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Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1979

É no fim da década de 1970 que começa a história mais bem-sucedida da Recopa Europeia. Em 1979, o Barcelona conquistou o primeiro dos quatro títulos que o tornaram maior campeão da competição. Foi também a primeira conquista do clube espanhol em torneios organizados pela UEFA.

A Recopa de 1979 contou com 31 participantes. Classificado após o título da Copa do Rei de 1978, o time blaugrana iniciou a campanha na primeira fase, contra o Shakhtar Donetsk. Na partida de ida, vitória por 3 a 0 atuando no Camp Nou. Na volta, empate por 1 a 1 na União Soviética.

Nas oitavas, o adversário foi o Anderlecht, então o bicampeão da Recopa. A primeira partida foi na Bélgica, e os catalães perderam por 3 a 0. A desvantagem alta obrigou o Barcelona a atacar desde o começo do segundo jogo, no Camp Nou. A tática funcionou e o time conseguiu devolver os 3 a 0, gols de Hans Krankl, Juan Carlos Heredia e Rafael Zuviría. Nos pênaltis, vitória blaugrana por 4 a 1.

O Barcelona seguiu para as quartas de final, onde encarou o Ipswich Town. O primeiro jogo aconteceu na Inglaterra, com os espanhóis outra vez tendo que voltar para casa com a derrota, por 2 a 1. A segunda partida foi realizada no Camp Nou, e o Barça se classificou no gol qualificado ao vencer por 1 a 0.

Na semifinal, o time blaugrana enfrentou o Beveren, da Bélgica. Desta vez a ida aconteceu no Camp Nou, com vitória catalã por 1 a 0, gol anotado por Carles Rexach, de pênalti. A volta foi em solo belga, com mesmo roteiro: triunfo espanhol por 1 a 0 e gol de pênalti, de Krankl.

A decisão da Recopa foi entre Barcelona e Fortuna Düsseldorf, que passou por Universitatea Craiova, Aberdeen, Servette e Baník Ostrava. No St. Jakob, na Basileia, José Sánchez abriu o placar aos cinco minutos do primeiro tempo e os alemães empataram aos oito. Juan Asensi fez o segundo aos 34 e os alemães empataram de novo aos 41, o que se manteve até a prorrogação. Rexach anotou o terceiro aos 14 do primeiro tempo, e Krankl fez o quatro aos seis do segundo tempo. Os alemães descontaram para 4 a 3 aos nove minutos, no que se tornou uma das finais mais emocionantes da história da Recopa.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Imago/Panoramic

Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1978

O final da década de 1970 ficou marcado como o melhor período da história do Anderlecht, com a conquista de duas edições da Recopa Europeia, além de um vice. Ainda haveria mais em 1983, com o título da Copa da UEFA, que consolidou o clube alviroxo no maior vencedor da Bélgica.

O bicampeonato da Recopa veio em 1978. Vice da Copa da Bélgica em 1977, o time herdou a vaga do Club Brugge e se deu bem em uma campanha tão dominante quanto a do primeiro título. Na primeira fase, o Anderlecht superou o Lokomotiv Sofia após golear a ida por 6 a 1 na Bulgária, e vencer a volta por 2 a 0 no Émile Versé, em Bruxelas. Na estreia, François Van Der Elst anotou quatro gols.

Nas oitavas de final, o Anderlecht reencontrou o Hamburgo, algoz na final da Recopa de 1977. O primeiro jogo foi disputada na Alemanha, e os belgas venceram por 2 a 1. A segunda partida aconteceu em Bruxelas, terminando empatada por 1 a 1. A revanche roxa sobre os alemães veio cedo.

A campanha seguiu nas quartas de final, contra o Porto. A partida de ida foi realizada em Portugal, no Estádio das Antes, e o Anderlecht saiu derrotado por 1 a 0. Precisando reverter a desvantagem no Émile Versé, os belgas foram para cima e venceram por 3 a 0, gols de Rob Rensenbrink, Benny Nielsen e Franky Vercauteren.

Na semifinal, o adversário veio da Holanda. Contra o Twente, a classificação foi obtida com duas vitórias, por 2 a 0 fora de casa e por 1 a 0 em Bruxelas. Pela terceira temporada consecutiva, o Anderlecht chegava na decisão da Recopa Europeia.

Em mais uma final, o Andelecht enfrentou o Austria Viena, que eliminou Cardiff City, Lokomotíva Kosice, Hajduk Split e Dínamo Moscou. A disputa aconteceu em Paris, no Parc des Princes. Sem nenhuma dificuldade, os belgas envolveram os austríacos já no primeiro tempo e encaminharam o bicampeonato, com dois gols de Rensenbrink e um de Gilbert Van Binst, que fez outro no segundo tempo e decretou a conquista com a goleada por 4 a 0.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 21 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Anderlecht

Hamburgo Campeão da Recopa Europeia 1977

A Recopa Europeia chega a 1977 com uma pequena mudança no regulamento. Na verdade, foi um retorno, o da fase preliminar, em função de volta ao número de 33 participantes após alguns anos ocorrendo com 32. O título nesta temporada volta à Alemanha, por meio do Hamburgo.

Um dos mais tradicionais times alemães, "die rothosen" (os calções vermelhos) foram bicampeões da Copa da Alemanha em 1976, iniciando o caminho rumo ao primeiro título continental do clube. Na primeira fase, o adversário foi o Keflavík, da Islândia. A ida foi jogada no antigo Volksparkstadion, com vitória do Hamburgo por 3 a 0. Na volta, empate por 1 a 1 fora de casa.

