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Palmeiras Campeão Brasileiro Série B 2003

A Série B de 2003 foi histórica. As presenças de Palmeiras e Botafogo aumentaram a exposição da competição na mídia, e ela começou a ser vista com melhores olhos, deixando de ser aquele fim de mundo dos anos 80 e 90. Os times vieram de péssimo Brasileirão em 2002 e tinham o único pensamento de retornar rapidamente para a elite. Em relação aos últimos anos, a Série B até que foi tranquila, sem viradas de mesa e tribunais.

O único problema foi o regulamento. A CBF tinha a intenção de fazer a segunda divisão também em pontos corridos, até divulgou tabela. Mas na última hora voltou atrás, pois vários clubes alegaram não ter condições financeiras de jogar as 46 partidas. O regulamento então voltou ao modelo anterior e a competição teve um mês de atraso.

No fim, os 24 times jogam em turno único, com os oito melhores se classificando para a segunda fase. Como foi de se esperar, Palmeiras e Botafogo dominaram o torneio do início ao fim. O time carioca liderou por 10 rodadas, e o Alviverde assumiu a ponta nas outras 13. A estreia palmeirense foi com empate em 1 a 1 fora de casa com o Brasiliense. A primeira vitória foi na quarta rodada, por 4 a 0 sobre o São Raimundo-AM no Palestra Itália. A classificação foi garantida na goleada de 5 a 1 sobre o União São João em casa, na 19ª rodada.

O Verdão terminou a primeira fase na liderança, com 47 pontos, 13 vitórias, oito empates e duas derrotas. Fez seis pontos a mais que o vice Botafogo. Na segunda fase, os oito classificados ficaram em dois grupos. O Palmeiras enfrentou Sport, Brasiliense e Santa Cruz, e fez uma campanha tranquila, com 15 pontos, cinco vitórias e só uma derrota. Se classificou com sobras, sete pontos a mais que o vice Sport.

No quadrangular final chegaram Palmeiras, Sport, Botafogo e Marília. O Verdão começou a fase final com empate com os cariocas no Caio Martins por 1 a 1. Depois, vitória por 1 a 0 sobre o Sport em casa, e duas vezes 2 a 0 sobre o Marília, no Bento de Abreu e no Palestra Itália.

O acesso e o título palmeirense vieram na quinta rodada, na vitória por 2 a 1 sobre o Sport na cidade de Garanhuns, já que a Ilha do Retiro estava interditada. Na última rodada, todos jogaram de cabelo verde na goleada de 4 a 1 sobre o Botafogo, para comemorar a conquista com a taça. O Palmeiras de Marcos, Magrão e Vágner Love voltava em grande estilo.

A campanha do Palmeiras:
35 jogos | 23 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 80 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Arquivo/Palmeiras

Criciúma Campeão Brasileiro Série B 2002

A Série B de 2002 foi mais uma competição que começou com indefinições. A polêmica começou em 2001, na partida entre Figueirense e Caxias. O time catarinense vencia por 1 a 0 e conquistava o acesso. Nisso, torcedores invadiram o gramado para comemoração antes do apito final. O time gaúcho alegou que o jogo não havia encerrado, e queria a remarcação da partida. A questão se arrastou nos tribunais da vida, mas o resultado foi mantido, o Figueirense subiu e o Caxias permaneceu na segunda divisão.

O campeonato teve o regulamento exatamente igual ao da Série A, com 26 clubes em grupo único, com os oito melhores se classificando ao mata-mata. E antes do início, um outro problema. O Malutrom comunicou desistência da competição, e no seu lugar entrou o Guarany de Sobral, terceiro lugar da Série C anterior. Um ano antes, o time paranaense havia escapado por pouco do rebaixamento, ao lado do Criciúma. O time carvoeiro teria uma história bem diferente naquela Série B.

Liderado por um cara chamado Paulo César, que passaria a se chamar Paulo Baier, o Tigre foi o melhor time da Série B, de cabo a rabo. A estreia foi com vitória em casa sobre o Paulista de Jundiaí por 2 a 0, e a classificação para a fase final foi confirmada com acachapantes 5 a 1 sobre o Sport no Heriberto Hülse, a quatro rodadas do fim. Ao final de 25 rodadas, o Criciúma terminou na liderança, com 51 pontos, 16 vitórias, três empates e seis derrotas. Também foram ao mata-mata, Sport, Fortaleza, Santa Cruz, Avaí, América-MG, Paulista e Remo.

Nas quartas de final, o Tigre enfrentou o time paraense, oitavo colocado. No Baenão, o Criciúma não resistiu e perdeu de virada por 2 a 1. A situação foi revertida no Heriberto Hülse, com a goleada por 4 a 0. Depois do Remo, o adversário foi o Santa Cruz. A semifinal foi aberta no Arruda, e o Criciúma venceu por 1 a 0. O acesso foi consumado com outra vitória por 3 a 0 em casa.

A final foi contra o Fortaleza. Na ida no Castelão, um susto, e a derrota por 2 a 0 deixou tudo com tons dramáticos. Foi na volta que apareceu o protagonismo de Paulo Baier. Precisando devolver o resultado, o então lateral-direito marcou três vezes e o Criciúma venceu por 4 a 1, conquistando assim o título da Série B de 2002, a segunda taça nacional do clube.

A campanha do Criciúma:
31 jogos | 20 vitórias | 3 empates | 8 derrotas | 58 gols marcados | 39 gols sofridos


Foto Cristiano Andujar/Placar

Paysandu Campeão Brasileiro Série B 2001

A organização da Série B voltou para as mãos da CBF no ano de 2001. E devido ao Brasileirão ter se transformado em Copa João Havelange no anterior, tendo sua forma de disputa modificada, a intenção era respeitar os rebaixamentos e ascensões de 1999. Mas a competição quase foi para o espaço mais uma vez.

Diversos lobbys políticos fizeram com que a composição dos participantes fosse diferente, com clubes que não estavam nos planos assegurando a participação na Série A, como Fluminense, Bahia, América-MG e Botafogo-SP. Juventude e São Caetano estavam incluídos na Série B, mas também conseguiram nos bastidores a inclusão na primeira divisão. O Remo não teve a mesma sorte, mas tentou até o último instante uma vaga na elite, quase trancando o início das duas competições. No fim de tudo, a segunda divisão contou com 28 times.

O Paysandu foi um dos times com 1999 horrível, um dos rebaixados na Série B daquele ano. Mas em 2000 o clube se reestruturou, foi quarto colocado do Módulo Amarelo, e acabou recolocado na Série B em 2001. A competição contou com dois grupos de 14 times se enfrentando em dois turnos. O Papão ficou no grupo 1, com outras equipes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O Alviceleste fez uma primeira fase quase perfeita, com a melhor campanha no geral. Liderou o grupo com 47 pontos em 26 jogos, sendo 12 vitórias, 11 empates e três derrotas. O time abriu sete pontos de vantagem para os outros classificados, Ceará, Náutico e CRB. Nas quartas de final da competição, o Paysandu encarou o União São João, quarto lugar do outro grupo. Dois empates sem gols, em Araras e em Belém, garantiram o Papão no quadrangular final, ao lado de Figueirense, Avaí e Caxias.

