Boca Juniors Campeão Mundial 2003

Um clima de fim de feira começava a pairar sobre a Copa Intercontinental. A fórmula do Mundial da FIFA, adiada de 2001 para 2003, explodiu definitivamente no ano em que a parceria entre UEFA, Conmebol e Toyota completava 23 anos. Mas a concorrência ficaria com os dias contados, pois a entidade suíça, as duas confederações e a montadora japonesa enfim se entenderam, e a velha ideia de expansão do torneio mundialista evoluía, embora sem confirmação oficial até a segunda disputa em Yokohama.

Os trabalhos continuaram normalmente no preenchimento das duas vagas do Mundial. Na Libertadores, o Boca Juniors ampliava seu domínio na década de 2000, conquistando a terceira taça em quatro anos (e a quinta no total). O clube argentino derrubou Colo-Colo, Paysandu, Cobreloa e América de Cali, além do Santos na final, vencendo por 2 a 0 na ida e 3 a 1 na volta.

Na Europa, o Milan foi hexacampeão da Liga dos Campeões. Os italianos eliminaram Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Ajax e Internazionale para chegar à decisão contra a Juventus. O título veio após empate sem gols e vitória nos pênaltis por 3 a 2.

Cinco títulos mundiais e 11 continentais entraram em campo no Estádio Internacional de Yokohama, no dia 14 de dezembro de 2003. O Milan trazia uma verdadeira seleção, enquanto o Boca apostava na tradicional raça argentina. A partida foi equilibrada, e a disparidade entre os elencos não se refletiu em campo. O time italiano tentou tomar a iniciativa, mas foi igualmente surpreendido pelas chances criadas pelos xeneizes.

O primeiro gol foi milanista: aos 23 minutos do primeiro tempo, Andrea Pirlo roubou a bola no campo de defesa e fez um belo lançamento para Jon Dahl Tomasson, que tocou entre as pernas de Roberto Abbondanzieri. Os argentinos não se abateram e empataram aos 28, quando Guillermo Schelotto cruzou na área para o desvio de Iarley, que só não marcou porque Dida defendeu. No rebote, Matías Donnet completou para o gol. Ninguém sabia, mas esse empate seria o último gol da história da Copa Intercontinental.

O que se seguiu após o 1 a 1 foi um cenário de tensão e emoção à flor da pele, com uma série de oportunidades desperdiçadas por ambos os lados. O resultado permaneceu até o fim dos 90 e também nos 120 minutos. A grande história ficou para os pênaltis. Abbondanzieri defendeu as cobranças de Pirlo e Alessandro Costacurta, e viu Clarence Seedorf chutar para fora. Apenas Rui Costa converteu pelo Milan. Pelo Boca Juniors, foram três acertos e um erro, cabendo a Raúl Cascini marcar o gol derradeiro, que decretou 3 a 1 no placar e o tricampeonato mundial para os xeneizes.


Foto Arquivo/Boca Juniors

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