O adversário seguinte foi o Heart of Midlothian, nas oitavas de final. O primeiro jogo aconteceu na Alemanha, e o Hamburgo conseguiu uma boa vitória por 4 a 2. A segunda partida foi disputada na Escócia, e a vantagem alemã ficou ainda maior, pois a equipe goleou por 4 a 1.

Nas quartas, foi a vez de encarar o MTK Budapeste. A partida de ida foi realizada na Hungria, e o Hamburgo garantiu o empate por 1 a 1 fora de casa. O jogo de volta ocorreu no Volksparkstadion, e a classificação alemã veio com mais uma goleada por 4 a 1.

Na semfiinal, o Hambrugo teve um confronto difícil contra o Atlético de Madrid. O primeiro jogo aconteceu no Vicente Calderón, mas os alemães não renderam o esperado e saíram derrotados por 3 a 1. Na segunda partida, os jogadores tiveram que correr o dobro no Volksparkstadion. O esforço deu certo, pois o Hamburgo venceu por 3 a 0 e reverteu a desvantagem.

A decisão da Recopa Europeia de 1977 foi entre Hamburgo e Anderlecht, que defendia o título e havia passado por Roda JC, Galatasaray, Southampton e Napoli. A partida ocorreu no Estádio Olímpico de Amsterdã, sendo definida próximo ao fim do segundo tempo. Aos 33 minutos, os belgas cometeram pênalti, que foi convertido por Georg Volkert. Aos 43 minutos, Felix Magath fez 2 a 0 e sacramentou o título do Hamburgo.

A campanha do Hamburgo:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Hamburgo

Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1976

É possível dizer que a Recopa Europeia era o campeonato mais democrático da UEFA, dada a variedade de países e clubes que a conquistaram. Até 1977, apenas o Milan conseguiu ser campeão mais de uma vez. O segundo time a atingir o feito foi o Anderlecht, em 1978. Mas como antes do dois vem o um, é preciso contar sobre a primeira taça belga, em 1976.

A equipe alviroxa chegou na Recopa depois da conquista da Copa da Bélgica de 1975. E a campanha já começou com emoção. Na primeira fase, contra o Rapid Bucareste, o Anderlecht perdeu a primeira partida por 1 a 0 na Romênia. No segundo jogo, no Estádio Émile Versé, em Bruxelas, vitória por 2 a 0, com Gilbert Van Binst e Rob Rensenbrink fazendo os gols da virada.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Borac Banja Luka, da Iugoslávia. Na ida, vitória por 3 a 0 em Bruxelas. Na volta, derrota por 1 a 0 fora de casa, sem sufoco. Nas quartas, o Anderlecht passou pelo Vrexham, do País de Gales, ao também vencer o primeiro jogo em casa, por 1 a 0, e empatar a segunda partida por 1 a 1 fora.

Na semifinal, o Anderlecht encarou o Sachsenring Zwickau, da Alemanha Oriental, no confronto mais dominante dos belgas no torneio. Na ida, vitória por 3 a 0 em território alemão. Na volta, o placar foi de 2 a 0 no Émile Versé, que colocou o clube da Bélgica na decisão inédita.

A final chegou, e o Anderlecht enfrentou o West Ham, que bateu Reipas Lahti, Ararat Yerevan, Den Haag e Eintracht Frankfurt. A maré era favorável aos belgas, tanto que a partida estava marcada para Bruxelas, no Estádio de Heysel. Em casa e com a ampla a maioria dos torcedores, os roxos dominaram os ingleses, não sem antes passar algum susto com o adversário abrindo o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Rensenbrink e François Van Der Elst viraram aos 42 e aos três do segundo tempo, porém o rival empatou mais uma vez. Aos 28 e aos 43, Rensenbrink e Van Der Elst tiveram que anotar mais um gol cada para confirmar a vitória por 4 a 2 e o título da Recopa.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Gerard Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Dínamo Kiev Campeão da Recopa Europeia 1975

A Recopa Europeia seguiu em alta no Leste Europeu em 1975. Uma temporada depois de o título ter ficado na Alemanha Oriental, foi a vez da União Soviética faturar a taça pela primeira vez. A missão coube ao Dínamo Kiev, com o chamado "futebol científico" praticado pelo técnico Valeriy Lobanovskyi.

Atualmente representado a Ucrânia, o Dínamo Kiev foi um dos clubes mais vencedores da União Soviética. Em 1973, os "bilo-syni" (alviazuis) foram vices da Copa Soviética, mas como o campeão Ararat Yerevan também faturou a liga nacional e foi à Liga dos Campeões, o time herdou a vaga na Recopa. Na primeira fase, eliminaram o CSKA Sofia com vitórias por 1 a 0, em Kiev e na Bulgária.

Nas oitavas de final, o Dínamo enfrentou o Eintracht Frankfurt. A primeira partida aconteceu na Alemanha, no Waldstadion, mas os soviéticos não se intimidaram e venceram por 3 a 2, de virada. O segundo jogo foi no Estádio Central de Kiev (atualmente Estádio Olímpico), e novo triunfo por 2 a 1 colocou os soviéticos nas quartas.

A próxima parada azul foi na Turquia, contra o Bursaspor. A campanha do Dínamo seguiu arrasadora com a vitória por 1 a 0 na ida fora, gol marcado por Volodymyr Onyshchenko. A volta foi disputada em Kiev, e os soviéticos voltaram a vencer, por 2 a 0, gols de Viktor Kolotov e Volodymyr Muntyan.

