Bahia Campeão Baiano 1982

De novo imparável, o Bahia levou o bicampeonato estadual em 1982. A conquista representou o 32º título na história do clube, dentro de uma hegemonia com 11 conquistas nos últimos 13 campeonatos.

O torneio de 1982 teve 12 participantes divididos em dois grupos e na disputa de três fases extensas. Na primeira, as equipes se enfrentaram em dois turnos, com os quatro melhores de cada chave avançando para dois quadrangulares, também de dois turnos. Os dois melhores de cada grupo passaram para o quadrangular, de turno único, que deu dois pontos extras na fase final ao vencedor e um ao vice. A segunda e terceira etapas foram quase iguais a primeira, com a diferença que os enfrentamentos das chaves iniciais aconteceram em turno único. O campeão e vice de cada fase se garantiu na decisão.

Quase sem erros, o Bahia deu início a longa campanha fazendo 3 a 0 no Botafogo de Salvador. Depois, triunfou mais cinco vezes e empatou quatro e liderou a chave com 16 pontos. No quadrangular seguinte, ganhou mais três partidas e empatou três, voltando a ser líder com nove pontos. Na decisão, o Tricolor de Aço fez 3 a 1 no Fluminense de Feira, 1 a 0 no Atlético de Alagoinhas e empatou sem gols com o Leônico. Com cinco pontos, o time levou os primeiros dois pontos extras.

Na segunda fase, o Bahia estreou com triunfo por 4 a 1 sobre o Botafogo, seguido por mais quatro resultados positivos. A equipe liderou o grupo 1 com dez pontos. Na etapa seguinte, repetiu três triunfos e três empates, com mais nove pontos e a liderança. No quadrangular final, o time fez 1 a 0 no Itabuna, 5 a 1 no Serrano e 1 a 0 no Vitória, que levou o Bahia a vencer a fase com seis pontos.

O Tricolor de Aço começou a terceira fase fazendo 2 a 0 no Redenção. Na sequência, mais três triunfos e um empate deixaram o clube como líder da chave 1, com nove pontos. No quadrangular semifinal, ganhou quatro jogos, empatou dois e liderou com dez pontos. Na final, fez 4 a 0 no Serrano, 3 a 0 no Fluminense e ficou no 0 a 0 com o Galícia. Com cinco pontos, o Bahia ficou de novo em primeiro.

Com as três fases ganhas e seis pontos extras, o Bahia já estava na final do estadual. Enquanto isso, Vitória, Atlético e Galícia disputaram um triangular semifinal. Os rubro-negros empataram suas duas partidas, mas o Galícia venceu o Atlético e foi o desafiante do Tricolor do Aço na decisão. Porém, o clube precisaria de três vitórias seguidas para tirar o título do Bahia. O que não aconteceu, pois os tricolores fizeram 1 a 0 logo na primeira partida, na Fonte Nova, e garantiram a taça de forma invicta.

A campanha do Bahia:
48 jogos | 33 triunfos | 15 empates | 0 derrotas | 91 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Bahia

Athletico-PR Campeão Paranaense 1982

Mais uma vez, o Athletico Paranaense levou 12 anos para voltar a comemorar um título estadual. Entre 1958, 1970 e 1982, o clube viu seus rivais da capital e do interior empilharem títulos sem dar chances. Mas a nova quebra da fila viria de melhor maneira possível, sem nenhuma ameaça.

A competição contou com 12 participantes em três fases. Em todas as etapas, os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram a um mata-mata. O ganhador de cada fase se garantiu na decisão, programada para ser um quadrangular com os três vencedores e a melhor campanha na soma geral. A fase final só seria dispensada no caso de uma mesma equipe levar todas as etapas anteriores.

A jornada do Athletico começou fora de casa, no empate por 1 a 1 com o Paranavaí. A primeira vitória no torneio veio na partida seguinte, em casa, por 2 a 1 sobre o Matsubara. Nos outros nove jogos da primeira fase, o Furacão venceu mais quatro e empatou cinco, sendo líder com 16 pontos. Na semifinal, venceu o Operário de Ponta Grossa por 2 a 0. Na final, goleou o Grêmio Maringá por 4 a 0 no Couto Pereira. Com isso, os rubro-negros já estavam na fase decisiva.