A fase final foi disputada em todos os sentidos. O Paysandu começou com empate com o Avaí na Ressacada, em 3 a 3. Depois, 0 a 0 com o Caxias na Curuzu e outro 3 a 3 com o Figueirense no Orlando Scarpelli. A primeira vitória veio no returno, por 3 a 0 em casa sobre o Figueirense. Na quinta rodada, o Paysandu quase garantiu o acesso, mas permitiu uma virada de 3 a 0 para 4 a 3 do Caxias no Centenário.

Todos os times chegavam na rodada final com seis pontos. E o Papão tratou de não dar chance ao azar, goleou o Avaí por 4 a 0 na Curuzu. Enquanto isso, o Figueirense fez só 1 a 0 no Caxias, em partida que só se encerrou meses depois no tribunal. Fora da polêmica, com nove pontos e melhor saldo de gols, o Paysandu se sagrou bicampeão da Série B.

A campanha do Paysandu:
34 jogos | 14 vitórias | 16 empates | 4 derrotas | 60 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Cristino Martins/O Liberal

Paraná Campeão Brasileiro Série B 2000

A Série B de 2000 quase não aconteceu. Aliás, todas as divisões foram ameaçadas com o imbróglio envolvendo Gama e CBF. Uma guerra judicial quanto ao rebaixamento (ou não) do time candango levou o clube para a Justiça Comum. Assim, a entidade foi impedida de organizar o Brasileirão naquele ano e passou a bola para o Clube dos 13, que fez a competição do zero, sem respeitar a ordem de acesso e descenso. Enquanto a primeira divisão foi chamada de Módulo Azul, a segundona virou o Módulo Amarelo.

De 1999, ficaram todos menos Goiás (campeão e com acesso legítimo), Santa Cruz (vice e também com acesso no campo), América-MG (resgatado pelo C13) e Bahia (outro que foi "subido"). E das equipes que jogariam a Série B em 2000, não o fizeram o próprio Gama (que entrou por último na primeira divisão), o Juventude (salvo do rebaixamento pelo C13) e o Fluminense (campeão da Série C de 1999, pinçado pelo C13).

Para completar, muitos dos times do Módulo Amarelo vieram com critério baseado nos estaduais, sem passar pela terceira divisão do ano anterior. No fim, os únicos rebaixamentos respeitados foram o do Botafogo-SP e do Paraná.

O Paraná Clube não foi beneficiado pela confusão que virou a Copa João Havelange. Mas dentro de campo tentou contornar essa situação. O Módulo Amarelo contou com 36 clubes, em dois grupos regionalizados. O Tricolor da Vila ficou no grupo 1, ao lado de times da região Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

A disputa seria em turno único com oito vagas de classificação por grupo. Com uma defesa sólida (11 gols, a menos vazada) e um ataque cirúrgico (18 gols em 17 jogos), o Paraná não encontrou maiores dificuldades para se classificar na terceira posição. Foram 29 pontos, oito vitórias, cinco empates e quatro derrotas, ficando 11 pontos atrás do líder São Caetano.

A segunda fase foi toda em mata-mata de ida e volta, e contou com 16 times. Nas oitavas de final, o Tricolor enfrentou a Anapolina, vencendo por 1 a 0 em Anápolis e por 2 a 0 em Curitiba. Nas quartas, o adversário foi o Bangu, e o Paraná definiu logo no primeiro jogo em Moça Bonita, ao vencer por 3 a 0. Depois, nova vitória por 2 a 1 na Vila Capanema.

Na semifinal, confronto contra o Remo, e na ida em casa o Paraná ficou no 0 a 0. A emoção ficou para a volta no Mangueirão, onde o time paranista venceu por 2 a 1 e se classificou para a final, além de garantir o acesso para a fase final do Módulo Azul ainda na mesma temporada.

A final foi contra o São Caetano, e o primeiro jogo na Vila Capanema acabou 1 a 1. Mais uma vez, o Paraná precisou mostrar seu valor fora de casa. No Palestra Itália, o Tricolor não quis saber de nada, e com 11 minutos já marcava dois gols. No final, vitória paranaense por 3 a 1 e o título do Módulo Amarelo. Pela primeira vez uma equipe chegava ao bicampeonato na Série B. Na sequência, o Paraná disputou o mata-mata da Copa João Havelange, e foi bem. Eliminou o Goiás nas oitavas e só perdeu no saldo de gols para o Vasco (futuro campeão) nas quartas.

A campanha do Paraná:
25 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 32 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Rogério Pallatta/Placar

Goiás Campeão Brasileiro Série B 1999

A Série B deu um importante passo rumo à valorização dentro do futebol brasileiro no ano de 1999. Ela deixava de ser dividida em grupos, e os clubes passariam a jogar todos contra todos em turno único, com oito classificados para a fase seguinte e seis rebaixados. Assim, os participantes teriam o seu calendário dobrado, e os ascendidos mais confiança para a disputa da primeira divisão do ano seguinte.

 Tudo estaria ótimo, não fossem os problemas envolvendo Gama e Botafogo na fuga do rebaixamento na elite. O imbróglio cancelou quase tudo para o ano seguinte, os rebaixamentos não ocorreram, acessos a mais foram forçados, e o únicos resultados respeitados foram o título do Goiás e o vice do Santa Cruz.

Ainda longe de imaginar o que estaria por vir em 2000, o Goiás entrava em campo com um ótimo time, de nomes como Harlei, Sílvio Criciúma, Araújo, Dill e Fernandão, e era um dos favoritos para subir em meio aos 22 participantes. A estreia já mostrou que o Esmeraldino não estava para brincadeira. Logo de cara com o rival Vila Nova, o time venceu por 1 a 0 no Serra Dourada e dava início a sua escalada.

A primeira fase foi tranquila, a equipe sempre frequentou o grupo dos oito melhores, e se classificou no terceiro lugar com 36 pontos em 21 jogos, sendo dez vitórias, seis empates e cinco derrotas. O Goiás ficou nove pontos atrás do líder São Caetano, mas na fase seguinte tudo começaria do zero.

A segunda fase foi um breve mata-mata, e o time alviverde enfrentou o Ceará, sexto colocado. No Castelão, parecia que seria tudo tranquilo com a vitória goiana por 3 a 0. Mas no Serra Dourada, os cearenses foram para cima e igualaram a pontuação vencendo por 4 a 3. Na época, os mata-matas eram em melhor de três, e o Goiás precisou do terceiro jogo. Jogando pelo empate em Goiânia, o time se reencontrou e venceu por 2 a 0, se classificado para o quadrangular final.

