Bayern de Munique Campeão Mundial 2013

Depois de mais duas edições do Mundial no Japão, era hora de trocar mais uma vez a sede. Quatro países candidataram-se para o biênio 2013/2014: África do Sul, Emirados Árabes, Irã e Marrocos. A decisão foi tomada ainda em 2011, e coube aos marroquinos receberem a competição, na primeira incursão fora da Ásia desde 1979 e a primeira na África.

E foi do próprio Marrocos que surgiu a segunda zebra na história do torneio. Clube mais popular do país, o Raja Casablanca venceu a liga local (chamada Botola Pro), garantindo a vaga como anfitrião. Seu caminho ficaria cruzado para sempre com o do Atlético Mineiro, que conquistou pela primeira vez a Libertadores, em final contra o Olimpia e sob o talento de Ronaldinho.

O terceiro elemento presente no enredo principal foi o Bayern de Munique, campeão pela quinta vez da Liga dos Campeões ao bater o rival Borussia Dortmund. As outras quatro vagas ficaram com: Guangzhou Evergrande, campeão asiático; Al-Ahly, vencedor africano; Monterrey, campeão da Concacaf; e Auckland City, campeão da Oceania.

A escalada do Raja começou na abertura do Mundial, com vitória por 2 a 1 sobre o Auckland. Nas quartas de final, foi a vez de derrubar o Monterrey também por 2 a 1, mas na prorrogação. No outro confronto, o Guangzhou venceu o Al-Ahly por 2 a 0. O grande momento do torneio veio na semifinal: Raja e Atlético se enfrentaram no dia 18 de dezembro, em Marrakech. Com uma atuação soberba, os donos da casa aplicaram 3 a 1 nos brasileiros, que protagonizaram a segunda queda sul-americana antes da final.

Um dia antes, em Agadir, o Bayern fez seu papel e eliminou o Guangzhou por 3 a 0, gols de Franck Ribéry, Mario Mandžukić e Mario Götze. O Mundial seguiu com a definição de posições. Na disputa do quinto lugar, o Monterrey goleou o Al-Ahly por 5 a 1. Na partida pela terceira posição, o Atlético Mineiro ficou com o consolo de vencer o Guangzhou por 3 a 2.

No dia 21, o Estádio Municipal de Marrakech recebeu a decisão entre Bayern de Munique e Raja Casablanca. O clube alemão trazia consigo a base da seleção que seria tetracampeã da Copa do Mundo no ano seguinte, além de Pep Guardiola como técnico e outros selecionáveis espalhados pelo planeta. Já o time marroquino chegava extenuado diante da maratona de quatro jogos em dez dias. Não deu outra, e a zebra parou. Logo aos sete minutos do primeiro tempo, o volante brasileiro Dante abriu o placar. E aos 22, o espanhol naturalizado Thiago Alcântara marcou 2 a 0, acabando cedo com o sonho da torcida do Raja e definindo o tricampeonato mundial do Bayern.


Foto Lars Baron/Bongarts/Getty Images

Treze Campeão Paraibano 2020

Com 95.588 casos e 2.138 mortes por Covid-19 até 15 de agosto, a Paraíba conheceu seu campeão estadual. O Treze finalizou com nove anos de jejum, conquistando pela 16ª vez o Campeonato Paraibano.

O time de Campina Grande crescendo durante a primeira fase (realizada no formato de grupos cruzados e em dois turnos), ingressando na zona de classificação só em quatro de dez rodadas. Só na última que confirmou a vaga, na liderança com 20 pontos, seis vitórias, dois empates e duas derrotas. 

Entre a oitava e nona partidas, mais de quatro meses de paralisação pela pandemia. Na semifinal, o Galo da Borborema enfrentou o vice da sua chave, o Botafogo. Na ida, perdeu por 2 a 0. Na volta, devolveu o placar, e nos pênaltis venceu por 5 a 4.

A final foi o Clássico dos Maiorais, contra o Campinense, em duas partidas no Amigão. A primeira, o Treze venceu por 2 a 0, encaminhando o título. A vantagem foi reduzida pela metade no segundo jogo, perdido por 1 a 0, mas isso não abalou a festa alvinegra pelo título.

A campanha do Treze:
14 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Josemar Gonçalves/Portal T5

Corinthians Campeão Mundial 2012

O mundo não acabou em 2012, mas ficou diferente depois. O Mundial de Clubes daquele ano foi simbólico por dois motivos. O primeiro é que foi a última vez que um time da América do Sul conquistou o título. O segundo pôde ser visto nas arquibancadas: cerca de 30 mil torcedores do Corinthians deslocaram-se até o Japão para ver o time ser campeão pela segunda vez na história.

