Sport Campeão Pernambucano 1980

Com só dois títulos estaduais na década de 1970, o Sport entrou nos anos 1980 disposto a fazer diferente em Pernambuco. A conquista da 22ª taça em 1980, aconteceu depois de três anos sem ganhar.

O Campeonato Pernambucano teve dez participantes em três fases. Na primeira, todos iniciaram se enfrentando em turno único, com o líder passando à final da etapa. Após, os times se dividiram em dois grupos em novo turno, em que o líder de cada chave duelou pela outra vaga na decisão. A segunda fase contou com a mesma fórmula, mas com os oito melhores da etapa anterior. A terceira seguiu com a dinâmica, com os seis melhores da fase anterior. A final do estadual reuniu os vencedores das três fases.

O Sport começou a campanha na Ilha do Retiro, fazendo 4 a 0 no Caruaru. Nos outros oito jogos, venceu seis e empatou dois, com destaque para os 11 a 0 sobre o Íbis, no auge da fama de "pior time do mundo". Com 16 pontos, o Leão da Ilha empatou na liderança com o Santa Cruz e precisou de uma partida extra, a qual venceu por 2 a 1. Na segunda parte da primeira fase, o rubro-negro venceu três partidas e empatou uma no grupo A, ficando em primeiro com sete pontos. Depois, em dois clássicos com o Santa Cruz, perdeu ambos por 1 a 0: o cruzamento de chaves e a final da fase.

Na segunda fase, o Leão estreou com empate por 1 a 1 com o Santo Amaro, vindo a vencer a primeira na rodada seguinte, por 1 a 0 sobre o Ferroviário de Recife. No restante das cinco partidas, a equipe venceu quatro e perdeu uma, ficando em segundo com 11 pontos, um a menos que o líder Náutico. Na sequência, o Sport venceu os três jogos no grupo A, ficando na liderança com seis pontos. No cruzamento com a outra chave, o time bateu o Náutico por 3 a 1. Na decisão, em outro Clássico dos Clássicos, novo triunfo por 1 a 0 colocou o Sport na decisão geral.

A terceira fase começou com o Sport batendo o América de Recife por 2 a 1. Depois, mais duas vitórias e dois empates deixaram o time na liderança, com oito pontos. Ao mesmo tempo, uma repescagem entre os eliminados das fases anteriores trouxe dois clubes para a segunda metade da terceira etapa. Nesta, o Leão venceu dois jogos e empatou um, porém ficando em segundo na chave A, com cinco pontos. O time esperou o Náutico superar o Santa Cruz no cruzamento, para bater o rival por 1 a 0 na decisão.

A maratona de fases, turnos, grupos e finais culminou no Clássico das Multidões na decisão geral. Com duas etapas vencidas, o Sport entrou com a vantagem de levar o título já na primeira partida, em caso de vitória sobre o Santa Cruz. E foi o que aconteceu em plena casa rival, no Arruda, pelo placar de 2 a 0.

A campanha do Sport:
38 jogos | 28 vitórias | 7 empates | 3 derrotas | 80 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Flávio Canalonga/Placar

Vitória Campeão Baiano 1980

A década de 1970 não foi nenhum pouco positiva em termos de títulos para o Vitória. Desde 1972 sem vencer o estadual, o clube viu o rival Bahia ganhar sete vezes consecutivas entre 1973 e 1979. Em 1980, porém, a conquista mudaria de lado, indo para os rubro-negros pela nona vez.

Treze equipes participaram do Baianão de 1980, dividido em três fases. Na primeira e na segunda, todos se enfrentaram em turno único. Os oito primeiros avançaram para dois quadrangulares, também em turno único. Os dois melhores de cada grupo classificaram para outro quadrangular, novamente em mão única. O líder garantiu três pontos extras para a fase final, enquanto o vice ficou com um ponto extra. Na decisão, com duas, três ou quatro equipes, ficou com o título quem primeiro atingiu seis pontos.