Junto ao Goiás chegaram Bahia, Santa Cruz e Vila Nova. A estreia não foi legal, derrota por 2 a 1 para o Santa Cruz no Arruda. As coisas melhoraram no clássico com a vitória por 1 a 0. Na terceira partida, empate zerado com o Bahia em casa. Depois, o Esmeraldino venceu os baianos por 2 a 1 na Fonte Nova. E no clássico com o Vila Nova, outra vitória por 1 a 0 deu o acesso, legítimo, ao clube.

A última rodada valeu o título, e o Serra Dourada ficou lotado para o jogo contra o Santa Cruz. Com dez pontos contra nove dos pernambucanos e seis do rival, bastou ao Goiás segurar o 0 a 0 para conquistar a sua primeira Série B.

A campanha do Goiás:
30 jogos | 15 vitórias | 8 empates | 7 derrotas | 48 gols marcados | 29 gols sofridos


Foto Léo Caldas/Placar

Gama Campeão Brasileiro Série B 1998

A Série B de 1998 é uma das competições mais emblemáticas que o futebol brasileiro realizou. Nela, estava o time do Fluminense, o quarto do grupo dos "12 grandes" a pisar nesse território. E o primeiro a fracassar completamente. O clube conseguiu, em meio a 24 participantes, ficar na 19ª posição (vice-lanterna no seu grupo) e ser rebaixado para a terceira divisão do ano seguinte, chegando no fundo do poço.

Longe dali, na capital federal, o Gama fazia o caminho inverso. Antes disso, o campeonato teve mais mudanças no regulamento. Os grupos passaram a ser quatro, e o número de rebaixados, seis, os lanternas e os dois piores quintos lugares. O número de acessos seguiu sendo dois.

Na primeira fase, o Gama ficou no grupo 3, mas não teve um começo arrasador. Conseguiu a última vaga, na quarta posição, com 13 pontos em dez jogos, sendo quatro vitórias, um empate e cinco derrotas. Só ultrapassou o Bahia no saldo de gols e terminou a fase 11 pontos longe do líder XV de Piracicaba.

Na fase seguinte, 16 clubes estiveram presentes nas oitavas de final. O Alviverde enfrentou o Remo. O primeiro jogo foi no Bezerrão, com vitória gamense por 1 a 0. E no Mangueirão, a goleada por 4 a 1 evitou a necessidade do terceiro jogo e classificou os candangos.

Na terceira fase, oito times em dois grupos. O Gama ficou no grupo 1, contra Criciúma, Desportiva-ES e XV de Piracicaba. O grupo foi disputado, mas o Alviverde se classificou na liderança. Com dez pontos, três vitórias, um empate e duas derrotas, ficou um ponto na frente dos capixabas, dois na frente dos catarinenses, e três na frente dos paulista.

No quadrangular final, chegaram junto ao Gama, Botafogo-SP, Londrina e Desportiva-ES. E ali eles não perderiam mais. O início alviverde foi no Estádio do Café, em empate sem gols com os paranaenses. Depois, 2 a 2 com a Desportiva em Brasília. A primeira vitória foi em Ribeirão Preto, por 2 a 1 sobre o Botafogo. Na sequência, 1 a 1 em casa com os paulistas e 2 a 2 fora com os capixabas. 

Tudo ficou em aberto na última rodada, e o Gama só dependia de si. Recebeu o Londrina no Mané Garrincha, e com gols de Renato Martins, William e Nei Bala, o Gama fez 3 a 0 no maior jogo de sua história, carimbou o acesso junto com o Botafogo-SP, e conquistou a inédita Série B, primeiro título nacional do futebol do Distrito Federal.

A campanha do Gama:
24 jogos | 11 vitórias | 6 empates | 7 derrotas | 33 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Nonato Borges/Placar

América-MG Campeão Brasileiro Série B 1997

A virada de mesa na Série A entre 1996 e 1997 refletiu na composição da Série B. Os rebaixados Goiatuba, Sergipe e Central-PE foram "resgatados", e a competição que teria 24 clubes voltou ao número original de 25, já que houve troca apenas entre os dois times que subiram para e elite e os que vieram da Série C.

O regulamento da segunda divisão sofreu alterações. Agora, o lanterna de cada um dos cinco grupos estaria rebaixado, ao invés de somente três piores. E as quartas de final davam lugar a uma terceira fase de dois grupos quadrangulares. Em campo, o América-MG se remontava da suspensão de dois anos, devido ao uso da Justiça Comum para evitar o rebaixamento na elite de 1993.

Na primeira fase, o Coelho ficou no grupo 3, ao lado de CRB, Vila Nova, Náutico e Sergipe. Ao final de dez rodadas e oito partidas, os mineiros ficaram em segundo lugar com 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e três derrotas. Três times se classificaram por grupo mais o melhor quarto lugar. 

As oitavas de final foram disputadas em play-off, que é quando uma equipe precisa pontuar o suficiente para não ser superado pelo rival no confronto de três jogos (ou seja, vencer os dois primeiros). Nesta fase, o Coelho enfrentou a Desportiva-ES. A primeira partida foi no Independência, e o América venceu por 2 a 0. Depois, empate em 1 a 1 em Cariacica. Como o time mineiro estava com quatro pontos contra um dos capixabas, foi preciso o terceiro jogo, e novamente no Espírito Santo. Mesmo com torcida contra, o América venceu por 2 a 1 e avançou.

Na terceira fase, o Coelho enfrentou Joinville, Tuna Luso e Vila Nova. E o clube mineiro passou com tranquilidade, líder com 13 pontos, quatro vitórias, um empate e uma derrota. Fez um ponto a mais que os goianos. Assim, o América-MG chegava ao quadrangular final, contra Vila Nova, Ponte Preta e Náutico.

Esta fase foi igual a anterior, sem grandes dificuldades. Fez 2 a 0 no Vila Nova no Serra Dourada, 2 a 0 no Náutico e empatou em 1 a 1 com a Ponte Preta, ambas em casa. No Moisés Lucarelli, a derrota por 1 a 0 deixou a briga aberta com o próprio time paulista, além dos pernambucanos. Na quinta rodada, o Coelho deixou tudo encaminhado com a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico nos Aflitos.

Valendo acesso e título, na última partida o América recebeu, no Independência, o eliminado Vila Nova. Com gol do atacante Celso, o time venceu por 1 a 0 e conquistou o primeiro título na Série B, já que no outro confronto Ponte Preta e Náutico só empataram, no que valeu o acesso aos paulistas.

A campanha do América-MG:
23 jogos | 14 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 34 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press

União São João Campeão Brasileiro Série B 1996

Em 1996, a Série B era quase um inferno, a estrutura era precária e as condições financeiras pequenas. Cinco clubes desistiram do torneio por estarem sem dinheiro. O Barra do Garças pediu arrego ainda em 1995, e com isso o time caiu no lugar da Ponte Preta. Na virada do ano, Bangu, Ferroviária, Novorizontino e América-SP também pularam fora, e nos lugares entraram Gama, ABC, Atlético-GO e Joinville, os melhores times da Série C depois de XV de Piracicaba e Volta Redonda, que subiram por direito.