Antes disso, o Timão, sob o comando de Tite, precisou vencer a Libertadores pela primeira vez, derrotando o Boca Juniors na decisão. Pela Europa, também houve novidade: o Chelsea foi campeão da Liga dos Campeões pela primeira vez, em uma conquista surpreendente, superando o Bayern de Munique nos pênaltis da final.

O representante local no torneio foi o Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês. Pelos outros continentes, os desafiantes foram: o Ulsan Hyundai, vencedor asiático; o Monterrey, bicampeão da Concacaf; o Al-Ahly, em sua quarta presença, campeão africano; e o Auckland City, também em sua quarta participação, campeão da Oceania.

O início do Mundial foi, como sempre, entre o anfitrião e o time da Oceania. O Sanfrecce derrotou o Auckland por 1 a 0. A aventura dos donos da casa acabou nas quartas de final, ao perder por 2 a 1 para o Al-Ahly. Na outra chave, o Monterrey venceu o Ulsan por 3 a 1.

A invasão corintiana começou no dia 12 de dezembro, no Estádio Toyota, na cidade de mesmo nome. O clube alvinegro enfrentou o Al-Ahly diante de mais de 10 mil fiéis torcedores. Os egípcios não resistiram muito tempo, e o Corinthians venceu por 1 a 0, gol do peruano Paolo Guerrero. Um lado da final já estava definido. O outro foi decidido no dia seguinte, quando o Chelsea aplicou 3 a 1 no Monterrey, garantindo a “final dos sonhos”. Antes disso, porém, foram definidos o quinto e o terceiro lugares. Primeiro, o Sanfrecce derrotou o Ulsan por 3 a 2. Depois, o Monterrey fez 2 a 0 no Al-Ahly.

No dia 16, quase metade dos 68 mil presentes no Estádio Internacional de Yokohama eram do “bando de loucos”. O estádio virou uma versão oriental do Pacaembu. Porém, não seria fácil passar pelo Chelsea. O time inglês criou várias oportunidades, todas paradas pelo goleiro Cássio e pelos zagueiros Chicão e Paulo André. O Corinthians teve menos chances, mas levava perigo semelhante aos ingleses.

A explosão alvinegra aconteceu no segundo tempo. Aos 24 minutos, Paulinho entrou na área adversária e deixou para Danilo, que chutou em cima do zagueiro. A bola subiu e sobrou para Guerrero, que, de cabeça, fez o gol mais importante da história do Corinthians. Depois do 1 a 0, Cássio ficou ainda mais gigante e garantiu o título mundial do Timão com defesas memoráveis. Depois, a festa atravessou o Oceano Pacífico.


Foto Toshifumi Kitamura/AFP

Barcelona Campeão Mundial 2011

O Mundial de Clubes entrou em 2011 com um novo velho país-sede. A competição retornou ao Japão, que venceu a disputa para o biênio até 2012. E o torneio chegava à velha casa com uma nova perspectiva, já que todos perceberam, um ano antes, que era possível, sim, haver um finalista de fora da Europa ou da América do Sul.

O alerta ficou redobrado, principalmente para o lado sul-americano. O Santos recebeu a missão de apagar a imagem ruim que a Conmebol deixara no torneio de 2010. Sobre o Peñarol, o Peixe venceu a Libertadores pela terceira vez e voltou ao Mundial após 48 anos. Pela UEFA, o Barcelona derrotou novamente o Manchester United na decisão e sagrou-se tetracampeão da Liga dos Campeões.

Havia atenção especial também para as potenciais zebras. Do país-sede, o Kashiwa Reysol foi campeão da J-League; pela Concacaf, o Monterrey garantiu sua primeira presença; pela África, o Espérance Tunis representava o continente; pela Ásia, o Al-Sadd, outro estreante; e pela Oceania, o Auckland City chegava à sua terceira participação.

Sem Tóquio no roteiro, o Mundial começou com o Kashiwa eliminando o Auckland por 2 a 0. Nas quartas de final, os japoneses superaram o Monterrey após empate em 1 a 1 no tempo normal e vitória por 4 a 3 nos pênaltis. Já o Al-Sadd venceu o Espérance por 2 a 1.

A expectativa nas semifinais foi grande. Mas o Santos não deixou dúvidas: venceu o Kashiwa por 3 a 1, gols de Neymar, Borges e Danilo. O cenário estava desenhado para a final dos sonhos. No dia 15 de dezembro, em Yokohama, o Barcelona goleou o Al-Sadd por 4 a 0, com brilho dos coadjuvantes: Adriano (duas vezes), Seydou Keita e Maxwell marcaram sobre o clube do Catar. Na disputa do quinto lugar, o Monterrey derrotou o Espérance; e no duelo do terceiro, o Al-Sadd venceu o Kashiwa nos pênaltis.

