Treze Campeão Paraibano 1982

Os clubes de Campina Grande continuaram no topo do futebol da Paraíba em 1982, com a conquista do bicampeonato estadual do Treze. O sétimo título do time veio após uma acirrada disputa com o rival.

O torneio contou com dez equipes que atuaram em três fases idênticas. Todos os participantes se enfrentaram em turno único três vezes. O líder foi para a decisão e os quatro melhores avançaram a um quadrangular posterior, este jogados em dois turnos em todas as etapas. O líder de cada quadrangular fez a final com os primeiros colocados anteriores, valendo uma vaga na fase decisiva do estadual.

O Treze abriu a campanha com vitória por 2 a 0 sobre o Nacional de Patos. Depois, venceu mais oito vezes e empatou uma, garantindo a decisão na liderança com 17 pontos. No quadrangular, o Galo da Borborema venceu três vezes, empatou uma e perdeu duas, ficando em segundo com sete pontos. O time fez a final da primeira fase contra o Botafogo e venceu por 1 a 0 no Amigão, indo à decisão geral.

Na segunda fase, o Treze estreou com vitória por 2 a 0 sobre o Nacional de Cabedelo. Nos outros oito jogos, venceu cinco e empatou três, o que lhe deu outra vez a liderança com 15 pontos. No quadrangular, a equipe voltou a ser segunda colocada, com duas vitórias, três empates, uma derrota e sete pontos. A decisão foi jogada contra o Campinense no Amigão, com vitória alvinegra por 2 a 1.

O Galo iniciou a terceira fase com outro triunfo de 2 a 0 sobre o Nacional de Cabedelo, e repetiu a mesma campanha da etapa anterior nas outras oito partidas, com mais cinco vitórias e três empates. Mas desta vez o time acabou em segundo lugar com os 15 pontos, um a menos que o Nacional de Patos. No quadrangular, mais três vitórias, um empate e duas derrotas colocaram o Treze de novo com vice, com sete pontos, quatro longe do Campinense, que bateu o Nacional na decisão e foi à final.

Com duas fases vencidas ante uma do maior rival, o Treze entrou na final do estadual com a vantagem de definir tudo ainda no primeiro jogo. Bastava não perder para o Campinense. No Amigão, em Campina Grande, os dois times fizeram um Clássico dos Maiorais bastante pegado, mas o Galo da Borborema segurou o empate por 2 a 2 e faturou o bicampeonato, com incríveis 105 gols marcados.

A campanha do Treze:
48 jogos | 30 vitórias | 13 empates | 5 derrotas | 105 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Nicolau de Castro/Placar

América-RN Campeão Potiguar 1982

A última parte da hegemonia potiguar do América na virada da década de 1970 para a de 1980 aconteceu com a conquista do tetracampeonato em 1982. E foi um título que veio de maneira invicta.

Oito clubes participaram do estadual. Nas duas primeiras fases, os participantes se enfrentaram em turno único, com os quatro melhores avançando para o mata-mata. Os ganhadores de cada decisão se classificaram para a fase final. Na terceira fase, as seis melhores campanhas na soma das duas etapas anteriores seguiram para mais um turno, onde novamente os quatro primeiros foram ao mata-mata, e o ganhador para a decisão.

A trajetória do América iniciou na goleada por 4 a 0 sobre o Atlético de Natal. Nas outras seis partidas da primeira fase, venceu duas e empatou quatro, terminando em segundo lugar com dez pontos, atrás do líder ABC por ter uma vitória a menos. Na semifinal, o Dragão bateu o Potiguar de Mossoró após vencer a ida fora por 2 a 1 e empatar a volta em casa por 2 a 2. Na final, o time empatou duas vezes com o Alecrim, por 1 a 1 e por 0 a 0, vencendo nos pênaltis por 5 a 4 e se classificando para a fase decisiva.

Na segunda fase, o América outra vez estreou contra o Atlético, vencendo por 4 a 1. Na sequência, a equipe venceu mais três vezes e empatou três, o que a deixou na liderança com 11 pontos. Na semifinal, o Mecão venceu o Potyguar Seridoense por 1 a 0 na ida e por 2 a 1 na volta. Na decisão, outra vez com o Alecrim, o América empatou por 1 a 1 o primeiro jogo e venceu por 2 a 0 o segundo, o que garantiu mais uma conquista de fase para o time.