Para completar, o América-MG terminava de cumprir uma suspensão de duas temporadas fora de competições e retornou ao seu lugar. Com isso, 25 equipes estariam pleiteando as duas vagas de acesso. Entre elas, o União São João, que vinha do rebaixamento da Série A e estava louco para voltar à elite.

Na primeira fase, foram cinco grupos, e o União ficou no grupo 3. Depois de oito jogos, o time venceu quatro, empatou um e perdeu três, fazendo 13 pontos. Se classificou na vice-liderança, um ponto a menos que o XV de Piracicaba. Passaram de fase os três primeiros de cada grupo e o melhor quarto colocado.

Esses 16 clubes fizeram um breve mata-mata, e a Ararinha enfrentou o Volta Redonda, empatando em 1 a 1 no Raulino de Oliveira e vencendo por 3 a 0 no Hermínio Ometto. Nas quartas de final, um confronto complicado com o Mogi Mirim. Derrota do União em Araras por 1 a 0 e vitória devolvida pelo mesmo placar em Mogi. Nos pênaltis, vitória uniense por 3 a 1 e classificação para o quadrangular final.

O União São João chegou na última fase contra América-RN, Náutico e Londrina. O início foi com vitória nos Aflitos por 2 a 1 sobre o Náutico. Depois, 3 a 1 sobre o América-RN em Araras. Na terceira rodada, 1 a 1 com o Londrina no Estádio do Café. Na partida seguinte, uma histórica virada de 3 a 2 sobre os paranaenses no Herminião. Na quinta rodada, a derrota por 2 a 1 para o América em Natal adiou o acesso e embolou a tabela.

Três times chegaram com chances na última rodada. O União recebeu em casa o Náutico e não podia perder. Empatou em 1 a 1, resultado que somado a derrota do América-RN em Londrina deu o título ao Verdão. Foram 11 pontos contra nove dos potiguares e oito dos pernambucanos. A Série B de 1996 é até hoje a maior glória obtida pelo União São João, que atualmente está licenciado, tentando recursos para voltar as competições profissionais.

A campanha do União São João:
18 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 28 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto André Ricardo/Placar

Athletico-PR Campeão Brasileiro Série B 1995

Coisa rara de se ver, a Série B manteve o número participantes de uma temporada para outra. Em 1995, novamente seriam 24 as equipes lutando pelas duas vagas de acesso. Na outra ponta, os dois piores clubes cairiam para a Série C do ano seguinte. O regulamento sofreu breves alterações, exceção feita as duas primeiras fases, iguais a de 1994

A competição ganharia mais uma fase antes da final, que deixou de ser em mata-mata e se transformou em quadrangular. Outra novidade foi as vitórias valendo três pontos. Em campo, a dupla Atletiba via de longe a hegemonia estadual do Paraná, e entrava disposta a frear essa coqueluche. Os dois times se destacaram na competição, e no final quem sorriu melhor foi o Athletico-PR.

Dentre os quatro grupos da primeira fase, o Furacão ficou no grupo 3. Com sobras, terminou na liderança, com 23 pontos em dez jogos, sete vitórias, dois empates e uma derrota. Foram nove pontos a mais que o vice Goiatuba. Quatro equipes se classificaram por grupo, e essas 16 formaram mais quatro grupos na segunda fase.

O Athletico voltou a ficar no terceiro grupo, ao lado de Mogi Mirim, Londrina e Novorizontino. Com tranquilidade, o time rubro-negro fez 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e uma derrota. Se classificou na liderança, superando no saldo de gols o Mogi Mirim, que também avançou.

Na inédita terceira fase, os oito times se dividiram em mais dois grupos, e o Furacão foi sorteado no grupo 1, contra Central-PE, Bangu e Sergipe. Em seis partidas, o clube fez jus ao apelido e foi avassalador, com cinco vitórias, um empate e 16 pontos. Se classificou para o quadrangular final com o dobro da pontuação do vice, o Central de Caruaru.

Na última fase, também chegaram vivos o Coritiba e o Mogi Mirim. Na primeira rodada, o Athletico-PR foi até Pernambuco e venceu por 1 a 0 o Central. No jogo seguinte, o primeiro clássico, empate em 1 a 1 no antigo Estádio Joaquim Américo, a Baixada. A recuperação veio com a vitória em casa por 1 a 0 sobre o Mogi Mirim. Este mesmo placar se repetiu no interior paulista e deu o acesso ao time rubro-negro.

Na quinta rodada, o Furacão chegava com dez pontos, contra sete do Coritiba. Uma vitória no Atletiba em pleno Couto Pereira daria o título antecipado ao Athletico, mas o time teve atuação ruim e perdeu por 3 a 0, resultado esse que também colocou o rival na elite de 1996. A última rodada valeria o título, mas em Mogi Mirim, o Coritiba não passou de um empate. Enquanto isso, na Baixada, o Athletico-PR empilhou gols com a dupla Oséas e Paulo Rink, goleou o Central-PE por 4 a 1, e comemorou o título da Série B, a primeira conquista nacional do Furacão, com o número recorde de 20 vitórias na campanha geral.

A campanha do Athletico-PR:
28 jogos | 20 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 47 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Arquivo/Athletico-PR

Juventude Campeão Brasileiro Série B 1994

Em 23 anos de existência, lá no distante 1994, a Série B vivia uma enorme crise de identidade. Nunca tinha um regulamento definitivo, e em algumas temporadas sequer foi disputada. Um ano antes, devido ao acesso de 12 clubes, a competição foi cancelada junto com a Série C, e em seus lugares foram disputadas seletivas regionais para a definição de 16 participantes no retorno da segunda divisão. Outros oito viriam do rebaixamento na Série A. Entre os 24 contemplados estava o Juventude, que em 1993 eliminou Brasil de Farroupilha e Figueirense, e se garantiu ao lado do Londrina.

A primeira fase da Série B foi dividida em quatro grupos. O Ju, com nomes como Lauro, Galeano e (Dorival) Júnior, ficou no grupo 4 e fez uma campanha suficiente para se classificar no terceiro lugar dentre as quatro vagas disponíveis. Com quatro vitórias, três empates e três derrotas em dez jogos, o time alviverde fez 11 pontos, três a menos que a líder Ponte Preta.

Na segunda fase, os 16 classificados se reuniram em mais quatro grupos, e o Papo ficou mais uma vez no último grupo, contra Athletico-PR, Goiatuba, e mais uma vez a Ponte Preta. Dessa vez era só uma vaga de classificação, e o Juventude aumentou de produção, vencendo quatro jogos e empatando dois, marcando dez pontos, três a mais que o adversário paranaense.

