Nacional Campeão Mundial 1971

Muito alívio para os organizadores do Mundial após a tranquilidade que foi a edição de 1970, sem maiores brigas entre os clubes e os jogadores. Tudo parecia voltar ao normal, exceto pela segunda tentativa da FIFA de incluir outras confederações na competição. Desta vez, o pedido partiu da Concacaf e da CAF (a entidade africana), já que a AFC havia descontinuado seu torneio asiático. Em meio a Feyenoord e Estudiantes, UEFA e Conmebol descartaram, mais uma vez, a aliança.

A Copa Intercontinental de 1971 caminhava para acontecer como as anteriores, até o momento em que a Copa dos Campeões da Europa chegou à decisão. Temeroso por uma possível recaída na segurança sul-americana, o holandês Ajax prometeu recusar sua vaga caso fosse campeão. E foi exatamente o que ocorreu após a final contra o grego Panathinaikos, vencida por 2 a 0. Durante meses, a UEFA tentou convencer os irredutíveis holandeses a disputar o Mundial, sem sucesso. Enquanto isso, a Libertadores trocava de mãos: o Nacional, do Uruguai, conseguiu sua primeira conquista ao derrotar o Estudiantes em três jogos – derrota por 1 a 0 na ida, e vitórias por 1 a 0 e 2 a 0 na volta e no desempate.

A recusa do Ajax em enfrentar o Nacional gerou um impasse de seis meses. A UEFA insistia em ver seu campeão na Intercontinental; do outro lado, a Conmebol cogitava declarar o time uruguaio vencedor por W.O. A divergência entre as entidades quase cancelou o Mundial. Até que, no fim de 1971, a UEFA indicou o vice-campeão Panathinaikos para a disputa.

Assim, em 15 de dezembro, a grande Atenas recebeu a ida mundialista. Cerca de 60 mil espectadores foram ao Estádio Karaiskakis e viram dois times com vontade de ganhar – o Panathinaikos, pelo pragmatismo; o Nacional, pela raça. Filakouris abriu o placar para os gregos aos três minutos do segundo tempo, mas Artime empatou para os uruguaios aos cinco. Com mais qualidade, porém com o atacante Morales expulso, o Nacional não conseguiu a virada – apenas uma leve vantagem.

A volta aconteceu às portas de 1972, no dia 28 de dezembro, em Montevidéu. O Centenario recebeu cerca de 63 mil torcedores, que não se decepcionaram com El Bolso. Aos 34 minutos do primeiro tempo, Artime abriu o marcador. Depois, aos 29 do segundo tempo, ele novamente ampliou. Com total controle da partida, o Nacional fazia o tempo passar. Apenas aos 44 minutos da etapa final o Panathinaikos descontou, novamente com Filakouris. Antes do 2 a 1, o goleiro Manga garantia tranquilidade com suas defesas. E, para alívio da organização, o Mundial estava temporariamente salvo com o título uruguaio – mas com o futuro ainda incerto.


Foto Arquivo/El País

Feyenoord Campeão Mundial 1970

As brigas no Mundial de 1969 lançaram muitas dúvidas sobre a continuidade da competição e também sobre a competência sul-americana. A Argentina saiu queimada pelos atos do Estudiantes, e o país quase perdeu a sede da Copa do Mundo de 1978. Para acalmar os ânimos, foi firmado um novo compromisso de que a violência não se repetiria por parte dos sudacas, fosse qual fosse o clube que os representasse.

O temor pelo futuro da Copa Intercontinental aumentou quando ocorreu a final da Copa Europeia, já que o Celtic estava nela. Depois da derrota de 1967, os escoceses prometeram jamais voltar à América do Sul. Mas o campeão foi o Feyenoord, da Holanda, que venceu a decisão por 2 a 1 na prorrogação – e assim, o medo não se confirmou, por ora. Por ora, porque o time sul-americano no Mundial foi, pela terceira vez seguida, o Estudiantes. Os argentinos chegaram ao tricampeonato da Libertadores após derrotar o Peñarol na final: 1 a 0 na ida e 0 a 0 na volta.

