Grêmio Campeão Gaúcho 2020

Com 124.482 casos e 3.395 mortes por Covid-19 até 30 de agosto, o Rio Grande do Sul conheceu seu campeão estadual. O Grêmio chegou lá pela 39ª vez em 116 anos de história.

O começo foi sem encantar muito. No primeiro turno, o Tricolor foi segundo colocado do seu grupo, atrás do Caxias, com três vitórias e duas derrotas. Na semifinal, eliminou o Internacional por 1 a 0 em pleno Beira-Rio, mas depois perdeu a final também por 1 a 0, para o Caxias, que havia derrotado o time na estreia.

O Grêmio melhorou no segundo turno, não foi derrotado em nenhuma partida, venceu quatro e terminou na liderança da chave. Na semifinal, passou sufoco contra o Novo Hamburgo, mas venceu por 4 a 3 e foi à decisão novamente. Contra o Internacional na Arena, vitória por 2 a 0 confirmou a passagem do Imortal à final geral.

Em outros dois jogos contra o Caxias, mais emoção. Na ida no Centenário, vitória por 2 a 0 pareceu deixar tudo tranquilo para a volta, mas não foi assim. Na Arena, o Grêmio largou na frente, mas levou o empate no fim do primeiro tempo. No segundo, o adversário virou e quase igualou o confronto. Só que a derrota foi só pelos 2 a 1 mesmo e rendeu o tri gaúcho ao Tricolor, algo que não acontecia desde 1987.

A campanha do Grêmio:
17 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 28 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Pedro H. Tesch/AGIF

Atlético-MG Campeão Mineiro 2020

Com 212.565 casos e 5.270 mortes por Covid-19 até 30 de agosto, Minas Gerais conheceu seu campeão estadual. O Atlético-MG recupera a ponta de seu Estado após um pequeno tabu de três anos sem vencer. Não foi uma campanha brilhante no começo, mas a troca de técnicos - Rafael Dudamel por Jorge Sampaoli - trouxe fôlego e força ao Galo.

Na primeira fase, o time foi terceiro colocado com 22 pontos e sete vitórias em 11 jogos. Foram quatro pontos a menos que o líder Tombense e dois a mais que o Cruzeiro, eliminado em quinto. Na semifinal, o Atlético encarou o América e venceu os dois jogos, por 2 a 1 e por 3 a 0.

A final foi contra o próprio Tombense, que passou pela Caldense na fase anterior. As duas partidas foram no Mineirão, vazio por medidas de saúde e segurança. Na primeira, vitória por 2 a 1, de virada. Na segunda, outra vitória, agora por 1 a 0, foi suficiente para a 45ª conquista do Galo.

A campanha do Atlético-MG:
15 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 28 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pedro Souza/Atlético-MG

Gama Campeão Candango 2020

Com 159.526 casos e 2.250 mortes por Covid-19 até 29 de agosto, o Distrito Federal conheceu seu campeão estadual. O Gama aumenta sua hegemonia como maior vencedor do Candangão, com 13 títulos distribuídos em um intervalo de 41 anos. O clube alviverde teve uma primeira fase quase perfeita, com dez vitórias e um empate em 11 partidas.

O Gama precisou esperar quase cinco meses para poder completar a fase, pois o campeonato ficou paralisado de março até agosto, e o fez derrotando o Real Brasília por 2 a 0. A invencibilidade do Gamão seguiu no mata-mata, eliminando o Sobradinho nas quartas de final com vitórias por 5 a 0 e por 2 a 1. Na semifinal, eliminou o Formosa ganhando os dois jogos por 3 a 1. 

A final foi contra o rival Brasiliense. Na ida, no Mané Garrincha, teve sua única derrota na competição, por 3 a 1. Na volta, no Bezerrão, devolveu a diferença fazendo 2 a 0. Nos pênaltis, vitória por 4 a 3 valeu o bicampeonato.

A campanha do Gama:
17 jogos | 15 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 57 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Júlio César Silva/Esportes Brasília

Real Madrid Campeão Mundial 2016

Dois fatos marcaram a organização do Mundial de Clubes em 2016. Até o momento, foi a última vez que o Japão recebeu o torneio, totalizando 33 edições desde a reformulação da Copa Intercontinental. A competição também foi a primeira da FIFA a contar com o recurso do árbitro de vídeo, o chamado VAR.

Só o que não foi novidade foi mais uma presença do Real Madrid. O time venceu pela 11ª vez a Liga dos Campeões — a segunda seguida sobre o rival Atlético de Madrid — e rumou para sua oitava participação no Mundial. Seu principal adversário veio da Colômbia: o Atlético Nacional, que foi bicampeão da Libertadores ao bater o Independiente del Valle na final e confirmou um retorno após 27 anos. Mas a final da "lógica" não iria acontecer pela terceira vez.