Quatro times foram para a semifinal, que também valiam o acesso. O Juventude enfrentou o Americano-RJ. Venceu por 1 a 0 no Godofredo Cruz e repetiu o resultado no Alfredo Jaconi, conquistando uma vaga na primeira divisão depois de 15 anos.

A final foi contra o Goiás, que havia eliminado a Desportiva-ES. Na final verde, o Ju fez a partida de ida no Serra Dourada, mas perdeu por 2 a 1. Assim, só a vitória interessava em Caxias do Sul, e por qualquer resultado, já que a melhor campanha lhe beneficiava. E no caldeirão do Jaconi, o Juventude devolveu o mesmo placar, com o gol do desafogo marcado por Galeano, a dez minutos do final. Pela primeira o interior do Rio Grande do Sul conquistava um título nacional, e o Juventude não pararia por ali. Cinco anos depois viria a Copa do Brasil.

A campanha do Juventude:
20 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 36 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar

Paraná Campeão Brasileiro Série B 1992

Metade dos participantes foram cortados na Série B de 1991 para 1992. Com 32 participantes, a Divisão Classificatória recebia o primeiro clube do grupo chamado "12 grandes" depois de dez anos. O Grêmio foi um dos rebaixados ao ano anterior e precisou jogar a segunda divisão para tentar uma das 12 vagas de acesso. Diferentemente do que muitos afirmam, elas estavam definidas pelo regulamento desde antes do início da competição.

Enquanto os holofotes se voltavam ao clube gaúcho, em Curitiba um clube com apenas três anos de existência, fruto da fusão entre o Colorado e o Pinheiros, fazia sua ascensão meteórica. O Paraná Clube veio da terceira divisão em 1990, bateu na trave em 1991 e era o campeão estadual do momento, um dos favoritos para subir.

Na primeira fase da Série B, os 32 times ficaram em quatro grupos, e o Paraná ficou no grupo 4. Em dois turnos, três equipes passavam de fase. O Tricolor da Vila terminou em segundo lugar, com 18 pontos em 14 jogos, cinco vitórias, oito empates e uma derrota. Ficou empatado em pontos com o América-MG, mas com uma vitória a menos. E acabou com um ponto na frente do Grêmio, o último classificado. Dessa forma, o acesso para a Série A do ano seguinte já era garantido, a luta agora seria pelo título.

Na segunda fase, os 12 classificados ficaram em três grupos, com vaga para os dois primeiros colocados mais os dois melhores terceiros. O Tricolor apareceu no grupo 3, ao lado de Coritiba, Criciúma e Grêmio. Em seis rodadas, o Paraná fez oito pontos, com três vitórias, dois empates e uma derrota. Ficou em segundo lugar, empatado em pontos com a equipe catarinense, mas perdendo no saldo de gols.

Na terceira fase, mais dois grupos, e o Paraná caiu no grupo 2, contra Criciúma, União São João e América-MG. Em uma campanha surreal, o Tricolor venceu uma partida e empatou as outras cinco, todas elas em 0 a 0. Com só um gol marcado (e nenhum sofrido), o Paraná foi para a semifinal na vice-liderança e os mesmos sete pontos do líder Criciúma. No mata-mata, o adversário foi o Santa Cruz. No Arruda, vitória paranista por 2 a 1. Este resultado se repetiu no Pinheirão.

O Paraná avançou para a final, contra o Vitória. O jogo de ida foi em Curitiba, com vitória paranaense por 2 a 1. A volta foi na Fonte Nova, e mesmo com a pressão de 60 mil pessoas contra, o Paraná venceu por 1 a 0, gol do ídolo Saulo, e conquistou o histórico título da Série B, o primeiro no currículo do clube.

A campanha do Paraná:
30 jogos | 13 vitórias | 15 empates | 2 derrotas | 32 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Arquivo/James Skroch

Paysandu Campeão Brasileiro Série B 1991

Novas mudanças foram concretizadas na Série B de 1991. As 24 equipes do ano anterior foram transformadas em 64. A Série C, que foi disputada em 1990, acabou fundida mais uma vez na Segunda Divisão, o nome oficial da competição. Os participantes foram as duas equipes rebaixadas da Série A, as quatro que subiram da terceira divisão, e as outras 58 vieram pelos estaduais. O Paysandu vinha de um vice paraense e um quinto lugar na Série C de 1990, e entrava na disputa pelo acesso e pelo título.

Na primeira fase da Série B, os participantes ficaram em oito grupos e o Papão caiu no grupo 1. Ao final de dois turnos, o Paysandu conseguiu a classificação na segunda posição, com 23 pontos em 14 jogos, sendo dez vitórias, três empates e uma derrota. Terminou empatado com o Sampaio Corrêa, mas com uma vitória a menos, e deixou para trás os rivais do Remo e da Tuna Luso.

Daqui para a frente, a competição foi toda em mata-mata. Entre os 16 classificados, o time celeste enfrentou na oitavas de final o Ceará. A ida foi no Mangueirão, e o Papão venceu por 1 a 0. A volta foi no Presidente Vargas e o empate em 1 a 1 classificou os paraenses. Nas quartas, o adversário foi o ABC. Em Natal, a derrota por 1 a 0 deu um pequeno susto. Em Belém, o Paysandu reverte o resultado com a vitória por 3 a 1 e avança para a semifinal.

O último adversário antes do acesso foi o Americano-RJ. No Godofredo Cruz, o Paysandu voltou a perder por 1 a 0, e a vitória no Mangueirão foi pelo mesmo placar. Nos pênaltis, o Bicolor fez 5 a 4 e comemorou a volta para a Série A.

A final foi contra o Guarani, e a primeira partida foi no Brinco de Ouro. O jogo foi truncado e com três expulsões, e o Paysandu perdeu por 1 a 0. No Mangueirão, outros seis expulsos, e o Papão da Curuzu conseguiu os dois gols que precisava no segundo tempo, pelos pés dos atacantes Cacaio e Dadinho. O resultado de 2 a 0 deu o título da Série B para o Paysandu, o primeiro dos dois que o clube possui.

A campanha do Paysandu:
22 jogos | 15 vitórias | 2 empates | 5 derrotas | 26 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Paysandu

Sport Campeão Brasileiro Série B 1990

Não é de hoje que a CBF age com incongruência. Depois de fazer uma Série B em 1989 inchadíssima, com 96 times, em 1990 ela retorna a separar tudo em três divisões, e a Segunda Divisão voltou a ter 24 equipes. Rebaixado no ano anterior, o Sport tinha uma única missão: retornar à elite com uma boa campanha, já que o rival Náutico era o único time de Pernambuco na Série A, e o Leão não poderia fazer feio.

Os participantes da Série B de 1990 foram divididos em quatro grupos, e o Sport ficou no grupo 4. Com quatro vagas de classificação, não foi difícil para o Rubro-negro ficar na liderança, com 12 pontos em dez jogos, sendo três vitórias, seis empates e uma derrota. Acabou empatado com o Moto Club, mas no saldo de gols garantiu a primeira posição. De quebra, viu o rival Santa Cruz ser eliminado com dois pontos a menos.

