Grêmio Campeão Gaúcho 2022

Um, dois, três, quatro, cinco. O Grêmio é pentacampeão gaúcho em 2022. Mesmo após o vexame do rebaixamento para a Série B do Brasileiro, em 2021, o clube tricolor juntou forças para se manter na hegemonia do Rio Grande do Sul e chegar à 41ª conquista.

O torneio teve a participação de 12 equipes, que jogaram em turno único na primeira fase. Em 11 rodadas, o Grêmio venceu seis partidas, perdeu duas e somou 21 pontos. Na tabela, o time ficou em segundo lugar, três pontos à frente do rival Internacional e atrás do Ypiranga no saldo de gols.

Ainda, o clube teve troca de técnico na metade do caminho: Roger Machado no lugar de Vagner Mancini. Na semifinal, em dois Grenais, o Tricolor despachou seu arquirrival ao vencer por 3 a 0 na ida, no Beira-Rio, e perder por 1 a 0 na volta, na Arena.

A decisão foi contra o Ypiranga, que eliminou o Brasil de Pelotas. O primeiro jogo foi no Colosso da Lagoa, em Erechim, e o Grêmio venceu por 2 a 1. A segunda partida aconteceu em Porto Alegre, e o Tricolor voltou a ganhar, desta vez por 2 a 1. Este quinto título consecutivo remonta uma façanha gremista que não ocorria desde 1989.

A campanha do Grêmio:
15 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 24 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Pedro H. Tesch/AGIF

Benfica Campeão da Liga dos Campeões 1962

O tira-teima das decisões em 1962. A sétima edição da Copa dos Campeões da Europa teve no seu desfecho uma final com todos os títulos reunidos. Benfica e Real Madrid colocaram frente a frente duas legiões de craques. Os portugueses, liderados por um jovem moçambicano chamado Eusébio, vindo da África logo após a primeira conquista. Os espanhóis continuavam sob a batuta dos experientes Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskás. No fim, a juventude prevaleceu e o Benfica levou o bicampeonato.

A competição continental teve a participação de 29 clubes, e as águias entraram já nas oitavas de final, devido a defesa do título. O primeiro adversário foi o Austria Viena. Na ida, empate por 1 a 1 no Praterstadion. Na volta, os sonoros 5 a 1 no Estádio da Luz classificaram o time benfiquista.

Nas quartas de final, os encarnados passaram sufoco no primeiro jogo contra o Nürnberg, da Alemanha. Fora de casa, os portugueses saíram derrotados por 3 a 1. Porém, na segunda partida, em Lisboa, a desvantagem foi revertida com outra goleada, por 6 a 0.

Na semifinal, o Benfica enfrentou o Tottenham. A ida foi em Portugal, com vitória vermelha por 3 a 1. A volta foi em Londres, e os ingleses conseguiram vencer de virada, por 2 a 1, que foi insuficiente para desfazer o caminho de glória das águias.

Mais uma vez na final, o Benfica viu o Real Madrid retornar para tentar a sexta taça. A equipe espanhola passou por Vasas (Hungria), Boldklubben (Dinamarca), Juventus e Standard Liège. O jogo foi no Estádio Olímpico de Amsterdã.

No primeiro tempo, o Real saiu na frente com dois gols de Puskás, os encarnados empataram com José Águas e Domiciano Cavém, mas o hispano-húngaro faria o terceiro logo depois. Tudo isso aconteceu em 39 minutos. A virada épica veio na segunda etapa, com os tentos de Mário Coluna aos cinco minutos, e de Eusébio aos 19 e aos 24. A vitória por 5 a 3 valeu o bicampeonato e a consagração de uma era para o Benfica.

A campanha do Benfica:
7 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Benfica

Benfica Campeão da Liga dos Campeões 1961

De novo com 26 equipes, a Copa dos Campeões da Europa mergulha de vez na década de 60. A sexta edição do torneio, encerrada em 1961, conheceu novos resultados, pois o Real Madrid caiu antes da final pela primeira vez e o título enfim trocou de mãos, mais para oeste. Da Espanha para Portugal, o Benfica rompeu a hegemonia e ergueu a taça inédita.