O Kashima Antlers, campeão japonês, foi o "intruso" da vez. Os demais participantes foram: América do México, campeão da Concacaf; Jeonbuk Motors, vencedor da Ásia; Mamelodi Sundowns, campeão da África; e Auckland City, pela oitava vez vencedor na Oceania.

A competição começou com o Kashima derrotando o Auckland por 2 a 1. Nas quartas de final, o clube japonês eliminou o Jeonbuk por 2 a 1. No outro confronto, o América fez 2 a 1 no Mamelodi. A primeira semifinal foi entre o Atlético Nacional e o Kashima, que venceu por um surpreendente e tranquilo 3 a 0. O Real Madrid estreou no dia 15 de dezembro, em Yokohama, contra o América, e venceu sem grandes dificuldades por 2 a 0. Os gols saíram nos acréscimos de cada tempo: primeiro com Karim Benzema, depois com Cristiano Ronaldo. No duelo pelo quinto lugar, o Jeonbuk goleou o Mamelodi por 4 a 1. E na disputa pela terceira posição, o Nacional venceu o América nos pênaltis por 4 a 3, após empate em 2 a 2 nos 120 minutos.

Depois de tanto tempo servindo apenas como palco do Mundial, enfim um time do Japão chegou à final. Kashima Antlers e Real Madrid se enfrentaram no dia 18, em Yokohama. Mas quem pensou que seria moleza para o time merengue se enganou. Benzema abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo, e depois o Real desperdiçou várias oportunidades. Os japoneses aproveitaram bem o pouco que criaram, empatando aos 44 com Gaku Shibasaki. E, aos sete do segundo tempo, ele virou a partida. Foram oito minutos de vantagem do Kashima, até que Cristiano Ronaldo empatou aos 15, de pênalti. Os espanhóis empilharam finalizações em busca da virada, mas nada mais aconteceu no tempo normal.

Só na prorrogação a situação ficou mais tranquila, já que o Kashima estava exausto pela maratona de quatro jogos em dez dias. Aos oito minutos, Cristiano fez o terceiro do Real. E aos 14, o atacante completou seu hat-trick e fechou o placar em 4 a 2. Com sufoco, o Real Madrid chegou ao pentacampeonato mundial, isolando-se como o maior vencedor do torneio.


Foto Kiyoshi Ota/PAP/EPA

Barcelona Campeão Mundial 2015

Nova mudança na sede marcou a passagem do Mundial de Clubes para 2015. Dois países entraram na disputa para suceder o Marrocos: Índia e Japão. O primeiro desistiu antes da votação, e os nipônicos ganharam pela terceira vez o direito de abrigar o torneio. Assim como aconteceu na primeira passagem, a segunda também contou com a força e a qualidade do Barcelona no topo.

Vários dos nomes que marcaram a história do clube em 2009 e 2011 já não estavam presentes, como Pep Guardiola e Xavi, que buscaram novos caminhos, além do capitão Carles Puyol, que se aposentou. Mas o legado permanecia forte, agora sob o comando de Luis Enrique e com Andrés Iniesta usando a braçadeira de capitão. Desde os 12 anos de idade no clube, o meia tornou-se o símbolo maior de uma era vitoriosa do futebol não só catalão, mas também espanhol. Lionel Messi também seguia no time, marcando gols em profusão, mas agora com o auxílio de Luis Suárez. O Barça chegou ao Mundial após conquistar o quinto título da Liga dos Campeões, superando a Juventus na final.

O principal oponente na tentativa de frear os catalães foi o River Plate, tricampeão da Libertadores ao vencer o Tigres UANL. As outras vagas ficaram com: América do México, campeão da Concacaf; Guangzhou, vencedor da Ásia; Mazembe, campeão africano; Auckland City, representante da Oceania; e Sanfrecce Hiroshima, campeão da J-League.

Na abertura do torneio, o Sanfrecce derrotou o Auckland por 2 a 0. Depois, venceu o Mazembe por 3 a 0, nas quartas de final. O Guangzhou eliminou o América por 2 a 1. Na disputa pelo quinto lugar, os mexicanos superaram os congoleses por 2 a 1. Na semifinal, o River entrou primeiro em campo, vencendo o Hiroshima por 1 a 0. A estreia blaugrana aconteceu em 17 de dezembro, em Yokohama, contra o Guangzhou. O Barcelona venceu com tranquilidade por 3 a 0, todos os gols marcados por Suárez. Antes da final, houve a disputa pelo terceiro lugar, e os japoneses superaram os chineses por 2 a 1.