Na semifinal, o adversário foi o PSV Eindhoven. O primeiro jogo foi no Central de Kiev, para 100 mil torcedores. Kolotov, Onyshchenko e Oleg Blokhin anotaram os gols de um dos maiores triunfos da história do Dínamo, por 3 a 0. A segunda partida foi na Holanda. A grande vantagem permitiu ao Dínamo perder por 2 a 1 no Estádio Philips, o que impediu o título com 100% de aproiveitamento.

Na final, o Dínamo Kiev encarou o Ferencváros, que superou Cardiff City, Liverpool, Malmö e Estrela Vermelha. A partida aconteceu na Suíça, no Estádio St. Kakob, na Basileia. Sem dar chances aos húngaros, os soviéticos venceram por 3 a 0, com dois gols de Onyshchenko e um de Blokhin.

A campanha do Dínamo Kiev:
9 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo Photopress/Keystone/Bridgeman Images

Magdeburg Campeão da Recopa Europeia 1974

O ano de 1974 foi o auge do futebol alemão. Mas não é da Alemanha que você está pensando, e sim da Alemanha Oriental, país que existiu entre 1949 e 1990. Primeiramente, pela participação na Copa do Mundo, justamente na nação irmã capitalista, inclusive derrotando-a na fase de grupos inicial. Depois, pelo título do Magdeburg na Recopa Europeia, sendo a única taça continental que o lado socialista viu em sua existência.

Vencedor da Copa da Alemanha Oriental de 1973, o Magdeburg iniciou a campanha na Recopa contra o NAC Breda, da Holanda. No primeiro jogo, empatou por 0 a 0 em Roterdã. Na segunda partida, venceu por 2 a 0 no antigo Estádio Ernst Grube, na própria cidade de Magdeburg.

Nas oitavas de final, "der blau" (os azuis) enfrentaram o Baník Ostrava, da Tchecoslováquia. Na ida, fora de casa, a equipe alemã foi derrotada por 2 a 0. Na volta, a reação começou com gols de Wolfgang Abraham e Martin Hoffmann. Na prorrogação, o ídolo Jürgen Sparwasser fez 3 a 0 e classificou o Magdeburg às quartas.

O adversário na próxima fase foi o Beroe Stara Zagora, da Bulgária. Desta vez a primeira partida aconteceu no Ernst Grube, com vitória do Magdeburg por 2 a 0. O segundo jogo foi disputado em solo búlgaro, terminando empatado por 1 a 1.

Na semifinal, o Magdeburg enfim atuou do outro lado do muro, contra o Sporting. Na ida, empate por 1 a 1 no José Alvalade, em Lisboa. Na volta, Jürgen Pommerenke e Sparwasser fizeram os gols da vitória por 2 a 1 que colocou os alemães na decisão.

A final quase foi 100% alemã, mas o Borussia Mönchengladbach caiu na semi para o Milan. Os italianos também bateram Dínamo Zagreb, Rapid Viena e PAOK. A partida aconteceu no De Kuip, em Roterdã, e o Magbenurg colocou os italianos na roda. Com gol contra de Enrico Lanzie a favor de Wolfgang Seguin, o time fez 2 a 0 e confirmou a maior conquista da história da Alemanha Oriental.

A campanha do Magdeburg:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Zentralbild

Milan Campeão da Recopa Europeia 1973

Em 1973, a Recopa Europeia voltou ao patamar de 32 participantes e também saiu do domínio britânico, com o Milan conquistando o bicampeonato depois de cinco anos. O título europeu foi possível a partir da conquista de outro bi, o da Copa da Itália em 1972.

A campanha invicta do clube rossonero teve início contra o Red Boys Differdange, de Luxemburgo, na primeira fase. No primeiro jogo, goleada milanista por 4 a 1 fora de casa. Na segunda partida, a vitória foi por 3 a 0 no San Siro.

Nas oitavas de final, o Milan enfrentou o Legia Varsóvia. A ida foi disputada na Polônia, e ficou no empate por 1 a 1. A volta aconteceu em Milão, sendo mais difícil que o esperado. No tempo normal, o rossonero não conseguiu sair de outro empate por 1 a 1, tendo que jogar a prorrogação. Aos 13 minutos do segundo tempo, Luciano Chiarugi fez 2 a 1 e classificou os italianos.

O adversário nas quartas de final foi o Spartak Moscou. A primeira partida foi realizada na União Soviética, com vitória do Milan por 1 a 0, gol marcado por Luciano Chiarugi. O segundo jogo foi no 
San Siro, com os italianos fazendo o mínimo para garantir mais uma classificação, no empate por 1 a 1.

Na semifinal, mais um oponente que veio do leste: o Sparta Praga, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo aconteceu na Itália, e o rossonero conseguiu a vantagem mínima ao vencer por 1 a 0, gol anotado por Chiarugi no segundo tempo. A segunda partida foi realizada na capital tchecoslovaca, e o Milan conseguiu segurar a pressão. Aos 29 minutos da etapa final, o artilheiro Chiarugi voltou a marcar e os italianos venceram novamente por 1 a 0.

De volta à decisão, o Milan enfrentou o Leeds United, que eliminou Ankaragücü, Carl Zeiss Jena, Rapid Bucareste e Hajduk Split. O local escolhido para a partida foi a grega Tessalônica, no Estádio Kaftanzoglio. Disposto a resolver tudo cedo, o rossonero foi ao ataque e chegou ao gol do título logo aos cinco minutos, de novo com Chiarugi. Depois, bastou conter os ingleses e segurar o 1 a 0.