Na segunda fase, o Furacão estreou com empate por 0 a 0 com o Matsubara fora de casa. Depois, empatou mais cinco vezes e venceu outras cinco, terminando outra vez na primeira colocação da tabela, com 17 pontos. Na semifinal, de novo contra o Operário, o Athletico goleou por 4 a 0. Na decisão, contra o Colorado, empatou por 1 a 1 e venceu a etapa por ter a vantagem da melhor campanha.

A primeira derrota rubro-negra no estadual veio apenas na abertura da terceira fase, por 1 a 0 para o Paranavaí fora. A recuperação aconteceu com seis vitórias e três empates nas rodadas seguintes, além de outra derrota nas outras dez partidas. Com 15 pontos, o Athletico conseguia novamente a liderança. De quebra, o time viu o rival Coritiba acabar em nono lugar na fase e em décimo no geral, eliminado.

O mata-mata de terceira fase virou a decisão para o Furacão. Na semifinal, a equipe venceu o Londrina por 2 a 0 no Couto Pereira. Na outra chave, o Colorado passou pelo União Bandeirante. A decisão entre os dois rubro-negros também foi realizada no Couto Pereira. E, mesmo jogando pelo empate, a sede pela taça fez o Athletico vencer o rival por 4 a 1, confirmando antecipadamente o 12º título estadual.

A campanha do Athletico-PR:
39 jogos | 22 vitórias | 15 empates | 2 derrotas | 70 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto José Eugênio/Placar

Atlético-MG Campeão Mineiro 1982

Segue a rotina atleticana de títulos estaduais. Em 1982, o Atlético foi pentacampeão mineiro e levou para casa sua 29ª taça estadual, ampliando em mais um nível a hegemonia do clube.

O torneio foi disputado por 12 equipes. Na primeira fase, chamada de Taça Minas Gerais, todos os participantes se enfrentaram em dois turnos. Os oito primeiros colocados avançaram para a fase final, enquanto o líder também garantiu um ponto extra. Na etapa decisiva, os classificados atuaram novamente em turno e returno, valendo o título para o líder.

O Atlético iniciou a campanha do penta fora de casa, no empate sem gols com o Guarani de Divinópolis. A primeira vitória veio na estreia em casa, por 1 a 0 sobre o Tupi. Nas outras 20 partidas, o Galo venceu 11, empatou cinco e perdeu quatro. Os resultados deixaram o Galo com 31 pontos, empatado com o Uberlândia. Isso não foi suficiente para garantir a liderança da Taça Minas Gerais, pois o Cruzeiro acabou na frente com um ponto a mais. Aos alvinegros, restou a classificação em segundo.

A corrida pelo título recomeçou no octogonal final, e o Galo sabia que precisava tropeçar menos. Por exemplo, na primeira fase o time perdeu os dois jogos para o Villa Nova. Mas a disputa decisiva foi ainda mais equilibrada. Na estreia, o Atlético venceu o Democrata de Governador Valadares por 1 a 0 no Mineirão. Nas 11 jogos seguintes, conseguiu mais sete vitórias e quatro derrotas, sem empates. Ao fim da antepenúltima rodada, o alvinegro tinha 16 pontos, contra 15 do Cruzeiro e do América, e 14 do Uberaba e do Uberlândia. Cinco clubes com chance de título.

Na penúltima rodada, o Atlético fez 2 a 0 no Villa Nova e pulou para 18 pontos, enquanto o Cruzeiro foi para 17 e o América para 16. Os adversários do interior ficaram com 14 e deram adeus ao título. Mas, por força de tabela, o América também ficou sem chances, pois alvinegros e celestes iriam se enfrentar na última partida. Por fim, no Mineirão, o Galo confirmou o título ao vencer o rival por 2 a 1, gols de Renato e Reinaldo.

A campanha do Atlético-MG:
36 jogos | 23 vitórias | 5 empates | 8 derrotas | 59 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Armênio Abascal/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1982

A conquista do bicampeonato gaúcho em 1982 manteve o Internacional com a hegemonia do Rio Grande do Sul no começo da década de 1980. E o 27º título estadual viria mais uma vez na casa do maior rival.

A competição daquele ano teve 12 times. Na primeira fase, todas se enfrentaram em turno único, com o líder e o melhor clube do interior levando um ponto extra para a etapa final. A mesma coisa aconteceu na segunda fase. Os líderes de cada etapa e as quatro melhores campanhas somadas se classificaram para a fase final, disputada em um hexagonal de dois turnos.