O Vitória abriu a campanha no empate por 1 a 1 com o Botafogo de Salvador. O restante da primeira parte da fase seguiu com mais cinco empates, três vitórias e três derrotas em 11 partidas. O Leão da Barra somou 12 pontos, avançando em oitavo. No primeiro quadrangular, a campanha seguiu com empates sem gols com Fluminense de Feira e Leônico, e vitória por 2 a 0 sobre o Bahia. Com quatro pontos, o Vitória foi ao segundo quadrangular e repetiu a sequência de resultados: empates de zero com Itabuna e Galícia, e vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense. O rubro-negro fechou a primeira fase em segundo lugar, classificado para a final com um ponto extra. O Galícia foi o líder.

Na segunda fase, o Leão iniciou com derrota por 1 a 0 para o Ypiranga. A primeira vitória veio na terceira rodada, por 5 a 0 sobre a ABB. Nos demais dez jogos, a equipe venceu cinco, empatou quatro e perdeu uma. O Vitória ficou em quarto lugar, com 16 pontos. No quadrangular seguinte, o time fez 3 a 1 no Atlético Alagoinhas, 3 a 0 no Redenção e empatou por 1 a 1 com o Bahia, somando cinco pontos e passando ao próximo grupo. Por fim, os rubro-negros disputaram o segundo quadrangular e venceram as partidas por 1 a 0, sobre Leônico, Galícia e o Bavi. O Vitória terminou a fase com seis pontos e em primeiro lugar, conquistando mais três pontos extras para a decisão. O Bahia ficou na segunda posição.

A decisão ficou entre Vitória, Galícia e Bahia. Rubro-negros tinham quatro pontos, contra três dos azulinos e um dos tricolores. Ou seja, o título podia ser conquistado com vitória simples sobre qualquer adversário. Na primeira rodada, Galícia e Bahia empataram por 1 a 1. A conquista do Leão foi confirmada na segunda partida, na vitória por 1 a 0 em cima do Galícia.

A campanha do Vitória:
37 jogos | 17 vitórias | 15 empates | 5 derrotas | 44 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Vitória

Colorado e Cascavel EC Campeões Paranaenses 1980

Um campeonato histórico com final caótico. Esta é a definição mais correta do Campeonato Paranaense de 1980. Dois clubes chegaram a uma conquista inédita e solitária, decidida no tapetão: Cascavel Esporte Clube e Colorado. O primeiro foi fundado em 1979 e estreava no estadual. Já o segundo era fruto de uma fusão de três times (Britânia, Ferroviário e Palestra Itália), à sombra dos rivais de Curitiba.

O Paranaense foi disputado por 20 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, e os oito melhores avançaram. Na segunda fase, os classificados jogaram mais uma vez em turno único com o líder indo à etapa final. A terceira fase foi igual a anterior. A fase final foi um quadrangular de dois turnos, com os dois líderes dos octogonais e as duas melhores campanhas na soma destas etapas.

A estreia do Cascavel foi com vitória por 3 a 0 sobre o Guarapuava em casa. Já o Colorado perdeu por 3 a 1 para o Coritiba fora. Nos outros 18 jogos, a Serpente venceu oito, empatou cinco e perdeu cinco, somando 25 pontos e encerrando a primeira fase em sétimo. O Boca Negra se recuperou do início ruim com dez vitórias, seis empates e duas derrotas, ficando na segunda colocação com 26 pontos.

Cascavel e Colorado foram aos octogonais com Coritiba, Grêmio Maringá, Pinheiros, Londrina, Toledo e União Bandeirante. O tricolor começou a segunda fase vencendo o Londrina por 1 a 0 fora, enquanto os cascavelenses fizeram 3 a 1 no Maringá em casa, no Ninho da Cobra. Nas seis rodadas seguintes, o Colorado obteve duas derrotas, um empates e três derrotas, terminando em terceiro com sete pontos. O Cascavel venceu três, empatou duas e perdeu uma, fazendo dez pontos e se classificando na liderança.

A terceira fase iniciou com o Colorado marcando 3 a 0 no Londrina na Vila Capanema, enquanto o Cascavel empatou por 1 a 1 com o Grêmio Maringá fora. Depois, o Boca Negra conseguiu mais três vitórias, um empate e duas derrotas, ficando na segunda colocação com nove pontos. A Serpente venceu uma, empatou duas e perdeu três, encerrando em sétimo com cinco pontos. O líder classificado foi o Pinheiros. O Colorado só se garantiu no quadrangular pela soma de pontos, junto com o Londrina.