Na segunda fase, os 16 classificados foram reordenados em quatro grupos, e o Leão da Ilha voltou a ficar no grupo 4, ao lado de Operário-PR, Itaperuna-RJ e Remo. Em uma disputa muito acirrada, o Sport fez seis pontos, venceu uma partida, empatou quatro e perdeu uma, fez e sofreu quatro gols, e acabou empatado em tudo com o Itaperuna. No confronto direto, empates em 0 a 0 na Ilha do Retiro e 1 a 1 no Jair Bittencourt. Assim, a regra do gol fora de casa foi aplicada, e o Sport avançou de fase ao lado do Operário de Ponta Grossa.

Na terceira fase, os oito sobreviventes se dividiram em dois grupos, e o Rubro-negro ficou no grupo 1 junto com Juventude, Moto Club e Guarani. E nesta fase as coisas foram menos tensas, o Sport ficou invicto com três vitórias e três empates, marcando nove pontos. Como só passava um time por grupo, o clube pernambucano conquistou o acesso para a Série A de 1991. A comemoração foi no Brinco de Ouro, após empatar em 1 a 1 com o Guarani, na última rodada.

A final foi rubro-negra, contra o Athletico-PR, que havia eliminado Criciúma, Operário-PR e Catuense-BA. A primeira partida foi em Curitiba, no Pinheirão, e deu empate em 1 a 1. Por ter melhor campanha, o Sport exercia o direito de jogar por resultados iguais. E na Ilha do Retiro, o 0 a 0 confirmou o título da Série B para o Leão. Mais uma taça nacional para o armário do clube.

A campanha do Sport:
24 jogos | 7 vitórias | 15 empates | 2 derrotas | 22 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Sport

Bragantino Campeão Brasileiro Série B 1989

A Divisão Especial de 1989 sofreu uma mudança radical. As 24 equipes do ano anterior foram transformadas em 96, unificando a segunda e terceira divisões da temporada antecessora. Tirando os quatro rebaixados do Brasileiro de 1988, as outras 92 vagas foram definidas pelos estaduais. 

Semifinalista do Paulistão e comandado por um jovem técnico chamado Vanderlei Luxemburgo, o Bragantino entrava com boas credenciais na disputa da Série B, que contou com uma primeira fase de 16 grupos, cada um com seis times.

O Braga foi sorteado no grupo 10, contra outras equipes de SP, e também de RJ e MG. Após uma jornada de 10 rodadas, o time ficou na liderança do grupo, com 18 pontos e uma campanha excelente, de oito vitórias e dois empates. Se classificou com vantagem de oito pontos sobre o vice, o São José. De cada grupo saíram dois classificados. Assim, 32 clubes foram ao mata-mata.

Na fase de 16 avos de final, o Massa Bruta enfrentou o Catanduvense, o qual eliminou com vitória por 1 a 0 em Catanduva e empate em 1 a 1 em Bragança Paulista. Nas oitavas, o confronto foi contra o Juventus da Mooca. Na Rua Javari, vitória por 1 a 0, e no Marcelo Stéfani, classificação vencendo por 3 a 2.

Nas quartas de final, o Bragantino encarou o Criciúma. A única derrota alvinegra na competição foi no Heriberto Hülse, por 1 a 0. Em casa, o Braga reverteu vencendo por 3 a 0. A semifinal contou com o confronto mais equilibrado, contra o Remo. Foram dois empates sem gols, em Belém e em Bragança. Nos pênaltis, o Bragantino venceu por 4 a 1 e conquistou o acesso para a elite nacional de 1990.

Na final da Série B, o alvinegro reencontrou o São José. A primeira partida foi no Martins Pereira, em São José dos Campos, e o Bragantino venceu por 1 a 0. Dessa forma, foi só administrar a vantagem no Marcelo Stéfani, e o time alvinegro voltou a vencer, agora por 2 a 1.

O título da Série B de 1989 foi um dos degraus que a equipe escalou no fim da década de 80 e o início dos anos 90. O time já havia ganho o Paulista A-2 de 1988, e viria a ser campeão estadual em 1990, além de vice brasileiro em 1991 e semifinalista em 1992, em um período histórico para o Bragantino, uma curva ascendente que só virou em 1995.

A campanha do Bragantino:
19 jogos | 13 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Inter de Limeira Campeã do Brasileiro Série B 1988

Depois da disputa da Série B de 1985, a competição passou por algumas reformulações. Em 1986, a CBF transformou a competição em Torneio Paralelo, com 36 times em quatro grupos, com o líder de cada subindo para a fase final do Brasileirão do mesmo ano, sem existir um campeão oficial. Todavia, Treze e Central de Caruaru se consideram campeões, mas Inter de Limeira e Criciúma não demonstram interesse em oficializar esse título.

Em 1987, a confusão entre Copa União/Clube dos 13 e Módulo Amarelo/CBF tornou a segunda divisão daquele ano uma competição obscura. Oficialmente, as duas competição eram de mesmo divisão, com a junção de campeões e vices em um quadrangular final. Isso nunca ocorreu, e o Sport é tido como campeão brasileiro.

Mas na época, o Módulo Amarelo era tratado como a Série B, com o título sendo dividido entre Sport e Guarani, naquele famoso empate em 11 a 11 nos pênaltis. E a Copa União era a Série A, com o Flamengo derrotando o Internacional e conquistando o tetra. Nisso, sobraram os Módulos Azul e Branco, dois grupos regionalizados com 24 clubes cada, e os três melhores de cada módulo jogando um triangular final.

O Americano do Rio venceu o Módulo Azul, e o Operário-MS venceu o Branco. A grosso modo, estas competições eram tratadas como uma terceira divisão, inclusive com os campeões ganhando vaga na Série B do ano seguinte, mas a confusão C13 x CBF com o passar dos anos transformou elas em um segundo nível de torneio nacional. De qualquer modo, não existe uma oficialização dos dois títulos.

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Em 1988, as coisas foram voltando aos eixos, e a Série B retornou no formato recomendado pela FIFA. Foram 24 clubes lutando por duas vagas de acesso, enquanto os quatro piores da Série A seriam rebaixados para o ano seguinte. O nome original da competição foi Divisão Especial. A competição foi criada praticamente do zero, com 22 times convidados ou indicados pelas federações.

Na primeira fase, os participantes foram divididos em quatro grupos regionalizados, com vaga para os quatro primeiros colocados. A Inter de Limeira passava por um momento histórico, havia vencido o Paulista de 1986, liderado um dos grupos da Série B naquele mesmo ano, e possuía um dos melhores elencos do interior brasileiro.