A campanha do Milan:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Rangers Campeão da Recopa Europeia 1972

Depois de dois títulos consecutivos dos clubes ingleses, foi a vez de a Escócia chegar lá na Recopa Europeia e dar prosseguimento ao domínio britânico no começo dos anos 1970. Na edição de 1972, na temporada em que completou 100 anos de existência, o Rangers conquistou o maior título de sua história.

Os "gers", ou "teddy bears" (ursos de pelúcia) foram vice-campeões da Copa da Escócia de 1971, mas herdaram a vaga do campeão Celtic (que foi para a Liga dos Campeões) e aproveitaram a chance. Na primeira fase, passaram pelo Rennes após empatarem por 1 a 1 na França e vencerem por 1 a 0 no Estádio Ibrox, em Glasgow.

Nas oitavas de final. a má interpretação do regulamento pela arbitragem salvou o Rangers contra o Sporting. Na ida, os escoceses venceram por 3 a 2 em Glasgow. Na volta, os portugueses devolveram o resultado nos 90 minutos em Lisboa. Na prorrogação, um gol para cada lado fez a partida acabar em 4 a 3 para o Sporting. Pela regra, a classificação era do Rangers pelos gols anotados fora de casa, mas o árbitro Laurens Van Ravens ordenou uma disputa de pênaltis, vencida pelos portugueses por 3 a 0. Posteriormente, a UEFA anulou as penalidades e classificou os gers às quartas.

A competição seguiu com o Rangers enfrentando o Torino nas quartas de final. No primeiro jogo, empate por 1 a 1 com os italianos em Turim. Na segunda partida, vitória por 1 a 0 no Ibrox. Na semifinal, a vítima foi o Bayern de Munique, com os escoceses empatando a ida por 1 a 1 na Alemanha e vencendo a volta por 2 a 0 em Glasgow.

A decisão foi contra o Dínamo Moscou, que passou por Olympiacos, Eskisehirspor, Estrela Vermelha e Dínamo Berlim. No Camp Nou, em Barcelona, o Rangers partiu rumo ao título de maneira contundente. Colin Stein abriu o placar e Willie Johnston marcou dois gols entre os 23 minutos do primeiro tempo e os 4 do segundo. Os soviéticos tentaram reagir no fim, mas o placar foi 3 a 2 para os escoceses campeões. 

A campanha do Rangers:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Rangers

Chelsea Campeão da Recopa Europeia 1971

Os clubes ingleses já eram os maiores vencedores da Recopa Europeia em dez edições realizadas, com três taças. Em 1971, a conta ficaria ainda maior com o título do Chelsea, obtido no fim da trajetória que teve início na conquista inédita da Copa FA em 1970. O 11º torneio da UEFA ficou marcado pelo aumento de mais uma vaga, de 33 para 34.

A jornada dos blues começou na primeira fase, diante do Aris, da Grécia. A ida foi jogada em Tessalônica e ficou empatada por 1 a 1. A volta aconteceu no Stamford Bridge, com goleada do Chelsea por 5 a 1. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo CSKA Sofia com duas vitórias por 1 a 0, na Bulgária e na Inglaterra.

Os blues seguiram para as quartas de final, onde encararam o Club Brugge, da Bélgica. O primeiro jogo aconteceu em solo belga, e os ingleses perderam por 2 a 0. A desvantagem fez com que o Chelsea corresse dobrado na segunda partida em Londres. A virada veio com goleada por 4 a 0.

Na semifinal, o Chelsea enfrentou o rival Manchester City, que defendia o título da Recopa. A primeira partida foi disputada no Stamford Bridge, e os blues venceram pelo placar mínimo de 1 a 0, gol anotado por Derek Smethurst no primeiro minuto do segundo tempo. O segundo jogo ocorreu em Maine Road, e a classificação veio com nova vitória por 1 a 0, com gol contra de Ron Healey.

A final foi entre Chelsea e Real Madrid, que superou Hibernians, Wacker Innsbruck, Cardiff City e PSV Eindhoven. A disputa aconteceu em Atenas, no Estádio Karaiskakis. Peter Osgood abriu o placar para os blues aos 11 minutos do segundo tempo, mas os espanhóis empataram em 1 a 1 aos 45 e forçaram outro jogo. 

Não havia margem para erro no desempate. Aos 33 minutos, John Dempsey fez o primeiro gol do Chelsea. Aos 39, Osgood marcou o segundo e resolveu a parada. O Real Madrid até fez 2 a 1 na segunda etapa, porém não foi suficiente para tirar a conquista do clube londrino.

A campanha do Chelsea:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Colorsport/Shutterstock

Manchester City Campeão da Recopa Europeia 1970

Começou a década de 1970, e com ela veio uma fase de três temporadas de domínio britânico na Recopa Europeia. O ponto de partida foi a conquista do Manchester City na edição de 1970. Naquele momento, o clube era apenas mais um entre tantos médios que beliscavam um título de vez em quando, como por exemplo, o tetra da Copa FA de 1969, que levou ao torneio continental.

A Recopa registrou aumento de participantes em 1970, de 32 para 33, obrigando a UEFA a voltar com a fase preliminar. Os citizens iniciaram a campanha na primeira fase, contra o Athletic Bilbao. Na ida, empate por 3 a 3 na Espanha. Na volta, vitória por 3 a 0 em Maine Road, antigo estádio do City.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Lierse, da Bélgica. Com mais time, os citizens não tiveram nenhuma dificuldade para se classificar, com vitória por 3 a 0 no primeiro jogo fora de casa, e goleada por 5 a 0 na segunda partida em casa.

