Vélez Sarsfield Campeão Mundial 1994

Já passaram-se 34 anos desde a primeira edição da Copa Intercontinental. Volta e meia neste tempo, era acendida uma discussão sobre incluir todas as confederações na competição, mas Conmebol e UEFA nunca quiseram negociar com a FIFA. Como as forças do futebol já estavam melhor distribuídas nos anos 90, a ideia esquecida desde 1974 voltou à tona.

O dirigente do Milan, Silvio Berlusconi, relançou a proposta na reunião de dezembro de 1993 do comitê executivo da entidade máxima. Ela foi aprovada, mas o anúncio da criação de uma competição mundial de clubes, independente da Copa Intercontinental, foi feito só em 1997. A informação sobre a nova ideia de competição foi divulgada apenas em junho de 1994, em jornais como "O Estado de São Paulo".

Nestes quatro anos de discussão, o Mundial no Japão continuou sua história de sucesso. E em 1994 ela revelaria uma nova força vinda da Argentina. O Vélez Sarsfield era um clube a mais de bairro naquela época, até que retornou à Libertadores. Com a liderança de José Luis Chilavert no gol, o Fortín eliminou Boca Juniors, Defensor e Junior Barranquilla até chegar na final contra o São Paulo. Depois de vencer a ida por 1 a 0 e perder a volta pelo mesmo placar, o time argentino conquistou o título nos pênaltis, por 5 a 3. No comando técnico, Carlos Bianchi começava sua história do "Mister Libertadores".

Na Europa, o Milan conseguia o retorno ao Mundial pelo caminho certo, como campeão. O Rossonero conquistou o penta na Liga dos Campeões ao golear o Barcelona por 4 a 0 na decisão. Antes, o clube derrubou times como Werder Bremen e Anderlecht.

O Mundial mudou sua estética a partir do confronto entre Vélez Sarsfield e Milan. Antes disputadas ao meio-dia, as decisões passaram a ser feitas às oito da noite. E o que era só uma disputa em campo ganhou ares de espetáculo, com luzes, fogos e shows. Argentinos e italianos jogaram em 1º de dezembro no Nacional de Tóquio.

O favoritismo era todo europeu, mas foi o azarão sul-americano quem deu aula. De posicionamento e de contra-ataque. Aos cinco minutos do segundo tempo, Alessandro Costacurta fez pênalti em José Flores. Roberto Trotta bateu e abriu o placar ao Fortín. Aos 12, Costacurta falhou novamente e fez um recuo curto demais para o goleiro Sebastiano Rossi. Omar 'El Turco' Asad antecipou-se ao lance, roubou a bola e chutou ao gol vazio, fazendo 2 a 0.

As pretensões do Milan acabaram desmontadas, e o Vélez administrou a vantagem até o fim. O inédito título mundial, além de ter unido a torcida argentina em torno de um clube pequeno, elevou o status do clube, tornando-se presença frequente em torneios internacionais.


Foto Masahide Tomikoshi

2 comentários:

  1. Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que eu assistia o "Torneio Mundial Inter-Clubes"

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  2. Esperando os pôsteres da Copa Ouro e Master de 1995 e das Copas Sul Minas 2001 / 2002

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