale. No fim, a conquista parou nas mãos do Paris Saint-Germain. Pela primeira vez na história, um clube da França chegou ao título mundial de clubes, ajudando a manter viva a hegemonia europeia.

A competição iniciou entre Auckland City e Pyramids. No Egito, os donos da casa derrotaram os neozelandeses por 3 a 0. Depois, os africanos bateram o Al Ahli em plena Arábia Saudita por 3 a 1, conquistando a Copa Ásia-África-Pacífico. Na outra chave, Flamengo e Cruz Azul jogaram no estádio Ahmad Bin Ali, no Catar, com vitória brasileira por 2 a 1 e o título do Dérbi das Américas. Os rubro-negros também levaram a Copa Challenger em cima do Pyramids, com triunfo por 2 a 0.

Flamengo e Paris Saint-Germain se enfrentaram no Ahmad Bin Ali pela decisão. Khvicha Kvaratskhelia fez o gol francês no primeiro tempo, enquanto os brasileiros empataram por 1 a 1 na segunda etapa. Após a prorrogação, a decisão foi ao pênaltis e o goleiro Matvey Safonov defendeu quatro cobranças flamenguistas, ajudando o PSG a vencer por 2 a 1 e garantir o título inédito. 


Foto Karim Jaafar/AFP

Rio Branco-ES Campeão Capixaba 1982

O domínio do futebol capixaba trocou de mãos em 1982 com o retorno do título ao Rio Branco. Depois de quatro anos, o maior vencedor do Espírito Santo conquistou seu 33º título estadual.

A competição foi disputada por oito equipes. Na primeira e na terceira fases, elas se enfrentaram em dois turnos, divididas em dois grupos. O líder de cada chave fez a final, valendo um ponto extra ao ganhador. Já na segunda fase, os times de um grupo enfrentaram os do outro duas vezes, novamente com os líderes disputando a decisão. O vencedor das três fases e a melhor campanha entre os não-vencedores foi à fase final, um quadrangular de dois turnos.

O Rio Branco deu início à campanha fora de casa, no empate por 0 a 0 com o América de Linhares. Nas demais cinco partidas da primeira fase, o Capa-Preta empatou mais quatro vezes e só venceu uma, o que deixou o clube em segundo no grupo B com sete pontos, dois a menos que o líder Colatina. A final foi entre Desportiva e Colatina, vencida nos pênaltis pelo time do interior.

Na segunda fase, o Rio Branco voltou a estrear com empate fora de casa, por 1 a 1 com o Guarapari. Depois, a equipe somou outro empate, cinco vitórias e uma derrota nas sete partidas seguintes, e esses resultados deram a liderança da chave com 12 pontos. Na decisão, o Capa-Preta bateu o Guarapari com duas vitórias por 1 a 0 e se garantiu na fase final com um ponto extra.

O excesso de empates voltou a acontecer na terceira fase. Na abertura, o Rio Branco ficou no 1 a 1 com o Vitória. Nos outros cinco jogos, empatou três, venceu um e perdeu um, terminando em terceiro no grupo B com seis pontos. A final foi entre Desportiva e Vitória, com os grenás vencendo duas vezes.

O quadrangular foi disputado por Rio Branco, Colatina, Desportiva e Guarapari, este último pela soma de fases. Na estreia, o Capa-Preta bateu o Colatina por 2 a 0. Nas três partidas seguintes, garantiu mais três vitórias, ficando com a mão na taça, chegando a nove pontos e indo à penúltima rodada com a chance do título. No Estádio Davino Mattos, o clube alvinegro visitou o Guarapari e empatou por 1 a 1, placar suficiente para a conquista com uma rodada de antecedência. 

A campanha do Rio Branco-ES:
28 jogos | 14 vitórias | 12 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Joaquim Nunes/Placar

Comercial-MS Campeão Sul-Mato-Grossense 1982

No quarto campeonato, em 1982, o Mato Grosso do Sul viu o primeiro campeão diferente. O Comercial de Campo Grande evitou o tetra do rival Operário e conquistou seu primeiro título no novo estadual, visto que o clube já possuía uma taça de quando participava do torneio do Mato Grosso, em 1975.

