Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1993

Depois de 27 anos, o Torneio Rio-São Paulo teve sua quarta tentativa de organização. Foi no ano de 1993, quando FPF e a reformulada FERJ voltaram a unir suas forças. A ideia inicial era utilizar a faixa de calendário entre o fim dos estaduais e o começo do Brasileirão para a disputa das partidas, com oito participantes fixos: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Mas já na largada o São Paulo desfalcou a competição, optando por excursionar no exterior. A Portuguesa completou esta oitava vaga.
Os clubes foram divididos em dois grupos jogados em dois turnos, com seus líderes avançando à final. Campeão paulista saindo de uma fila de 17 anos, o Palmeiras chegava com embalo para o torneio, embora alguns de seus titulares estivessem convocados pela Seleção Brasileira, que jogava a Copa América e as Eliminatórias da Copa do Mundo. E mesmo atuando com time misto, o Verdão superou os adversários.
No grupo B, estreou empatando por 1 a 1 em casa com o Flamengo, seguido por derrota fora por 2 a 0 para o Santos. A recuperação veio com duas vitórias por 3 a 0: fora sobre o Fluminense e em casa sobre o Santos. Na quinta rodada, o Palmeiras levou 3 a 1 do Flamengo no Rio de Janeiro e ficou com a classificação ameaçada. Só no último jogo, quando fez 2 a 0 no Fluminense dentro do Palestra Itália que o clube respirou aliviado. Com sete pontos e três vitórias, desbancou o Santos no saldo de gols e o Flamengo por um ponto.
Dois meses após a final estadual, o Palmeiras reencontrou o Corinthians na decisão do Torneio Rio-São Paulo. As duas partidas foram no Pacaembu, mas para efeito de mando de campo o Alviverde mandou a ida. E com vitória por 2 a 0, ambos os gols marcados por Edmundo (que foi expulso depois), o clube encaminhou o título. A confirmação aconteceu com empate por 0 a 0 na volta. Primeiro vencedor da era moderna do Rio-SP, o Palmeiras repetiu o feito de 60 anos antes e somou seu quarto troféu.

A campanha do Palmeiras:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nelson Coelho/Placar

Santos Campeão da Recopa Mundial 1968

Pelé nos deixou no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos de idade. E como uma singela forma de homenageá-lo, o blog traz o relato e o pôster do título da Recopa Intercontinental (ou Mundial) de 1968, vencida pelo Santos. Hoje um pouco esquecida, esta conquista na época foi equiparada (e às vezes até mesmo colocada por cima) aos Mundiais de 1962 e 1963. Tanto que o Peixe chegou a utilizar três estrelas em seu escudo por algumas temporadas.
A Recopa Intercontinental foi uma competição criada em 1968 com o intuito de reunir todos os campeões Mundiais até então: Real Madrid, Peñarol, Santos, Racing e Internazionale. América do Sul e Europa jogariam cada um em seu continente, e os vencedores fariam a decisão. Pelo lado europeu, o Real Madrid desistiu da disputa e a Internazionale avançou à final sem precisar entrar em campo.
Pelo lado sul-americano, Santos, Peñarol e Racing disputaram um triangular chamado de Supercopa Sul-Americana dos Campeões Mundiais. Em dois turnos, o Peixe fez quatro partidas. Em São Paulo, bateu os argentinos por 2 a 0 - gols de Pelé e Edu -, e no Rio de Janeiro, superou os uruguaios por 1 a 0 - gol de Clodoaldo. Na vez de enfrentar o Racing em Avellaneda, a vitória confirmaria a classificação antecipada à decisão. E em abril de 1969, o Santos fez 3 a 2 com dois gols de Toninho Guerreiro e outro de Negreiros. Antes da final, ainda houve tempo de perder por 3 a 0 para o Peñarol.
A final entre Santos e Internazionale foi no dia 24 de junho de 1969, no Estádio San Siro, em Milão. Com mais de 44 mil torcedores contra, o Alvinegro Praiano conseguiu a vitória por 1 a 0, gol de Toninho Guerreiro aos 12 minutos do segundo tempo. O título santista só foi confirmado meses depois, em setembro, quando os italianos desistiram de fazer uma segunda partida.

A campanha do Santos:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 7 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/ASSOPHIS

Central Campeão Pernambucano Série A2 2022

Em Pernambuco, a divisão de acesso viu o retorno de dois dos mais tradicionais clubes do Estado. Mais precisamente, de Carurau. Central e Porto conquistaram o acesso juntos, assim como o Petrolina e o Maguary. O título ficou nas mãos do time alvinegro, que chegou ao bicampeonato da Série A2 e vai voltar à elite pernambucana um ano depois do rebaixamento.

A competição foi disputada por 25 equipes, divididas em quatro grupos jogados em turno único. A Patativa ficou na chave B, e em cinco partidas conseguiu quatro vitórias, que lhe deram 12 pontos e a classificação na liderança. A segunda fase foi realizada por 16 times, divididos em mais quatro grupos e com disputa em um só turno. Em mais três jogos, o Central venceu dois, empatou um e liderou a chave F com sete pontos.

Na terceira fase, chegaram oito clubes em dois grupos, repetindo o mesmo sistema das outras etapas. A Patativa conseguiu o acesso com mais uma vitória e dois empates na chave I, terminando a fase na vice-liderança com cinco pontos e perdendo a ponta no saldo de gols para o rival Porto.

Na semifinal, o Central derrotou o Maguary por 1 a 0, no jogo único fora de casa. A final foi em casa, no Lacerdão, contra o Belo Jardim, que eliminou o Porto na semifinal e só estava ali devido a uma punição sofrida pelo Petrolina (que conseguiu revertê-la depois, recuperando até a vaga de acesso). Na decisão única, vitória alvinegra por 1 a 0.