As coisas complicaram mais nas quartas de final, contra o Académica, de Portugal. A ida foi disputada em Coimbra, no Estádio Municipal, e ficou empatada por 0 a 0. A volta aconteceu em Maine Road, e o placar insistia em permanecer no zero. Foi assim nos 90 minutos e estava assim na prorrogação. Foi quando, aos 15 minutos do segundo tempo, Tony Towers fez 1 a 0, evitou a terceira partida e classificou o City.

A semifinal foi jogada contra o Schalke 04, e a primeira partida na Alemanha registrou a única derrota do City na Recopa Europeia, por 1 a 0. No segundo jogo, os citizens golearam por 5 a 1 na Inglaterra e carimbaram a passagem rumo à decisão.

Na final, o rival do Manchester City foi o Górnik Zabrze, time polonês que bateu Olympiacos, Rangers, Levski Sofia e Roma. A partida aconteceu no Praterstadion, em Viena. Neil Young abriu o placar aos ingleses aos 12 do primeiro tempo e Francis Lee fez o segundo aos 43. Deu tempo para o adversário descontar para 2 a 1 no segundo tempo, mas sem tirar o brilho da conquista do City. 

A campanha do Manchester City:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto PA Images/Getty Images

Slovan Bratislava Campeão da Recopa Europeia 1969

A década de 1960 chegou ao fim com a Recopa Europeia muito bem estabelecida como a segunda principal competição do Velho Continente, com nove ganhadores diferentes em nove edições. Em 1969, foi a vez de a taça desembarcar pela primeira vez no lado de lá do muro, no leste europeu. O Slovan Bratislava, da Tchecoslováquia (atualmente da Eslováquia) conquistou o título mais importante de sua história na oportunidade.

O torneio teve o mesmo regulamento e número de participantes que na temporada anterior. Porém, a regionalização que a UEFA fez no mata-mata levou cinco dos oito clubes do leste a abandonar a disputa antes do começo. O Slovan, classificado graças à conquista do tricampeonato da Copa da Tchecoslováquia de 1968, ficou e sua campanha teve início contra o Bor, da Iugoslávia. Na ida, vitória por 3 a 0 em casa, no Tehelné Pole. Na volta, derrota por 2 a 0 e a vaga suada nas oitavas.

Na fase seguinte, o adversário do "belasí" (céu azul) foi o Porto. O primeiro jogo aconteceu no Estádio das Antas, e o Slovan saiu derrotado por 1 a 0 para os portugueses. A segunda partida foi disputada em Bratislava, com o belasí revertendo a desvantagem de maneira magistral, goleando por 4 a 0.

Nas quartas, o Slovan encarou o Torino, com mais uma classificação inesquecível. Na ida, vitória por 1 a 0 em pleno Comunale de Turim. Na volta, foi a vez de fazer 2 a 1 no Tehelné Pole e avançar à semifinal, que foi disputada contra o Dunfermline Athletic, da Escócia. Na primeira partida, empate por 1 a 1 fora de casa. No segundo jogo, vitória por 1 a 0 em Bratislava.

O Slovan chegou na decisão para enfrentar o Barcelona, que eliminou Lugano, SFK Lyn e Colônia. A partida ocorreu em solo suíço, no Estádio St. Jakob, na Basileia. Os eslovacos começaram com tudo, abrindo o placar logo aos dois minutos com Ludovít Cvetler. Os espanhóis empataram aos 16, mas Vladimír Hrivnák e Ján Capkovic desempataram aos 30 e aos 42, encaminhando o título. No segundo tempo, o Barcelona descontou para 3 a 2, mas o Slovan soube administrar a vantagem para, no fim, comemorar a conquista da Recopa. 
 
A campanha do Slovan Bratislava:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 15 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Slovan Bratislava

Milan Campeão da Recopa Europeia 1968

A Recopa Europeia de 1968 foi especial. Pela primeira vez desde a incorporação, em 1962, a UEFA conseguiu repetir o número de participantes em relação a temporada anterior, com 32 times. E também foi a primeira vez que a taça ficou nas mãos de um clube que já tinha outras conquistas continentais, o Milan, vencedor da Copa dos Campeões de 1963 e classificado via título da Copa da Itália de 1967.

Se o número de participantes foi o mesmo de 1967, o regulamento não foi, pois a UEFA resolveu colocar todas as equipes na primeira fase. A campanha rossonera teve início diante do Levski Sofia. Na primeira partida, goleada por 5 a 1 no San Siro. No segundo jogo, empate por 1 a 1 na Bulgária.

Nas oitavas de final, o Milan quase foi surpreendido pelo Gyori, da Hungria. A ida foi disputada no Leste Europeu e ficou empatada por 2 a 2. A volta aconteceu no San Siro, mas quem abriu o placar foram os húngaros. Pierino Prati empatou em 1 a 1 ainda no primeiro tempo, e o resultado classificou os rossoneri pela regra dos gols marcados fora de casa.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Standard Liège, igualmente com dificuldades. O primeiro jogo aconteceu na Bélgica, ficando empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no San Siro, e o resultado se repetiu tanto nos 90 minutos quanto na prorrogação. Foi preciso realizar um terceiro jogo, também na Itália, e o Milan venceu por 2 a 0, gols de Prati e Gianni Rivera.

O encontro do Milan na semifinal foi contra o Bayern de Munique, que defendia o título. A ida foi no San Siro, e o rossonero conseguiu abrir uma grande vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Angelo Sormani e Prati. A volta foi na Alemanha, terminando no empate por 0 a 0 que classificou os italianos.

