Ao longo do tempo, cada modalidade foi incorporando sua versão feminina ao programa. O futebol foi a última de todas a introduzi-la, apenas em 1996, na cidade de Atlanta. Um arco de 92 anos de diferença desde a estreia geral.
Para o primeiro torneio olímpico das mulheres, COI e FIFA decidiram montar o regulamento para oito participantes. Fora o anfitrião Estados Unidos, as outras sete vagas foram distribuídas de acordo o desempenho na Copa do Mundo de 1995. A Inglaterra seria uma dessas beneficiadas, mas como o país não existe nas Olimpíadas e a Grã-Bretanha estava com o futebol desativado, o Brasil herdou seu lugar.
Mas não teve para ninguém quando a dona da casa entrou em campo. A seleção norte-americana começou sua campanha no grupo E (a nomenclatura das chaves no feminino segue a sequência deixada pelo torneio masculino) vencendo a Dinamarca por 3 a 0. Na segunda rodada, foi a vez de derrotar a Suécia por 2 a 1. Já classificada, a USWNT ficou no 0 a 0 com a China e encerrou a primeira fase na vice-liderança, com sete pontos. A equipe ficou atrás das chinesas por causa do saldo de gols.
Na semifinal, as norte-americanas bateram a Noruega, por 2 a 1, no gol de ouro anotado por Shannon MacMillan na prorrogação. A medalha de bronze ficou com as próprias norueguesas, que venceram o Brasil por 2 a 0.
A primeira final olímpica feminina foi entre Estados Unidos e China, no Estádio Sanford, em Athens (cidade a 110 km de Atlanta). Diferentemente do confronto na fase de grupos, os gols saíram, para a alegria da torcida local. Aos 19 minutos do primeiro tempo, MacMillan abriu o placar. Aos 32, Sun Wen empatou. O gol do primeiro ouro norte-americano no futebol feminino aconteceu aos 23 do segundo tempo, pela atacante Tiffeny Milbrett.
A campanha dos Estados Unidos:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos
Foto Bob Thomas/Getty Images