Grêmio Campeão Gaúcho 2024

Depois de 56 anos, o Grêmio repetiu o histórico feito de ser heptacampeão gaúcho. A conquista de 2024 foi a 43ª na trajetória do clube tricolor, e veio em uma competição que foi disputada por 12 times, que se enfrentaram em turno único na primeira fase.

Nas primeiras 11 partidas, o Imortal venceu sete, empatou duas e perdeu duas. Com 23 pontos, o time ficou na vice-liderança da fase, atrás do Internacional. Nas quartas de final, venceu o Brasil de Pelotas por 2 a 0 em jogo único, na Arena. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Caxias com vitórias por 2 a 1 fora e por 3 a 2 em casa.

A final foi disputada contra o Juventude, que eliminou Guarany de Bagé e Internacional. A ida aconteceu no Alfredo Jaconi, terminando empatada por 0 a 0. A volta foi jogada na Arena e o Grêmio chegou ao título ao triunfar por 3 a 1, de virada.

A campanha do Grêmio:
16 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Gustavo Garbino/FGF

Athletico-PR Campeão Paranaense 2024

De maneira quase perfeita, o Athletico-PR chegou ao bicampeonato paranaense em 2024, sendo o 28º título do clube na história que completa 100 anos nesta temporada. A competição foi composta por 12 equipes, que se enfrentaram em turno único na primeira fase.

Nos 11 primeiros jogos, o Furacão venceu sete e empatou quatro, que deixaram o time na liderança com 25 pontos. Nas quartas de final, eliminou o Londrina depois de ter a única derrota no torneio, por 1 a 0 fora de casa, e golear por 6 a 0 na Arena da Baixada. Na semifinal, bateu o Operário-PR com vitórias por 2 a 1 fora e por 1 a 0 em casa.

A decisão foi disputada contra o Maringá, que bateu Cascavel e Coritiba. A primeira partida foi jogada no Willie Davids, vencida pelo Athletico por 1 a 0. O segundo jogo foi na Arena da Baixada, e o Furacão garantiu o título com novo triunfo, por 3 a 0.

A campanha do Athletico-PR:
17 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Geraldo Bubniak/AGB

Criciúma Campeão Catarinense 2024

O Criciúma conquista o bicampeonato catarinense em 2024. Após o acesso para a Série A do Brasileirão (dez anos depois), o carvoeiro confirmou a condição de melhor time de Santa Catarina com o 12º título estadual, obtido com a melhor campanha em todas as fases.

O estadual foi disputado por 12 times, que atuaram em turno único. Em 11 partidas, o Tigre venceu oito, empatou uma e perdeu duas, somando 25 pontos e garantindo a liderança da primeira fase. Nas quartas de final, passou pelo Hercílio Luz com empate por 1 a 1 fora e vitória por 2 a 1 em casa. Na semifinal, eliminou o Barra depois de perder por 2 a 1 fora, vencer pelo mesmo placar em casa e por 4 a 3 nos pênaltis.

Na final, o Criciúma enfrentou o Brusque, que eliminou Marcílio Dias e Avaí. Na ida, vitória carvoeira por 2 a 1 fora de casa, em Itajaí. Na volta, o empate por 1 a 1 no Heriberto Hülse bastou para que o Tigre levantasse a taça.

A campanha do Criciúma:
17 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Fernando Ribeiro/FCF

Zaragoza Campeão da Recopa Europeia 1995

Em 1995, a Recopa aumentou mais um pouco, de 43 para 44 participantes. Também a partir desta temporada, o nome oficial passou a ser "UEFA Cup Winners' Cup", em substituição a "European Cup Winners' Cup", em mais um aparente movimento de valorização do torneio.

O título ficou nas mãos de mais um daqueles times emergentes, que não são os gigantes nem mesmo em seus países. No caso, o Real Zaragoza, da Espanha, que jamais foi campeão nacional, mas levou a Copa do Rei pela quarta vez em 1994. Na primeira fase, os "blanquillos" eliminaram o Gloria Bistrita, da Romênia, ao reverter a derrota por 2 a 1 na ida fora com goleada por 4 a 0 na volta em solo espanhol.