Cascavel e Colorado disputaram o título cabeça a cabeça, com resultados iguais a cada rodada: duas vitórias, um empate e uma derrota. A única diferença foi o primeiro confronto direto realizado, na terceira rodada, quando os cascavelenses fizeram 3 a 0 nos tricolores dentro do Ninho da Cobra.

Faltando uma rodada para o fim do quadrangular, o Cascavel era o líder com sete pontos, seguido pelo Colorado com cinco. Pinheiros e Londrina tinham quatro cada e não tinham mais chances de título. Assim, teríamos um confronto direto entre cascavelenses e tricolores pelo título na última rodada. A partida estava marcada para a Vila Capanema, em Curitiba, em 30 de novembro. A Serpente tinha a vantagem do empate e podia até mesmo perder por dois gols de diferença, pois tinha quatro gols saldo. Para o Boca Negra, apenas a vitória por três gols de diferença interessava, devido ao saldo zerado.

O Colorado abriu o placar com Jorge Nobre aos cinco minutos. Após gol, os jogadores do Cascavel iniciaram uma confusão e o árbitro expulsou o atleta Marcos. Aos 23 minutos, os tricolores fizeram 2 a 0. No fim do primeiro tempo, Maurinho foi expulso em nova confusão, e os cascavelenses ficaram com dois a menos. Mas a Serpente voltou do intervalo com apenas sete jogadores, com o médico da equipe alegando supostas contusões dos jogadores Nelo e Dudu.

O Cascavel não acreditava mais conseguir o resultado que precisava em campo. Na saída de bola do segundo tempo, o goleiro Zico caiu no gramado e o árbitro encerrou a partida por causa do número de jogadores cascavelenses abaixo do permitido. O Colorado comemorou o título e deu a volta olímpica. O Cascavel também fez festa, pois o 2 a 0 ainda era favorável. Mas o caso seria julgado no tapetão.

Em 4 de dezembro, o TJD do Paraná puniu o Cascavel com a perda de pontos, mas não confirmou o título do Colorado. A decisão ficou para a Federação Paranaense, que decretou os dois clubes como campeões. Curiosamente, ambos terminariam extintos: o Colorado fundiu-se com o Pinheiros em 1989, dando lugar ao Paraná Clube, e o Cascavel EC ajudou a originar o Cascavel Clube Recreativo em 2001.

A campanha do Colorado:
39 jogos | 20 vitórias | 9 empates | 10 derrotas | 44 gols marcados | 25 gols sofridos

A campanha do Cascavel EC:
39 jogos | 17 vitórias | 11 empates | 11 derrotas | 51 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Ignácio Ferreira/Placar


Foto José Eugênio/Placar

Atlético-MG Campeão Mineiro 1980

Com uma dominância poucas vezes vista, o Atlético-MG faturou o tricampeonato mineiro em 1980, meses após o vice no Campeonato Brasileiro. Nenhum adversário foi capaz de evitar o 27º título estadual do clube alvinegro, nem mesmo os seus principais rivais.

A competição foi disputada por 21 equipes, com uma duração bem mais curta em relação a outros estaduais naquela mesma temporada. Na primeira fase, os times foram divididos em três grupos e se enfrentaram em turno único. Os dois melhores de cada chave e os dois melhores terceiros colocados avançaram. Na etapa seguinte, os oito classificados jogaram um octogonal de dois turnos, valendo o título para o líder.

O Galo ficou no grupo A da primeira fase, junto com Valeriodoce, Alfenense, Nacional de Muriaé, Caldense, Araxá e Nacional de Uberaba. Na estreia, goleou o Nacional de Muriaé por 5 a 1 em Belo Horizonte. Nos cinco jogos seguintes, venceu mais quatro e perdeu um, conseguindo a classificação na liderança da chave com dez pontos.

Os classificados para o octogonal foram: Atlético, Valeriodoce, Cruzeiro, Democrata de Governador Valadares, Guaxupé, América, Uberaba e Guarani de Divinópolis. O Galo iniciou a luta pelo título com vitória por 2 a 1 sobre o Democrata no Mineirão. A sequência seguiu com mais triunfos: 3 a 1 no América, 4 a 0 no Uberaba, 1 a 0 no Cruzeiro, 1 a 0 no Guaxupé e 2 a 0 no Valeriodoce. O primeiro e único tropeço alvinegro na fase final foi o empate sem gols com o Guarani, na sétima rodada.