A estreia do Internacional no Gauchão foi com vitória por 2 a 0 sobre o Brasil de Pelotas no Beira-Rio. Nos outros dez jogos, a equipe venceu mais oito vezes, empatou uma e perdeu uma. Com 19 pontos, o Colorado ficou em primeiro lugar, empatado com o Grêmio, mas com melhor saldo de gols. O clube garantiu um ponto extra junto com o Inter de Santa Maria, que foi o melhor do interior.

Na segunda fase, o Inter voltou a estrear contra o Brasil de Pelotas, empatando por 0 a 0 no Bento Freitas. Nas dez partidas seguintes, venceu três, empatou cinco e perdeu duas. Ao todo, a equipe somou 13 pontos e acabou somente em quinto lugar, quatro ponto longe do líder Grêmio, que levou o outro ponto extra ao lado do Esportivo, o melhor colocado do interior.

O Inter foi para o hexagonal final com atenção total. Na abertura, venceu o São Paulo de Rio Grande por 1 a 0 fora de casa. Depois, venceu mais três jogos e fez 3 a 1 no Grêmio na quinta rodada, atuando no Beira-Rio. No returno, o Colorado seguiu com mais duas vitórias e dois empates até a penúltima rodada. Com 17 pontos, o time estava na liderança, um ponto a mais que o vice Grêmio.

A decisão ficou para a última rodada do hexagonal. Assim como em 1981, na disputa de um Grenal no Olímpico. O Grêmio precisava vencer, enquanto o Internacional jogava pelo empate. Mas o Colorado chegou ao título com vitória por 2 a 0, gols de Geraldão, atacante dispensado do rival um ano antes.

A campanha do Internacional:
32 jogos | 21 vitórias | 8 empates | 3 derrotas | 61 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Nico Esteves/Placar

Vasco Campeão Carioca 1982

Depois de cinco anos, o Vasco reconquistou o título carioca em 1982. O clube desbancou o favoritismo do rival Flamengo e levou a 15ª taça estadual para a galeria em São Januário, suplantando as decepções acumuladas nas finais que disputou desde a conquista de 1977.

Sempre com 12 participantes, o Campeonato Carioca introduziu uma novidade histórica em 1982. Além da Taça Guanabara na primeira fase, foi realizada a primeira edição da Taça Rio, acabando com a era de homenagens a personalidades cariocas na segunda etapa do torneio. Em cada fase, os times se enfrentaram em turno único e o campeão avançou para a fase final. A melhor campanha na soma das etapas também se garantiu no triangular decisivo.

O Vasco estreou na Taça Guanabara com vitória por 2 a 0 sobre o Volta Redonda fora de casa. Nos outros dez jogos, venceu sete, empatou dois e perdeu um, o que deixou o time com 18 pontos e empatado com o Flamengo na liderança. Assim, uma partida extra foi realizada para a definição do vencedor, mas o cruz-maltino perdeu por 1 a 0.

Na Taça Rio, o Vasco iniciou mais uma vez com vitória, por 1 a 0 sobre o Madureira. Na sequência, a equipe venceu mais seis vezes, empatou duas e perdeu duas. O cruz-maltino somou 16 pontos na segunda fase e acabou na terceira colocação, dois pontos atrás do líder America, que venceu a etapa e também avançou à fase final.

Vendo Flamengo e America irem à final pelos títulos de fase, restou ao Vasco a soma da pontuação. Curiosamente, o clube foi quem mais juntou pontos ao longo do campeonato, fazendo 34. Foram quatro pontos a mais que o America, cinco a mais que Botafogo e Flamengo e nove a mais que o Fluminense.

Três partidas definiram o campeão carioca de 1982, em um triangular simples no Maracanã. No primeiro jogo, o Vasco fez 1 a 0 no America. Na segunda partida, foi a vez do Flamengo fazer 1 a 0 nos alvirrubros. De tal forma, vascaínos e flamenguistas decidiram o título no terceiro jogo. Com gol de Pedrinho Gaúcho (ou Marquinhos, dependendo da fonte), o Vasco fez 1 a 0 no Clássico dos Milhões e confirmou o título.