Nas oitavas de final, o Zaragoza enfrentou o Tatran Presov, da Eslováquia. A classificação veio com goleada por 4 a 0 na ida fora e vitória por 2 a 1 na volta na Espanha. Nas duas primeiras fases, os blanquillos não atuaram em casa, La Romareda, que estava em reforma. As partidas aconteceram no Mestalla, em Valencia.

O Zaragoza encarou o Feyenoord nas quartas de final. O primeiro jogo foi em Roterdã, no De Kuip, e os visitantes perderam por 1 a 0. A segunda partida foi em La Romareda. De volta à Aragão, a equipe blanquilla reverteu mais uma desvantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Miguel Pardeza e Juan Esnáider.

Na semifinal, os aragoneses enfrentaram o Chelsea. A ida foi disputada em La Romareda, vencida pelo Zaragoza por 3 a 0. Pardeza fez um e Esnáider fez os outros dois gols. A volta foi em Londres, no Stamford Bridge. Se segurando ao máximo, os blanquillos se classificaram graças ao gol marcado por Santiago Aragón na derrota por 3 a 1.

A campanha trepidante do Zaragoza culminou na decisão com o Arsenal, defensor do título, que bateu Omonia, Brondby, Auxerre e Sampdoria. No Parc des Princes, em Paris, os blanquillos saíram na frente com Esnáider, mas levaram o empate. A um minuto do fim da prorrogação, Nayim fez 2 a 1 e garantiu o título histórico.

A campanha do Zaragoza:
9 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Zaragoza

Arsenal Campeão da Recopa Europeia 1994

Continua a expansão da Recopa Europeia. Em 1994, mais novos países se juntaram à competição, que bateu o recorde de 43 participantes. Com isso, a fase preliminar saltou de quatro para 11 confrontos, o que no início valorizou o torneio da UEFA, antes da entidade começar a tomar decisões que levariam ao fim de tudo.

O título da maior Recopa já vista até então ficou com o Arsenal, que enfim se juntou à lista dos clubes ingleses campeões continentais. Vencedores da Copa FA de 1993, os gunners iniciaram a caminhada na primeira fase, contra o Odense, da Dinamarca. Na ida, vitória por 2 a 1 fora de casa. Na volta, empate por 1 a 1 no lendário estádio de Higbury, em Londres.

A campanha seguiu nas oitavas de final, contra o Standard Liège. O primeiro jogo foi disputado em Londres, terminando com vitória inglesa por 3 a 0. E se a ida foi tranquila, a volta na Bélgica foi ainda mais com a acachapante goleada por 7 a 0, com gols de Alan Smith, Ian Selley, Tony Adams, Kevin Campbell (dois), Paul Merson e Eddie McGoldrick.

Nas quartas de final, os gunners, enfrentaram o Torino. A primeira partida aconteceu na Itália, no Delle Alpi, e ficou empatada sem gols. O segundo jogo foi realizado no Highbury, e acabou vencido pelo Arsenal por 1 a 0, gol de Adams.

Na semifinal, o adversário foi o Paris Saint-Germain. Na ida, no Parc des Princes, os gunners empataram por 1 a 1, com Ian Wright abrindo o placar e os franceses buscando o empate. Na volta em Londres, Campbell marcou logo no começo e o Arsenal venceu por 1 a 0, chegando assim na decisão.

Na final, o Arsenal desafiou o defensor o título, o Parma, que derrotou Degerfors, Maccabi Haifa, Ajax e Benfica. A partida foi disputada na Dinamarca, em Copenhague, no Estádio Parken. Aos 22 minutos do primeiro tempo, Smith anotou o gol do título invicto, conquistado na vitória por 1 a 0.

A campanha do Arsenal:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Arsenal

Parma Campeão da Recopa Europeia 1993

O boom de times na Recopa Europeia começou em 1993. Com as independências das repúblicas soviéticas e iugoslavas, o número de participantes no torneio subiria gradualmente. Em relação à 1992, foi de 34 para 36, com as entradas de Ucrânia e Eslovênia, a saída da Alemanha Oriental e a troca da União Soviética pela Rússia. Ainda houve as chegadas de Israel, que se filiou à UEFA, Ilhas Faroe e Liechtenstein, que criaram suas copas, e a suspensão da Iugoslávia, em função da guerra civil no país.