Na terceira fase, a equipe alvirrubra abriu com vitória por 3 a 0 sobre o Potyguar Seridoense, seguido por mais três vitórias e um empate. Com nove pontos, o América voltou a encerrar uma fase na liderança. Na semifinal, o Dragão fez dois clássicos com o ABC no Castelão, empatando o primeiro sem gols e o segundo por 2 a 2. Nos pênaltis, o time eliminou o rival ao vencer por 2 a 1.

O América foi à final da terceira fase para enfrentar outra vez o Alecrim, que passou pelo Baraúnas na semifinal. Os dois confrontos no Castelão tornaram-se a final do estadual, caso os alvirrubros novamente vencessem. E logo na ida o Mecão venceu por 3 a 0, encaminhando o tetra. Na volta, o empate por 0 a 0 confirmou o título antecipado e sem derrotas.

A campanha do América-RN:
31 jogos | 16 vitórias | 15 empates | 0 derrotas | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arlindo Marinho/Placar

Moto Club Campeão Maranhense 1982

O Moto Club conquistou o bicampeonato maranhense em 1982, ampliando a hegemonia estadual e desempatando o ranking com o Sampaio Corrêa e voltando a ficar só na liderança, com 17 títulos.

A competição contou com dez participantes. Na primeira fase, a Taça Cidade de São Luís, os times foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em turno único e chaves cruzadas. Os dois melhores de cada chave foram ao quadrangular final e o vencedor levou um ponto extra para a decisão. Na segunda fase, todos voltaram a ficar em duas chaves e jogaram cruzados. Os líderes foram à final, os três melhores à etapa seguinte. Na terceira fase, os seis classificados jogaram em turno único, e o líder enfrentou o vencedor da segunda fase, valendo um ponto extra para a decisão. Na quarta fase, os cinco melhores da terceira e o vencedor da repescagem entre os quatro eliminados da segunda etapa voltaram a atuar em turno único, com o líder indo à decisão com um ponto extra. Por fim, a fase final reuniu os quatro vencedores de fase, também em turno único.

A campanha do Moto Club começou na vitória por 4 a 0 sobre o Expressinho. Depois, venceu mais três vezes e empatou uma, ficando com nove pontos na liderança do grupo B da Taça Cidade de São Luís. No quadrangular, o time venceu duas e empatou uma, garantindo cinco pontos e a vaga na fase final.

Na segunda fase, os rubro-negros iniciaram com goleada por 9 a 2 sobre o São José de São Luís. O time também venceu as outras quatro partidas, terminando em primeiro no grupo B com dez pontos. Porém, na final contra o Tupan, o Moto perdeu duas vezes por 3 a 2.

O momento de baixa seguiu na terceira fase. Após estrear com empate por 1 a 1 com o Imperatriz fora, o Moto Club empatou mais um jogo, venceu dois e perdeu um, acabando apenas em terceiro lugar do hexagonal com seis pontos, um a menos que o líder Maranhão. Na final com o ganhador da segunda fase, o Maranhão bateu o Tupan e também conseguiu seu ponto extra.

O Rubro-negro da Fabril voltou a crescer na quarta fase. A equipe iniciou fazendo 4 a 2 no Imperatriz em casa, depois venceu mais três vezes e perdeu uma. Os resultados colocaram o Moto com oito pontos na liderança, superando o Sampaio Corrêa pelo número de vitórias e garantindo outro ponto de bônus.

Com dois pontos extras, o Moto Club fez o quadrangular final com Maranhão, Tupan e Sampaio Corrêa, este classificado por ter a melhor campanha entre os não-ganhadores. A vantagem rubro-negra tornou o bicampeonato mais tranquilo, com o time chegando lá depois de empatar sem gols com o Maranhão, vencer o Tupan por 3 a 0, e também o Sampaio Corrêa por 2 a 1.

A campanha do Moto Club:
28 jogos | 19 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 64 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto Jairo Brasil/Placar

Flamengo Campeão Brasileiro 2025

O Flamengo chegou ao nono título brasileiro de sua história em 2025, cinco anos depois da última conquista, reafirmando o grande momento histórico vivido pelo clube. O rubro-negro celebrou também o quarto título de Filipe Luís como técnico em pouco mais de um ano no comando, reforçando a rápida consolidação do treinador no cargo. Para a torcida, o feito representou mais um capítulo relevante da era moderna do clube, que se firmou novamente como protagonista do futebol nacional.