A final da Recopa de 1968 foi entre Milan e Hamburgo, que bateu Randers Freja, Wisla Cracóvia, Lyon e Cardiff City. A disputa teve lugar no Estádio De Kuip, em Roterdã, na Holanda. Os rossoneri trataram de assumir o controle do jogo desde o começo, e em 18 minutos já haviam decidido o resultado a seu favor com a vitória por 2 a 0, com os dois gols anotados por Kurt Hamrin.
 
A campanha do Milan:
10 jogos | 4 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Ron Kroon/Anefo

Bayern de Munique Campeão da Recopa Europeia 1967

A Recopa Europeia de 1967 sofreu mais um aumento no número de participantes, de 31 para 32. Mas engana-se quem pensa que a UEFA fez desta edição um mata-mata perfeito. Ao contrário: para preservar o benefício do campeão anterior em entrar nas oitavas de final, a entidade criou uma fase preliminar com dois times, cujo ganhador foi à primeira fase com os outros 29 times.

Um desses 29 era o Bayern de Munique. Bicampeão da Copa da Alemanha em 1966, o clube bávaro despertava na época para se tornar o maior de todos no país. Com um jovem zagueiro chamado Franz Beckenbauer e um jovem atacante chamado Gerd Müller entre os titulares, a equipe chegava para conquistar seu primeiro título a nível internacional.

Na primeira fase, o Bayern enfrentou o Tatran Presov, da Tchecoslováquia. Na ida, empate por 1 a 1 fora de casa. Na volta, vitória por 3 a 2 no Estádio Grünwalder, em Munique. Nas oitavas de final, contra o Shamrock Rovers, os alemães tiveram os mesmos resultados: 1 a 1 na Irlanda e 3 a 2 na Alemanha.

O sapato ficou mais apertado nas quartas de final, contra o Rapid Viena. O primeiro jogo foi disputado na Áustria, e o Bayern acabou derrotado por 1 a 0. A segunda partida aconteceu no Grünwalder, com os bávaros devolvendo o resultado e levando o confronto à prorrogação. O gol do 2 a 0 foi anotado no tempo extra, classificando os alemães.

Na semifinal, a vida foi bem mais tranquila contra o Standard Liège. A primeira partida foi disputada em Munique, com vitória do Bayern por 2 a 0. O segundo jogo foi na Bélgica, com os alemães voltando a vencer, por 3 a 1. Os três gols foram marcados por Gerd Müller.

O Bayern de Munique encarou o Rangers na decisão. Os escoceses superaram Glentoran, Chemie Leipzig, Gyori e Slavia Sofia. Na própria Alemanha, no Estádio Städtisches, em Nuremberg, a torcida foi quase toda bávara. O título foi obtido no triunfo por 1 a 0, gol de Franz Roth na prorrogação.
 
A campanha do Bayern de Munique:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Imago/Werek/Sportfotodienst

Borussia Dortmund Campeão da Recopa Europeia 1966

Chegou a vez da Alemanha. Na Recopa Europeia de 1966, o título ficou nas mãos do Borussia Dortmund, levando o país ao primeiro título continental de todos. Tudo isso foi proporcionado pela conquista da Copa da Alemanha pela primeira vez, em 1965.

A competição sofreu mais um aumento no número de participantes de uma temporada para a outra, de 30 para 31 clubes. O caminho do Borussia Dortmund teve começo na primeira fase, contra o Floriana, de Malta. Na primeira partida, goleada fora de casa por 5 a 1. No segundo jogo, o resultado foi ainda maior: 8 a 0 no Estádio Rote Erde.

Nas oitavas de final, o Borussia encarou o CSKA Sofia, fazendo o placar de 3 a 0 no jogo de ida em Dortmund. Na partida de volta, os alemães foram surpreendidos pelos búlgaros fora de casa e perderam por 4 a 2. A classificação foi confirmada pelo saldo de gols.

O adversário do BVB nas quartas foi o Atlético de Madrid. O primeiro jogo foi realizado na Espanha, no antigo Estádio Metropolitano, que terminou empatada por 1 a 1. A segunda partida foi disputada no Rote Erde, e a simples vitória por 1 a 0 colocou o Borussia na semifinal.

O próximo confronto alemão foi contra o West Ham, o campeão da temporada anterior. A disputa teve início em Londres, no Bolyen Ground. De virada, o BVB venceu por 2 a 1, gols de Lothar Emmerich e abriu vantagem. A volta aconteceu em Dortmund. Emmerich antou mais duas vezes, Gerhard Cyliax fez um e os alemães venceram por 3 a 1, chegando na decisão.

Na final, o Borussia Dortmund ficou frente a frente com o Liverpool, que passou por Juventus, Standard Liège, Honvéd e Celtic. O confronto foi jogado em Glasgow, no Hampden Park, e foi um triunfo complicado. Sigfried Held abriu o placar aos 16 minutos do segundo tempo, mas os ingleses empataram aos 23. Foi só na prorrogação que saiu o 2 a 1, no segundo minuto da segunda etapa, quando Reinhard Libuda antou o gol do título.

A campanha do Borussia Dortmund:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 27 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Borussia Dortmund

West Ham Campeão da Recopa Europeia 1965

A Recopa chegou na quinta edição, em 1965, ainda em expansão. O número de participantes subiu mais uma vez, conforme as federações criavam suas copas. Foram 30 participantes na competição conquistada pelo West Ham United, o segundo clube inglês a levar o título europeu.

Os "hammers" (martelos) chegaram na Recopa depois de terem vencido a Copa FA pela primeira vez, em 1964. E com uma campanha segura o time do lendário zagueiro Bobby Moore chegou no maior título de sua história. Na primeira fase, eliminando o Gent com vitória por 1 a 0 na Bélgica e empate por 1 a 1 no Boleyn Ground, em Londres.