A campanha do Vasco:
25 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 42 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Ignácio Ferreira/Placar

Corinthians Campeão Paulista 1982

"Ganhar ou perder, mas sempre com democracia". Este lema moveu o Corinthians no início da década de 1980. Em 1982, o Brasil ainda estava na Ditadura Militar, porém promoveu eleições diretas para governadores estaduais. E o clube, aproveitando-se desta abertura política, promoveu um histórico movimento no qual decisões como contratações, concentração, consumo de álcool e liberdade de opiniões eram decididas por meio do voto igualitário de seus membros, sejam atletas, funcionários e dirigentes. A Democracia Corinthiana foi liderada por Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon, e o período rendeu dois títulos paulistas ao alvinegro. Em 1982, foi conquistado o 18º troféu.

O Paulistão de 1982 envolveu 20 times, com um regulamento muito simples. Na primeira fase, todos os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder avançando à final. Na segunda fase, a mesma coisa aconteceu. O vencedor de cada etapa se enfrentou na decisão.

O Corinthians começou a campanha na vitória por 1 a 0 sobre o Santo André em casa. Depois, venceu mais 11 vezes, empatou cinco e perdeu duas, garantindo a vaga na final logo na primeira fase. O Timão somou 29 pontos na liderança, cinco a mais que o vice-líder São Paulo. Entre os principais resultados, o mais celebrado pelo Timão foi a goleada por 5 a 1 em cima do rival Palmeiras, na sexta rodada.

Embora já classificado para a decisão, o Corinthians manteve o ritmo alto na segunda fase. Na estreia, venceu a Inter de Limeira por 2 a 0 fora de casa. Nos outros 18 jogos, a equipe venceu 11, empatou três e perdeu quatro. Mas a boa campanha não foi suficiente para dar o título estadual antecipado ao Timão, que acabou em segundo lugar na tabela com 27 pontos, quatro atrás do São Paulo, que se classificou para defender um bicampeonato na final.

Dois Majestosos no Morumbi decidiram o Campeonato Paulista. Na primeira partida, pouco mais 23 mil torcedores compareceram ao estádio. E eles viram Sócrates marcar o gol da vitória do corinthiana por 1 a 0. No segundo jogo, quase 67 mil pessoas acompanharam Biro-Biro anotar duas vezes e Casagrande fechar a conta na vitória do Timão por 3 a 1. Com muita Democracia, o Corinthians voltou a ser campeão estadual depois de três anos.

A campanha do Corinthians:
40 jogos | 26 vitórias | 8 empates | 6 derrotas | 75 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Ronaldo Kotscho/Placar

Palmeiras Campeão da Brasil Ladies Cup 2025

A Brasil Ladies Cup é uma competição que acontece ao final da temporada nacional de futebol feminino. Foi criada em 2021 numa parceria entre a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Federação Internacional de Football Soccer Society (FIFOS). Até 2024, o torneio aconteceu com oito times, divididos em dois grupos, com o líder de cada passando para a final. Tudo em turno único, em tiro curto, durante quatro edições.

A edição de 2025 marcou a quinta realização do torneio, que foi antecipada de dezembro para outubro, com organização da FIFOS, apoiada pelo Governo de São Paulo e patrocinadores. Houve também uma mudança no formato: o número de participantes foi reduzido de oito para quatro equipes, em uma disputa semifinal e final simples. Foram convidadas para esse formato especial as equipes do Palmeiras, Grêmio, Peñarol e Gimnasia La Plata, com todos os jogos realizados no estádio Estádio do Canindé, em São Paulo.

O Palmeiras sagrou-se campeão pela primeira vez em sua terceira participação no torneio. Na semifinal, enfrentou o Gimnasia La Plata: o jogo terminou empatado em 2 a 2 no tempo normal, com gols de Fê Palermo e Brena para as Palestrinas. Nas penalidades, o Verdão venceu por 7 a 6 e garantiu vaga na final. No outro confronto semifinal, o Grêmio bateu o Peñarol por 2 a 0 e também avançou para a decisão. Na disputa pelo terceiro lugar, o Gimnasia La Plata bateu o Peñarol no empate por 1 a 1 no tempo regulamentar e vitória nos pênaltis por 3 a 2.

Na final, Palmeiras e Grêmio se enfrentaram, e as Palestrinas venceram por 4 a 2, com gols de Brena, gol contra da goleira gremista Raíssa, Raíssa Bahia e Amanda Gutierres, garantindo assim o troféu inédito da Brasil Ladies Cup.

A campanha do Palmeiras:
2 jogos | 1 vitória | 1 empate | 0 derrotas | 6 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Paulo Guereta/Governo SP