A disputa ponto a ponto com o Palmeiras marcou boa parte do campeonato, com a liderança mudando de mãos em várias rodadas. O início da campanha do Fla trouxe um empate por 1 a 1 contra o Internacional no Maracanã. A primeira vitória veio na segunda rodada, quando o time derrotou o Vitória por 2 a 1 em Salvador. Em seguida, o Flamengo fez 2 a 0 no Grêmio em Porto Alegre e goleou o Juventude por 6 a 0 em casa. Esses resultados colocaram o rubro-negro na liderança, dando início a uma disputa que se estenderia até as últimas rodadas.

O Flamengo alternou a liderança com Palmeiras e Cruzeiro durante boa parte do primeiro turno, mas conseguiu terminar a metade inicial do campeonato na frente. O Fla venceu o Atlético-MG por 1 a 0 no Rio de Janeiro na 17ª rodada, empatou 1 a 1 com o Ceará como visitante na 18ª e fechou o turno com vitória por 2 a 1 em casa na 19ª rodada, retomando o topo da tabela naquele momento de virada para a segunda metade do campeonato.

O time manteve bons resultados no segundo turno, como a goleada por 8 a 0 sobre o Vitória na 21ª rodada em casa. Mas perdeu momentaneamente a liderança na 27ª partida, quando o rubro-negro foi derrotado pelo Bahia por 1 a 0 em Salvador. O Palmeiras assumiu a ponta, e o Flamengo ficou em perseguição até a rodada 35, quando venceu o Santos por 3 a 2 no Maracanã, voltando ao primeiro lugar na reta final do campeonato.

O título foi confirmado na 37ª rodada, com uma rodada de antecedência, no Maracanã, quando o Flamengo enfrentou o Ceará. A conquista do eneacampeonato foi assegurada pela vitória rubro-negra por 1 a 0, com gol anotado por Samuel Lino, apenas quatro dias depois de levar também o título da Libertadores, repetindo seu próprio feito de 2019 e o do Botafogo em 2024. O Fla fechou a campanha vencedor mais uma vez, mantendo sua hegemonia recente no cenário nacional.

A campanha do Flamengo:
38 jogos | 23 vitórias | 10 empates | 5 derrotas | 78 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Thiago Ribeiro/Staff Images/CBF

Todos os brasileiros vice-campeões da Libertadores

Na série de vice-campeões, o blog traz os pôsteres dos brasileiros vice-campeões da Libertadores.
São 20 equipes que chegaram próximo, mas não faturaram o principal título do futebol sul-americano.
Para relembrar todos os campeões brasileiros na Libertadores, clique aqui.

Foto César Greco/Palmeiras

Foto Alejandro Pagni/AFP/Getty Images

Foto Buda Mendes/Getty Images

Foto Alexandre Vidal/Flamengo

Foto Alexandre Vianna/FPF

Foto Evaristo Sá/AFP/Getty Images

 Foto César Greco/Foto Arena/Gazeta Press

Foto Arquivo/Agência RBS

Foto Arquivo/São Paulo

Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Foto Arquivo/Santos

Foto Sergio Moraes/Reuters

Foto Paulo Pinto/Estadão

Foto Arquivo/Gazeta Press

Foto Arquivo/Grêmio

Foto Arquivo/Conmebol

Foto Célio Apolinário/Placar

Foto Arquivo/Placar

Foto Arquivo/Palmeiras

Foto Arquivo/Placar

Flamengo Campeão da Libertadores 2025

Ninguém tira o Brasil do topo! O Flamengo alcançou a sua quarta conquista da Libertadores em 2025, tornando-se o primeiro clube do Brasil a chegar ao nível de tetracampeão do torneio continental, passando a ser o maior vencedor do país de maneira isolada. O título se soma às campanhas vitoriosas de 1981, 2019 e 2022, consolidando mais um capítulo marcante da história rubro-negra, comandado pelo técnico Filipe Luís, ganhador duas vezes em campo e agora também na área técnica.