A Veterana ficou no grupo 3, e passou com tranquilidade pelas dez rodadas. Liderou com 22 pontos (seis a mais que o vice Botafogo-SP), cinco vitórias, quatro empates e uma derrota. A Série B usava o mesmo sistema de pontuação da Série A, as vitórias valiam três pontos, e os jogos empatados eram decididos nos pênaltis, com dois pontos para o ganhador, e um para o perdedor. A Inter venceu três das quatro disputas.

Na segunda fase, os 16 classificados foram separados em quatro grupos, com dois classificados cada. O Leão jogou no grupo 2, contra Joinville, Avaí e Atlético-GO. Em seis jogos, nova liderança com 16 pontos, quatro vitórias, um empate (vencido nos pênaltis) e uma derrota.

Na terceira fase, os oito sobreviventes formaram mais dois grupos, novamente com duas vagas cada. A Inter de Limeira ficou no grupo 1, contra Náutico, Valeriodoce-MG e Operário-MS. Absoluta, a Veterana venceu quatro jogos e empatou dois (ganhando um nas penalidades), marcando 15 pontos.

A equipe limeirense chegou na quarta fase de uma competição que parecia interminável, tanto que ela invadiu o ano de 1989. Foram quatro equipes jogando em busca das duas vagas de acesso e da final.  Contra Náutico, Ponte Preta e Americano-RJ, a disputa foi ponto a ponto com os dois primeiros. No fim, a Inter subiu com 12 pontos (um a mais que os outros), duas vitórias, três empates (vencidos) e uma derrota.

A final foi contra o Náutico em partida única, no Major Sobrinho em Limeira. E premiando a melhor campanha, a Inter venceu por 2 a 1 e se sagrou campeã da Série B, único título nacional do clube até a atualidade.

A campanha da Inter de Limeira:
29 jogos | 16 vitórias | 10 empates | 3 derrotas | 46 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto Arquivo/Inter de Limeira

Tuna Luso Campeã do Brasileiro Série B 1985

O primeiro título a nível nacional conquistado pelo Pará ocorreu no ano de 1985, no Brasileiro da Série B, que naquele ano voltaria a ser chamada de Taça de Prata. A Tuna Luso estava embalada pelo pelo vice no estadual de 1984 e, crescendo jogo a jogo, venceu o maior título de sua história centenária e elevou a região Norte do Brasil a outro patamar futebolístico. O regulamento da competição foi super simples. Com 24 participantes, todas as fases foram feitas no formato mata-mata, com exceção da final, que foi disputada em um grupo triangular.

A Tuna começou a Série B contra o Moto Club. Empatou em 0 a 0 na ida em São Luís do Maranhão, e venceu por 3 a 0 na volta em Belém. Na segunda fase, o adversário foi o Rio Negro do Amazonas. O jogo de ida foi na capital paraense, e a Águia do Souza mandou a partida no Baenão, vencendo por 1 a 0. No Vivaldão, em Manaus, outra vitória por 2 a 1 e a classificação para a terceira fase.

O confronto agora era contra o Fortaleza, e a Tuna Luso segurou o empate sem gols no Presidente Vargas. Os gols ficaram guardados para a segunda partida em Belém, vencida pelo time cruz-maltino por sonoros 5 a 1. Dessa maneira, a Tuna Luso chegava na fase final. Outros dois time também sobreviveram. O Figueirense eliminou Novo Hamburgo, Marília e Operário-MS, enquanto o Goytacaz passou por América-SP, América-MG e Catuense.

O triangular começou de forma positiva para a Tuna, vencendo em casa o Figueirense por 1 a 0. Na segunda rodada, a equipes foi até Campos, e venceu o Goytacaz pelo mesmo placar. Na rodada de folga, o time fluminense fez 3 a 1 no catarinense. A situação estava tão favorável, que a derrota por 3 a 2 no Orlando Scarpelli apenas adiou em uma rodada a conquista do título.

Os paraenses estavam com quatro pontos, e os outros apenas dois. No penúltimo jogo (último dos paraenses), a vitória de 3 a 2 sobre o Goyatcaz deu à Tuna Luso o título de campeã da Taça de Prata, o acesso para a elite de 1986, e a festa total do torcedor tunante no Mangueirão. Houve ainda o empate de 1 a 1 entre Figueirense e o Goytacaz para cumprir tabela. No fim, a Tuna marcou seis pontos, contra três cada dos restantes.

A campanha da Tuna Luso:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/O Liberal

Uberlândia Campeão Brasileiro Série B 1984

A Série B mudou de nome no ano de 1984. A Taça de Prata deu lugar para a Taça CBF, que seguiu com o critério de qualificação via estaduais. O regulamento foi modificado. Não haveria mais rebaixamento na mesma temporada, e o campeão seria o único a subir para a fase final da Copa Brasil.

Além disso, campeão e vice garantiam vaga para a elite de 1985. Não foram formados grupos, e a competição foi toda disputada em mata-mata, com 32 participantes. O Uberlândia vinha de de um quarto lugar (e o título do interior) mineiro, e superou um a um os adversário rumo à maior conquista de sua história.

Na primeira fase, o Alviverde enfrentou o Nacional de Itumbiara, de Goiás. Venceu por 3 a 0 no Parque do Sabiá e perdeu por 2 a 1 no JK, assim avançando para as oitavas de final. Nesta fase, encarou o Guarani. O empate sem gols em casa colocou uma pulga atrás da orelha dos torcedores, mas no Brinco de Ouro, o Uberlândia venceu por 1 a 0 e se classificou novamente.

Nas quartas de final, o Furacão da Mogiana voltou para Itumbiara, agora para enfrentar o clube homônimo. A vitória por 2 a 1 no interior goiano, deu ao time mineiro a segurança de empatar novamente em casa, agora por 1 a 1, e passar para a semifinal. O adversário seguinte foi o Botafogo da Paraíba, no confronto mais tranquilo da trajetória do Uberlândia. Vitória por 4 a 0 em João Pessoa e por 2 a 0 no Parque do Sabiá.

Com o acesso na mão, o Verdão fez a final contra o Remo. A primeira partida foi em Uberlândia, e a equipe sofreu para vencer por 1 a 0, gol de Vivinho aos 46 minutos do segundo tempo. Com a vantagem mínima, o Uberlândia se segurou ao máximo em Belém, empatou em 0 a 0 e fez a festa no estádio do Mangueirão, conquistando o título. É o segundo e último do interior de Minas Gerais na Série B.

A campanha do Uberlândia:
10 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Armênio Abascal/Placar

Juventus-SP Campeão Brasileiro Série B 1983

A Taça de Prata tinha o seu relativo sucesso na década de 80. Era mais democrática do que a própria primeira divisão. Para 1983, foi repetido exatamente o mesmo regulamento do ano anterior, com 36 times na primeira fase, e mais 12 entrando no mata-mata. Das equipes chamadas "12 grandes", nenhuma marcou presença na Série B.