O Atlético venceria todos os sete jogos restantes no octogonal. Antes de confirmar o título, o time fez 5 a 0 no Democrata, 3 a 0 no Guarani, 2 a 0 no Uberaba e 2 a 1 no Valeriodoce. Na 12ª rodada, contra o América no Mineirão, o Galo goleou por 5 a 1 e ficou inalcançável para todos os adversários, garantindo o título com duas rodadas de antecedência. A campanha alvinegra foi encerrada com mais duas vitórias: 6 a 1 no Guaxupé e 2 a 0 no Cruzeiro, coroando uma trajetória quase perfeita.

A campanha do Atlético-MG:
20 jogos | 18 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 55 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Auremar de Castro/Placar

Grêmio Campeão Gaúcho 1980

A década de 1980 começou da mesma forma que a de 1970 terminou para o Grêmio: sendo campeão. O clube venceu o 22º título estadual em 1980 e voltou a conquistar um bicampeonato estadual desde de 17 anos na mesma temporada em que o Estádio Olímpico teve a conclusão da obra do anel superior.

A competição daquele ano contou com 16 participantes: os sete melhores da edição de 1979 e os nove melhores da Copa Governador do Estado de 1980. O regulamento foi simples. Na primeira fase, todos os times se enfrentaram em tuno único, com o líder levando um ponto extra para a fase final. Na segunda fase, aconteceu a mesma coisa. Na etapa final, os seis melhores na soma das fases anteriores disputaram um hexagonal em dois turnos, valendo o título.

A campanha do Grêmio teve início na vitória por 3 a 0 sobre o Brasil de Pelotas fora de casa. Na primeira partida no Olímpico, o tricolor fez 2 a 1 no Novo Hamburgo. Nos outros 13 jogos, a equipe venceu nove, empatou três e perdeu um. Com 25 pontos, o clube garantiu a liderança e um ponto extra para o hexagonal. Foram nove pontos de vantagem em relação ao Internacional, que foi apenas o nono.

Na segunda fase, o Imortal começou fazendo 1 a 0 no Lajeadense, em Lajeado. Depois, o time obteve mais nove vitórias, três empates e duas derrotas. O Grêmio somou 23 pontos ao todo e ficou na segunda colocação, um ponto atrás do líder Internacional, que levou o outro ponto extra para o hexagonal.

Além da dupla Grenal, o hexagonal final foi disputado por Inter de Santa Maria, Juventude, Novo Hamburgo e São Borja. O Grêmio estreou goleando o São Borja por 6 a 0 no Olímpico. Nos sete jogos seguintes, o time teve cinco vitórias e dois empates, lutando ponto a ponto pelo título com o Internacional. Ao fim da oitava rodada, os colorados lideravam com 16 pontos, contra 15 dos gremistas.

Os rumos do Gauchão mudariam na penúltima rodada. No Olímpico, o Grêmio fez 1 a 0 no Juventude e foi a 17 pontos. Já o Inter perdeu fora para o São Borja e acabou ultrapassado pelo rival. Desta forma, o Imortal entrou no Grenal da última rodada jogando pelo empate para ser campeão. E a festa aconteceu em pleno Beira-Rio, após o tricolor segurar o 0 a 0 no placar.

A campanha do Grêmio:
40 jogos | 28 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 65 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Ricardo Chaves/Placar

Fluminense Campeão Carioca 1980

Com a bênção do João de Deus, o Fluminense gritou campeão. O ano era 1980, e o Papa João Paulo II fez sua primeira visita ao Brasil, passando pelo Rio de Janeiro. Dias depois, no Maracanã, a torcida tricolor entoou uma música em sua homenagem na final do primeiro turno do Campeonato Carioca, contra o Vasco. O Flu, que não era favorito, venceu a disputa e ganhou moral para a conquista de seu 24º título estadual.