O adversário nas oitavas de final foi o Sparta Praga. A primeira partida foi disputada em Londres, com vitória do West Ham por 2 a 0. O segundo jogo aconteceu na Tchecoslováquia. De virada, os ingleses perderam por 2 a 1, mas garantiram a vaga na próxima fase.

Nas quartas de final, os hammers enfrentaram o Lausanne. O jogo de ida foi realizado na Suíça, e o Wset Ham venceu por 2 a 1, gols de Brian Dear e Johnny Byrne. A partida de volta aconteceu no Boleyn Ground, e os ingleses confiraram nova classificação na emocionante vitória por 4 a 3, com dois gols de Dear, um de Martin Peters, além de um contra.

Na semifinal, foi a vez de encarar o Zaragoza. O primeiro jogo aconteceu em Londres, no qual o West Ham abriu vantagem com o triunfo por 2 a 1. Os gols foram anotados por Dear e Byrne. A segunda partida foi disputada no La Romareda, na Espanha. Os espanhóis abriram o placar no primeiro tempo, o que levaria o confronto para o desempate, mas Johnny Sissons fez 1 a 1 e colocou os hammers na final.

O West Ham chegou na decisão da Recopa para enfrentar o Munique 1860, que eliminou Union Luxemburgo, Porto, Legia Varsóvia e Torino. Para sorte do clube, a disputa estava marcada para ser em Londres mesmo, no Wembley. Diante de quase 100 mil torcedores, os hammers levaram o principal título da sua história ao vencer por 2 a 0, com dois gols de Alan Sealey.

A campanha do West Ham:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Dennis Oulds/Central Press/Getty Images

Sporting Campeão da Recopa Europeia 1964

O futebol português ficou pela primeira vez em evidência no início da década de 1960, com títulos nas competições da UEFA e o terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966. Parte deste sucesso se deu por conta do Sporting Lisboa, que na Recopa Europeia de 1964 conquistou o principal título de sua história.

A competição continental foi outra vez aumentada, de 25 para 28 clubes. O Sporting conseguiu a classificação graças à sexta conquista na Taça de Portugal, em 1963. A campanha dos leões teve início na primeira fase, contra a Atalanta. Na ida, derrota por 2 a 0 no norte da Itália. A volta aconteceu no José Alvalade, com vitória verde e branca por 3 a 1. A regra obrigava uma partida extra em caso de empate no saldo de gols, e o Sporting precisou vencer novamente por 3 a 1 no Sarrià, em Barcelona.

Nas oitavas de final, a disputa foi contra o Apoel, do Chipre. A ida foi em Lisboa, na maior goleada da história em competições da UEFA, entre todos os clubes: 16 a 1, com seis gols de Mascarenhas, três de Ernesto Figueiredo, dois de Fernando Pinto e Augusto Martins, além de um de Mário Lino, Artur Louro e José Pérides. Na volta, também no José Alvalade, mais 2 a 0 para os leões.

O Sporting enfrentou nas quartas o Manchester United, e a vida boa acabou. Na ida, os ingleses venceram por 4 a 1 no Old Trafford. Foi então necessária outra goleada no Alvalade para os leões, e ela veio por 5 a 0, com três gols de Osvaldo da Silva, um de Geo Carvalho e outro de João Morais.

Na semifinal, os leões tiveram mais três jogos duros contra o Lyon. No primeiro, empate por 0 a 0 na França. No segundo, empate por 1 a 1 em Portugal. No terceiro, vitória do Sporting por 1 a 0 no Metropolitano de Madrid.

A final da Recopa foi disputada contra o MTK Budapeste, que bateu Slavia Sofia, Motor Zwickau, Fenerbahçe e Celtic. A partida foi em Heysel, em Bruxelas, mas o Sporting ficou no empate por 3 a 3, com um gol de Mascarenhas e dois de Figueiredo. O desempate aconteceu dois dias depois, no Estádio Bosuil, na Antuérpia, e os leões venceram por 1 a 0, gols de Morais.

A campanha do Sporting:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Sporting

Tottenham Campeão da Recopa Europeia 1963

A terceira edição da Recopa Europeia, em 1963, foi especial para o futebol inglês. Motivo: foi nela que a Inglaterra conquistou seu primeiro título a nível continental, com o Tottenham Hotspur. O clube de Londres conseguiu a classificação para competição depois de ter vencido a Copa FA pela quarta vez, em 1962.

A Recopa teve mais um aumento no número de participantes, de 23 para 25. Os spurs iniciaram a campanha diretamente nas oitavas de final. Da primeira fase, o time aguardou o Rangers eliminar o Sevilla. A estreia contra os escoceses foi no White Hart Lane, com goleada inglesa por 5 a 2. A classificação foi confirmada no Ibrox Park, em Glasgow, na vitória por 3 a 2.

Nas quartas de final, o Tottenham enfrentou o Slovan Bratislava. O primeiro jogo foi disputado na Tchecoslováquia. Sem oferecer muita resistência, a equipe acabou derrotada por 2 a 0 no Leste Europeu. A segunda partida aconteceu em Londres, e os spurs precisavam de três gols, no mínimo. Em atuação histórica, o time fez o dobro disso e goleou por 6 a 0.

O adversário na semifinal também veio do leste, o OFK Belgrado. A partida de ida foi realizada na capital da Iugoslávia, e com uma atuação melhor fora o Tottenham venceu por 2 a 1, gols de John White e Terry Dyson. A volta foi no Wiht Hart Lane, e nova vitória por 3 a 1 classificou a equipe para a decisão, com gols de Dave Mackay, Cliff Jones e Bobby Smith.