A campanha do Central:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Michel Silva/Central

Paysandu Campeão da Copa Verde 2022

Mais uma vez disputada no fim do ano - literalmente encerrando a temporada 2022 - e praticamente marginalizada pela CBF, a Copa Verde voltou a premiar o Pará, desta vez com o final feliz ficando para lado azul celeste de Belém, o Paysandu.

Agora isolado como o maior vencedor da competição, o Papão teve uma temporada de muitas expectativas frustradas, como o vice estadual para o Remo e o não-acesso para a Série B do Brasileirão. Todas as fichas ficaram apostadas na Copa Verde, que foi disputada por 17 clubes em mata-mata. Nas oitavas de final, o Paysandu passou pelo acreano Humaitá com vitória por 3 a 0 na partida única, na Curuzu.

Nas quartas de final, foi a vez de receber em casa o Tocantinópolis, e o time bicolor venceu por 2 a 0. A semifinal foi jogada contra o São Raimundo-AM. A ida aconteceu em Manaus, e o os paraenses voltaram de lá com o empate por 2 a 2 na mala. A volta ocorreu em Belém, outra vez na Curuzu, e o Papão voltou a aplicar 3 a 0, colocando-se na final do torneio.

A grande decisão foi contra o Vila Nova, que havia sido vice do Remo em 2021 e eliminou Operário-MT, Real Noroeste e Brasiliense em 2022. A primeira partida foi disputada na Curuzu, mas o Papão não conseguiu acertar o pé no ataque e ficou no 0 a 0 com os goianos.

O segundo jogo foi realizado em Goiânia, no Serra Dourada. A torcida do Vila fez o possível para ajudar sua equipe, que abriu o placar no primeiro tempo e impôs a derrota do Paysandu até aos 50 minutos do segundo tempo. Foi quando os paraenses acharam uma falta na intermediária de ataque. João Vieira bateu forte e rasante, surpreendeu o goleiro goiano e fez o 1 a 1 que levou a final aos pênaltis. Nas cobranças, o Papão foi mais eficiente e levou o tricampeonato invicto da Copa Verde ao vencer por 4 a 3.

A campanha do Paysandu:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Jorge Luís Totti/Paysandu

Todos os terceiros colocados da Copa do Mundo

Tirando o campeão, a única seleção que também sai feliz da Copa do Mundo é a que vence a disputa do terceiro lugar. Por isso, o blog trás a partir de hoje todas as 22 seleções que já ficaram no terceiro posto dos Mundiais ao longo de 92 anos de história. Para ver os campeões e o vices, clique nos links.

Foto Catherine Ivill/Getty Images

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Todos os vice-campeões da Copa do Mundo

Após a longa série com todos os campeões mundiais e o fim da Copa do Mundo 2022, é a hora de trazer também todos os vice-campeões mundiais.
São 22 equipes que quase mudaram a história do futebol. Para rever todos os campeões da Copa do Mundo, acesse o link.

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Argentina Campeã da Copa do Mundo 2022

A Copa do Mundo de 2022 foi diferente de quase tudo que já aconteceu nos 92 anos anteriores. Foi a primeira edição no Oriente Médio, no Catar, e a primeira desde 2022 na Ásia. E devido as altas temperaturas no solo catari durante os meses de junho e julho (40 graus em média), a FIFA realocou o calendário para novembro e dezembro, num clima mais ameno.

Em campo, foi o Mundial das zebras, como a chegada do Marrocos e da África pela primeira vez na semifinal, as vitórias do Japão sobre Alemanha e Espanha, de Camarões sobre o Brasil, da Tunísia sobre a França, e a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina.

Argentina... Da derrota inesperada na estreia para o tricampeonato após 36 anos de espera. Apelidada "La Scaloneta", em alusão ao técnico Lionel Scaloni, a albiceleste de Messi, Álvarez, Emiliano Martínez, Enzo Fernández e Di María chegou como favorita ao Catar, mas teve que se provar durante a competição. Perdeu o primeiro jogo por 2 a 1 para a Arábia Saudita e  se recuperou com duas vitórias por 2 a 0 sobre o México e a Polônia. No grupo C da primeira fase, a Argentina somou seis pontos e ficou na liderança.

Nas oitavas de final, a albiceleste fez 2 a 1 na Austrália. Nas quartas, contra a Holanda, os argentinos abriram dois gols de vantagem e permitiram o 2 a 2 holandês nos acréscimos. Nos pênaltis, Emiliano Martínez defendeu dois e a Argentina venceu por 4 a 2. Na semifinal, a vitória foi por 3 a 0 sobre a Croácia.

A final foi contra a França, que chegou lá pela segunda vez consecutiva. No dia 18 de dezembro, no Estádio Iconic de Lusail, Messi abriu o placar de pênalti aos 23 minutos do primeiro tempo. Di María ampliou aos 36, mas os franceses reagiram no segundo tempo, com dois gols de Mbappé aos 35 (de pênalti) e aos 36 minutos. Na prorrogação, Messi anotou mais um aos quatro do segundo tempo, e Mbappé acertou mais um pênalti aos 13. Na maior final de Copa de todos os tempo, 3 a 3 e decisão nos pênaltis. E o goleiro Martínez brilhou de novo com uma defesa. Por 4 a 2, a Argentina chegou ao terceiro título e Messi - na quinta tentativa - coroou sua carreira como o capitão do time.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Hannah Mckay/Reuters