O Mundial de Clubes de 2019 contou com uma nova mudança de sede, seguindo o padrão de duas edições por país. A escolha para o biênio até 2020 foi pelo Catar, em uma forma de utilização do torneio como evento-teste para a disputa da Copa do Mundo de 2022. Porém, os dias da competição já estavam contados, pois a partir de 2021 a FIFA prometia colocar em prática um novo formato de Mundial, com 24 clubes e disputado a cada quatro anos, um desejo antigo dos dirigentes desde os anos 50.
Por ora, tudo seguia na simplicidade. Pela quarta vez na história, o Liverpool conquistou vaga no Mundial após vencer a Liga dos Campeões pela sexta vez, derrotando o Tottenham na final. Os Reds nunca haviam dado sorte na competição, acumulando três vices e nenhum gol marcado. Porém, a maré estava prestes a mudar, junto com um acerto de contas com o passado. Seu grande adversário foi o Flamengo, bicampeão da Libertadores após 38 anos, em uma virada cinematográfica sobre o River Plate.
Buscando atrapalhar a revanche, os outros participantes foram: Monterrey, campeão da Concacaf; Al-Hilal, vencedor asiático; Espérance, campeão africano; Hienghène Sport, da Oceania; e Al-Sadd, representante do país-sede.
O Mundial começou com o time da casa enfrentando o amador Hienghène, da Nova Caledônia. O Al-Sadd venceu por 3 a 1, na prorrogação. Na sequência, o anfitrião foi derrotado por 3 a 2 pelo Monterrey, nas quartas de final. Na outra chave, um duelo árabe entre Al-Hilal e Espérance terminou com vitória do time asiático por 1 a 0. Na semifinal, o Flamengo estreou vencendo de virada o Al-Hilal por 3 a 1.
O Liverpool iniciou sua campanha em 18 de dezembro, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha. Contra o Monterrey, venceu por 2 a 1 em jogo duro, decidido apenas nos acréscimos, com gols de Naby Keita e Roberto Firmino. Na disputa pelo quinto lugar, o Espérance aplicou 6 a 2 no Al-Sadd. Já na luta pelo terceiro, o Monterrey empatou em 2 a 2 com o Al-Hilal e venceu nos pênaltis por 4 a 3.
Liverpool e Flamengo se reencontraram no Khalifa no dia 21, em uma final aguardadíssima. As duas equipes, novamente no topo de seus continentes, mostraram futebol de alto nível. Mas, ao contrário de 1981, não houve baile. A partida foi de muitas chances, principalmente para os ingleses, mas o gol não saiu no tempo normal. Foi na prorrogação que veio o desfecho histórico: aos nove minutos do primeiro tempo extra, Roberto Firmino recebeu passe de Sadio Mané, deixou Rodrigo Caio e Diego Alves para trás e tocou rasteiro para as redes. Vitória por 1 a 0 e o primeiro título mundial, enfim, para o Liverpool.
Foto David Ramos/FIFA/Getty Images

Uau!!! Mas que incrivel jornada Everton, conseguisse fazer todos os Mundiais Inter-Clubes... Muito legal, li tudo, mas acho que merecia ser reconhecido como campeao mundial tambem o de 1947, com o Athletic Bilbao sobre o Vasco da Gama, afinal, era o campeao sulamericano contra o europeu...
ResponderExcluir