O time holandês não era considerado favorito ao título. O fato até ajudou a reduzir a tensão, já que o Estudiantes, em teoria, não precisaria de nada além do futebol para ser campeão mundial. A disputa teve início no dia 26 de agosto, e, mais uma vez, La Bombonera foi o estádio escolhido.

As previsões pareciam se confirmar quando, aos seis e aos 12 minutos de jogo, Echecopar e Ramón Verón fizeram dois gols para o Estudiantes. Porém, o favoritismo não foi adiante. Aos 21 minutos, Van Hanegem descontou para o Feyenoord. Os holandeses melhoraram ainda mais no segundo tempo, e aos 22 minutos Kindvall empatou a partida, silenciando mais de 50 mil torcedores. O 2 a 2 deixava tudo indefinido para a volta.

A segunda partida aconteceu no dia 9 de setembro, no De Kuip, em Roterdã. Tudo ocorreu dentro da normalidade, com as duas equipes atuando de igual para igual diante de 60 mil holandeses. O zero imperava no placar até o momento em que o técnico Ernst Happel fez uma troca crucial no ataque: Moulijn por Van Daele, aos 16 minutos do segundo tempo. A estrela deu certo, e aos 18 minutos Van Daele – com seu indefectível óculos – marcou o gol da vitória. O 1 a 0 seria mantido até o fim do jogo, e o Estudiantes, exausto pela viagem, não teve forças para buscar o empate.

O título mundial do Feyenoord foi o prenúncio da chegada de uma nova ordem de jogo: o futebol total. A ideia ainda não estava muito clara em 1970, e a conquista holandesa foi tratada como zebra. Mas o futuro, através do rival de Amsterdã e da seleção local, mostraria o tamanho da justiça feita em campo.


Foto Arquivo/Feyenoord

Milan Campeão Mundial 1969

O fim dos anos 60 chegou, e a Copa Intercontinental completou sua primeira década cercada de dúvidas. O que era para ser um momento festivo e de glória tornou-se um cenário de tensão e provocações. As diversas confusões entre 1967 e 1968 geraram receio nos clubes europeus em atuar na América do Sul. Mas ainda era o Mundial que estava em jogo, e clube nenhum queria deixar passar a oportunidade naquele 1969.

Campeão um ano antes, o agora temido Estudiantes entrava na disputa pelo bi. O time argentino conquistou sua segunda Libertadores com duas vitórias sobre o Nacional do Uruguai, por 1 a 0 e por 3 a 0. O representante da Europa também fazia um retorno, mas após seis anos. O Milan foi bicampeão da Copa dos Campeões com contundentes 4 a 1 sobre o Ajax na decisão. Derrotado em 1963 e vendo o rival vencer em 1964 e 1965, o Rossonero queria o título mais do que tudo.

Respeitando o rodízio dos continentes, a competição começou em solo europeu. Assim, o San Siro, em Milão, foi o palco da partida de ida no dia 8 de outubro. Mais de 60 mil pessoas nas arquibancadas viram a equipe liderada pelo capitão Rivera reduzir muito as chances de um repeteco do Estudiantes. Aos oito minutos de jogo, Sormani já abria o placar. Aos 45, o argentino naturalizado francês Combin ampliou. E aos 26 do segundo tempo, Sormani fez o 3 a 0 final, que deu uma tremenda vantagem ao Milan.

O jogo de volta foi no dia 22 de outubro, e o palco escolhido pelo Estudiantes foi, mais uma vez, La Bombonera, em Buenos Aires. Com três gols de desvantagem, os pincharratas não viam nenhuma perspectiva de reverter a situação por meios normais.

Já no aquecimento italiano, era possível ver o goleiro Poletti e o zagueiro Suárez acertando boladas nos adversários. Durante o jogo, o lateral Manera empurrou o goleiro Cudicini e mordeu o braço de Malatrasi. Suárez agrediu Combin e Prati, mas só foi expulso após atingir Rivera, autor do gol do Milan aos 30 minutos do primeiro tempo. O Estudiantes virou para 2 a 1 aos 43 e 44 da primeira etapa – gols de Conigliaro e Suárez –, só que, mesmo assim, a apelação para a violência era a ordem.