Já o Guarani, campeão em 1981 voltava para a disputa desde o início. Mas o futuro campeão da Taça de Prata não começou a competição. A Juventus de São Paulo, ou da Mooca, começou a temporada na Taça de Ouro, mas não se classificou na primeira fase e foi "rebaixada" com outros 11 clubes para a terceira fase da segunda divisão.

No andar de baixo, o destaque da primeira fase foi o Santa Cruz, que venceu quatro dos cinco jogos, marcou dez gols e não sofreu nenhum. A boa campanha encerrou ali, pois a equipe foi eliminada na segunda fase para o Uberaba, que subiu para a fase final da primeira divisão ao lado do Guarani, do Americano-RJ e do Botafogo-SP.

É agora que começa a trajetória do Moleque Travesso. A equipe enfrentou nas oitavas de final o Itumbiara, de Goiás, um dos vices da segunda fase. Venceu por 3 a 1 em São Paulo e empatou no interior goiano em 1 a 1, assim avançando para as quartas de final.

O confronto na fase seguinte foi contra o Galícia, da Bahia. A partida de ida foi na Fonte Nova, e a Juventus venceu por 3 a 2. A partida de volta foi no Parque São Jorge, já que a Rua Javari não tinha (e não tem até hoje) iluminação artificial, e o time grená voltou a vencer, agora por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi o Joinville. Empatou sem gols em Santa Catarina e venceu por 2 a 1 em São Paulo, avançando para a decisão.

O rival na final foi o CSA. Em Maceió, no Rei Pelé, e a Juventus perdeu por 3 a 1. A história se tornou igual a do Campo Grande no ano anterior, e o Moleque precisou vencer por 3 a 0 no Parque São Jorge para forçar mais uma partida, também na Fazendinha. O desempate foi muito mais tenso, e a Juventus só conseguiu o gol do título no segundo tempo, em pênalti convertido por Paulo Martins. A vitória por 1 a 0 deu ao time da Mooca o acesso para 1984 e a maior conquista de sua longa história.

A campanha do Juventus-SP:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Juventus

Campo Grande Campeão Brasileiro Série B 1982

A Taça de Prata em 1982 teve o regulamento um pouco alterado. O número de equipes permaneceu em 48, porém 36 entravam desde o início, e as outras 12 viriam a partir da segunda fase, eliminadas da Taça de Ouro. Ou seja, pela primeira vez ocorreu o sistema de rebaixamento, ainda que na mesma temporada.

Dois times grandes marcaram presença na segunda divisão dessa temporada, o Corinthians e o Palmeiras, por culpa da péssima campanha no Paulista de 1981. Mas a equipe que levou a glória maior da competição veio da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O Campo Grande era sétimo colocado do Carioca, e garantiu vaga para a disputa nacional.

Os participantes se dividiram em seis grupos de turno único na primeira fase, e o Galo da Zona Oeste entrou no grupo 5. O time terminou na liderança, com quatro vitórias, um empate e nove pontos, deixando para trás o conterrâneo Americano, Portuguesa, Comercial-MS e América-MG, e se classificando junto com o Uberaba.

Na segunda fase, as 12 classificadas foram separadas em quatro grupos, com o Campo Grande caindo no grupo 4, com Athletico-PR e Volta Redonda. Com um empate e uma derrota, a equipe ficou na segunda posição, perdendo o acesso direto para a primeira divisão na mesma temporada para o time parananense, mas seguindo na terceira fase da Taça de Prata.

Os quatro clubes vices da segunda fase se encontraram com as 12 eliminadas da fase inicial da Taça de Ouro, e a disputa passou a ser em mata-mata. O adversário do Campusca nas oitavas de final foi o Goiás, empatando no Serra Dourada em 0 a 0 e goleando no Ítalo del Cima por 4 a 0.

Nas quartas, o rival foi o River do Piauí. O jogo de ida foi vencido por 3 a 2 em Teresina, e o de volta teve a repetição dos 4 a 0 no Rio de Janeiro. Na semifinal, o Campo Grande reencontrou o Uberaba e manteve a lógica do placar em casa, vencendo a ida por 4 a 0 mais uma vez. Na volta, nova vitória por 2 a 0 deu o acesso para a primeira divisão de 1983.

A final foi contra o CSA. A primeira partida foi no Rei Pelé, e o Galo acabou derrotado por 4 a 3, de virada. Precisando vencer para forçar um desempate, o time carioca fez 2 a 1, também de virada, no Ítalo del Cima. O terceiro jogo foi novamente na casa do Campo Grande, e os jogadores não deram chance ao time alagoano. Venceram por 3 a 0 e faturaram o título da Taça de Prata de 1982, a Série B da época e a maior conquista do clube alvinegro até hoje.

A campanha do Campo Grande:
16 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Campo Grande

Guarani Campeão Brasileiro Série B 1981

A Taça de Prata manteve parte de seu formato para 1981. Houve uma diminuição de 64 para 48 equipes, divididos em seis grupos de oito times cada, jogando em turno único. Em em meio a esses participantes, três de destacavam: o Coritiba, semifinalista da Série A de 1980, o Palmeiras, seis vezes campeão nacional até então, e o Guarani, campeão em 1978, contando com Careca e Jorge Mendonça. Eles fizeram campanha ruim nos estaduais do ano anterior, e tiveram que disputar a segunda divisão.

O Bugre ficou no grupo 4, ao lado dos paranaenses, e fizeram a lógica acontecer na primeira fase. O time de Campinas se classificou na liderança do grupo, com 11 pontos, cinco vitórias, um empate e uma derrota. Eram duas vagas por grupo, e o time paranaense ficou com a outra.

Na segunda fase, os 12 classificados ficaram em quatro grupos. Os líderes ficariam com a vaga na fase final da Taça de Ouro (a primeira divisão) do mesmo ano, enquanto os vices seguiriam para a semifinal. O Guarani ficou no grupo 3, ao lado do Palmeiras e do Americano do Rio de Janeiro. Em quatro jogos, foram duas vitórias e duas derrotas, totalizando quatro pontos. A pontuação foi insuficiente para ultrapassar o Palmeiras, que marcou cinco pontos e subiu imediatamente. Mas o Bugre ficou na vice-liderança, e permaneceu com chance de título da Taça de Prata.

Na semifinal, o adversário alviverde foi o Comercial do Mato Grosso do Sul. No Morenão, em Campo Grande, o Bugre venceu a ida por 2 a 1, e no Brinco de Ouro a vitória foi por 3 a 0. O acesso para a elite de 1982 já estava garantido, mas ainda havia a final.

O adversário foi a Anapolina, de Goiás. O primeiro jogo foi em Anápolis, e o Guarani encaminhou o título ao vencer por 4 a 2, dois gols marcados por Careca. O segundo jogo foi em Campinas, no Brinco de Ouro, e o empate em 1 a 1 confirmou o título da segunda divisão do Brasileirão para o time bugrino, a última conquista nacional do clube desde então.

A campanha do Guarani:
15 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 32 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Manoel Motta/Placar