Na primeira fase, os encarnados enfrentaram o Heart of Midlothian, da Escócia. Na ida, em Edimburgo, vitória por 2 a 1. Na volta, no Estádio da Luz, triunfo por 3 a 0 confirmou a classificação. Nas oitavas de final, o adversário foi o Újpesti Dózsa, da Hungria. A primeira partida foi em Lisboa, e o Benfica goleou por 6 a 2. A vantagem permitiu que as águias até perdessem por 2 a 1 no segundo jogo, em Budapeste.

Nas quartas, foi a vez de encarar o AGF, da Dinamarca. Na ida, em casa, os encarnados ganharam por 3 a 1. Na volta, fora, goleada por 4 a 1 e mais uma vaga garantida. Na semifinal, o clube português enfrentou o Rapid Viena. Outra vez, o primeiro jogo aconteceu na Luz, e o Benfica usou novamente a força dos adeptos para vencer, desta vez por 3 a 0. Na segunda partida, na Áustria, os portugueses seguraram empate por 1 a 1 para chegar na final pela primeira vez.

O adversário do Benfica na decisão foi espanhol, mas não foi o Real Madrid. E sim o Barcelona, que derrubou o Real ainda nas oitavas de final. Antes, ela passou pelo Lierse (Bélgica), e depois, superou o Hradec Králové (Tchecoslováquia) e o Hamburgo. O jogo foi disputado no Wankdorf, na suíça Berna, com grandes doses de emoção.

As águias começaram perdendo aos 21 minutos do primeiro tempo, mas viraram de maneira relâmpago, aos 31 e 32, com José Águas e Antoni Ramallets, contra. Aos dez do segundo tempo, Mário Coluna marcou o terceiro gol, e o Barcelona ainda descontou para 3 a 2, aos 30. Este resultado permaneceu até o apito final, para a festa dos vermelhos.

A campanha do Benfica:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 26 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Benfica

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1960

Na Copa dos Campeões da Europa que virou a década, de 1959 para 1960, o número de participantes estabilizou-se em 26. A única mudança foi a reentrada (e estreia) da Grécia e a ausência da União Soviética da competição.

No mais, tudo permaneceu igual, com um adendo importante ao fim dela: o campeão europeu debutaria como o representante da UEFA na Copa Intercontinental - ou Mundial Interclubes - contra o vencedor da inédita Libertadores (que era a Copa dos Campeões da América), criada na América do Sul.

E não havia clube melhor para ser este estreante mundialista se não o Real Madrid. Só dava o clube espanhol na Europa, e o caminho rumo à "la quinta" começou nas oitavas de final, contra o amador Jeunesse Esch, de Luxemburgo. Com duas goleadas - 7 a 0 em casa e 5 a 2 fora -, o time merengue já estava nas quartas.

O próximo adversário foi o Nice. O jogo de ida aconteceu na França, e o Real permitiu uma virada por 3 a 2 após sair vencendo por dois gols. A remontada ocorreu no Santiago Bernabéu, na vitória por 4 a 0. Os gols foram marcados por Pepillo, Francisco Gento, Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskás - contratado em 1959 depois de desertar da Hungria.

Na semifinal, a UEFA reservou dois confrontos contra o Barcelona. No primeiro "El Clasico" válido pelo principal torneio europeu, o Real Madrid venceu em casa por 3 a 1. E no segundo também, desta vez no Camp Nou.

A dupla Di Stéfano e Puskás se entrosou de maneira maravilhosa, e o Real chegou a mais uma final. Seu oponente foi o Eintracht Frankfurt, que eliminou Young Boys (Suíça), Wiener (Áustria) e Rangers. A partida foi no Hampden Park, em Glasgow. E o estádio escocês serviu de palco para a decisão com maior número de gols na história: dez. Di Stéfano marcou três, Puskás anotou quatro, e o Real Madrid foi penta ao golear a equipe alemã por 7 a 3.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 31 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Hans-Dietrich Kaiser/Nordbild

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1959

Alguns países entraram, outros saíram. Assim foi com mais uma Copa dos Campeões da Europa, na quarta edição. O número de participantes aumentou para 26, e a primeira fase passou a contar com dez confrontos.

