CBF e Clube dos 13 entraram em acordo no ano de 1988, e o Brasileirão daquele ano ocorreu de maneira mais enxuta, com 24 equipes. Copa União e Copa Brasil foram unidas em definitivo, e com um sistema de acesso e descenso recomendado pela FIFA. Os quatro piores times foram rebaixados para a segunda divisão de 1989, enquanto os dois melhores subiram para a elite.
As vitórias em 1988 valiam três pontos, em caráter experimental, sete anos antes da mudança definitiva. Mas, como sempre precisa haver algo estranho, a regra maluca era a decisão por pênaltis para todo jogo empatado no campeonato. O vencedor ficava com esse terceiro ponto. Diante de tudo isso, surge o Bahia, 29 anos depois, para vencer seu segundo brasileiro, no ano da reciclagem do torneio.
Os participantes foram divididos em dois grupos e dois turnos. No primeiro turno, os grupos se cruzaram. O Bahia entrou no grupo 2, e começou bem a competição, apesar de ter ficado em terceiro lugar na primeira fase. Foram cinco vitórias, cinco empates e duas derrotas, com 23 pontos (três extras) do Tricolor de Aço, ficando com quatro a menos que o líder Vasco e um a menos que o vice Grêmio, os classificados da vez.
No segundo turno, os times se enfrentaram dentro do próprio grupo, e o Bahia manteve a regularidade, fechando a segunda fase em quarto lugar, com seis vitórias, dois empates e três derrotas, marcando 21 pontos (um extra). A liderança seguiu com o Vasco, e o Cruzeiro avançou para o mata-mata em segundo. Como O Bahia tinha a melhor campanha do grupo entre os não-classificados, herdou uma das vagas do clube carioca. Dois times em cada grupo e em cada turno formaram a fase final.
Quarta campanha no geral, o Tricolor enfrentou o quinto colocado, o Sport. Na Ilha do Retiro, o Bahia conseguiu empate em 1 a 1. Na Fonte Nova, outro empate em 0 a 0, que prosseguiu na prorrogação. Por ter pontuação superior, o time baiano se classificou à semifinal. O adversário seguinte foi o Fluminense, do qual o Bahia conseguiu outro 0 a 0, no Maracanã. Em Salvador, mais de 110 mil pessoas empurraram o Tricolor de Aço rumo à vitória por 2 a 1 e a classificação para a final.
Todo o mata-mata ocorreu no ano de 1989, e Bahia e Internacional decidiram o título. Na Fonte Nova, o Tricolor tomou um susto, mas virou a partida para 2 a 1 e conseguiu a vantagem. No Beira-Rio, o time liderado por Bobô, Charles e Paulo Rodrigues teve raça, segurou mais um empate sem gols e venceu o título brasileiro, o segundo da história da Bahia.
A campanha do Bahia:
29 jogos | 13 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 33 gols marcados | 23 gols sofridos
Foto Adolfo Gerchmann/Placar
Hoje faleceu em Vitória da Conquista,um grande torcedor raiz,tricolor fanático Dr.Nivaldo Burgos,médico pediatra e grande amigo.Nossos sentimentos.
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