Sete times disputaram o Sul-Mato-Grossense. Na primeira e na segunda fases, todos os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder garantindo a classificação para a terceira fase, cada um com um ponto extra. Nesta terceira etapa, os dois líderes e as duas melhores campanhas na soma geral jogaram um quadrangular de dois turnos, com os dois primeiros colocados avançando à final.

O Comercial iniciou a campanha em casa, com vitória por 1 a 0 sobre o Taveirópolis. Nos outros cinco jogos da primeira fase, o Lobo-Guará venceu mais duas vezes e empatou três. Apesar da trajetória invicta, com nove pontos somados, a equipe ficou na segunda colocação, um ponto atrás do líder Corumbaense, que levou um ponto extra para a terceira fase.

A invencibilidade continuou na segunda fase. Na abertura, o time colorado fez 2 a 0 no Taveirópolis fora de casa. Na sequência, venceu outra três vezes e empatou duas. Com dez pontos na tabela, o Comercial acabou empatado com o Operário, porém, com três gols a menos de saldo, o que fez o clube terminar novamente na segunda posição, sem o ponto extra.

A classificação comercialina não veio como líder de tabela, mas a equipe fez a melhor campanha na soma das duas fases e avançou à terceira etapa, ao lado do Comercial de Ponta Porã e sem os pontos de bonificação, que ficaram com Corumbaense e Operário. Na estreia, o Lobo-Guará sofreu sua única derrota, por 2 a 0 para o Corumbaense fora de casa. Na rodada seguinte, compensou em casa aplicando 10 a 1 no xará da fronteira. Ao fim do quadrangular, os colorados tiveram quatro vitórias, um empate e uma derrota, o que valeu a liderança com nove pontos e a vaga na final.

O Comercial enfrentou o Operário na decisão estadual, ambos com a mesma quantidade de pontos na terceira fase. Em dois jogos no Morenão, o Lobo-Guará desbancou a hegemonia do rival e ficou com o título ao empatar a ida por 1 a 1 e vencer a volta por 2 a 1.

A campanha do Comercial-MS:
20 jogos | 12 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Renan Silva/Placar

Tiradentes-PI Campeão Piauiense 1982

O Campeonato Piauiense de 1982 viu o ressurgimento de uma força, o Tiradentes. O clube da Polícia Militar do Piauí foi campeão estadual três vezes em 1972, 1974 e 1975, mas ficou inativo entre 1976 e 1978 após um incidente criminal envolvendo alguns atletas do time. O quarto título veio quatro anos após o retorno às atividades, terminando também com sete anos de jejum.

O estadual foi disputado por nove times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, mas divididos em três grupos. Os líderes foram ao triangular que definiu o primeiro finalista. Na segunda fase, os participantes atuaram em mais um turno, sem divisão de chave, e o líder se garantiu na decisão. Na terceira fase, os seis melhores das etapas anteriores jogaram mais um turno, e o líder também foi à final.

O Tiradentes começou a campanha com derrota por 1 a 0 para o Parnahyba. A recuperação veio nos oito jogos seguintes, com quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Com nove pontos, o Tigre ficou na liderança do grupo C e foi ao triangular. O Amarelão da PM estreou com vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, mas levou 5 a 1 do River no segundo jogo. No returno, se recuperou com vitória por 1 a 0 sobre o River e outro 2 a 1 no Flamengo, que valeram a liderança com seis pontos e a vaga na final.

Na segunda fase, o Tiradentes iniciou com vitória por 2 a 0 sobre o Picos. Na sequência, venceu quatro partidas e perdeu três, que colocaram o time na quarta colocação com dez pontos, três a menos que o líder River, que se classificou para a fase final.