Seriam 12 se não fossem as desistências da Grécia - que era contra o retorno da Turquia - e do Manchester United - que foi convidado pela UEFA após sofrer a tragédia aérea em Munique em fevereiro de 1958. Mas nada disso alterou o caminho do Real Madrid, que foi rumo à "la cuarta" em 1959.

Mais uma vez iniciando já nas oitavas de final, o clube merengue estreou contra o turco Besiktas, o qual venceu na ida, no Santiago Bernabéu, por 2 a 0, e empatou na volta, em Istambul, por 1 a 1. Nas quartas, o Real enfrentou o Wiener, da Áustria. No primeiro jogo, em Viena, os espanhóis empataram por 0 a 0. No segundo, em Madrid, despacharam o adversário com goleada por 7 a 1 - quatro gols de Alfredo Di Stéfano.

Na semifinal, reservou-se o clássico madrilenho entre Real e Atlético. A primeira partida aconteceu no Santiago Bernabéu, e os merengues venceram por 2 a 1, de virada. A segunda parada foi no antigo Estádio Metropolitano, e o rival vermelho e branco fez 1 a 0. O desempate foi realizado em campo neutro, no La Romareda, em Zaragoza, e o Real voltou a ganhar por 2 a 1, de virada, classificando-se para mais uma final.

A decisão europeia foi entre Real Madrid e Reims, repetindo-se o que ocorreu na edição de abertura, em 1956. Os franceses apareceram de novo depois de baterem Ards (Irlanda do Norte), Helsingin Palloseura (Finlândia), Standard Liège e Young Boys (Suíça).

O palco agora foi o Neckarstadion, em Stuttgart, na Alemanha. E a vitória madridista foi mais tranquila, por 2 a 0. Logo no primeiro minuto de jogo, Enrique Mateos abriu o placar. Aos dois do segundo tempo, Di Stéfano fechou a conta e garantiu o tetra espanhol.

A campanha do Real Madrid:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1958

A Copa dos Campeões da Europa parte rumo à sua terceira edição com novo aumento de participantes. Enquanto um país não conseguiu inscrever seu representante a tempo (a Turquia), outros três fizeram suas estreias. Dessa forma, o número de equipes pulou para 24 e o de confrontos da primeira fase subiu de seis para oito. O campeão Real Madrid continuou entrando diretamente nas oitavas de final.

A campanha de "la tercera" madridista começou contra o Antwerp, da Bélgica. Na ida, na Antuérpia, o Real abriu vantagem com a vitória por 2 a 1. Na volta, no Santiago Bernabéu, confirmou a classificação com uma goleada por 6 a 0.

Nas quartas de final, confronto contra o Sevilla, vice espanhol que herdou uma das vagas merengues. E eles dizimaram qualquer esperança sevillista na primeira partida, ao golearem por 8 a 0, em Madri. No segundo jogo, no antigo Estadio Nervión, o rival ainda arrancou do Real um empate por 2 a 2.

Na semifinal, o adversário foi o Vasas, da Hungria. Mais uma vez abrindo o confronto no Santiago Bernabéu, o Real Madrid fez a sua goleada mais modesta no torneio, aplicando 4 a 0 no adversário. Na partida de volta, em Budapeste, o clube húngaro faria insuficientes 2 a 0 que serviram apenas para tirar a invencibilidade espanhola.

Em mais uma final, o Real enfrentou o Milan, que havia passado por Rapid Viena, Rangers, Borussia Dortmund e Manchester United. E se a trajetória merengue tivesse começado contra uma equipe belga, ela terminaria também na Bélgica, no Estádio de Heysel, em Bruxelas.

O jogo contra os italianos foi duro, e o Real Madrid saiu perdendo aos 14 minutos do segundo tempo. O empate veio aos 29, com Alfredo Di Stéfano, e o Milan voltou a ficar na frente aos 32. Aos 34, Héctor Rial empatou de novo. Na prorrogação, o time madridista virou para 3 a 2, com o gol de Francisco Gento aos dois do segundo tempo, e conquistou o tricampeonato.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto AFP/Getty Images