A terceira edição da Copa Intercontinental foi a primeira com a presença de um clube brasileiro. O mérito coube ao Santos, que em 1962 vivia o auge de um esquadrão lembrado até a atualidade com um dos melhores da história.
Com os gênios Pelé, Coutinho, Pepe, Zito e Mauro Ramos, o Peixe escalou até o topo a partir da conquista da Taça Brasil de 1961. Na Libertadores da temporada seguinte, o clube conseguiu o título em uma sofrida final contra o Peñarol, batido somente na partida extra por 3 a 0.
O adversário do Santos foi o Benfica, que pela segunda vez marcou presença no Mundial. O time português foi bicampeão europeu após uma vencer de virada por 5 a 3 o Real Madrid. Os dois jogos da decisão foram realizados em um intervalo de 22 dias. O primeiro, aconteceu em 19 de setembro, no Rio de Janeiro. Mais de 85 mil torcedores foram ao Maracanã acompanhar um desfile de craques. De um lado, Pelé. Do outro, Eusébio.
Mas só um deles brilhou naquela noite, e foi o brasileiro. Do alto de seus 21 anos, o Rei abriu o placar para os alvinegros aos 31 minutos do primeiro tempo. Todavia as Águias não estavam dispostas a dar mole como no vice anterior, e partiram para o empate aos 13 do segundo tempo, com Santana. Aos 19, Coutinho desempatou. Aos 40 minutos, Pelé novamente marcou para tranquilizar a arquibancada. A tranquilidade virou sufoco novamente aos 42, quando Santana fez seu segundo gol para os portugueses. A vitória por 3 a 2 dava uma pequena vantagem ao Santos, que só precisava não perder na volta.
O segundo jogo foi disputado em 11 de outubro, no Estádio da Luz, em Lisboa. A expectativa dos 73 mil apoiadores era de que o Benfica pudesse forçar o desempate. Porém, o que se viu foi um verdadeiro show tupiniquim. Com 15 minutos de partida, Pelé já abria o placar para o Peixe. E aos 25 anotava o segundo gol. O controle da situação era completo, tanto que os gols surgiam com facilidade. Aos 3 do segundo tempo, Coutinho fez o terceiro, aos 19, Pelé marcou o quarto, e aos 32, Pepe assinalou o quinto.
Nove dedos postos na taça, o Santos diminuiu o ritmo no fim, o que possibilitou dois gols ao Benfica, aos 40 minutos com Eusébio, e aos 44 com Santana. Com seu hat-trick, Pelé definitivamente vestia a coroa de melhor futebolista. Para muitos, sem tirá-la até hoje.
Por fim, uma curiosidade: este 5 a 2 que deu o primeiro Mundial ao Santos também foi o resultado com mais gols marcados até a decisão de 2022.
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