No fim da partida, o Milan não conseguiu comemorar o título. Combin teve o nariz quebrado por Suárez e, deitado na maca, foi preso pela polícia. Ele também foi chutado por Poletti, que, na sequência, brigou com torcedores. Outros jogadores também foram presos, e Suárez foi banido de jogos internacionais por cinco anos. Mas o principal resultado da pancadaria foi a desmotivação dos times europeus, que colocaria em risco a existência do Mundial na década de 70.


Foto Arquivo/Milan

Estudiantes Campeão Mundial 1968

Argentinos e britânicos sempre são lembrados na história pela Guerra das Malvinas, em 1982. Mas 15 anos antes, eles já batalhavam ferozmente nos campos de futebol. O Mundial entre Racing e Celtic, em 1967, foi a primeira prova da influência da violência na disputa. Para 1968, Argentina e Reino Unido ficaram frente a frente de novo. Tentando evitar os incidentes de um ano antes, UEFA e Conmebol decidiram pela inclusão do saldo de gols como critério de desempate antes do jogo extra.

A Copa Europeia saiu da Escócia e foi para a Inglaterra pelas mãos do Manchester United, que na decisão bateu o Benfica por 4 a 1. A Libertadores foi vencida pelo Estudiantes — até então um pequeno clube da cidade de La Plata —, sobre o Palmeiras na final: vitória por 2 a 1 na ida, derrota por 3 a 1 na volta, e vitória por 2 a 0 no desempate. Na teoria, o gigante United de Bobby Charlton, George Best e Matt Busby tinha tudo para ser campeão da Copa Intercontinental com sobras, mas o que se viu na prática foi nova demonstração de união entre os argentinos. Em muitos sentidos.

O primeiro jogo foi no dia 25 de setembro, na Bombonera, em Buenos Aires. Lá, os ingleses tiveram que encarar a hostilidade de 11 Pincharratas e mais 66 mil torcedores. Antes mesmo de a bola rolar, uma bomba explodiu dentro do campo. Durante o jogo, o Estudiantes também não aliviou, apelando até mesmo para socos — principalmente contra o atacante Stiles, expulso ao revidar uma das agressões aos 34 minutos do segundo tempo. Bem antes, aos 27 da primeira etapa, Conigliaro marcou o gol da vitória argentina. Ao United, restou se defender de tudo e todos. O técnico Busby chegou a declarar que “segurar a bola na frente colocava em perigo a vida dos seus jogadores”.

A volta aconteceu em 16 de outubro, no Old Trafford, em Manchester. Agora em casa e com mais de 63 mil torcedores a favor, o United entrou disposto a mudar completamente a história. Os Red Devils tomaram conta do ataque desde os primeiros minutos, mas não cuidaram da defesa. Logo aos seis minutos, Juan Ramón Verón (o pai), de cabeça, abriu o placar para o Estudiantes e calou o estádio. No gol argentino, Poletti segurou a pressão inglesa com várias defesas.

Precisando de três gols, o United passou a ficar nervoso. Aos 44 do segundo tempo, Best deu um murro em Medina, e os dois foram expulsos. A torcida, em revolta, atirou moedas contra o argentino. Aos 45, o United empatou com Morgan, mas o 1 a 1 era insuficiente para tirar o título do Estudiantes, que não pôde dar volta olímpica por conta dos muitos objetos que a torcida insistia em atirar nos atletas. Apesar de tudo, o time pincharrata surpreendia o mundo, e ali deixava de vez a fama de clube pequeno.


Foto Arquivo/El Grafico

Racing Campeão Mundial 1967

O Mundial de 1967 marcou a primeira tentativa de aproximação entre UEFA, Conmebol e FIFA. A pedido da Concacaf e da AFC, que estavam com competições continentais recém-criadas, o presidente da FIFA, Stanley Rous, sugeriu a inclusão de ambas no torneio. No entanto, UEFA e Conmebol recusaram a proposta — a primeira de muitas negativas que se repetiriam até a década seguinte.