A final mundialista aconteceu no dia 18, em Yokohama. Todos pararam para ver o encontro entre Lionel Messi e Neymar, mas a promessa ficou apenas nisso. Em campo, o argentino sobrou ao lado dos companheiros. O Barcelona abriu o placar aos 17 minutos do primeiro tempo com Messi, e o Santos ficou encurralado. Aos 24, Xavi ampliou, e aos 45, Cesc Fàbregas fez o terceiro. Com a enorme vantagem ainda na etapa inicial, o Barça dedicou-se a administrar o jogo no segundo tempo.

O time brasileiro até criou algumas chances para descontar, mas esteve longe de reagir. Aos 37 minutos, Messi marcou um golaço, driblando o goleiro Rafael Cabral, e completou o passeio catalão. A goleada por 4 a 0 e o bicampeonato mundial foram a cereja do bolo para Pep Guardiola, em sua última temporada como técnico blaugrana, no auge de uma equipe que venceu tudo o que disputou.


Foto Toshifumi Kitamura/AFP

Bahia Campeão Baiano 2020

Com 191.401 casos e 3.899 mortes por Covid-19 até 8 de agosto, a Bahia conheceu seu campeão estadual. O Bahia conquistou o incrível número de 49 títulos baianos na sua história de 89 anos.

Devido ao fato de o clube ter participado ao mesmo tempo da Copa do Nordeste, o time B foi o mais utilizado no Baianão, embora o time principal tenha atuado na volta da final. Na primeira fase, o Tricolor de Aço ficou na liderança entre dez times, com 18 pontos. De quebra, viu o rival Vitória ser eliminado em quinto lugar, com apenas 13.

O campeonato precisou ser paralisado na sétima rodada por causa da pandemia e só voltou depois de quatro meses, mas isso não tirou o Bahia do caminho do tricampeonato. Na semifinal contra o Jacuipense, a equipe tricolor triunfou na ida por 2 a 0 e empatou a volta por 2 a 2.

A final foi disputada contra o Atlético de Alagoinhas, em duas partidas no Pituaçu vazio. Na primeira, 0 a 0. Na segunda, o Bahia largou atrás no placar, mas buscou o 1 a 1 e levou a parada aos pênaltis. E com um longo 7 a 6, o time do técnico Roger Machado ficou com o título.

A campanha do Bahia:
13 jogos | 6 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Daniel Duarte/AFP/Getty Images (26/02/2020: Nacional-PAR x Bahia)

Palmeiras Campeão Paulista 2020

Com 621.731 casos e 25.016 mortes por Covid-19 até 8 de agosto, São Paulo conheceu seu campeão estadual. O Palmeiras chegou ao seu 23º título após 12 anos de fila, que também foram precedidos por 12 anos de intervalo entre conquistas.

Mas o que há de comum entre 1996, 2008 e 2020? O técnico do Verdão nos três títulos foi Vanderlei Luxemburgo, que também levou as taças de 1993 e 1994. Ou seja, as últimas cinco taças estaduais do clube pertencem também ao mesmo comandante.

Na primeira fase do Paulistão, o Palmeiras liderou o grupo B com 22 pontos, dois a menos que o vice Santo André. Aqui, a competição ficou mais de quatro meses paralisada. Nas quartas de final, o Alviverde enfrentou o próprio Santo André, o qual venceu por 2 a 0 na eliminatória única. Na semifinal, a vitória foi sobre a Ponte Preta, por 1 a 0.

Na final, o adversário foi Corinthians. Foi a sétima decisão estadual na história da rivalidade. Na ida, na Arena Corinthians, empate sem gols. A volta foi no Allianz Parque, e o Palmeiras vencia até os 51 do segundo tempo, quando sofreu o 1 a 1 e precisou da disputa por pênaltis para ser campeão, por 4 a 3.

A campanha do Palmeiras:
15 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 6 gols sofridos 


Foto César Greco/Palmeiras

CRB Campeão Alagoano 2020

Com 64.194 casos e 1.633 mortes por Covid-19 até 5 de agosto, Alagoas conheceu seu campeão estadual. Depois de três anos, o CRB reconquistou o título estadual. Na primeira fase, o Galo da Pajuçara liderou antes e depois da pausa em razão da pandemia.

O torneio parou em meio à sexta rodada, e só voltou para o restante e a última após mais de quatro meses, no fim de julho. O CRB marcou 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e duas derrotas.

A fase final foi diminuída de confrontos de ida e volta para jogos únicos. Na semifinal, o Galo enfrentou o ASA, em partida que acabou sem gols. Nos pênaltis, vitória por 3 a 1 colocou o time regatiano na grande final, contra o rival CSA. Sem a presença de torcida, o Rei Pelé recebeu um bom jogo, que acabou 1 a 0 para o CRB, gol de Igor. Este foi o 31º título alagoano na história alvirrubra.

A campanha do CRB:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas