Cuiabá Campeão Mato-Grossense 2023

Quem para o Cuiabá no Mato Grosso? Atualmente, ninguém. São 12 títulos estaduais conquistados nas últimas 21 temporadas, sendo seis nas últimas sete. Tirando 2020, quando a competição invadiu o fim do ano e o clube priorizou o acesso à Série A do Brasileirão, o Dourado levou todas.

Em 2023, dez times participaram do Mato-Grossense, em turno único. Em nove rodadas, o Cuiabá passou tranquilo, com nove vitórias. O 100% de aproveitamento lhe deu a liderança com 27 pontos, nove a mais que o vice União Rondonópolis. Ambos passaram à semifinal, enquanto do terceiro ao sexto lugares jogaram as quartas de final.

O adversário do Dourado na semi foi o Luverdense, que eliminou o Dom Bosco. Na ida, empatou sem gols fora, em Lucas do Rio Verde. Na volta, goleou por 5 a 0 em casa.

A final foi contra o União, que eliminou o Operário de Váreza Grande. O primeiro jogo foi no Luthero Lopes, em Rondonópolis, com vitória do Cuiabá por 2 a 0. A segunda partida ocorreu na Arena Pantanal, e para o Dourado ser campeão de novo bastou apenas vencer por 1 a 0, gol de Matheusinho.

A campanha do Cuiabá:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 34 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Gil Gomes/AGIF/Gazeta Press

Fortaleza Campeão Cearense 2023

Só dá Fortaleza no Ceará. Pelo quinto ano seguido, o Leão do Pici é campeão cearense. Agora são 46 taças na galeria do clube, que enfrentou em 2023 um campeonato com dez participantes.

Na primeira fase, os times foram divididos em dois grupos e atuaram um contra o outro. Em cinco partidas, o Fortaleza venceu quatro e só perdeu uma, ficando na liderança do grupo B, com 12 pontos. Na semifinal, esperou o Ferroviário eliminar o Maracanã. Na ida fora, empate por 1 a 1. Na volta em casa, goleada por 4 a 0

A final foi o Clássico-Rei contra o Ceará, que passou pelo Iguatu na semi. Os dois jogos foram no Castelão. No primeiro, vitória do Leão por 2 a 1. No segundo, o Fortaleza saiu perdendo por dois gols, o que lhe tiraria a conquista. Juan Lucero descontou de pênalti, no fim do primeiro tempo, e Calebe fez 2 a 2 aos 42 minutos do segundo tempo, revertendo a desvantagem e garantido o penta tricolor.

A campanha do Fortaleza:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 21 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Iago Ferreira/Photo Premium/Gazeta Press

Ponte Preta Campeã Paulista Série A2 2023

Segundo clube mais antigo do Brasil em atividade, fundado em 11 de agosto de 1900, a Ponte Preta deu sorte poucas vezes em finais. As mais famosas, o Paulistão de 1977 e a Copa Sul-Americana de 2013. Mas em 2023 o torcedor da Macaca terá o que comemorar, a conquista do Paulista Série A2, que soma-se a outros três títulos da mesma competição (1927, 1933 e 1969) e outros quatro taças do interior.

A primeira fase da Série A2 teve a presença de 16 times, que jogaram em turno único. Com o melhor elenco da competição, a Ponte seguiu sem maiores problemas rumo ao acesso um ano após o rebaixamento. Em 15 partidas, venceu 11 e empatou três, com apenas uma derrota. A Macaca somou 36 pontos e ficou classificada em primeiro lugar.

Nas quartas de final, a Ponte eliminou o Comercial, depois de empatar por 1 a 1 em Ribeirão Preto e vencer por 3 a 0 no Moisés Lucarelli. Na semifinal, passou pelo XV de Piracicaba, ao vencer por 3 a 0 fora de casa e por 2 a 0 em Campinas.

A final foi contra o Novorizontino, numa decisão de equipes da Série B do Brasileirão. Eles superaram Velo Clube e Noroeste no mata-mata. A ida foi em Novo Horizonte e ficou empatada por 1 a 1. A volta aconteceu no Moisés Lucarelli e acabou com outro empate, mas sem gols. Nos pênaltis, vitória da Ponte Preta por 3 a 2.

A campanha da Portuguesa:
21 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 39 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/FPF

CRB Campeão Alagoano 2023

Em Alagoas, deu CRB pelo segundo ano seguido e pela 33ª vez na história. O Galo da Pajuçara chegou a conquista em 2023 de maneira muito tranquila, sem perder nenhum jogo. Aliás, venceu quase todos. Na primeira fase, oito equipes se enfrentaram em turno único.

Na chave inicial, o CRB conseguiu seis vitórias e um empate em sete jogos. Com 19 pontos, o time vermelho liderou com folga e ainda viu seu maior rival, o CSA, flertar com o rebaixamento e ser eliminado no quinto lugar, com apenas oito pontos. Na semifinal, o Galo passou pelo Coruripe após vencer por 3 a 2 na ida fora, e por 3 a 1 na volta em casa.

A final foi contra o ASA, que do outro lado passou pelo Murici. A primeira partida aconteceu em Arapiraca, e o CRB abriu 2 a 0 de vantagem no confronto. O segundo jogo foi no Rei Pelé, em Maceió, e o Galo voltou a vencer, desta vez por 1 a 0, gol do colombiano Jonathan Copete.

A campanha do CRB:
11 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Grêmio Campeão Gaúcho 2023

Muitas coisas podem acontecer em seis anos. Mas o que não tem mudado é o vencedor do Campeonato Gaúcho. Pela sexta consecutiva (e pela 42ª na história), o Grêmio é campeão estadual. De volta à Série A do Brasileirão depois de uma temporada, o tricolor gaúcho mostrou sua força mais uma vez. E com um reforço de peso mundial: Luis Suárez, artilheiro do time com sete gols.

O Gauchão 2023 teve a participação de 12 clubes, que jogaram em turno único. Em 11 partidas, o Grêmio conseguiu a marca de nove vitórias e dois empates, que lhe rendeu a liderança com 29 pontos e a classificação com antecedência. A semifinal foi disputada contra o Ypiranga, e sofrida. Na ida, derrota por 2 a 1 em Erechim. Na volta, o Imortal venceu de virada pelo mesmo placar, e passou à decisão após ganhar por 5 a 4 nos pênaltis.

A final foi jogada contra o Caxias, que eliminou o Internacional nos pênaltis. A primeira partida foi no Estádio Centenário, em Caxias do Sul, e ficou empatada por 1 a 1. O segundo jogo foi na Arena do Grêmio, para mais de 51 mil torcedores. Com gol de pênalti, sofrido e anotado por Suárez, o Grêmio venceu por 1 a 0 e soltou mais uma vez o grito de campeão.

A campanha do Grêmio:
15 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 27 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Lucas Uebel/Grêmio

Chapecoense Campeã da Copa Sul-Americana 2016

A mudança na fórmula da Copa do Brasil em 2013 afetou a trajetória brasileira na Copa Sul-Americana. A partir daquela temporada, as vagas passaram a ser segregadas. Quem avançava às oitavas da copa nacional, ficava fora da copa continental. Isto abriu caminho para que equipes médias chegassem com chances de título, como a Ponte Preta em 2013 e a Chapecoense em 2015. O clube catarinense tomou gosto pela coisa e seguiu forte para 2016. Mas tudo ficou menor diante de uma tragédia.

Após a boa experiência da temporada anterior, quando foi eliminada vencendo o River Plate, a Chape voltou disposta a repetir o desempenho. Fez mais: entrou para a história e para a lembrança de todos. Na primeira fase, contra o Cuiabá, se classificou após perder por 1 a 0 no Mato Grosso e vencer por 3 a 1 em Santa Catarina.

Nas oitavas de final, dois empates sem gols contra o Independiente, em Avellaneda e em Chapecó, levaram à disputa por pênaltis, onde o Verdão do Oeste venceu por 5 a 4. Nas quartas, contra o Junior Barranquilla, perdeu por 1 a 0 na Colômbia e venceu por 3 a 0 em casa. Na semifinal, empatou por 1 a 1 com o San Lorenzo em Buenos Aires e por 0 a 0 em Santa Catarina. A Chapecoense estava classificada à decisão.

A final seria jogada contra o Atlético Nacional, que eliminou Deportivo Municipal, Bolívar, Sol de América, Coritiba e Cerro Porteño. A ida estava marcada para acontecer em Medellín, no Atanasio Girardot. Na viagem para a Colômbia, o avião que transportava a equipe brasileira ficou sem combustível e caiu em um morro próximo ao aeroporto.

A aeronave trazia 77 pessoas a bordo: atletas, comissão técnica, diretoria, jornalistas, convidados e tripulação. Infelizmente, 71 pessoas morreram na queda do avião. Seis foram resgatadas com vida: dois tripulantes, o jornalista Rafael Henzel (morto em 2019), o goleiro Follmann, o zagueiro Neto e o lateral-esquerdo Alan Ruschel.

A decisão jamais aconteceu, e o Atlético Nacional enviou um pedido à Conmebol para que reconhecesse a Chapecoense como campeã, em homenagem às vítimas. Assim, o título ficará marcado para sempre na história, como lembrança de quem se foi em 28 de novembro de 2016.

A campanha da Chapecoense:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 7 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Marcos Cunha/Chapecoense

Santa Fe Campeão da Copa Sul-Americana 2015

Treze anos depois de seu lançamento, a Copa Sul-Americana viu um time da Colômbia ser campeão. Em 2015, o Independiente Santa Fe superou a barreira dos vices de seu rival Atlético Nacional e chegou ao maior título de sua história, 19 temporadas depois de também ter obtido um segundo lugar continental, na Copa Conmebol de 1996.

A campanha de "los cardenales" começou na primeira fase, dividida em Zona Sul (Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia) e Zona Norte (Colombia, Equador, Peru e Venezuela). O adversário foi a LDU Loja, o qual empatou por 0 a 0 no Equador e venceu por 3 a 0 em Bogotá. Na segunda fase, o Santa Fe passou de modo marcante pelo Nacional do Uruguai: vitória por 2 a 0 em Montevidéu e derrota por 1 a 0 em El Campín, em casa.

O terceiro adversário albirrojo foi o Emelec, nas oitavas de final. Na ida, no Equador, perdeu de virada por 2 a 1. Na volta, venceu em Bogotá por 1 a 0 e se classificou via regra do gol marcado como visitante. Mas quartas, foi a vez de passar pelo semi-xará Independiente. Na primeira partida, vitória por 1 a 0 na Argentina. No segundo jogo, empate por 1 a 1 na Colômbia classificou o Santa Fe à semifinal.

Na etapa seguinte, os cardenales enfrentaram o Sportivo Luqueño, do Paraguai. Na ida, em Luque, os colombianos correram atrás do empate por 1 a 1. A volta foi disputada em El Campín, e a classificação à final veio com a ajuda do regulamento, no empate sem gols que fez valer outra vez a regra do gol anotado fora de casa.

O Santa Fe encarou na decisão da Sul-Americana o Huracán, clube argentino que passou por Tigre, Sport, Defensor e River Plate. O primeiro jogo foi disputada em Buenos Aires, no Estádio Tomás Ducó. Acabou empatado sem gols.

A segunda partida foi realizada em El Campín. De novo, 0 a 0 no placar. Nos pênaltis, o goleiro Róbinson Zapata defendeu um, viu mais duas irem na trave e o Santa Fe vencer por 3 a 1, cobranças convertidas por Omar Pérez, Luis Seijas e Leyvin Balanta.

A campanha do Santa Fe:
12 jogos | 4 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Guillermo Legaria/AFP/Getty Images