No dia 20, Barcelona e River se enfrentaram em Yokohama na decisão. O time argentino entrou com esperança de surpreender, mas a partida rapidamente deixou de ser equilibrada. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Messi abriu o placar, dando início a mais uma goleada catalã. Aos quatro minutos do segundo tempo, Suárez ampliou, e aos 23, voltou a marcar, fechando o 3 a 0. O resultado permaneceu até o apito final, confirmando a superioridade espanhola.

A conquista do tricampeonato mundial do Barcelona veio acompanhada de uma enxurrada de prêmios individuais. Suárez levou tanto a Bola quanto a Chuteira de Ouro. O uruguaio só não recebeu também o carro porque a Toyota já não patrocinava a competição. Messi ficou com a Bola de Prata, enquanto Iniesta faturou a de Bronze.


Foto Mike Hewitt/FIFA

Confiança Campeão Sergipano 2020

Com 69.845 casos e 1.761 mortes por Covid-19 até 21 de agosto, o Sergipe conheceu seu campeão estadual. O Confiança, em um momento histórico muito bom na Série B do Brasileiro, recuperou o título sergipano depois de três anos, conquistado sua 22ª taça.

Na curta primeira fase, o Dragão terminou em primeiro entre oito clubes, com cinco vitórias e dois empates. Classificado para o quadrangular final, fez somente a primeira rodada antes da paralisação pela pandemia do coronavírus. 

Na volta, a equipe proletária manteve a invencibilidade e confirmou o título na última partida, ao empatar por 1 a 1 com o Itabaiana no Batistão, em Aracaju. O Confiança fez 13 pontos na fase final, assim como o Sergipe, mas um gol a mais no saldo valeu a conquista. Sem entrar em campo, o rival tentou secar o Dragão, mas não adiantou nada.

A campanha do Confiança:
13 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Emanuel Rocha/FSF

Real Madrid Campeão Mundial 2014

O Mundial de Clubes de 2014 ficou marcado pelo retorno de um dos clubes mais tradicionais da história, além do início de uma hegemonia que duraria metade da década. Já tricampeão, o Real Madrid iniciaria uma série de cinco conquistas espanholas, sendo quatro obtidas pelo próprio mérito.

Os merengues chegaram pela sétima vez após conquistarem o décimo título na Liga dos Campeões, vencendo de virada o rival Atlético de Madrid na final. Seu principal adversário foi o San Lorenzo, campeão da Libertadores sobre o Nacional do Paraguai. A maior preocupação dos argentinos era não repetir os vexames sul-americanos de 2010 e 2013, mas o time do Papa Francisco não se mostrou páreo para o Real.

Ainda assim, o Mundial teve sua zebra: o Auckland City, que representou a Oceania pela sexta vez em dez torneios. Tamanha experiência fez com que o time da Nova Zelândia complicasse a vida de seus oponentes. Os outros participantes foram: Sydney Wanderers, campeão asiático; Sétif, campeão africano; Cruz Azul, vencedor da Concacaf; e Moghreb Tétouan, campeão marroquino e anfitrião.

A primeira surpresa do Auckland aconteceu na estreia, contra o Moghreb. Após empate sem gols, os neozelandeses venceram nos pênaltis por 4 a 3. Nas quartas de final, derrotaram o Sétif por 1 a 0. No outro confronto, o Cruz Azul bateu o Sydney por 3 a 1. Os grandes estrearam na semifinal: em 16 de dezembro, o Real Madrid goleou o Cruz Azul por 4 a 0 em Marrakech, com gols de Sergio Ramos, Karim Benzema, Gareth Bale e Isco. Na outra chave, o Auckland quase fez história novamente, mas caiu para o San Lorenzo na prorrogação, por 2 a 1.

Na disputa pelo quinto lugar, o Sétif venceu o Sydney por 5 a 4 nos pênaltis, após empate em 2 a 2. Já na briga pelo terceiro posto, o Auckland encerrou sua campanha memorável com mais uma vitória nos pênaltis: 4 a 2 sobre o Cruz Azul, depois de empate em 1 a 1.

A final, disputada em Marrakech no dia 20 de dezembro, não reservou surpresas. O Real Madrid, com autoridade, superou o San Lorenzo por 2 a 0. Aos 37 minutos do primeiro tempo, Sergio Ramos abriu o placar, garantindo também a Bola de Ouro da competição e um carro da Toyota como prêmio. No início da segunda etapa, Gareth Bale ampliou e fechou a vitória. Foi o quarto título mundial do clube espanhol.

Embora não tenha marcado gols no torneio, Cristiano Ronaldo teve papel importante, distribuindo duas assistências. Foi o segundo título mundial do português, o primeiro de três conquistados pelo Real Madrid.


Foto Javier Soriano/AFP/Getty Images