Assim, a edição manteve-se inalterada, e contou com dois clubes estreantes. Pela Europa, o Celtic, da Escócia, conquistou a Copa dos Campeões ao vencer a Internazionale, de virada, por 2 a 1. Pela América do Sul, o Racing, da Argentina, garantiu sua primeira e única Libertadores, derrotando o Nacional do Uruguai em uma final equilibrada: após dois empates sem gols na ida e na volta, venceu por 2 a 1 na partida extra.

A disputa intercontinental começou no dia 18 de outubro, no Hampden Park, em Glasgow. O primeiro confronto entre Celtic e Racing foi truncado, com ambos os lados abusando das faltas e jogando de maneira dura. Empurrado por mais de 83 mil torcedores, o time escocês venceu por 1 a 0, gol de McNeill no segundo tempo.

Em 1º de novembro, o estádio Juan Perón, em Avellaneda, recebeu 120 mil pessoas para o jogo da volta. O Celtic abriu o placar com Gemmell, aos 23 minutos, e esteve perto de definir o título. Mas o Racing empatou com Raffo aos 34, e virou logo no início do segundo tempo, com Cárdenas. O 2 a 1 forçou o jogo desempate. A partida, porém, ficou marcada por episódios tumultuados: provocação durante a cobrança do pênalti que originou o empate, invasão de jornalistas no gramado, vestiário escocês invadido por torcedores e até briga entre argentinos e uruguaios do lado de fora do estádio.

O desempate aconteceu no Centenario, em Montevidéu, no dia 4 de novembro. Sob protesto, o Celtic entrou em campo apoiado por 60 mil uruguaios. Outros cinco mil argentinos cruzaram o Rio da Prata para apoiar o Racing. A partida foi violenta, com os dois times exagerando nas entradas duras. O gol do título foi marcado novamente por Cárdenas, aos dez minutos do segundo tempo.

A tensão do 1 a 0 persistiu após o apito final. Os jogadores do Racing não puderam comemorar em campo, pois objetos eram arremessados pelos uruguaios nas arquibancadas. A taça foi entregue no vestiário. Os escoceses, por sua vez, retornaram à Europa com a promessa de nunca mais jogar na América do Sul. Todos os episódios de violência nos dois últimos jogos deram início a uma sequência de polêmicas que marcariam os anos seguintes do torneio.


Foto Arquivo/El Gráfico

Peñarol Campeão Mundial 1966

Em seis temporadas de Mundial, ainda poucos clubes tinham tido o privilégio de participar. Apenas sete equipes haviam recebido essa chance até então. Esse número não foi alterado em 1966, pois o torneio daquele ano repetiria a final da primeira edição, em 1960, entre Peñarol e Real Madrid.

O clube carbonero conquistou seu terceiro passaporte para a Copa Intercontinental após uma dificílima final na Libertadores, contra o River Plate. Venceu a ida por 2 a 0, perdeu a volta por 3 a 2, e só foi campeão após a prorrogação do jogo de desempate, vencido por 4 a 2. Enquanto isso, os merengues garantiam sua sexta Copa Europeia e a segunda presença no Mundial. Na decisão, o Real virou sobre o Partizan, da Iugoslávia, vencendo por 2 a 1.

Assim como na final anterior, Peñarol e Real Madrid começaram pela América do Sul. Em 12 de outubro, o Centenario de Montevidéu recebeu a partida de ida. Mesmo já tendo o título de 1961, o time uruguaio ainda guardava atravessado o gosto amargo da derrota para os espanhóis seis anos antes, e a chance de revanche era real. Pois não deu outra. Derrotado em 1960, Spencer lavou a alma com dois gols, aos 39 minutos do primeiro tempo e aos 34 do segundo. Mais de 58 mil torcedores assistiram à vantagem ser construída.