O torneio contou com 18 participantes. Na primeira fase, sete deles disputaram três vagas para as outras duas etapas. A segunda fase foi a Taça Preguinho, em que 14 times jogaram em turno único. O campeão se classificou para a final. A terceira fase foi a Taça Gustavo de Carvalho, com a mesma fórmula e os dez melhores colocados da etapa anterior. O vencedor também foi à decisão. Em caso de empate de pontos na liderança destas fases, partidas extras decidiriam o ganhador. Uma observação sobre o regulamento é a ausência da Taça Guanabara, que pela última vez na história foi disputada à parte, antes do estadual.

A campanha do Fluminense teve início na segunda fase. Na estreia, a equipe fez 2 a 0 no Bonsucesso. Nas demais 12 partidas que teve, conseguiu mais oito vitórias, três empates e uma derrota. O Tricolor somou 21 pontos, a mesma coisa que o Vasco. Ambos acabaram na liderança e precisaram fazer um jogo-desempate. Após 1 a 1 no tempo normal, o Flu fez 4 a 1 nos pênaltis e conquistou a vaga na decisão.

Na terceira fase, o Fluminense perdeu um pouco do ritmo. Na primeira rodada, empatou por 1 a 1 com o Americano. A primeira vitória só veio na terceira partida, quando fez 2 a 0 no Serrano. Nos outros sete jogos, o time teve só mais um triunfo, com três empates e três derrotas. Com apenas oito pontos, o Tricolor ficou em sexto lugar e viu o Vasco somar quase o dobro (15) para ser o primeiro colocado e também e ir à final.

A decisão carioca em 1980 foi simples e direta, com uma partida única entre Fluminense e Vasco. Mais uma vez sem o favoritismo, a torcida tricolor fez a voz do João de Deus nas arquibancadas e o time correspondeu em campo. De falta, Edinho marcou o gol da vitória por 1 a 0 e do título.

A campanha do Fluminense:
24 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 43 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto Arquivo/Fluminense

São Paulo Campeão Paulista 1980

O Campeonato Paulista de 1980 marcou a volta da normalidade no calendário. A competição foi disputada entre maio e novembro daquele ano, sem precisar extrapolar para a temporada seguinte. Para o São Paulo, foi um capítulo marcante de mais um título estadual, o 11º, depois de cinco anos na fila.

A competição daquele ano teve 20 participantes e foi organizada com um regulamento relativamente simples, em duas fases. Em cada uma delas, todos os times se enfrentavam em turno único, e os quatro melhores colocados avançaram ao mata-mata da respectiva etapa. O vencedor de cada fase ganhou o direito de disputar a final do campeonato.

O São Paulo começou a campanha de forma discreta. Na estreia da primeira fase, empatou por 1 a 1 com o América de Rio Preto fora de casa. A primeira vitória veio na partida seguinte, por 2 a 0 sobre a Ferroviária no Morumbi. Nos outros 17 jogos, o time venceu seis, empatou cinco e perdeu seis. O Tricolor ficou apenas na oitava colocação, com 20 pontos, a três da zona de classificação. Portuguesa, Santos, Botafogo de Ribeirão Preto e Ponte Preta disputaram o mata-mata, que teve vitória santista.

No entanto, o Tricolor deu a volta por cima na segunda fase. Logo na abertura, goleou o Corinthians por 4 a 0. Na sequência, venceu mais dez partidas, empatou sete e perdeu uma, garantindo a liderança e a vaga no mata-mata com 29 pontos, à frente de Ponte Preta, Corinthians e Inter de Limeira. Na semifinal, o São Paulo superou a Inter com sofrimento, após perder a ida por 2 a 1, vencer a volta por 2 a 1 e marcar mais um gol na prorrogação. Na final, venceu a Ponte Preta com o roteiro parecido: venceu a ida por 2 a 1, perdeu a volta por 1 a 0 e segurou o empate sem gols na prorrogação.

A final do Paulistão foi disputada entre São Paulo e Santos, em dois jogos no Morumbi. Na primeira partida, o Tricolor venceu por 1 a 0, com gol de Serginho Chulapa. No segundo jogo, o São Paulo venceu novamente por 1 a 0, com outro gol de Serginho, e conquistou o título estadual.

A campanha do São Paulo:
44 jogos | 22 vitórias | 13 empates | 9 derrotas | 55 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Manoel Motta/Placar