A conquista do Flamengo manteve uma curiosa escrita do clube ser campeão continental a cada três anos. A campanha começou no grupo C, onde o rubro-negro enfrentou LDU Quito, Central Córdoba e Deportivo Táchira. Em casa, perdeu por 2 a 1 para os argentinos, venceu por 2 a 0 os equatorianos e fez 1 a 0 sobre os venezuelanos. Como visitante, o Fla somou uma vitória e dois empates, chegando aos 11 pontos e encerrando a fase de grupos em segundo lugar, atrás da LDU pelo saldo de gols.

Nas oitavas de final, o rubro-negro superou o Internacional com triunfos por 1 a 0 no Maracanã e por 2 a 0 em Porto Alegre. Nas quartas, o Flamengo encarou o Estudiantes, vencendo por 2 a 1 no Rio de Janeiro, perdendo por 1 a 0 na Argentina e avançando após vitória por 4 a 2 nas cobranças de pênaltis.

A semifinal colocou o Flamengo diante do Racing. O rubro-negro venceu a partida de ida por 1 a 0 no Rio de Janeiro e, no duelo de volta, segurou a pressão da torcida argentina e o empate sem gols em Avellaneda para confirmar a vaga na decisão, com resultados econômicos mas suficientes para ir longe.

Na final, o adversário do Flamengo foi o Palmeiras, que chegou após eliminar Bolívar, Sporting Cristal, Universitario, River Plate e LDU Quito. A quinta decisão brasileira nas seis últimas edições ocorreu em jogo único no Peru, no Estádio Monumental de Lima, o mesmo que recebeu a final de 2019. Em uma partida tensa e com mais lances perigosos do rubro-negro, o placar foi outra vez econômico, com vitória por 1 a 0 para os cariocas. O gol anotado pelo zagueiro Danilo, de cabeça, no segundo tempo.

A campanha do Flamengo:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Gilvan de Souza/Flamengo

CSA Campeão Alagoano 1982

Em mais um passo dentro de sua hegemonia, o CSA levantou o tricampeonato alagoano em 1982. A conquista do 26º título estadual veio meses depois do vice-campeonato na Taça de Prata, o equivalente da Série B do Campeonato Brasileiro.

Oito clubes disputaram o estadual, que foi realizado em quatro fases. Nas três primeiras, todos se enfrentaram em turno único e os quatro melhores se classificaram um quadrangular também de turno único. O ganhador de cada quadrangular se garantiu na fase final com dois pontos extras. A decisão do campeonato, chamada de "superturno" aconteceu em um quadrangular de dois turnos, com os vencedores das etapas iniciais e o time de melhor campanha no geral.

O CSA abriu a campanha na goleada por 6 a 1 sobre o Capelense. Nos demais jogos da primeira fase, obteve mais cinco vitórias e uma derrota, que deixou a equipe na liderança com 12 pontos. No quadrangular, o Azulão venceu Penedense e Capelense, e empatou com o ASA, o que valeu a liderança com cinco pontos e a vaga na fase final.

Na segunda fase, o CSA iniciou fazendo 2 a 0 no Penedense. Nas outras seis partidas, venceu três, empatou uma e perdeu duas, que colocaram o time em terceiro lugar com nove pontos. O Azulão foi ao quadrangular e bateu outra vez o Penedense, além de vencer o ASA. Porém, a equipe perdeu por 1 a 0 para o CRB na última rodada e acabou em segundo, atrás do maior rival, que se garantiu na decisão.

O Azulão voltaria a crescer na terceira fase, a partir da vitória na estreia por 2 a 0 sobre o São Domingos. Depois, venceu mais cinco vezes e empatou uma. Com 13 pontos, o CSA terminou na liderança e foi para o quadrangular. Nos próximos três jogos, a equipe azulina volta a vencer Penedense e ASA e vai para enfrentar o CRB na última rodada, onde empata sem gols e termina em primeiro, com mais dois pontos extras na conta.

O CSA foi ao superturno com quatro pontos de bônus, contra dois do CRB. ASA e Penedense entraram pelas campanhas no geral. Na abertura, o time empatou sem gols com o Penedense, já administrando a vantagem numérica. Nos jogos seguintes, o Azulão empataria duas vezes com ASA e venceria o CRB, resultado que possibilitaram a conquista do título com uma rodada de antecedência, na vitória por 1 a 0 sobre o Penedense no Rei Pelé, sobrando ainda outro triunfo por 2 a 0 sobre o rival no último jogo.

A campanha do CSA:
36 jogos | 25 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 78 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Rivaldo José/Placar