Apesar dos 2 a 0 na ida, o Peñarol precisava evitar a partida de desempate. No dia 26 de outubro, o Santiago Bernabéu recebeu mais de 71 mil pessoas para o segundo confronto. Poucos jogadores de 1960 ainda atuavam pelo Real Madrid, enquanto o Peñarol mantinha uma base mais sólida. Desta vez, o ataque charrua contava com um nome de peso, além de Spencer e Joya: Pedro Rocha. O trio fazia o impossível nos gramados sul-americanos, e repetiu o feito em Madri. Joya não marcou, mas ajudou a infernizar a defesa espanhola. Rocha abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo, de pênalti. Aos 37, Spencer ampliou. Com outro 2 a 0, o Peñarol conquistava o bicampeonato mundial.

As disputas de 1960 e 1966 são lembradas com carinho pelas duas torcidas até hoje. No entanto, o que parecia ser uma presença frequente para os dois clubes no torneio mundial não se confirmou. O Peñarol levaria 16 anos para voltar a uma final intercontinental. Já o Real Madrid, ainda mais: 32 anos. E refletindo o crescente distanciamento estrutural entre Europa e América do Sul ao longo das décadas seguintes, apenas o clube espanhol conseguiu manter a hegemonia após um hiato tão longo.


Foto Arquivo/Peñarol

Internazionale Campeã Mundial 1965

A década de 60 chega à metade com a Copa Intercontinental ganhando muita força. Apesar de ela ocorrer com certa clandestinidade, o torneio continuava ganhando alto status entre os torcedores, principalmente os sul-americanos.

O ano de 1965 trouxe o replay da última disputa mundial. A Internazionale conquistou o bicampeonato europeu com vitória por 1 a 0 sobre o Benfica. O clube ainda conseguiu algo raro na competição: foi campeão jogando em seu próprio estádio, o San Siro. Um mês antes do título da Inter, o Independiente também alcançava sua segunda Libertadores, após vencer o Peñarol em final decidida em melhor de três jogos: vitória por 1 a 0 na ida, derrota por 3 a 1 na volta, e goleada por 4 a 1 no desempate.

De um lado, a consolidação. Do outro, a chance de revanche. Nerazzurri e Rojos voltaram a campo pelo título mundial a partir do dia 8 de setembro. Desta vez, a ida foi em Milão. Cerca de 75 mil torcedores assistiram ao primeiro tira-teima entre as equipes. Jogando o melhor futebol da Europa — e quiçá do planeta —, a Internazionale não deu nenhuma chance ao time argentino, nem mesmo para sonhar com uma vingança. Logo aos três minutos de partida, o espanhol Joaquín Peiró abriu o placar para a equipe italiana.

Desorientado com o gol sofrido tão cedo, o Independiente virou presa fácil em campo. Aos 22 minutos, Sandro Mazzola ampliou a contagem. Ainda houve espaço para mais: aos 14 minutos do segundo tempo, Mazzola marcou novamente. O resultado de 3 a 0 encaminhava o bi italiano, mas os argentinos ainda tinham uma certa vantagem: vencer a volta por qualquer placar e forçar o desempate em casa, tal como ocorreu ao contrário um ano antes.

La Doble Visera, em Avellaneda, recebeu o jogo de volta no dia 15 de setembro. A Internazionale entrou em campo com muita precaução, principalmente devido à fama de que os argentinos eram mais violentos quando em desvantagem. Mas a partida transcorreu sem anormalidades. Quanto mais o tempo passava, mais difícil ficava a tarefa de reverter o quadro para o Independiente. Ao mesmo tempo, a Inter segurava a pressão com maestria. O 0 a 0 jamais sairia do placar daquele jogo. Diante de 80 mil argentinos frustrados, o Mundial parou novamente nas mãos do time nerazzurri.

A merecida conquista do bicampeonato intercontinental da Inter foi o ponto mais alto de uma época muito feliz do clube. Além dos quatro títulos entre Mundial e Copa Europeia, o grupo de Mazzola, Peiró, Luis Suárez, Jair da Costa e Mario Corso conquistou também três Campeonatos Italianos, nas temporadas 1962/63, 1964/65 e 1965/66.


Foto Arquivo/Internazionale