O Tigre foi para a terceira fase com o sangue doce. Estreou com derrota por 1 a 0 para o Piauí, perdeu outras três vezes e só venceu uma partida. Com dois pontos, o Tiradentes ficou em quinto lugar no hexagonal, seis pontos distante do River, que já estava classificado e assim ganhou um ponto extra para a decisão.

O Tiradentes não era o favorito na final contra o River, que buscava o tricampeonato e tinha um ponto de frente. Em cinco jogos entre eles no torneio, o Tigre venceu dois e perdeu três. No Estádio Albertão, e contra todas as previsões, o time amarelo venceu a ida por 2 a 0 e inverteu a vantagem. Na volta, novo triunfo por 3 a 1 confirmou o título e pôs fim na fila.

A campanha do Tiradentes-PI:
27 jogos | 15 vitórias | 1 empate | 11 derrotas | 45 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Ademar Danilo/Placar

Itabaiana e Sergipe Campeões Sergipanos 1982

Uma marca histórica e uma quebra de fila marcaram o Campeonato Sergipano. Tanto Itabaiana quanto Sergipe comemoraram no fim: o primeiro, o pentacampeonato; o segundo, um título depois de sete anos. Um torneio que foi dividido no tribunal e que deu muita polêmica.

De novo com regulamento confuso, o estadual teve oito times em três fases. Em cada um delas, os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder indo à final e os quatro melhores para um quadrangular de dois turnos. O primeiro colocado do quadrangular fez a final de fase com o líder anterior. Cada ganhador de fase, além dos líderes de turno e quadrangular levaram um ponto extra para a etapa decisiva.

O Itabaiana começou a campanha com vitória por 1 a 0 sobre o Vasco de Aracaju. Já o Sergipe iniciou com derrota por 1 a 0 para o Cotinguiba. Nas outras seis rodadas, o Tremendão venceu cinco jogos e perdeu um, enquanto o Gipão venceu quatro e perdeu duas. Os tricolores acabaram em segundo com 12 pontos, e os alvirrubros fecharam em terceiro com oito. O líder foi o Confiança. No quadrangular, o Itabaiana acabou em terceiro lugar com duas vitórias, dois empates, duas derrotas e seis pontos. O Sergipe venceu três, empatou duas e perdeu uma, ficando em primeiro com sete. Na final, o Gipão venceu o Confiança na ida por 2 a 0, perdeu na volta por 2 a 1 e empatou sem gols no terceiro jogo. Nos pênaltis, venceu por 4 a 2 e conquistou a primeira fase.

Na segunda fase, o Itabaiana estreou fazendo 3 a 0 no Cotinguiba. Depois, venceu quatro vezes, empatou uma e perdeu uma, encerrando com 11 pontos na liderança. O Sergipe começou com 2 a 0 sobre o Lagarto, seguindo após com com mais uma vitória, quatro empates e uma derrota, que deixou a equipe em quarto lugar com oito pontos. No quadrangular, o Tremendão repetiu a terceira posição anterior com seis pontos, duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O Gipão venceu duas vezes e empatou quatro, acabando na liderança com oito pontos. Na final, os tricolores levaram a melhor sobre os alvirrubros com empate sem gols na ida, e vitórias por 1 a 0 na volta e por 2 a 1 na terceira partida.

Itabaiana e Sergipe começaram a terceira fase com vitórias, o primeiro fez 3 a 1 no Lagarto e o segundo fez 1 a 0 no Estanciano. Os times mantiveram campanhas idênticas na sequência, com mais quatro vitórias e dois empates cada, o que deixou ambos na liderança com 12 pontos. Um jogo-desempate foi marcado para determinar o ganhador, mas este também deu empate, por 1 a 1. Nos pênaltis, o Tremendão venceu por 7 a 6. No quadrangular, o Itabaiana foi de novo terceiro, com duas vitórias, um empate, três derrotas e cinco pontos. O alvirrubro venceu quatro e perdeu duas, terminando em primeiro com oito. Na decisão, os times empataram a ida sem gols, o tricolor venceu a volta por 1 a 0, e o Gipão venceu a terceira por 3 a 0. Nos pênaltis, o Sergipe venceu por 6 a 5.