A final da Recopa Europeia foi entre Tottenham e Atlético de Madrid, o defensor do título que superou Hibernians, Botev Plovdiv e Nürnberg. O encontro entre ingleses e espanhóis aconteceu na Holanda, no Estádio De Kuip, em Roterdã. E o que parecia ser difícil ficou fácil, pois os spurs envolveram totalmente o rival, principalmente no segundo tempo. Jimmy Greaves marcou duas vezes, assim como Dyson. White também fez um gol, e o Tottenham garantiu o título com goleada por 5 a 1.

A campanha do Tottenham:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Harry Pot/Anefo

Atlético de Madrid Campeão da Recopa Europeia 1962

Sem a benção da UEFA, a Recopa Europeia veio para ficar em 1961. Entretanto, ainda naquele ano, a entidade tomou uma atitude e criou a sua própria competição com o mesmo regulamento e a mesma premissa: confrontar todos os campeões da copas nacionais do continente, que à época eram 23. Destes, 14 entraram na primeira fase, enquanto os outros nove aguardaram pelas oitavas de final. A única diferença estava na final, realizada em partida única.

O vencedor da primeira edição sob organização da UEFA foi o Atlético de Madrid, então bicampeão da Copa do Rei. O clube colchonero iniciou sua campanha na primeira fase, contra o Sedan, da França. A primeira partida foi realizada no Estádio Emile Albeau, com vitória espanhola por 3 a 2. O segundo jogo aconteceu no antigo Estádio Metropolitano, e o Atleti goleou por 4 a 1.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Leicester City. Na ida, empate por 1 a 1 na Filbert Street, na Inglaterra. Na volta, vitória por 2 a 0 em Madri. Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Werder Bremen, com o primeiro jogo ocorrendo novamente fora de casa. Na Alemanha, o Atleti arrancou outro empate por 1 a 1 atuando no Weserstadion. A segunda partida foi no Metropolitano, com a classificação colchonera sacramentada no triunfo por 3 a 1.

A semifinal foi disputada contra o Motor Jena (atual Carl Jeiss Jena), da Alemanha Oriental. Outra vez fora de casa, o Atlético de Madrid abriu vantagem na ida ao vencer por 1 a 0. A volta também foi fora, porque a Espanha não concedeu visto de entrada aos alemães do leste. Em Malmö, na Suécia, o Atleti goleou por 4 a 0 e chegou na final.

A decisão da Recopa foi entre Atlético de Madrid e Fiorentina, que defendia o título após passar por Rapid Viena, Zilina e Ujpest. O jogo ocorreu em maio no Hampden Park, em Glasgow, mas ficou empatado por 1 a 1 nos 120 minutos entre tempo normal e prorrogação. Como não havia disputa de pênaltis, foi preciso realizar uma partida extra. Porém, ela só aconteceu em setembro, no Neckarstadion, em Stuttgart. E deu Atleti por 3 a 0, gols de Miguel Jones, Jorge Mendonça e Joaquín Peiró.

A campanha do Atlético de Madrid:
10 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético de Madrid

Fiorentina Campeã da Recopa Europeia 1961

Em alemão, Europapokal der Pokalsieger. Em francês, Coupe des Vainqueurs de Coupe. Em italiano, Coppa delle Coppe. Em inglês, Cup Winners' Cup. Em português, Taça dos Vencedores de Taças. Em espanhol, Copa de Campeones de Copa. O nome redundante pertenceu àquela que foi a segunda maior competição da UEFA no século 20. Aqui, no Brasil, conhecida como Recopa Europeia. 

Porém, não foi a UEFA quem teve a ideia inicial de organizá-la. Na temporada 1960/1961, os criadores da Copa Mitropa resolveram chamar dez campeões de copas nacionais espalhadas pela Europa, em contrapartida ao que a entidade oficial fazia com os vencedores da ligas na Copa dos Campeões. Vendo a oportunidade, a UEFA copiou os aspectos do torneio e fez sua própria versão a partir de 1961/1962, vindo a reconhecer a edição inspiradora em 1963.

O regulamento da Recopa Europeia era composto pelo mata-mata simples. Quatro equipes disputaram a primeira fase, com os dois classificados avançando às quartas de final com os outros seis times. O primeiro ganhador da competição foi a Fiorentina, que, por ironia do destino, chegou lá graças ao vice da Copa da Itália de 1960, pois a campeã Juventus estava na disputa da Copa dos Campeões devido ao título da liga italiana na mesma temporada.

A Viola iniciou a campanha já nas quartas de final, porém sem precisar esperar o adversário. Contra o Luzern, venceu por 3 a 0 o jogo de ida na Suíça. A partida de volta foi no Estádio Comunale, em Florença, com goleada italiana por 6 a 2. Na semifinal, a Fiorentina passou pelo Dínamo Zagreb, ao vencer o primeiro jogo na Itália por 3 a 0, e perder a segunda partida na Iugoslávia por 2 a 1.

Na final, o adversário foi o Rangers, que eliminou Ferencváros, Borussia Mönchengladbach e Wolverhampton. A primeira partida foi disputada na Escócia, no Ibrox Park, em Glasgow. Apesar da pressão de 80 mil torcedores contra, a Fiorentina conseguiu vencer por 2 a 0 e abrir vantagem, com gols de Luigi Milan. O segundo jogo foi no Comunale, e o título foi confirmado com novo triunfo por 2 a 1, gols de Milan e Kurt Hamrin.

A campanha da Fiorentina:
6 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Fiorentina