Alheio a tudo isso, o Parma também chegava para a disputa da Recopa depois do título inédito da Copa da Itália em 1992. Treinada por Nevio Scala, a mediana equipe fez história na década de 1990 e conquistou a competição europeia em 1993. Na primeira fase, contra o Újpest, venceu por 1 a 0 em casa, no Ennio Tardini e empatou por 1 a 1 na Hungria.

Nas oitavas de final, os "gialloblù" (auriazuis) passaram pelo Boavista. No primeiro jogo, o time não passou do 0 a 0 no Ennio Tardini. A vitória teve que vir fora de casa, na segunda partida em Portugal, por 2 a 0, com um gol contra e outro de Alessandro Melli.

O Parma foi às quartas de final para enfrentar o Sparta Praga. Na ida, empate sem gols na Tchecoslováquia. A volta foi disputada no Ennio Tardini, e os gialloblù venceram por 2 a 0, gols anotados por Melli e Faustino Asprilla.

Na semifinal, o Parma encarou o Atlético de Madrid. A primeira partida aconteceu no Vicente Calderón, na Espanha, e foi vencida pelos italianos por 2 a 1, gols de Asprilla. No segundo jogo, derrota por 1 a 0 no Ennio Tardini e classificação garantida através da regra do gol fora de casa.

A decisão da Recopa foi entre Parma e Antwerp, que eliminou Glenavon, Admira Wacker, Steaua Bucareste e Spartak Moscou. A partida foi realizada no Wembley, em Londres. Com gols de Lorenzo Minotti, Alessandro Melli e Stefano Cuoghi, os gialloblù foram campeões por 3 a 1.
 
A campanha do Parma:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto David Cannon/Allsport/Getty Images

Werder Bremen Campeão da Recopa Europeia 1992

Pode-se dizer que a Recopa Europeia de 1992 foi a última edição "normal" da competição. Afinal, ela foi a última antes da expansão provocada pela criação de novos países no início da década, e também foi a última antes da "irmã" Copa dos Campeões mudar de nome para Liga dos Campeões e começar a "roubar" os holofotes.

Em campo, o Werder Bremen não tinha nada a ver com essas situações e levou o título de volta para uma Alemanha unificada. Ou não, já que a UEFA resolveu manter a vaga equivalente da Alemanha Oriental, para o Stahl, visto que a conclusão da temporada 1990/91 local aconteceu após a oficialização da reunificação. Tecnicamente, os alemães tiveram dois representantes entre os 34 da Recopa.

Campeão da Copa da Alemanha de 1991, o Werder Bremen abriu a campanha do título com duas goleadas sobre o Bacau, da Romênia: 6 a 0 fora e 5 a 0 em casa, no Weserstadion. Nas oitavas de final, os "grün-weissen" (alviverdes) despacharam o Ferencváros com mais dois triunfos, por 3 a 2 na Alemanha e por 1 a 0 na Hungria.

Nas quartas de final, o adversário foi o Galatasaray. A primeira partida foi disputada no Weserstadion, e terminou com vitória do Werder por 2 a 1, de virada. O segundo jogo aconteceu em Istambul, na Turquia, e acabou empatado por 0 a 0, classificando os alemães.

O adversário do Werder na semifinal foi o Club Brugge. A ida foi na Bélgica, na única derrota alemã na campanha, por 1 a 0. A volta foi em Bremen, com os mandantes precisando vencer. Marco Bode abriu o placar no primeiro tempo e Manfred Bockenfeld fez 2 a 0 na segunda etapa, revertendo o confronto.

Na final, o Werder Bremen encarou o Monaco, que passou por Swansea City, IFK Norrköping, Roma e Feyenoord. No Estádio da Luz, em Lisboa, o time alemão superou com folga o francês, vencendo por 2 a 0. Klaus Allofs e Wyntom Rufer foram os autores dos gols do título.
 
A campanha do Werder Bremen:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 21 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Imago/Werek