A fase final juntou o Sergipe com cinco pontos extras, o Itabaiana com três e o Confiança com um. Na abertura, o alvirrubro fez 2 a 1 no rival e já o deixou praticamente sem chances. Na segunda rodada, o Tremendão fez 2 a 0 no Gipão, depois empatou sem gols com o Confiança. No returno, o Sergipe também empatou por 0 a 0 com o rival, enquanto o Itabaiana o goleou por 4 a 1. A uma partida do fim, alvirrubros e tricolores tinham oito pontos, logo iriam se enfrentar valendo o título.

Então, a polêmica começou. A Federação Sergipana decidiu trazer um árbitro do Maranhão para apitar a final. O Itabaiana rejeitou a escolha e exigiu alguém do quadro da FIFA, mas o pedido foi ignorado. Como forma de protesto, o clube não entrou em campo no Batistão, em Aracaju, resultando em vitória por W.O. e, no primeiro momento, no título para o Sergipe. O Tremendão levou o caso à Justiça: perdeu no TJD local, mas recorreu ao STJD e venceu, já em 1983, obrigando a FSF a dividir a taça.

A campanha do Itabaiana:
50 jogos | 27 vitórias | 12 empates | 11 derrotas | 62 gols marcados | 37 gols sofridos

A campanha do Sergipe:
53 jogos | 24 vitórias | 17 empates | 12 derrotas | 66 gols marcados | 39 gols sofridos


Foto Arquivo/Itabaiana


Foto Luís Moreira/Placar

Brasília Campeão Candango 1982

O Candangão de 1982 voltou a ter o Brasília como campeão. O clube chegou ao quinto título estadual naquele ano e voltou a reafirmar sua hegemonia no Distrito Federal.

O campeonato teve sete participantes na disputa de três fases. Em todas, os times se enfrentaram em turno único, com vagas para os três melhores colocados e o que tivesse maior arrecadação entre os demais. Depois, os quatro classificados disputaram um quadrangular de turno único, em que o líder se garantiu na decisão.

A campanha do Brasília começou mal, com derrota por 2 a 0 para o Guará. Nas seis partidas seguintes, venceu duas, empatou duas e perdeu uma. Os resultados colocaram o Colorado do Cerrado apenas em quinto lugar, com seis pontos, fora da zona de classificação. O que salvou foi a arrecadação de bilheteria. No quadrangular, a equipe não fez muito melhor e venceu só um jogo, além de um empate e uma derrota. Com três pontos, o Brasília acabou em segundo e viu o líder Guará ser o líder, logo o primeiro finalista.

Na segunda fase, o Brasília estreou de novo contra o Guará e empatou sem gols. O time se recuperou nos outros seis jogos, com três vitórias, um empate e uma derrota. Com oito pontos, os colorados acabaram em terceiro lugar, batendo o Taguatinga no saldo de gols pela vaga no quadrangular. Na sequência, o Brasília venceu duas vezes e empatou uma, somando cinco pontos e conseguindo seu lugar na decisão do estadual.

O Colorado do Cerrado tornou a empatar na abertura da terceira fase, por 0 a 0 com o Taguatinga. Depois, venceu duas vezes, empatou duas e perdeu uma, o que colocou o Brasília na quarta colocação com sete pontos. De novo, a arrecadação classificou o time ao quadrangular, onde venceu o Tiradentes, empatou com o Taguatinga e derrotou o Guará, para fazer cinco pontos e ser o líder.

A final do Candango reuniu Brasília e Guará, com os colorados em vantagem por terem vencido duas fases. No Estádio CAVE, os times iniciaram a decisão com empate por 1 a 1. Na segunda partida, novo empate por 0 a 0 garantiu o título ao Colorado do Cerrado, exatamente devido à vantagem da equipe em ter faturado duas fases do estadual, contra uma do adversário.

A campanha do Brasília:
29 jogos | 12 vitórias | 12 empates | 5 derrotas | 28 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Tagashi Nakagomi/Placar